RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Kaginimaru


Shüra
Kazekage
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Títulos : Sem título
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I - Sigo Na Sombra
Sons de outras dimensões, contrariando as previsões


O
Dentro do grande gabinete em formato de cúpula, Shüra observava, sentado em sua poltrona, seu chapéu sobre a mesa de seu escritório. O cômodo estava devidamente organizado, alguns documentos empilhados em um canto da mesa próximos há uma pena e um tinteiro, aberto, ao centro, um pergaminho se encontrava aberto, a primeira olhada, parecia simples como qualquer outro de sua categoria, a não ser por um detalhe, não importava o quanto forçava os olhos, o Kazekage de longos e belos cabelos brancos não conseguia ver o que estava sendo ali descrito, só enxergava um grande borrão negro que se movimentava e tapava por completo o conteúdo do pergaminho.

Confuso e com algumas dores na cabeça, foi até a janela mais próxima, localizada exatamente às suas costas quando sentado. O céu tinha uma coloração laranjada, o sol estava se pondo e junto com ele as luzes internas das casas e as das ruas se acendiam para iluminar a fria noite que o deserto proporcionava a quem nele buscava moradia. Era mais um fim de tarde calmo e agradável como de costume. A agitação de passos dentro do gabinete era audível de dentro do escritório do Kazekage. Já estão partindo, logo mais ficarei sozinho novamente nessa imensidão arquitetônica. Esboçou um pequeno sorriso ao terminar de refletir sobre a movimentação pelos corredores feita pela partida dos que trabalhavam dentro do gabinete, o kage sempre se deleitava quando somente em sua companhia na grande cúpula.

Alguém se movimentava no corredor em frente a porta de Shüra, os passos pesados ficavam cada vez mais altos. O som cessou e, pela soleira da porta, era possível ver uma sombra postada em frente. Três leves batidas vieram quase em seguida do vulto parar. Está aberta, entre! Como ordenado, alguém abriu suavemente a porta do escritório e com cinco passadas longas, parou no centro do cômodo. Desculpe o incômodo senhor, só gostaria de lhe avisar que todos já foram e também estou indo, irá permanecer mais um pouco? Algo estava estranho, assim como o pergaminho na mesa, Shüra não conseguia identificar quem era, se esforçava, porém só enxergava uma silhueta totalmente coberto por uma nuvem negra, a voz também tinha algum tipo de alteração, não parecia orgânica. Vou deixar um pouco da papelada adiantada para amanhã, então vou ficar por mais uma ou duas horas, creio eu. Sem dizer nada, a pessoa fez uma reverência ao Kazekage e saiu, fechando a porta e saindo no corredor em direção as escadas que davam acesso aos andares inferiores.

Minha cabeça dói! Talvez todos esses papéis estejam me fazendo um pouco mal, vou subir para o terraço um pouco para tomar um pouco de ar. Se levantou, devagar pois tinha medo do mal estar piorar caso fizesse movimentos muito rápidos e bruscos. Pegou de sua mesa seu chapéu e seu manto que anteriormente estava pendurado em um gancho na parede a sua esquerda, próximo a um quadro em que o conteúdo também estava coberto por um tipo de névoa. Próximo a porta, parou por cinco segundos, sem se mexer e então voltou a si, apagando assim as luzes do escritório e fechando a porta e passando a chave no trinco da mesma.

Com passos curtos, seguiu corredor a dentro rumo a escadaria, essa que recentemente tinha passado por reformas por ordem de Shüra, anteriormente os degraus estavam um pouco degradados e após uma avaliação meticulosa, achou melhor trocar o antigo material delas por um mármore com uma coloração próxima ao bordo, totalmente trabalhado para dar uma aparência mais jovial ao local em contraste com o restante do prédio. Talvez eu mande mudar isso novamente... Ou faça uma reforme geral, algo aqui não me agrada.

Agora no topo do prédio, suas vestimentas balançavam com os ventos, esses que ganhavam forças com o andar do dia e na transição para noite parecia duplicar sua velocidade. Nesse momento era necessário levar uma de suas mãos ao chapéu para que esse não voasse e se perdesse em algum beco ou viela do vilarejo e, com a outra sobressalente, com muita dificuldade retirava alguns bocados de seu cabelo que atrapalhavam sua visão. É uma noite diferente do habitual... Já no parapeito, conseguia observar todos os cantos de Sunagakure juntamente com suas grandes muralhas. Nós somos tão... pequenos. É importante fazer com que sejamos temidos e respeitados por cada canto desse mundo.

