Saito lentamente despertou em sua cama, seus membros preguiçosos resistindo à ideia de deixar o aconchego dos lençóis macios. Ele abriu os olhos e, por alguns momentos, deixou que seus sentidos se ajustassem à fraca luz do amanhecer que se infiltrava pelas janelas da Vila da Folha. Seus pensamentos estavam dispersos e confusos, ainda submersos no mundo dos sonhos. Ele se espreguiçou com languidez, sentindo os músculos se esticando em um gesto preguiçoso de prazer. Porém, o dever e o compromisso rapidamente tomaram conta de sua mente, fazendo-o lembrar do que precisava fazer naquele dia. Ele se levantou da cama com cuidado, sentindo seus pés tocarem o chão frio e sólido. O silêncio ainda dominava o ambiente, mas Saito sabia que a agitação e o burburinho da vila logo começariam. Ele foi até a janela e abriu as cortinas, deixando o amanhecer dourado iluminar o quarto.

O céu se apresentava em tons de rosa, laranja e vermelho, enquanto o sol começava a despontar no horizonte. O canto dos pássaros ecoava suavemente pelos telhados e vielas da vila, acompanhando a lenta transformação do dia. Saito suspirou com admiração, observando a beleza da cena matinal. Ele era incapaz de sentir qualquer aroma ou perfume, pois tinha nascido sem o sentido do olfato, mas não se incomodava com isso. Ainda assim, ele sabia que sua limitação sensorial era apenas uma parte de quem ele era, e que seus outros sentidos estavam mais do que desenvolvidos. Ele começou a se vestir, preparando suas roupas de treinamento e suas ferramentas ninja, com um olhar sério e determinado. Ele sabia que não podia se dar ao luxo de perder tempo, especialmente em um mundo tão perigoso quanto o dos shinobis.

Mas por enquanto, ele permanecia no quarto, desfrutando da paz e da serenidade do momento. Ele se permitiu um momento de contemplação, deixando que seus pensamentos vagassem livremente, conectando-se com a natureza e com a energia da vila que pulsava ao seu redor. Saito sabia que havia muito a ser feito naquele dia, mas também sabia que precisava começar com o pé direito. Ele fechou os olhos por um instante, respirando fundo, e depois se preparou para deixar o quarto, com a determinação de um verdadeiro shinobi.

Após emergir de seu quarto e percorrer os corredores até a cozinha de sua residência, Saito encarou a geladeira como se esta fosse um desafio a ser superado. Com precisão cirúrgica, retirou os ingredientes necessários para seu café da manhã: ovos, verduras frescas e frutas. Com um maestria impressionante, Saito preparou um omelete saudável, repleto de queijo, legumes e tomate. Para acompanhar, escolheu uma salada de frutas frescas, selecionando meticulosamente cada ingrediente e fatiando-os com habilidade. Mesmo privado do paladar desde o nascimento, Saito compreendia a importância de uma dieta equilibrada e saudável, não apenas para manter sua saúde física, mas também para maximizar seu desempenho como um ninja. Ele sabia que seu corpo precisava de cada nutriente e vitamina para manter sua resistência e força, elementos fundamentais para as batalhas que frequentemente enfrentava.

Enquanto preparava seu café da manhã, o gato preto de Saito, Metatron, se aproximou, ronronando suavemente em busca de carinho. Com um sorriso gentil, Saito acariciou o animal, que se aninhou em seus pés como um sinal de gratidão. Como um ninja consciente e responsável, Saito também reconhecia a importância de alimentar Metatron corretamente, garantindo que o felino estivesse saudável e feliz. Retirou uma pequena tigela de comida para gatos da dispensa e a preencheu com uma porção adequada de ração. Metatron avançou em direção à tigela e começou a se alimentar com entusiasmo, enquanto Saito observava com ternura, consciente da importância da companhia do animal e de sua responsabilidade como seu guardião.

Após finalizar o café da manhã e garantir que Metatron estivesse satisfeito, Saito limpou as louças e os utensílios utilizados com cuidado e atenção. Ele sabia que a limpeza e a organização eram essenciais para manter sua casa em ordem e sua mente tranquila e focada. Com tudo em seu devido lugar, Saito respirou profundamente, preparando-se para as tarefas do dia. Ele entendia que cada momento era crucial e que suas escolhas e ações moldavam seu caminho como ninja. Com determinação e coragem, partiu em direção a mais um dia de desafios e aventuras, pronto para encarar o mundo com seus olhos incansáveis.

