RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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|野郎


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"o silêncio mais doloroso,




Naquela noite sem lua, àquela hora da madrugada, o silêncio dividia-se em três partes.

A primeira parte era exercida pelo homem solitário que fez uma careta ao sentir o gosto forte da bebida em seu copo de vidro transparente largo e achatado. Sem gelo. Quanto mais forte, melhor. Melhor pra esquecer tudo que fazia sua garganta querer berrar até que sangrasse. Quem ouviria, de qualquer forma? Faria diferença? Estava cercado de idiotas.  

Permanecia calado, quieto, assim como sua casa. E desta era a segunda parte. Seu silêncio sepulcral não se estendia só até a sala - onde o homem solitário sentava-se em sua poltrona preferida -, mas também aos quartos sobre as escadas. A cozinha, sem ninguém. Nenhum cheiro de café sendo feito para poderem passar mais uma madrugada falando sobre qualquer coisa idiota.

Pensar naquilo doía mais que qualquer cicatriz. Mais que qualquer guerra que tenha lutado. Como pode a falta de algo doer tanto? E, este silêncio, é a terceira parte. Também é a mais dolorosa, afinal é o silêncio das coisas que faltavam.

Antigamente, naquela mesma sala, alguma música gostosa para se dançar estaria tocando. Todas as luzes acesas. Abraços também quebram o silêncio, de alguma forma. Os dois de pijama e meia, tão brega quanto poderiam ser apenas em seu íntimo, presenteavam-se com a companhia do outro e esse era o tesouro mais precioso que poderiam ter. Hoje, não ressoavam as risadas. Apenas… não estavam mais lá.  

A vida é volátil, sabiam disso. Eram Jounins, afinal. Como poderia esquecer? Deveria estar preparado? Deveria apenas deixar tudo para lá e esquecer do melhor recorte de sua vida para que as lembranças de seu rosto se tornassem cada vez mais borradas até que sumisse de vez? Não sabia se doeria menos. Sua alma amargava, assim como o álcool em seu copo.

Três toques na porta quebraram duas partes do silêncio.

O homem solitário, sempre tão bem vestido, com seus cabelos louros bem penteados e o comum óculos no rosto já estava preparado para aquela visita. Deu longos goles e quase sentiu seu corpo expelir novamente o líquido que queimava o estômago. Já era crescido e podia fazer o que quisesse. Levantou-se, cambaleante, aproveitando a sensação que provavelmente duraria pouco. Era imune a venenos, e isso incluía os que vendiam em bares. O trajeto até a porta foi irregular, com pouca firmeza nas pernas, mas não tardou em abri-la e receber a única pessoa que ainda se importava com ele.

— Você está péssimo, Nobu — Foi a primeira coisa que ela disse. Trazia consigo uma sacola com dois pacotes de um semi-preparo de Gyudon e um maço de cigarros — Vai me deixar entrar ou vai ficar aí me olhando com essa cara de espantalho?

O homem cedeu espaço e ela entrou sem nem sequer se preocupar em retirar os sapatos enlameados. Era espaçosa, cabeça-quente e boca suja, mas conheciam-se há vinte anos. Entendiam-se de uma forma que ninguém saberia como. Foram um time, os três.

— Olha, eu te juro que se eu ver uma porra de uma barata perto de mim eu vou embora na hora e nunca mais piso aqui. Vou te deixar aí definhando igual um cadáver. Que porra são essas olheiras? Há quanto tempo você não dorme? — Enquanto falava, já havia ligado todas as luzes e procurava panelas limpas no armário, fazendo barulhos agudos de metal batendo em metal — O orgulhoso Aburame, acabado como um adolescente deprimido. Vai se foder, cara. Você acha que o Kagure ia querer te ver assim?

— Caralho, Tamura. Cala a boca só um segundo — Colocou a mão em sua própria testa. As luzes e os barulhos ainda estavam apurados aos seus sentidos e doíam-lhe a cabeça — O Kagure tá morto, de qualquer forma.  