Olhou para o céu para observar a lua, mas não a encontrou, em seu lugar, via apenas uma única e pequena estrela que por sua vez acabara o hipnotizando. É linda... Seu brilho aumentava gradativamente e subitamente, tomou toda a visão de Shüra com um grande clarão. Assim como me pediu pequeno mestre, lhe mostrei o seu maior desejo, escondido no fundo de seu interior. É por isso que seu âmago deseja. Ao abaixar a cabeça, Suna tinha sumido, estava em um grande vazio tão branco quanto o leite e a sua frente estava Hermes, um ser que seu subconsciente desenvolveu para que o garoto se auto guiasse em sua jornada, esse vindo como inspiração de uma obra lida em uma de suas aventuras anteriores. Está me dizendo que o que desejo é me tornar Kazekage? O velho consentiu com um movimento suave com a cabeça. Você está louco Hermes, completamente louco. Essa vila desgraçou a vida de meu pai e o tornou um lunático, tudo o que mais quero é acabar com ela e com todos que aqui estão. O sábio veio até o genin e colocou suas mãos sobre seus magros ombros. Isso é o que você acha que quer Shüra, mas não é o que realmente quer. Ainda estamos no início de sua jornada de autoconhecimento, você irá entender tudo mais para frente. Mas pense, nas possibilidades que terá se tornando Kazekage e guiando Suna para a glória eterna, imagine seu nome sendo dito como um líder formidável e temido por todos. Você vai poder mudar o sistema, de dentro dele. Eliminar todos que se oporem a você! Esse é o seu sonho Shüra, se tornar Kazekage é o seu verdadeiro desejo.

O jovem acordou, estava dormindo com um livro aberto caído sobre seu rosto. Se levantou e, sem saber porque, olhou para o céu, e ali viu, em uma noite de céu limpo, a mesma estrela que tinha visto em sua visão proporcionada por Hermes. Levando sua mão com o punho cerrado, tapou a pequena estrela de sua visão. Kazekage? Tsc. Não me diga uma baboseira como essa.







Última edição por Shüra em Sex maio 28, 2021 2:19 pm, editado 2 vez(es)
Shüra
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Ōkami
Mestres de RPG
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o novo kazekage

aprovado
Ōkami
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Shüra
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II - Filhos do Fim do Mundo

Não estava muito longe de casa, sempre que o jovem queria ficar sozinho conectado com a natureza ao seu redor, que no caso se resumia em areia, poucas árvores isoladas e algumas rochas e minérios, ele se dirigia para o extremo leste da vila onde havia apenas algumas ruínas de uma construção antiga soterrada quase que totalmente pelas partículas rochosas de tom amarelo que dominava por completo o deserto do país do vento. Shüra considerava esse lugar seu templo particular, apesar de boa parte da estrutura estar praticamente enterrada, alguns locais do mesmo tinham difíceis acessos e, em seu interior, possuía um clima agradável para permanecer graças a ausência do forte sol característico de Suna.

Recém acordado de um sonho onde, segundo Hermes, lhe era apresentado o seu verdadeiro desejo, o genin retomou sua leitura em um livro antigo cedido por empréstimo por seu atual tutor, Dégel. Subitamente o garoto sentiu um leve toque em seu ombro direito, sentindo-se completamente ameaçado por tal ato silencioso e misterioso, o mesmo rapidamente sacou uma de suas kunais que sempre carregava consigo em sua bolsa e se girando de encontro ao desconhecido que ousara tocar em seu corpo, o colocou contra a parede e pôs a ponta da fria lâmina em contato com o pescoço do estranho. Se acalme Shüra, sou eu, Slan! Qual é a droga do seu problema seu pirralho maldito. Talvez por efeito do resquício de sono, não reconheceu de imediato sua “irmã mais velha”, adotada também anteriormente por Dégel, seu atual tutor. Ela tinha dezoito anos completos, seu corpo não era de uma criança, possuía já fisionomias de uma mulher adulta com belas curvas. Possuía longos cabelos turquesa muito parecido com videiras, sua pele era tão branca quanto a de Shüra, sua altura era maior que a do garoto, algo em torno de dez centímetro apenas, que já estavam diminuindo com o rápido crescimento do garoto. A jovem possuía vestimentas extremamente provocantes - talvez para utilizar sua beleza como arma de persuasão – usava um bustier corset que cobria seus seios e finalizava pouco antes de começar suas pernas, cobrindo apenas suas genitálias, por cima de tudo, usava um sobretudo preto que ora passa a impressão de serem assas como a de um demônio, mas isso foi criado pela cabeça de Shüra para tentar esconder qualquer tipo de atração que sentia por tal.