Saito ansiava por um momento de tranquilidade e introspecção, por isso decidiu subir ao topo do edifício mais alto da vila. Ele caminhou pelas ruas da Folha com uma determinação implacável, cumprimentando outros ninjas que passavam por ele com uma reverência respeitosa. Ao chegar ao edifício, Saito avaliou cuidadosamente a estrutura, procurando os pontos de apoio ideais para a escalada. Ele sabia que precisava de precisão e equilíbrio para enfrentar as fendas invisíveis aos olhos desatentos que permeavam a superfície do prédio. Com uma respiração profunda e focada, Saito começou a escalar a parede do edifício com a agilidade e destreza de um gato selvagem. À medida que subia, a vista panorâmica da vila se revelava diante dele. Saito podia ver com clareza as casas de madeira com telhados de cerâmica, os templos antigos e a ponte que cruzava o rio com serenidade. As colinas verdes ao redor da vila emolduravam a paisagem de maneira majestosa. A brisa fresca e purificante varreu o rosto de Saito enquanto ele se movia, infundindo-o com uma nova energia.

Finalmente, Saito alcançou o topo do prédio e se sentou com as pernas cruzadas, admirando a vista deslumbrante diante dele. Ele podia ver toda a extensão da vila, seus telhados de cerâmica e ruas estreitas serpenteando ao redor. À distância, as montanhas nevadas se erguiam como sentinelas majestosas, um lembrete constante da grandeza e da beleza natural que cercavam a vila. Saito sentiu uma onda de gratidão e serenidade invadir seu coração enquanto observava a vista. Ele refletiu sobre o caminho árduo que trilhou para chegar até ali, os desafios que superou, as batalhas vencidas e as derrotas sofridas. Mas, acima de tudo, ele se lembrou do valor da perseverança e da resiliência, qualidades que o mantinham firme em seu caminho como ninja. Enquanto contemplava a vista, Saito respirou profundamente, absorvendo cada parte da paisagem em sua mente. Ele sabia que momentos como aquele eram raros e preciosos, e que a vida como um ninja podia ser implacável e desafiadora. No entanto, ele se sentiu grato pela oportunidade de viver sua vida de acordo com seus próprios termos, lutando pela paz e protegendo aqueles que amava. Depois de um tempo admirando a vista, Saito decidiu que era hora de descer. Ele se levantou com cuidado, sentindo a energia e a serenidade que aquele lugar lhe transmitia, e começou a escalar de volta para o chão. Com passos leves e ágeis, ele desceu o edifício, sentindo a segurança e a estabilidade de sua habilidade ninja.

Saito, com sua destreza inata, saltava de casa em casa, cortando o ar em uma dança fluida e ágil. O caminho que percorria até o quartel-general era meticulosamente planejado, garantindo-lhe um deslocamento rápido e eficiente pela aldeia. Enquanto voava, um sussurro de inquietação atingiu seus ouvidos, o que o deixou curioso e alerta. Com um salto preciso, o jovem ninja desceu ao chão, ainda sem entender o que estava acontecendo. Sua visão logo se fixou em um grupo de pessoas aglomeradas em torno de algo que parecia ter chamado a atenção de todos naquele momento. O coração de Saito acelerou, e ele se aproximou com cautela, tentando entender a situação.

Sua mente trabalhava rápido, analisando todas as possibilidades, os perigos e as consequências de se envolver naquela situação. O instinto de curiosidade falava mais alto, e Saito não resistiu à tentação de descobrir o que estava acontecendo. Ele se aproximou ainda mais, tentando avistar o objeto de atenção da multidão. Seus olhos perspicazes captaram pequenos detalhes no meio da multidão, que ajudaram a desvendar o que estava acontecendo. Aquele momento era uma mistura de excitação e apreensão, e Saito, com sua astúcia e habilidade, estava pronto para enfrentar qualquer desafio que se apresentasse. Antes que pudesse chegar a uma conclusão, o Uchiha teve sua atenção foi momentaneamente desviada ao avistar de canto a figura de seu companheiro, Tsurugi, se aproximando da cena.

