RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Kenyu


Tsukuyomi
ADM Master
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
A sala de reuniões estava ficando cada dia mais escura ou era impressão de Makoto? Ele começava a ter essa impressão, mas não sabia muito bem o motivo. As cortinas continuavam abertas, a mesa e as cadeiras eram as mesmas, e o líder na outra extremidade também era o mesmo. As coisas não estavam mudando e, ainda assim, começavam a desbotar completamente. Seria o mundo que estava ganhando uma coloração cada dia mais cinza?

Makoto estava incomodado com a sensação enquanto esperava o líder a sua frente terminar de ler os relatórios levados por ele. O homem passava os olhos com atenção sobre cada letra, palavra e frase. Nenhuma expressão tomou conta de seu rosto por vários minutos, até que terminou a leitura. Um sorriso escapuliu no canto do rosto daquele homem tão firme o tempo todo. Aquele pequeno detalhe causou um alívio incomum dentro do comandante. Como se tirasse um peso, um risco de cima dele. Mas isso não durou mais de um instante e um arrepio percorreu sua espinha ao sentir-se sendo observado de algum lugar. Até aguçou os sentidos e habilidades, mas não encontrou nenhuma alma humana perambulando escondida nas sombras, apenas uma serpente rastejando por debaixo da porta.
O homem virou-se puxando uma kunai, o braço dobrou-se para disparar, entretanto o líder resmungou antes da arma tomar os ares.

— É apenas uma serpente, deixe-a entrar, ela é bem-vinda nesse salão — o líder falou e o shinobi apertou as sobrancelhas fazendo também com que a cicatriz em seu rosto se contorcesse. A criatura continuou seu percurso até o líder, rastejando pelo seu pé e enrolando-se pela perna subindo até o braço dele onde pairou a cabeça encarando o comandante. — Você está dispensado, obrigado pelos relatórios e trabalho duro, graças a você com certeza encontraremos um final feliz nesse caos.
Makoto assentiu como um bom cão domesticado, guardou a arma lentamente e saiu após uma rápida reverência ao líder. A porta mal fechou e o rosto do líder se transformou totalmente para um tom sombrio que deixaria as sombras da sala com inveja… e a serpente deslizou para a mesa, dançando na frente dele com sua cauda esverdeada ajeitando-se para encará-lo no rosto.

Uma fumaça branca subiu ao redor da serpente e o corpo do líder foi para trás pressionando as costas no assento. Dedos pálidos encostaram em sua testa, saídos da fumaça esbranquiçada. Pernas cruzadas escapuliam para fora da mesa, um corpo magricelo, de cabelos longos e pretos e um olhar feroz como o de uma serpente estava sentado à mesa na frente do líder. Os dedos não se mexeram, a outra mão é que se aproximou dos papeis e mexeu neles abrindo-os na mesa.

— Kukuku…, pelo visto as coisas estão indo melhor do que o esperado — o visitante serpentino comentou.
— Alguma coisa está errada — o líder comentou, os olhos buscando a ponta daqueles dedos pálidos e gelados que tocavam sua testa. — Por que você mesmo não toma a frente, Oromoro-sama?
— Como esperado.

Oromoro mexeu os dedos da mão livre construindo selos de mão com a maestria esperada de alguém como ele. O chakra fluiu através de seu corpo, percorrendo o braço esticado até a testa do líder. A energia perfurou a mente do líder uma vez mais, a manutenção de algo deixado anteriormente. Os olhos do homem arregalaram por um instante, tão rápido quanto o quebrar de uma onda. Depois, relaxou. As sobrancelhas ficaram aliviadas e o rosto, quase inexpressivo. Um resquício de confusão sobraria em sua consciência, mas não era suficiente para atrapalhar a continuação dos fatos.

