I'm the bad guy

duh

Toda e qualquer situação de desentendimento fazia um incomodo surgir dentro de mim, todo e qualquer problema que surgisse no vilarejo fazia uma sensação crescer em meu peito, uma sensação que não se aliviaria até todo o problema ser resolvido, seja por mim ou por outros. Ninjas eram requisitados o tempo inteiro, seja para auxiliar na granja do vilarejo, procurar ervas medicinais para botânicos, cuidar de crianças doentes, participar de festivais de danças, procurar animais de estimação gigantes e perigosos dentro da floresta, fazer um musico ruim deixar de incomodar seus vizinhos com o instrumento desafinado, para até mesmo ser o responsável por reconciliar uma família inteira de mercadores, marcados por uma rivalidade que perdurava durante anos e anos, geração após geração de conflitos por mercadorias, territórios e pelos melhores lucros. Parecia uma história de livros de romance e drama, onde dois apaixonados não podiam ficar juntos, separados pela briga entre as famílias. Mas deixava de ser um conto de livro para se tornar realidade. Um casal apaixonado vivia essa situação conflitante em seu relacionamento e não conseguiam convencer ambos os lados sobre o quão forte era o amor que sentiam um pelo outro. Desesperados, o namorado enviou um pedido solicitando um ninja para tentar pôr um fim na briga, seja por intimidação, ou até mesmo convencendo os lados dos benefícios. Eu fui enviado, mas não tinha ideia do que fazer.

HP: 160/160 | CH: 160/160 | ST: 04/04 | SA: 170/170

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I'm the bad guy

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Segundo as informações que foram passadas pelo namorado, suas famílias moravam perto uma das outras, e o mercado era quase vizinho, bastando atravessar a rua para chegar no outro. As mercadorias que vendiam eram as mesmas e os preços estavam sempre mudando para um tentar vender mais barato que o outro sem perder os lucros, fazendo promoções provocativas e vez ou outra saindo no soco para resolver suas questões. Bufei, sentia que toda a intriga era tão desnecessária que me fazia sentir tedio e ao mesmo tempo raiva de ter que lidar com adultos que mais pareciam crianças mimadas. Devorei algumas balas no caminho, tanto para saciar a minha vontade de doces, tanto para aliviar o estresse que já estava sentindo por toda a situação enfrentada. Já na rua de ambos os mercados, comecei a ouvir a discussão de longe, negando com a cabeça, levando a minha esquerda até a testa, como quem não acreditava no que estava acontecendo logo pela manhã. Percebi que em um dos becos, o casal observava minha aproximação, queriam assistir o que eu havia planejado para concertar o conflito, mas a verdade é que nada passava pela minha cabeça. Talvez plantar tarjas explosivas em ambas as testas e deixarem desesperados pelo perdão, mas atos extremos eram reservados para verdadeiros inimigos, aqueles eram apenas empecilhos do dia a dia, que faziam a paz do vilarejo sentir um leve incomodo, como uma dorzinha de barriga. Os dois homens estavam se xingando, cada um na porta de sua loja, mas nunca na frente um do outro. Parei entre eles, notando que paravam para me olhar. — Hunf... que saco... — Sussurrei para mim mesmo.

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— Quem é esse moleque? Saia da frente garoto, tem dois homens conversando e resolvendo seus problemas. Saia! — Um dos mercadores dirigia palavras agressivas para mim, que em resposta apenas bufei mais uma vez. Pareciam crianças, realmente. Precisava conversar com os dois, mas levaria tempo demais convencer um de cada vez, mas obviamente conseguia faze-lo ao mesmo tempo. Meus dedos se uniram em cruz e senti meu chakra se separar quando a cortina de fumaça acinzentada crescia ao meu lado, gerando uma cópia exata e com massa do meu corpo. Cada um seguiu para uma direção, eu conversando com o pai da garota e meu gêmeo com o pai do garoto. — Por favor senhor, me siga. — Fui até ambos. Notaram que se tratava de um ninja interrompendo a briga e por isso não tiveram oposição ao meu pedido. Entravamos nos estabelecimentos, eu e meu clone compartilhávamos das mesmas falas para cada um, tentando convence-los da única ideia que surgia na minha mente. — Tsc... vocês brigando por causa de dinheiro, por causa de território, enquanto seus filhos e todos seus clientes assistem isso. Olhem a sua volta, todos assistem a briga e cada vez mais perdem seus clientes. O que adianta você abaixar seu preço, xingar o outro, se existem muitos outros comércios ao redor que vão faturar em cima dos clientes que vocês perdem? Seus filhos se amam... querem viver juntos... e vocês sabem que uma hora ou outra irão herdar a venda. Voces tem a oportunidade perfeita de se transformar em um dos maiores comércios de toda a Konoha, ou até mesmo do país. Já pensaram? Transformar as lojas em algo único, deixar o amor dos filhos cuidar de tudo enquanto vocês descansam e apenas contemplam a felicidade deles crescer ainda mais? Não é por isso que trabalham tanto? Para dar um bom futuro para eles? Agora eles querem dar um bom futuro para vocês, querem devolver todo esse esforço que vocês tiveram durante anos. Basta deixarem que isso aconteça... olhe... — Eu e meu clone apontamos para tras, mostrando que o filho de cada vendedor estava assistindo tudo o que falamos. Ambos caiam em lagrimas, pai e filho, pai e filha. Um abraço apertado aconteceu e vi ali que algumas de minhas palavras havia invadido o coração daqueles homens. — Obrigado... — Ouvi em um sussurro dado tanto pelo garoto, quanto pela garota. Esperava voltar ali algum tempo depois e ver a loja unida em algo ainda maior. Sai, meu clone desapareceu, suspirei aliviado por ter conseguido.

HP: 160/160 | CH: 62/160 | ST: 03/04 | SA: 170/170

CH Clone: 62/62

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