Saito retornou o cumprimento de seu companheiro Tsurugi com uma saudação austera, atraindo sua atenção para o tumulto que se desenrolava à sua frente. A multidão densa de civis se aglomerava em torno de algo que, a princípio, era indistinto para ele. Com habilidade natural e destreza ímpar, o jovem ninja deslocou-se pelo meio da multidão, afastando as pessoas à sua frente, com a firme intenção de descobrir o que se passava ali. Quando finalmente conseguiu alcançar a cena do crime, sua visão foi dominada pela visão daquela criança tão jovem e vulnerável, estirada no chão, lutando para manter-se viva. O coração de Saito afundou-se em pesar ao testemunhar o sofrimento da criança.

Ainda estava viva, mas gravemente ferida e precisava de ajuda imediata. Com seu senso de justiça impecável, Saito não hesitou em procurar ajuda para a criança. Ele encontrou um dos seus subordinados dentro da força Policial da Aldeia da Folha e pediu que se informasse sobre o que tinha acontecido. A resposta que recebeu foi confusa, pois a criança tinha sido atacada por uma nuvem de fumaça. Saito, ainda ambíguo com a resposta, pensou em todas as possibilidades que poderiam ter levado a esse terrível ataque, decidido a encontrar uma solução para salvar a criança.

Saito sentia seu cérebro trabalhando em alta velocidade, tentando encontrar uma explicação para o que acabara de presenciar. Sua mente ágil e perspicaz não deixava escapar nenhum detalhe, como se buscasse uma pista em cada mínimo gesto ou som que pudesse indicar a origem do ataque. Porém, apesar de seus esforços, nada lhe vinha à mente que pudesse explicar um ataque realizado com fumaça. Com a firmeza de quem sabe o que deve ser feito, Saito respondeu a seu amigo com determinação — Se for uma técnica, eu realmente não conheço, mas isso não pode ficar assim — Sua voz grave e decidida mostrava a seriedade com que ele encarava aquela situação. Então, tocando o ombro de seu amigo como um sinal de confiança e do mesmo modo um convite, Saito se impulsionou na direção do topo do prédio mais próximo, mostrando a habilidade adquirida através de anos de treinamento.

Já no alto do prédio, Saito propôs a Tsurugi que o acompanhasse na investigação, ciente de que poderia precisar de ajuda — Sei que é uma pessoa ocupada, Tsurugi, mas poderia me acompanhar nesta investigação? Creio que vou precisar de ajuda. Olhe lá. Vê algo de estranho? — disse ele, apontando para os mercados na rua onde havia acontecido o crime. Enquanto olhava atentamente para os mercados, Saito notou que todas as lojas estavam de portas abertas e seus donos estavam do lado de fora, curiosos com o que estava acontecendo, mas ainda assim, presos à responsabilidade. No entanto, algo lhe chamou a atenção: um dos mercados permanecia fechado, o que parecia extremamente suspeito.

Saito, imbuído de um senso de dever e justiça, desceu do topo do prédio em que estava com Tsurugi e caminhou em direção ao estabelecimento que se mantinha fechado, mantendo a mente focada na tarefa de investigação que tinha em mãos. Ciente da importância de manter as investigações em segredo, Saito instruiu Tsurugi a verificar os três estabelecimentos abertos do lado direito enquanto ele iria aos três do lado esquerdo. Ao chegar no primeiro estabelecimento, um açougue especializado em peixes de água doce, Saito interrogou o dono do local com a firmeza e determinação que lhe eram características, colhendo todas as informações relevantes sobre o ocorrido. Após agradecer ao dono do estabelecimento por sua colaboração, Saito seguiu para o segundo local, mantendo sua postura respeitosa e cortês em cada uma de suas interações.