Como me encontrou? A bela mulher franziu o cenho, sem dificuldades desarmou o garoto e o pôs contra a parede, utilizando a kunai do mesmo para tomar controle da situação. Qual seria a dificuldade de encontrar um genin qualquer como você? Há-Há-Há. Slan soltou o garoto, fazendo-o cair no chão, se machucando levemente em alguns pontos. Grisha me pediu para vir te buscar, ele está preocupado com a demora do bebezinho para voltar para casa. Saiba que esse seu lugar não é nenhum segredo, todos naquela casa maldita sabem daqui. Vamos logo, ou eu te levo a força. Shüra exalava ódio, não queria acreditar que a Chunin da areia foi enviada por seu tutor para vir lhe buscar. Se não gosta daquela casa, porque diabos você continua lá? O que planeja? Slan esboçou um grande sorriso. O que seriam deles sem mim? Eu sou o orgulho deles! Só minha presença lá já é motivo para eles ficarem satisfeitos, além de que dou uma minúscula parcela do dinheiro que ganho para eles. Desde do momento que Shüra foi adotado por Grisha – um velho amigo de seu pai que o recebeu de braços abertos após a perde do garoto – sempre viu o desprezo de Slan por todos na casa, incluindo ele mesmo. Ela se sentia superior a todos, e recentemente havia rumores que logo seria promovida a Jounin, o que fez seu ego inflar muito mais e menosprezar a todos. Seguindo as ordens, o genin se levantou e seguiu atrás da bela moça até o trajeto em casa.

Conhecidos na região periférica da vila por serem órfãos e por cada um deles terem mistérios envolvidos em seu passado, em um determinado ponto se viram rodeados por comerciantes que os fitavam com desaprovação e desprezo. Dentre alguns murmúrios incapazes de serem decifrados, era possível distinguir alguns gritos, insultando Slan de todas as maneiras possíveis, em sua maioria a chamavam de vadia suja. Lançado por um desses comerciantes, um tomate velho e podre atingiu a lateral direita do rosto da bela moça. Slan, porq- Antes de conseguir terminar, a chunin o interrompeu. Cale a boca e mantenha a postura enquanto passamos por aqui fedelho, não de o prazer a esses fracos de lhe verem cabisbaixo com a situação, isso apenas vai piorar a situação. Siga quieto! Pela primeira durante desde que conhecia a mulher, Shüra percebeu o quão forte ela era espiritualmente, e aceitou sua ordem sem nenhum problema, afinal, percebeu que a melhor alternativa era apenas ignorar tudo e todos ali.

Já distantes da multidão que insultava a jovem incansavelmente, o garoto voltou a indaga-la sobre o que tudo aquilo significava. Escute Shüra, antes de ser resgatada por Grisha, eu fiz o que tinha que fazer para sobreviver, infortunadamente estou sozinha desde meus oito anos, então tive que abrir mão da minha infância e inocência para ter o que comer. Em uma bela noite, me deitei com quem não devia e houve retaliação, fui encontrada apodrecendo inconsciente em uma sarjeta qualquer por nosso pai, a partir desse dia passei a ser difamada e, Grisha juntamente com sua família, passaram a ser alvos de ataques por abrigarem alguém como eu. Parou um instante, se virou para o genin, olhando-o severamente. Preste atenção, nós devemos nos manter fortes sempre, não podemos baixar a cabeça para absolutamente ninguém, jamais perca o seu orgulho, nunca demonstre fraqueza perto de ninguém, nunca!

As palavras anteriores de Slan ainda mexiam com a cabeça do garoto, ele mal conhecia o passado da jovem e ela jamais tinha sido tão aberta com ele como fora a pouco. Por que você foi tão receptiva? Poucos minutos e estavam na soleira da porta da casa que viviam. Chegamos, trouxe o fracassado comigo. Não vou ficar agindo de babá para esse merdinha, então coloquem ele em uma coleira.

Shüra
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Humano demais

 “O homem em seu “estado de natureza” é fundamentalmente bom, entretanto quando a ideia de propriedade se desenvolve, a sociedade passa a criar um sistema de leis impostas por proprietários para protegê-la, especialmente daqueles não tem em sua posse nenhum tipo de propriedade sequer. Essas leis vinculam as pessoas de forma injusta, criando lacunas cada vez mais maiores, dessa maneira é correto afirmar que o homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado.” Shüra fez a leitura dessa afirmação em um dos mais diversos livros que haviam empilhados em um dos cantos do cortiço que vivia com a família que lhe adotou, e, de imediato soube da veracidade desse pequeno texto, no entanto, ao final deste dia em questão se questionaria sobre esse estado de natureza.