— Sim, ele morreu! E quer saber? Também doeu em mim, porra. Também chorei. Vesti o preto no dia de seu funeral. Também precisei parar por algumas semanas com as aulas dos meus Genins, mas nem por isso eu vou desistir de tudo, sabe porque? — Ela agora falava ainda mais alto, apesar do pedido de Nobu. Apontava o dedo em seu peito e olhava-o bem nos olhos cansados — Ele morreu fazendo o que sempre quis! Você é um merda por não conseguir entender isso. Não se lembra? Ele tinha aquele jeito de herói desde que éramos crianças. Pulava na frente de qualquer bandido qualquer, e isso há vinte anos! Se não fosse o Kagure, nenhum de nós dois estaria aqui pra conversar agora e chorar sua falta, você sabe bem que ele era o mais forte. Nós somos militares, cacete. Lutamos pela manutenção da soberania da Folha. Se não fosse ele, aquele garoto sorridente não poderia estar correndo livre por aí fazendo seus jutsus com baratas nojentas! Como pode não perceber que isso é a essência de tudo pelo qual seu esposo lutava?  

O homem parou por um tempo, observando a janela. Suspirou fundo e sentiu a tristeza amassar seu peito.

— Eu tenho tanto medo, Tamura — Não tirou os olhos da janela. A sensação ébria já havia passado — O garoto é igualzinho ao Kagure. Tão corajoso quanto, e talvez até mais gentil. Confia demais em si mesmo. Ele é esperto, mas não tem noção do perigo. A forma como ele pensa… É como assistir a um filho meu com ele, se isso fosse possível. Treze é um garoto especial e acho que não vai ser um Genin por muito tempo. Sua vida vai se tornar ainda mais perigosa, ele vai esbarrar com respostas por aí.

Tamura acendeu um cigarro. Dessa vez, ela quem permaneceu um tempo em silêncio, pensando em tudo, até que disse:

— Já parou pra imaginar tudo que o Treze passou? — A mulher deu um trago e um sorriso — Eu não seria gentil.

Ele sorriu de volta pela primeira vez.

— Nem eu.

— E como andam as investigações?

— Eu tenho caçado todos eles. Tenho juntado informações, interrogado pessoas, viajado bastante — Ele caminhou pela sala, chegando até sua mesa e retirando uma pasta amarela da gaveta — A Igreja do Fogo Vivo não é uma pessoa para ser exterminada, Tamura. Eu andei por becos escuros e seus seguidores me davam medo. O Fogo Vivo é uma ideia, e ideias são mais poderosas que qualquer espada. De qualquer forma, sei que a Igreja possuía um esquadrão de elite formado por alguns nukenins. Eles mataram Kagure, e eu vou achá-los. Também descobri que são comandados por um homem que se autoproclamou Alto Cardeal. Ele é um gangster que quase nunca deixa rastros, seu nome é Ping. Lidera um cartel gigantesco de drogas e usou da grana para financiar experimentos com crianças e armas usando a fachada da religião.

— Cacete. Toda aquela história de estarem criando uma arma para erradicar com o chakra das pessoas então… Pode ser verdade. Alto Cardeal Ping só está cansado de ter ninjas atrapalhando seus planos — Ela deu mais um trago, caminhando até uma estante da sala e ajeitou um porta-retrato que antes estava virado para baixo.

— Não é disso que eu tenho medo, Tamura. Se o Treze descobrir algo sobre o lugar de onde veio e que o Alto Cardeal ainda está vivo, agora que é um ninja, tenho certeza de que vai atrás deles — Nobu foi até sua amiga e abaixou novamente o porta-retrato. Uma foto de time com o sensei. Eram memórias dolorosas demais para deixar na estante — Ele, mais do que ninguém, sabe o que é sofrer com os experimentos da Igreja. Tenho certeza que não vai permitir que isso aconteça a mais ninguém.  

— Devemos impedi-lo.

— Ou, quando chegar o dia, podemos ajudá-lo. Estar lá para ele do jeito que não estivemos para o Kagure. Fechar esse ciclo. Pelo Kagure e pelo Treze.

Seu olhar estava confiante. A garota respondeu com um sorriso.

— Treze… Já pensou que nome engraçado pra se ter?






HP:220/220
CH:220/220
(turno de descanso) Sta:0/4
Sanidade: 160/160



Considerações:
informações complementares:
Bolsa de armas:


Bardo
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t2851-o-deus-inseto#23920
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t992-cj-bardo#6561
Kindred
Kumogakure Chunin
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Aprovado


XIII no tarô é a carta da Morte que simboliza fechamento de ciclos, um fim necessário e acima de tudo renascimento. Fica ai de curiosidade

[Gaiden] memórias dolorosas demais para deixar na estante G5Pfs4u8Il3VvHn7Eup9a7ha94FiY76L5qOrhaKASQNq7SJwNOvHBYme8AInNuU-LvbmKIu-LgY09LXL00U4zdnzvskD7CRCwYGTxu09byvC6EXm
Kindred
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t2867-ficha-yukio-montgomery#24042
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