Com sua mente analítica e meticulosa, Saito coletou todas as informações que pôde sobre o incidente, buscando pistas e elementos que pudessem levar ao esclarecimento do crime. Sua dedicação e comprometimento com a justiça eram evidentes em cada passo que dava, e seu senso de responsabilidade e dever com a comunidade eram os pilares que sustentavam sua atuação como investigador. Saito não deixava transparecer suas emoções, mantendo-se calmo e concentrado mesmo em face dos desafios mais difíceis. Ele sabia que era necessário manter a cabeça fria para alcançar seus objetivos e trazer justiça ao mundo em que vivia. Sua perspectiva era a de um homem destemido, focado e incansável na busca pela verdade, e sua determinação era um exemplo a ser seguido por todos aqueles que aspiravam à justiça e à honra.

Saito dirigia-se com passos firmes e pensamentos imersos em reflexões em direção ao segundo estabelecimento. Enquanto caminhava, suas mentes revolviam incessantemente sobre as possibilidades, conjecturas e suposições acerca da cena do crime que acabara de presenciar. Ao alcançar o local, percebeu que tratava-se de um restaurante oriental extremamente bem ornamentado e, com apreço pela cultura local, adentrou o recinto com curiosidade e entusiasmo. O ambiente estava repleto de ornamentos típicos da cultura oriental, incluindo belos dragões adornando as paredes e delicados pássaros voando pelo teto.

Logo, Saito foi recebido pelo proprietário do estabelecimento, um homem de meia-idade, vestindo trajes típicos e exibindo um sorriso acolhedor em seu rosto. Saito iniciou uma conversa amistosa com o anfitrião, e com sutileza e perspicácia, buscou extrair quaisquer informações que pudessem ser relevantes para a investigação em curso. Após um longo diálogo, Saito concluiu que não havia nada de útil que pudesse ser obtido naquele lugar. Sendo um cavalheiro polido, Saito despediu-se do dono do estabelecimento, expressando sua gratidão pela hospitalidade e pela gentileza demonstradas. Com isso, Saito partiu para o terceiro estabelecimento em busca de mais informações relevantes para a sua investigação minuciosa e meticulosa, torcendo para que Tsurugi estivesse com mais sorte.

Saito adentrou a taverna e foi recebido por uma atmosfera densa de fumaça, álcool e conversas animadas. O ambiente estava decorado com elementos que remetiam à época feudal, com lanternas de papel vermelho penduradas nas paredes e almofadas de seda dispostas sobre os tatames. No entanto, a aparência desleixada dos frequentadores destoava do cuidado evidente na decoração. Enquanto caminhava pelo espaço, Saito notou algumas figuras mal encaradas encostadas nas paredes, com canecas de madeira abastadas de álcool na mão. Ele sabia que teria que ter cuidado para não chamar a atenção de quem não deveria.

Do outro lado do balcão, estava o dono do lugar, um sujeito corpulento de barba grisalha e um olhar perspicaz. Saito tratou de puxar assunto com ele, fazendo algumas perguntas sobre a taverna e os frequentadores. Depois de algumas conversas fiadas e papo jogado fora, Saito chegou no assunto pretendido e questionou o dono do lugar acerca do único estabelecimento daquela viela que permanecia fechado, enquanto todos os outros já disponibilizavam seus serviços. O dono da taverna franziu o cenho e lançou um olhar de desconfiança a Saito antes de responder. Ele explicou que aquele estabelecimento em questão era um local bastante discreto, que só atendia a um grupo seleto de clientes. Por esse motivo, o dono preferia manter as portas fechadas para quem não fazia parte desse círculo restrito.

Saito, arqueando as sobrancelhas em um claro sinal de ceticismo, indagou sobre a aparência dos clientes deste grupo seleto, obtendo uma resposta simples, porém surpreendente. Ao que parece, esses clientes não utilizavam a entrada principal da loja, mas surgiam misteriosamente em seu interior, usando a entrada apenas para deixar o local. Saito, intrigado, solicitou mais explicações ao homem, mas obteve apenas um conto fantasioso e ainda menos esclarecedor. Segundo o relato, havia um boato circulando pela aldeia acerca desses indivíduos, sugerindo que se tratavam de um clã perdido com uma habilidade especial, que habitava as profundezas da aldeia como uma vila parasita, dentro da própria vila. A entrada para tal esconderijo seria encontrada nos arredores da aldeia, em uma caverna oculta, mas o mais intrigante era a existência de uma passagem secreta no subsolo da loja ainda fechada, que levava diretamente até este clã. Ainda perplexo com essa revelação, Saito questionou a credibilidade do relato e sua fonte, buscando maiores informações e detalhes sobre a história e a existência do clã. O dono da taverna, aparentemente desconfortável com o assunto, desviou o olhar e mudou de assunto, tentando desviar a atenção do investigador.

