[Rank B] — O vasilhame de ouro

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[Rank B] — O vasilhame de ouro - Postado Qui Mar 04, 2021 6:00 pm

|野郎

Mais uma missão dentre tantas no ritmo intenso que eu havia me proposto até a chegada do Exame Tokujo. Queria estar preparado, física e psicológicamente, e ser um Chuunin havia me proposto experiências onde incumbiam a mim a tarefa de resolver situações ainda mais complexas do que quando eu estava na patente anterior. O Quartel claramente depositava mais confiança em mim após jornadas bem sucedidas e pouco a pouco sentia-me galgando o caminho para o próximo posto. Obviamente, isso me oferecia uma maturidade e necessidade de desenvolver meu próprio ninjutsu e aprofundar ainda mais minha simbiose atrelada aos insetos. Eu literalmente estava me tornando um ninja melhor, podia sentir.

Dessa vez, recebia os documentos referentes à tarefa em mãos por escolha própria diretamente da Sessão de Distribuição de Missões. Ao que parecia, a vila estava passando por problemas com roubos de carroças mercadoras e isso influenciava diretamente a economia do vilarejo. Por ser um caso complexo, seria designado outro ninja para me acompanhar na missão e nosso trabalho seria proteger uma carga importante até o seu destino enquanto resolvemos o problema com os ladrões, mas antes de encontrar-me com o Chuunin que iria também e com os mercadores contratantes na saída do Portão Oeste, gastaria um tempo dando uma boa olhada naqueles documentos.

Se não houvessem ninjas renegados entre eles, provavelmente a missão seria mais fácil de se resolver, mas precisava conferir mais algumas informações estatísticas sobre o caso só por garantia, já que às vezes uma bom estudo de caso pode evitar muitas batalhas desnecessárias.

HP:220/220 | CH:220/220 | Sta:0/4 | Sanidade: 170/170

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Re: [Rank B] — O vasilhame de ouro - Postado Qui Mar 04, 2021 7:30 pm

|野郎

Com os documentos em mãos, mantinha-me concentrado em entender os relatórios referentes a missão. Entre os papéis haviam mapas com marcações de onde aconteceram os roubos, nomes de envolvidos, desde os mercadores furtados até o nome do responsável pelo registro de viagem das carroças na saída da cidade.

— Eles sempre roubam as carroças que transportam os itens mais preciosos, atacando no horário onde a estrada está mais vazia e nos pontos exatos onde possuem vantagem de campo. São excelentes ladrões, não dá pra negar — Falava baixinho enquanto virava as páginas marcadas, cada qual com uma nova informação — Também não vai ser inteligente colocar o transporte das mercadorias em risco só pra pegar esses caras… A melhor situação aqui seria encontrar uma forma de prever onde eles atacariam, e... se eles sempre atacam nas melhores localidades, isso pode não ser difícil. Porra, Treze, tu é um gênio do caralho.

No mapa onde estava marcado o trajeto que seguiríamos para chegar até o local de entrega, vi uma curiosidade que acabou me chamando a atenção. Parece que nós poderíamos tentar uma estratégia interessante, mas infelizmente eu precisaria do apoio do outro Chuunin e também dos mercadores. Será que comprariam a ideia? Infelizmente, só daria para saber quando chegasse ao local de encontro, no portão de saída. Sendo assim, coloquei novamente os documentos sobre o balcão e agradeci ao militar responsável pela distribuição de missões, dando dois toquinhos na mesa e saindo da sala em seguida rumo ao meu destino previsto.

HP:220/220 | CH:220/220 | Sta:0/4 | Sanidade: 170/170

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Re: [Rank B] — O vasilhame de ouro - Postado Qui Mar 04, 2021 10:00 pm

|野郎

Ainda era manhã e o dia ensolarado fazia-me forçar os olhos após passar tanto tempo naquela salinha escura lendo documentos e relatórios. Do lado de fora, vi crianças correndo e trabalhadores cumprindo com seu dia a dia, quase como uma catarse costumeira em meu cérebro. No meio disso, lá estava eu caminhando em direção ao portão de saída oeste.

Chegando lá, encontrei com facilidade o comboio que se preparava para partir após tudo ser devidamente registrado pelo funcionário que cuidava das anotações dos comerciantes. Haviam no mínimo três bois peludos que carregavam baús pesados em suas costas, estes que seguiriam amarrados a outras carroças. Todos os compartimentos estavam abarrotados de itens, a não ser uma única carruagem que carregava sozinha o item mais valioso dentre todos: Um vasilhame de ouro cravado com detalhes em diamantes tão bonito e especial que viajaria numa cabine separada só pra ele.