O sol ainda não tinha começado a nascer, o crepúsculo iluminava os céus como se fosse um abre-alas para o surgimento do grande astro. A temperatura se encontrava instável, a transição da noite fria para o começo de mais um dia quente no deserto era desconfortável para boa parte das pessoas que não estivessem acostumadas com essa mudança brusca.

Nos subúrbios mais ao sul de Suna, em uma simples e pequena moradia, a pobre família foi despertada aos gritos e barulhos ensurdecedores que ecoavam por todos os cômodos. Todos se levantaram as pressas e correram para a entrada da residência, de onde os ruídos se originavam. Para a surpresa de Shüra, o causador disso tudo era Grisha, o velho amigo de seu pai que o adotou após a morte do mesmo, ele estava visivelmente bêbado e trazia consigo uma garrafa de sakê já pela metade. Exalava um odor extremamente forte de álcool, suas roupas estavam rasgadas, as lentes de seus óculos estavam quebradas e possuía marcas de hematomas por todo o corpo. O que houve, meu amor? A esposa do homem correu para segurá-lo, já que mal conseguia permanecer em pé sem se debater contra os móveis e/ou até mesmo se espatifar no chão. Estamos ferrados! Hic! Maldito soluço! Hic! Não temos dinheiro e vão nos despejar em uma semana caso não paguemos todos os alugueis atrasados. Hic! Grisha finalizou com um último soluço e adormeceu com a cabeça no peito da mulher. Era a primeira vez que Shüra tinha visto o homem naquelas condições. Deplorável. O genin se prontificou a ajudar a leva-lo para cama.

O dia demorou a passar, todos com exceção de Slan permaneceram na casa esperando Grisha se recuperar e explicar a situação com mais clareza. Pouco antes do pôr do sol, o homem se levantou da cama onde estava deitado e, com passos lentos e ainda desengonçados, se dirigiu até onde todos estavam reunidos. Com um olhar sombrio que não era de costume dele, parecia procurar silenciosamente por algo naquele ambiente. Onde está Slan? Sua fala, ao contrário do habitual, foi extremamente fria e rígida. Está em uma missão, saiu pouco depois da cena que você fez. Shüra o fitou com o cenho sério, apesar de não se importar com Grisha ou o restante das pessoas que viviam com ele, não aceitava essas atitudes sem classe, o genin considerava que somente a ralé deturpada e carente de modos agia de maneira pífia, para ele, o mais importante era manter a postura, independente do que aconteça. Então será você moleque! Tem aparência de mulher, tenho certeza que vão adorar brincar com você! Há-Há-Há! Vá se lavar! Você tem trabalho hoje a noite. O jovem não entendeu exatamente o que Grisha queria dizer com isso, mas o homem logo o pegou pelo braço e o arrastou em direção ao pequeno lavatório que havia aos fundos da casa. Esteja pronto em dez minutos.

Seguindo as ordens, Shüra se lavou e vestiu-se o mais rápido que conseguiu. Ao voltar para casa, a esposa do homem lhe pediu para sentar na cadeira, tinha em mãos uma escova de cabelos com as cerdas já envelhecidas e rígidas, o garoto consentiu e se sentou. A mulher passou a escovar seus lindos cabelos brancos com suas mãos tremulas. M-Me desculpa... me desculpa. Ela sussurrava pedidos de desculpas ao ouvido do genin enquanto a mesma chorava. Está bom, vamos logo garoto! De maneira agressiva, Grisha tomou novamente Shüra pelos braços e saíram de casa.

Estavam indo rumo a periferia localizada a oeste de Suna, o garoto não tinha passado por essa região da cidade ainda, não tão a fundo da área como estavam entrando. O que significa isso, Grisha? Para onde está me levando? Apesar de toda a situação adversa que se encontrava, o garoto manteve a calma a todo momento, estava confuso e queria explicações. Você está vivendo e comendo as minhas custas, eu já não tenho mais dinheiro para bancar um pivete inútil como você, e é por isso que vai trabalhar para me recompensar, se quiser continuar vivendo sob um teto. Shüra parou e com facilidade soltou seu braço da mão do homem. Eu já não lhe dou o dinheiro que ganho em missões e com meu salário? Como você está sem dinheiro? O olhar de Grisha ficou ainda mais sombrio, era como se ele já não estivesse mais no controle de si mesmo. Aquela mixaria? Há-Há-Há! Como você é piadista em pirralho! Isso não é o suficiente. Agora venha, estamos chegando! Agarrou o jovem novamente e deu continuidade a seu trajeto que já estava sendo finalizado.