Saito, entretanto, não se deixou intimidar e pressionou o homem, que acabou cedendo, revelando que havia ouvido essas histórias de um antigo morador da aldeia, um homem misterioso que desaparecera há anos, deixando para trás apenas boatos e lendas. A mente de Saito trabalhava a todo vapor, tentando traçar um mapa mental das informações obtidas e conectá-las às outras pistas já colhidas. Embora não pudesse afirmar com certeza a veracidade do relato, a história do clã perdido e da caverna oculta, sem dúvida, representava uma peça importante do quebra-cabeça da investigação. Saito agradeceu ao dono da taverna pela colaboração e saiu em busca de novas pistas que pudessem ajudá-lo a desvendar os mistérios daquela aldeia.

Saito já havia reunido em sua mente algumas ideias a respeito do que poderia estar ocorrendo, e as notícias que recebera poderiam revelar-se relativamente preocupantes. Quando saiu da taverna, onde muitos segredos foram revelados e onde algumas pistas foram encontradas, deparou-se com a figura de Tsurugi, que quase escorregou bem diante de seus olhos enquanto alegava ter encontrado algo de relevante importância. Saito, bem-humorado, retrucou — Bom, então nós dois tivemos sorte! — Sem hesitar, Tsurugi começou a correr, e Saito o seguiu com sua velocidade tranquila e imponente, exalando uma calmaria que nunca antes havia sido vista.

Logo Saito percebeu que estavam indo em direção ao estabelecimento que permanecia fechado, e sorriu de canto ao perceber que Tsurugi havia, no fim das contas, chegado à mesma conclusão que ele. Ao deparar-se com a entrada para o subterrâneo que até então relutava em acreditar existir, Saito colocou ambas as mãos nos bolsos e respondeu a Tsurugi — De fato, o dono da taverna me relatou uma história inusitada e bastante difícil de se acreditar, a respeito de um clã perdido que se esconde no subsolo da aldeia. Bem, pelo visto, trata-se de uma história verídica — Saito sorriu, enquanto observava Tsurugi explorar a entrada secreta com interesse e curiosidade.

Saito examinou a entrada do subterrâneo com uma expressão pensativa, seus olhos avermelhados brilhando com intensidade. O ambiente ao redor era escuro e sombrio, com o ar úmido e impregnado com um cheiro de mofo que deixava uma sensação desagradável no ar. O chão era de terra batida, com pedras soltas e algumas raízes de árvores se projetando para fora do solo. As paredes do subterrâneo eram rochosas e irregulares, dando a impressão de que havia sido cavado com as próprias mãos. Com a voz firme e autoritária, Saito fez questão de ressaltar para Tsurugi a importância de agir com cautela e minuciosidade na investigação, a fim de garantir que não comprometessem a missão e, consequentemente, não deixassem os culpados impunes. Ele sentou-se na borda da entrada, tomando o cuidado de não se arriscar desnecessariamente, e prosseguiu com seu raciocínio.

Saito sabia que a descoberta do subterrâneo era apenas o primeiro passo de uma jornada complexa e desafiadora. Para descobrir a verdade por trás dos crimes e capturar os responsáveis, era necessário seguir uma estratégia cuidadosamente planejada e executada. Ele destacou que a missão deles envolvia descobrir por que os criminosos se escondiam no subsolo e quais eram seus planos. Saito ponderou que, diante do mistério que envolvia o clã perdido, era importante considerar que seus adversários detinham habilidades poderosas e secretas, o que tornava a situação ainda mais delicada. Saito ponderou sobre a possibilidade de montar um destacamento maior para acompanhá-los, já que enfrentar os criminosos sozinhos poderia ser uma atitude arriscada e precipitada. Por fim, enfatizou a importância de não forçar os suspeitos a se revelarem antes que fosse necessário, para não colocar em risco a segurança da investigação e dos envolvidos.