— Bom dia. Eu sou Treze, o outro Chuunin destinado a ir nessa missão com você.

— Oi, Treze. Eu sou Oshu — Seu olhar era desanimado, mas não parecia ser uma pessoa preguiçosa. Seu tom soava mais como cansado do que qualquer outra coisa — Estamos todos prontos para partir. Serão ao todo sete carroças, três bois com baús de tesouros puxados por elas e quatorze comerciantes que viajarão conosco. Certo? Já podemos ir…

De certa forma, ele não estava errado em assumir o comando daquilo. Era certamente bem mais velho que eu e provavelmente mais experiente. Olhei para todos os lados antes de sair, observando os olhares dos que ficavam pela cidade e certo de que algo errado estava acontecendo desde a partida. Quem sabe fosse só uma sensação, mas esperaria até que saíssemos pelos portões para que pudesse enfim contar o meu plano para Oshu e os outros.

HP:220/220 | CH:220/220 | Sta:0/4 | Sanidade: 170/170

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|野郎

— Oshu, preciso falar com você e com Kanari — O último nome era o do comerciante líder daquele comboio. Ele estava conduzindo a última carroça da comitiva, onde nós também seguíamos ao seu lado sentados no mesmo banquinho de madeira. Os dois me deram atenção e eu continuei — Já passamos pelos portões há uma hora e em breve chegaremos à uma bifurcação que dividirá a estrada. Gastei um bom tempo olhando o mapa e comparando as informações sobre os roubos excessivos que estão acontecendo e pude reparar que os ataques acontecem de uma forma muito certeira, sempre visando os lotes mais valorosos. Isso me faz pensar que os bandidos estão recebendo informações internas com rotas de itinerários e preços… De que outra forma pareceriam ser tão bons?

O balançar da estrada naquela carroça movimentava as nossas cabeças uniformemente. Quebrando o som do galopar dos cavalos, Oshu foi o primeiro a falar.

— Sim… Realmente é estranho. E o seu plano é pegar outra rota pra confundir os saqueadores? Evitar o confronto direto não vai nos fazer pegá-los, como também é nossa missão.

— Bom, mais ou menos. Isso ainda não resolveria o caso, claro, mas ajudaria na segurança da comitiva e certificaria que os itens cheguem ao seu destino — Olhei para o céu para observar um pássaro que fazia uma pequena sombra durante seu vôo — Sugiro que uma carroça ainda seja levada pelo trajeto previsto, mas além do condutor, eu também irei. Oshu, você protege o comboio oficial que seguirá pela esquerda enquanto eu vou pela direita e me infiltro no esconderijo deles pra acabar com todo esse esquema.

Dessa vez, foi Kanari quem tomou a palavra.

— E como você pretende encontrar o lugar onde os malditos se escondem tão facilmente?

— Relaxa, vovô. Eu sou um ninja.

HP:220/220 | CH:220/220 | Sta:0/4 | Sanidade: 170/170

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|野郎

Eu ainda podia sentir o balançar da carroça, mas naquela forma eu parecia ficar mais enjoado com a viagem do que antes. No momento, eu estava sozinho dentro do compartimento de bagagens apenas ouvindo os sons abafados que vinham lá de fora. Como companhia, um homem calado guiava seu solitário veículo pela estrada vazia, assoviando uma música que eu tenho certeza que já ouvi a melodia em algum lugar.

A outra parte do comboio seguiu pela esquerda, desviando do itinerário pré-programado para que pudéssemos testar a teoria. Foi um pouco difícil convencer Oshu a me deixar vir sozinho enquanto ele também ficava por conta da proteção das carruagens, mas no fim ele admitiu ser uma boa estratégia, assim como o líder dos comerciantes - este que só queria mesmo proteger seus itens e pouco se importava com o que fizéssemos. Sendo assim, quando a estrada se estreitou entre dois paredões altos de pedra foi quando eu ouvi os primeiros sinais da presença de outras pessoas, principalmente pelo fato do condutor ter parado de assoviar.