Os dois dobraram um beco quase que totalmente sem luminosidade, salvo por um pequeno feixe de luz que conseguia escapar pela soleira baixa de uma porta de metal. Grisha bateu fortemente na mesma e pouco tempo depois ela foi aberta, de dentro surgiu um homem que ao olhar para Shüra abriu um largo sorriso amarelo. M-me desculpe! A vadia não estava em casa, m-mas eu posso garantir que vocês irão se divertir com o garoto. Finalmente o jovem percebeu o que estava acontecendo, ele estava sendo alugado por uma noite. Grisha, o que pensa que está fazendo? O sorriso do homem gordo desapareceu, e o tutor de Shüra percebeu isso rapidamente, se virou para o garoto e lhe deu um forte tapa em seu rosto. Você vai fazer o que eu mandar você fazer! Você foi comprado por uma quantidade generosa de ryous, é bom que satisfaça esse homem! E nem tente nenhuma gracinha, você matou seus irmãos, seu pai morreu por sua culpa e eu sei o que fez com aquela criança em uma de suas missões, isso é o suficiente para ser preso ou até mesmo morto. Faça! O jovem nunca sentiu tamanho ódio em sua vida, mas sabia que não podia fazer nada para fugir da situação. GRISHA! Eu vou te matar lentamente, vou fazer você implorar pela sua vida, você vai ver a sua energia vital escorrer pelas suas mãos e não poderá fazer absolutamente nada. Se virou para o grande e gordo homem dentro da porta, que lhe abriu caminho para passar, para a surpresa e infelicidade de Shüra, ele tinha em sua companhia mais um ogro que aguardava já completamente despido.

A noite mais perturbadora da vida do jovem chegou ao fim, seus pensamentos estavam se entrelaçando e nada fazia sentido nesse momento para ele. Com passos rápidos, saiu pela porta que entrou e deu de cara para o beco que Grisha o trouxe anteriormente. Estava sozinho e ainda faltava cerca de uma hora para o nascer do sol. Shüra se sentia completamente enjoado e acabou vomitando duas vezes antes de conseguir se mover pelas vielas novamente. Havia resquícios de sangue em sua boca, e esse também lhe escorria pelo meio de suas pernas. Se lembrou vagamente do que tinha lido no dia anterior, seus olhos encheram de lágrimas, mas apenas uma gota escorreu pelo seu rosto. O ódio estava marcado em seu olhar e expressão, a partir dessa última noite, Shüra havia mudado sua perspectiva sobre a humanidade. A essência dessa raça maldita é o mal. Desde o começo o homem é nascido e abraçado pela desgraça.


Shüra
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Eu ainda estou vivo

 

[...]

Houve uma passagem de seis meses desde o início do trabalho que Shüra executava de maneira forçada por Grisha, tendo dado continuidade com isso pelo menos uma ou duas vezes por semana. O jovem viu suas esperanças se esvaindo ao longo do tempo. Via anteriormente, em seu pai adotivo, alguém em que pudesse usar como escape de seus pensamentos sórdidos sobre sua vida e futuro, era em Grisha que - de maneira inconsciente - o belo rapaz conseguia ver um relance de fé para dar continuidade em sua vida e se manter são em relação aos mais diversos assuntos. O bizarro foi que em apenas uma noite ocorreu a virada de chave na vida do Hatake, o seu tutor enlouqueceu de uma hora para outra com as mais diversas dívidas e ameaças que recebia e para a infelicidade de Shüra, ele passou a ser usado como objeto de renda para um dinheiro sujo.

Nascido para morrer. Vivo para sofrer. Aos poucos o olhar do jovem rapaz foi se alterando, as coisas passaram a não fazer mais sentido e seu trabalho noturno com os mais asquerosos homens de Suna simplesmente não o incomodavam mais. Não sentia felicidades, nem tristeza e nem ao menos sabia se sentia raiva de Grisha ou não. Eu existo e minha consciência sobre isso é a própria prova de tal existência miserável, mas qual o motivo de ainda estar vivo?

