As aulas decorreram-se em tempo bastante rápido, logo estava à beira de formar-me como uma genina da vila de Kirigakure no Sato. Minha mãe, Akiko, certamente ficaria orgulhosa tendo em pensamento o quão empolgada ela ficou com os pontos feitos sobre o tecido da vida à partir de minhas novas oportunidades. Eu? Bem, fitando o professor que claramente aguardava um ataque para um combate não me sentia assim tão motivada, sua ideia de que eu tente assassiná-la parece um tanto leviana e fula. Digo, se eu realmente matá-lo quem me aprovaria? A verdade é que muito provovalmente é apenas um velho querendo afirmar a sua própria força ao mostrar-se melhor do que uma estudante com toda aquela lição de moral final. Uma costura objetiva e guiada, obrigatória, isso não é construção de destino ou arte. - Só preciso atacá-lo certo?

A pergunta claramente era retórica, minhas mãos já erguiam-se em selo tigre preparando-me para confrontá-lo da forma que me era mais natural, ativando o dojutsu que me era tão comum ainda que talvez inicialmente de forma leviana. - Ketsuryugan! Meus olhos abandonam o tom heterocromático assumindo uma coloração vermelha como o sangue, encarando se este me olhasse de volta, os olhos do sensei. Não buscava um genjutsu ou coisa do tipo, apenas mantinha o contato visual com meu oponente para analisá-lo, estudá-lo, colocar em prática a melhor forma considerando ambas capacidades e físico. Minha mão percorre a bolsa sacando dois senbons com o qual forço sutilmente contra minha mão encoberta, criando um pequeno furo, selando ao mesmo tempo uma outra habilidade. - Bushin no jutsu!

Criaria duas imagens ilusõrias que assim como eu portavam em suas mãos dois senbons para fazer um movimento compartilhado e de certo modo, em prol de enganar a percepção de meu alvo em questão. Triangulando o homem deixando-o ao centro, caso conseguisse me posicionar assim a uma certa distância entre dois e três metros que acabaria mantendo a distância de controle dos clones lançaria as senbons em cruz, porém, estas guiando linhas de sangue que partiam da palma de minha mão, formando a imagem de um hexágono na altura do pescoço do professor. Era evidente que quatro das seis linhas eram falsas, mas não importava pois quando movesse minha mão e por consequências as linhas buscaria fechá-las como uma tesoura para "tentar" decepá-lo. Já esperava alguma defesa magnífica, mas, por qual motivo não tentar impressioná-lo de cara? Poderia ser um adiantamento do meu tempo livre.

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Previsível? Mesmo antes da defensiva de meu oponente tinha completa ciência das limitações de minhas próprias capacidades em relação ao homem, de modo que, vê-lo defender-se sem grandes dificuldades pouco trouxe surpresas ou algum efeito de temor. Por qual motivo deveria um filhote temer um leão adulto em convivência? Mais fácil adequar-se as suas expectativas e agir de modo que lhe seja agradável para viver em comunidade plena. Seguro minhas mandíbulas para não esboçar um pequeno bocejo, pensando no agrado delicioso da manta tecida por minha genitora e deitar-me um pouco sobre si.

Não tinha muito tempo para devaneios porém, o homem partia para ofensiva ressaltando que assim como eu deveria atacar, defender-me também era importante; Sério? Passava pela minha mente enquanto sua própria voz ressoava pelo ambiente. "Parada", disse ele. - Como queira. Eu não precisava mover-me para defender-me, ou, ao menos assim eu cria tendo em vista uma técnica tão "pequena", apesar de rápida. Enquanto as linhas próximas ao pescoço do homem eram confrontadas pela sua barreira de mana, o ponto de origem ainda permanecia intacto, não houve retaliação ali e as linhas que partiam da palma de minha mão ainda estavam sobre meu domínio pela minha habilidade ocular. Como eu mesma havia ressaltado, temer um leão adulto como uma filhote era tolice.

Uma nova manipulação insurgia ao centro com as linhas erguendo-se, cruzando e girando no eixo formando uma espiral planar não complexa, um escudo físico para tentar confrontar a agressão do homem. Considerando a brevidade de deslocação de centímetros provavelmente haveria tempo, ou, assim eu esperava já que optei por um confronto sólido e tinha certa confinaça no meu talento para o domínio em ninjutsu de minha Kekkei gengai. Por outro lado ficar paralisada provavelmente resultaria em uma espécie de falha, e, eu estava quase certa que ele esperava um contra ataque. Respiro, afastando qualquer resquício de temor se conseguisse. Eu era uma pessoa bastante racional apesar de tudo, a situação em si não detinha um rigor que exigisse medo e minhas crenças em estabeleciam-se na tese de não temer a morte. As linhas da vida sempre permanecerão em cada experiência. "Teça o caminho da vida, torne bela a história contada na textura de sua morte!" Diria minha mãe com um sorriso enquanto completa seus materiais.

Tentaria iniciar um movimento calmo de minhas mãos e então buscaria tentar um salto para trás. O vislumbre borrado da velocidade de disparo do professor mostrava que certalmente deveria temer aproximações descuidadas e a distância não me era um problema tão grave. Algo em torno de dez metros, era o que buscaria provavelmente apenas se ele permitisse, já que podia pré-supor superioridade de velocidade de sua parte. Não apenar por ser o professor, mas, pois eu em si me reconheço lenta. Da nova possível distância fitaria os arredores, se tivesse sucesso na defesa anterior parte daquela água voaria em forma ainda líquida para os lados criando um certo desconforto que me faria arquear as sobrancelhas e gravar minha mana nas agulhas caídas por trás do mentor.

Não faria apenas uma preparação completamentar de uma ação posterior é claro, como quem usa do artifício de "aprendizado", ou, talvez até de quem adequa-se ao que é proposto tomando como base uma noção de sucesso simplificado, imitaria o próprio homem. - Deixe-me tentar. Ao levar a mão a bolsa de armas, o que sai dali é um cilindro de sangue que imita o design até certo ponto da própria bala usada pelo mentor, ainda que não perfeitamente, ja que o vislumbre em si desta também não foi perfeito. Dentro desta porém e também a razão não encoberta de colocar a mão ali havia uma agulha de aço. Naturalmente quando a "bala" se desprende da minha corrente sanguínea eu solto pela boca uma expressão. - Ups. Seguida de um semblante que remetia à um erro, afinal, eu perdia o controlo do sangue se não houvesse conexão à minha própria corrente. Era apenas esperado que o projétil se desfizesse e perdesse força, se desfazendo em um cuspe de sangue inofensivo, mas, ainda assim possivelmente velando o verdadeiro ataque na agulha que seguiria seu trajeto normalmente como qualquer objeto físico.

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