— Parece que começou — Disse para mim mesmo enquanto sentia o solavanco da carroça freando e ouvia o “eia” do condutor para que o cavalo interrompesse o trote. Ouvi o mesmo condutor dizer que não iria resistir, pedindo encarecidamente que não os saqueadores não o machucassem. A atitude de rendição pareceu dar certo, visto que a primeira atitude dos homens foi abrir o pano que fechava a carroça e finalmente me encontrar ali, sozinho no bagageiro: o que não seria um problema, pois como disse antes, eu sou um ninja.

HP:220/220 | CH:220/220 | Sta:0/4 | Sanidade: 170/170

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|野郎

Eu podia sentir os olhos dos bandidos em mim enquanto permanecia imóvel no bagageiro.

— Aí chefe, alguma coisa deve ter dado errado — O homem estava com a mão apoiada na cintura enquanto descobria a carga solitária e via apenas um item — Parece que só tem uma carroça do comboio aqui, mas vem cá dar uma olhada nisso.

— Hm... é o Vasilhame de Ouro — O chefe era um homem alto que parecia ter o respeito absoluto dos saqueadores — Esse objeto é mais valioso que todos os outros itens juntos. Eles são bem idiotas por transportarem algo desse valor assim de forma tão descuidada. Não chega a ser estranho? Aí, me tragam o condutor.

Outro homem do grupo trouxe o velhote pelo colarinho e o jogou no chão aos pés do chefe.

— Porque você está sozinho com o vasilhame? Onde estão as outras carroças?

— É qu... q-que... — O homem gaguejava, tomado pelo nervosismo que o medo trazia — O Grão-Mercador achou que viajando assim chamaria menos atenção…

Ouvi o baque de um chute e um bufar do carroceiro enquanto desmaiava graças ao golpe. Tsc, por pouco eu não acabei com todo o plano só pra não deixar que o pobre condutor de charrete apanhasse, mas precisei me manter parado enquanto ouvia tudo isso acontecer, ainda em forma de Vasilhame de Ouro através do Henge. "Obrigado tiozinho, desculpa te fazer passar por isso". De repente, senti as mãos de alguém me segurando e tirando do lugar.

— Nossa, esse bagulho é pesado mesmo — Isso porque o Henge não altera o meu peso.

— Muito cuidado com isso, se você estragar um cravejadinho que seja desse vaso nós vamos ter perdido nosso tempo à toa — O chefe comandava todos aos cavalos para que partissem — Vamos, rapazes! Isso foi mais fácil do que imaginávamos. Ihaaa!

Os animais começaram a correr, deixando apenas um efêmero rastro de poeira para trás.

HP:220/220 | CH:220/220 | Sta:0/4 | Sanidade: 170/170

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|野郎

Ainda em forma de Vasilhame de Ouro eu permaneci, e assim finalmente chegamos ao esconderijo do bando cerca de vinte minutos após a partida. No trajeto, os homens riam e brincavam uns com os outros enquanto guiavam seus cavalos estrada afora. Como passatempo, cada um teve o seu momento de dizer o que faria com todo o dinheiro que haviam acumulado com os roubos. Alguns tinham o pressuposto de só cometer crimes para poder ajudar a família, outros atenderiam a própria luxúria, bem como existiam aqueles que continuariam fazendo o mal para a sociedade já que essa é a única forma de vida que conhecem: como era o caso do chefe - e eu, sendo carregado por um dos capangas, ouvia tudo de primeira mão. “Esse é o tipo que eu mais odeio”.

No esconderijo, um pequeno casebre abandonado no meio da floresta onde não é esperado que um bando grande como aquele esteja vivendo, me colocaram sobre uma mesa e ficaram à minha volta, alguns admirando e outros intrigados com o quanto eu devia ser valioso. Bom… não eu, claro, mas o Vasilhame. Pra ser sincero, a essa altura eu já sabia que eles não trabalhavam com nenhum ninja renegado ou coisa do tipo, então não havia motivos para que eu os temesse. Sendo assim, antes que eles tivessem a oportunidade de conferir mais de perto e perceber que tinha algo errado com o brilho dos diamantes cravejados, uma pequena fumaça tomou conta da mesa e no lugar do objeto existia agora apenas um garoto deitado usando um nariz de palhaço e com um sorriso irritante no rosto.

— Surpresa! — Estendi os braços de forma contente — Ih, porque essa cara? Não gostaram da entrada?