Era madrugada, a luz do luar iluminava a solitária e triste volta de Shüra para casa após satisfazer os desejos imundos de um cliente. Com muitas dificuldades em se manter de pé e andar com compostura, o garoto não suportou a grande dor que sentia por todo seu corpo e desabou próximo a uma lata de lixo em um beco qualquer. Precisamos conversar, garoto. O chunin abriu seus olhos, flutuava em meio ao vazio totalmente cercado pela escuridão e silêncio absoluto, com exceção da grave e rouca voz já familiar para ele. Logo, o ambiente se alterou, o garoto pode sentir o vazio correndo e logo se transformando no interior de uma bela e aconchegante cabana aos pés de uma montanha. Já faz um tempo que não nos falamos… Tenho observado tudo o que tem acontecido com você meu rapaz. O Hatake se virou para a direção da voz, onde pôde avistar ali seu conhecido, Hermes. Este sendo um homem velho vestido em uma túnica vermelha e chapéu de mesma cor, trazia em sua roupa a representação das mais diversas constelações que se alteravam e se moviam suavemente com o passar dos minutos. É um belo lugar. Você tem um ótimo gosto para casas, ao contrário de suas roupas. O velho gargalhou com o comentário sarcástico vindo do menino. Sentado com um grande livro aberto que continha em sua capa o símbolo que representa Hermes, o caduceu - um bastão em torno do qual se entrelaçam duas serpentes e cuja parte superior é adornada com asas. Você está perdendo o foco e sabe disso, Shüra. Não almeja mais fazer de todos no mundo seus subordinados? Não quer mais alcançar a glória eterna e fazer com que todos se ajoelhem perante vós? Estás a perder a sua obstinação? O garoto tomou assento em uma poltrona logo à frente da clareira ali presente, ao lado de onde o velho estava sentado. Não sei se isso ainda faz sentido para mim, Hermes. Minha visão sobre o mundo está turva… Apesar de todas as merdas, anteriormente eu conseguia enxergar esperança e compaixão na humanidade, mas agora… Sinto que todos estão perdidos enquanto se banham no pecado. O mago então fechou seu livro e o lançou no fogo, as cores deste se alteraram para um vermelho cintilante enquanto emitia ruídos parecidos como gemidos e gritos de desespero. Qual é seu sonho, garoto? Faça uma introspecção rápida e então me diga. Agora totalmente hipnotizado pelo queimar do livro nas chamas ardentes, o garoto sentiu algo sair de maneira inconsciente de seu âmago e se transformar em palavras que respondiam a indagação de Hermes. E-eu… desejo poder e glória. Sair da miséria e ter meu próprio país, quero liderar meu próprio império e subjugar todos que se colocarem contra mim. Eu desejo ser temido e respeitado, eu quero que me vejam como a luz no fim do túnel enquanto eu os lidero em busca de meus próprios anseios.

Hermes suspendeu o fogo e logo fez uma nova mutação no ambiente que estavam, tudo se tornou vazio novamente e em seguida uma nova visão tomava conta do local. Shüra pode ver com clareza o que era, reconhecia o lugar em que estavam, afinal de contas era a casa onde morava, mas a particularidade ali era que encontravam-se no quarto de Grisha. Esse homem está fazendo com que tudo se distorça para você, Shüra. Vós sempre fora cercado por pessoas deploráveis e este que se encontra deitado também é igual. De súbito o vermelho rubro como o sangue passou a escorrer pelas paredes do recinto e inundava todo o cômodo, transformando tudo em um grande mar carmesim. Shüra o vermelho do sangue é o símbolo de sua vitória, e lhe digo, é verdade, certo e muito verdadeiro: o que está embaixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está embaixo, para realizar os milagres de uma única coisa. E assim como todas as coisas vieram do Um, todas as coisas são únicas, por adaptação. O Sol é o pai, a Lua é a mãe e o vento embalou vós em seu ventre, tornando a Terra sua nutridora; O Pai de toda Telesma do mundo está nisto. Seu poder é pleno, se convertido na Terra. Separarás a Terra do Fogo, o sutil do denso, suavemente e com grande perícia. Subirá da Terra para o Céu e descerá novamente a Terra para recolher as forças geradas pelas coisas superiores e inferiores. Desse modo obterá a glória do mundo e assim, afastará de ti todas as trevas. Nisso consiste o poder poderoso de todo poder: Vencerás todas as coisas sutis e penetrarás em tudo o que é sólido. Shüra Hatake você é a pessoa destinada à salvação de seu mundo, não permita jamais que algo ou alguém fique em seu caminho, seu sonho é o que te define, traia a todos, menos a seu sonho.


[...]

O garoto acordou após suas visões com Hermes, pôde perceber com clareza que havia se passado cerca de uma hora desde que havia perdido a consciência e tombado em proximidade aos ratos e baratas ali presentes. Hermes, quem é você? Uma pergunta sem resposta, já estava totalmente no mundo real e não mais imersões em ilusões criadas pelo seu subconsciente enquanto desmaiado - algo muito comum para o jovem. Ainda não entendo todo o significado do que o velho me disse, mas uma coisa é certa, ele certamente sabe como me fazer repensar minhas prioridades e me fazer voltar ao caminho que devo seguir. Ainda com muitas dificuldades, Shüra passou a caminhar enquanto se segurava nas paredes e muros das casas até chegar a porta de onde vivia, não entrou, ficou postado ali fitando a pequena residência e analisando metodicamente cada metro quadrado que cercava o local. Nascido para vencer, vivo para sonhar.


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Castelos e Ruínas

 
Os momentos que antecedem os prelúdios de um grande evento na vida de um indivíduo são críticos, é durante este que o ser passa a refletir sobre as inúmeras possibilidades que até mesmo os pequenos atos podem tomar. Agora, não era diferente para Shüra, no entanto, o garoto já havia tomado uma decisão sobre seu futuro. A única coisa que jamais trairei é meu sonho, isso é tudo.

Parado já há alguns minutos, cerca de seis metros da entrada da casa, o Chunin finalmente parou de observar e decidiu entrar na residência, havia ali questões que necessitavam ser resolvidas urgentemente e não poderia adiar mais. Hora de colocar um fim nisso. Agora no interior da casa, Shüra pôde notar certa estranheza no ambiente, e logo em seguida era possível ouvir alguns murmúrios e gemidos abafados vindos do quarto mais ao fundo da pequena casa, sendo este o de Slan.

A porta do cômodo estava entreaberta e isso possibilitou para que o rapaz pudesse sorrateiramente colocar a cabeça para dentro e ver o que estava ocorrendo no local. Foi neste exato instante que o Hatake desistiu completamente de quaisquer tentativas de resolução por meio do diálogo. Eu te sentencio à morte! A cena ali era deplorável, Slan estava completamente desacordada, nua e com seus braços e pernas amarradas por grossas correntes que visivelmente cortavam e raspavam sua pele. Grisha estava por cima dela, com o seu olhar - agora típico - sem vida enquanto se aproveitava da situação da bela jovem. Havia mais duas pessoas no quarto, sendo a esposa de Geisa e seu filho com pouco mais de um ano de idade, estes como espectadores. Temos visita, querido. O foco com a situação de Slan tomou totalmente a atenção do rapaz, que por alguns segundos esqueceu-se da presença da mulher que assistia, sendo assim avistado sem querer pela mesma. Ao ouvir as palavras da esposa, o homem insano parou de súbito com seus movimentos e virou a cabeça para poder vislumbrar quem tinha recém chegado ao local. Shüra, meu filho! Espere um minuto e logo eu cuido de você também. Ele gargalhou e voltou ao nojento ato. O belo rapaz - agora já revelado - abriu a porta com um supetão, se expondo completamente e assim deixando transparecer sua ira. Era a primeira vez que o garoto sentia um sentimento genuíno de ódio, jamais se meteria no meio do que estava ocorrendo - mesmo sendo com Slan - isso apenas foi o gatilho para que os sentimentos do Hatake se aflorasse, algo que ele desejava que acontecesse.

Grisha, saia imediatamente de cima dela! O homem gargalhou em resposta ao ultimato recebido. Mesmo sabendo sobre alguns fatos da vida do chunin, ele o considerava fraco, não fisicamente, mas sim mentalmente e espiritualmente. Tinha convicção de que o belo rapaz jamais conseguiria fazer qualquer coisa contra ele. E o que vai fazer a respeito caso eu me negue a parar, moleque? Era evidente que Grisha não pretendia acatar a ordem, e Shüra havia decidido há momentos antes que colocaria um fim a vida do sujeito.

Desembainhando sua pequena espada herdada pelo seu pai, o garoto a sacou e avançou, não na direção de Grisha, mas sim na de sua esposa. Você vai ver a todos os que você se importa morrerem. A ponta gelada da lâmina penetrou, com um grande impacto, na parte inferior de sua clavícula, a alguns poucos centímetros de seu ombro direito. A mulher gritou com a estocada recebida e involuntariamente deixou seu filho cair no chão. Grisha se demonstrou furioso e imediatamente correu até Shüra, mas comparado ao chunin o homem era extremamente lento, não apresentando risco algum durante o ataque corporal. Seu bastardo! Eu vou te matar e depois vou profanar seu cadáver! O Hatake não tinha conhecimentos prévios sobre como o homem era em combate, muito menos de seus arsenais de técnicas, mas logo tudo foi posto a prova.