HP:220/220 | CH:220/220 | Sta:0/4 | Sanidade: 170/170

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|野郎

Não houve aplausos, pelo contrário: Um silêncio ensurdecedor se instalou naquela sala. Os homens raciocinavam sobre o acontecido e confesso que confesso que eles demoraram mais do que eu esperava para começarem a me atacar. Finalmente, ouvi o primeiro grito de um deles em uníssono com o som de lâminas de aço sendo desembainhadas. Aquele era um cômodo pequeno onde eu estava de pé sobre a mesa e dez homens me circundavam. Enfim o embate começaria, mas duraria tanto tempo assim?

Tudo acontecia tão rápido.

Através da minha percepção apurada de movimento e de velocidade, acompanhei quase como se estivessem em câmera lenta todas aquelas movimentações. Foram arremessadas em minha direção algumas facas, kunais e shurikens, tudo isso enquanto os homens se aproximavam para poder fatiar o meu corpo com as lâminas afiadas.Obviamente, eu não poderia ficar apenas assistindo aquele ataque em massa.

Quatro selos, 1 segundo completo até que a cúpula rotativa em alta velocidade de insetos tomasse forma para me proteger de todas as investidas dos saqueadores. Não eram versados em nenhuma arte de luta e suas armas não exerciam dano significativo em mim. Por outro lado, eu não era tão inexperiente quanto eles: De dentro da cúpula preparei mais quatro selos. Dessa vez, canalizei meu chakra de forma ofensiva, levando-o até o meu cabelo que dispararia milhares de agulhas finas pela área na intenção de torná-los minhas almofadas de alfinete.

HP:220/220 | CH:118/220 | Sta:1/4 | Sanidade: 170/170

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|野郎

O combate gerou uma pequena comoção de gritos e gemidos, já que agora que estava rodeado de homens deitados que apenas exerciam sons de “ai” ou outras lamúrias indecifráveis. Ouvi um ruído de fora vindo do lado de fora daquele casebre. Acho que, no fim das contas, o chefe já estava um pouco desconfiado daquele meu plano e foi o único a não ficar na mesma sala que eu.

O fato é que ele subiu nas costas de seu cavalo e após várias batidas fortes de calcanhar saiu em disparada. “Ele tá tentando fugir”, então do segundo andar, colidi meu próprio corpo com a vidraça da janela e deixei que meu corpo caísse no chão, onde rolei e estendi a mão com velocidade e enviei insetos que puxaram o pé do cavalo como se fossem uma extensão o meu próprio braço, cerca de quinze metros de comprimento. O cavalo desequilibrou e caiu de lado no chão, esmagando a perna do homem que chefiava aquele esquema e fazendo-o soltar um grito de dor. Ainda assim, quando o cavalo se levantou e correu, o homem ainda tentava se arrastar como um verme em pânico para longe de mim.

— Eu não acredito que você tava indo sem se despedir.

Isso era inaceitável, afinal ele tinha tantas perguntas para me responder…

HP:220/220 | CH:118/220 | Sta:1/4 | Sanidade: 170/170

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|野郎

No fim do interrogatório, descobri que quem passava todas as informações mastigadas para o bando era um funcionário interno da vila, o responsável pelos registros de todas as cargas, como também os valores dos itens e as rotas que usariam. O homem mais tarde seria preso, assim como o restante do bando junto com o seu líder.

Usei o próprio cavalo do chefe - com ele amarrado na garupa e com a perna quebrada - para chegar novamente até a estrada e encontrar Oshu e o comboio no local combinado anteriormente. A essa altura eles já faziam o percurso de volta, tendo cumprido com todas as entregas de itens - principalmente do Vasilhame de Ouro - sem intempéries. Aliás, o outro Chuunin disse que precisou enfrentar um ou outro bandidinho de meio de estrada, mas nada que se comparasse a um grande bando que trabalhava de forma inteligente e coordenada. Por sorte, tivemos a chance de pegá-los desprevenidos em um bote certeiro, no mais, teria sido muito difícil capturá-los sem que escapassem ou até mesmo recuperar os itens que eles mantinham escondidos no porão daquele casebre.

Ao que parecia, os militares do QG ficaram felizes com nossa desenvoltura em missão, principalmente pois poderiam explicar para o Hokage que o serviço havia sido feito e que a economia do vilarejo já não estaria mais em ameaça agora que agora as estradas estavam livres daqueles saqueadores. Assim, eu me despedi do sol da mesma forma como me despedi daqueles mercadores, feliz pelo desenrolar daquela missão e com o vilarejo em paz - como tudo deveria ser.

HP:220/220 | CH:118/220 | Sta:1/4 | Sanidade: 170/170

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