Grisha era detentor de uma afinidade com o fogo, deixando isso explícito para o garoto quando o mesmo canalizou uma aura elemental de chamas em seus punhos. Você vai queimar, filho. Talvez pela falta de prática e também por conta da idade já relativamente avançada, Grisha avançava ferozmente e sua velocidade parecia aumentar a cada golpe, dificultando cada vez mais a esquiva de Shüra. Então utiliza nintaijutsu? Talvez, se você tivesse continuado no caminho Shinobi, eu não teria chances, mas agora, mesmo você sendo rápido, consigo enxergar possibilidades de vitória. Era constante a trocação de golpes trocadas entre ambos, o aço afiado do chunin se alternava entre os pesados golpes corporais de seu tutor. O primeiro que errasse seria punido. Não demorou, em um momento Grisha desceria golpes rápidos sem parar, tendo Shüra que se contentar somente em apenas de esquivar, mas por um momento ele havia se esquecido da presença da mulher no quarto, a qual silenciosamente se arrastou atrás do belo rapaz, fazendo-o tropeçar e se descuidar, sendo duramente atingido em seu peito. Ele grunhiu caído no chão, mas sabia que não tinha tempo para reclamar com a dor. Com a mulher caída embaixo de suas pernas, ele cravou a lâmina fria em um dos globos oculares da mesma, se levantando e pondo em guarda novamente enquanto a mulher se contorcia. As consequências dessa ação anterior foram melhores do que imaginadas pelo garoto de cabelos prateados, Grisha correu para ajudar sua amada, se distraindo e dando assim uma brecha para Shüra atacar, fazendo assim um corte profundo na garganta do homem. Esse é o fim para você. O pai adotivo do jovem percebeu que havia poucos segundos de vida, liberando uma quantidade massiva de chamas por todo seu corpo, iniciando assim um incêndio na residência. Eu o amaldiçoo pelo resto de sua vida, seu filho da puta. Shüra simplesmente ignorou a fala de Grisha, se direcionando até o pequeno bebê que chorava histericamente desde o momento que havia caído no chão. O tomou no colo e sorriu para ele. A sua linhagem não passa daqui. Com sua lâmina suja de sangue, o garoto decepou a pequena e indefesa criança, jogando seus restos mortais junto aos corpos de seus pais.

O fogo se alastrava rapidamente por toda a casa, sendo essa altamente inflamável por conta da alta quantidade de madeira presente ali. Shüra olhou para Slan deitada ainda desacordada e sorriu, percebendo que ali perdia sua consciência por conta da dor e da ingestão de fumaça.

[...]

Cerca de vinte minutos depois, Shüra acordou de seu desmaio. Estava deitado à frente de sua casa, com um grande homem já conhecido sentado a seu lado. Bom dia, cinderela. Crocodile tragou seu grande charuto e soprou sua fumaça no rosto do garoto. O que aconteceu, Crocodile? O shinobi ajudou o Hatake a levantar, dando alguns tapas em suas costas para retirar a poeira e areia de sua roupa. Você desmaiou. Felizmente tinha alguém de olho em você esses dias, e quando o fogo começou, ela entrou na casa e retirou você e sua amiga lá de dentro. O garoto ficou confuso e questionou sobre a pessoa que estava por ali. Ela se interessou por você depois que falei sobre, então decidiu lhe observar. Crocodile jogou o final de seu charuto no chão, logo em seguida pisou no mesmo e o cobriu com um pouco de areia. Levando a atual situação e a cena que encontramos dentro da casa, você não pode ficar sem ser vigiado durante algum período, por isso decidimos que ela, a partir de agora, será responsável por você. Boa sorte sua nova sensei, você vai precisar. Assim que Crocodile parou de falar, uma mão suave tocou o ombro direito de Shüra. Se virando, o Hatake pôde vislumbrar uma baixa mulher de aparência jovem. Possuía olhos azuis escuros, pele clara e longos cabelos pretos trançados a sua frente, descendo de seu pescoço até seus seios. Ela deu um sorriso extremamente amigável e receptivo para o garoto. Olá, Shüra. Tenho estado de olho em você há algumas semanas, queria saber se você era digno de ser meu aluno. Ela e Crocodile trocaram olhares, ali ficou óbvio que Shüra já havia sido o assunto entre eles diversas vezes. Me chamo Unohana, Retsu Unohana. A partir de hoje você irá viver comigo e passará por um rígido treinamento. Sua amiga será levada para o hospital, posteriormente Crocodile falará com ela. Precisamos ir, não quero ser vista aqui.

Agora, para Shüra, sua vida havia virado de cabeça para baixo, já não sabia mais sobre seu futuro e tudo que planejou até o momento parecia não passar de personagens, cenários e castelos imaginários sob ruínas na areia.





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