— Melhor agora, não é? — a mão dele se afastou da testa do outro. O líder passou a mão sobre a testa, esfregando suavemente. Ainda estava um pouco zonzo por causa dos efeitos da técnica. — Então vamos falar de algo mais importante que suas dúvidas tão tolas…
— Sim? — O líder ergueu um pouco o rosto encarando a serpente, seus pensamentos ainda estavam um pouco embaralhados, mas a clareza do que precisava cumprir ficava acima de quaisquer problemas. — Algum problema, Oromoro-sama?
— Um grande problema, principalmente para você — um sorriso debochado brilhou na face do visitante —, sim, isso mesmo, para você. Aquele velho está tentando novamente impedir que as coisas se movam, ele está tentando acalmar as nações. O Senhor Feudal do Trovão.
— Kagushiki?
— o líder pareceu confuso. — Ele está velho demais para ser perigoso para nós.
— Kukuku, é aí que se engana.


A serpente deixou o corpo escorregar e os pés tocarem o chão. Andou até a parede encostando as costas nela, mexeu os dedos rapidamente trazendo uma espécie de cartão com a imagem do velho senhor feudal. Era um verdadeiro ancião. Oromoro atirou o objeto na direção do líder que o tomou rapidamente com os reflexos reconstituídos. Sentindo a aspereza da carta, logo a imagem projetou um holograma de chakra apresentando a aparência completa do velho. O líder deixou a carta cair na mesa, assustado.

— Ele pode parecer velho demais para uma guerra, mas a experiência é a coisa mais importante nessa situação. Kagushiki é o homem mais perigoso nesse momento contra nossos planos.
— Devo enviar alguém para dar cabo dele então?
— O líder observava a imagem feita em chakra com atenção.
— Não, isso apenas chamaria uma atenção que não queremos. Esse desgraçado tem uma imagem exemplar no mundo todo. Seu carisma é sua maior arma aliada à sua inteligência e experiência. Com ele devemos apenas tomar cuidado e esperar uma abertura em seu jogo para tomarmos suas melhores peças.

O líder não sabia exatamente o que a serpente esperava, mas assentiu como um cão completamente encoleirado. Mas os problemas não estavam apenas nas mãos do Senhor Feudal do Trovão. Porque atravessando os mares, em meio a uma forte neblina de inverno, dois homens continuavam a conversa ao dividir uma garrafa de saquê como velhos amigos.

— Mas afinal — disse o Frank com seu casaco-sobretudo preto e os olhos vidrados no horizonte turvo — o que você sabe da Owari? Desembucha logo e para com essa enrolação.
— Se você parasse de quebrar os dentes das pessoas, talvez tivesse algo mais concreto — brincou Hitorama antes de tomar um gole da bebida. O líquido desceu esquentando sua garganta e trazendo um amargor para sua língua que o fazia pensar diretamente no passado. Uma aura sombria surgiu em seus olhos, como se estivessem conectados em dois tempos distintos e nenhum deles fosse minimamente bom. — A pessoa por trás dessa organização e eu somos velhos conhecidos…

Frank olhou de canto, não demonstrando coisa alguma, mas Hitorama não deixou de notar um leve trepidar do chakra do companheiro de bebida. Quando ele falava em tempo, Frank sempre tinha uma reação sísmica em seu interior. Ele não o julgava, provavelmente teria a mesma reação se estivesse no lugar dele. O passado é uma armadilha perigosa e fácil de cair – e quem nele cai acaba muito machucado. Os dois compreendiam isso muito bem.
Hitorama passou o saquê para o companheiro e respirou fundo. As memórias enchendo sua consciência como um copo prestes a transbordar toda bebida. Ainda incomodava as cenas que iam e vinham nas noites mais confusas. Apesar de tudo, nem tudo fazia tanto sentido quanto gostaria. Num suspiro resignado, ele esticou a mão aguardando que Frank devolvesse a bebida. Mas ele não o fez. Hitorama o encarou e percebeu que o companheiro não estava disposto a entregar-lhe a bebida sem ouvir alguma coisa.

— Passa logo isso ai pra cá antes que tenha que descer a porrada em você pra pegar, verdinho — brincou Frank
— Preciso de informações sóbrias. E não se preocupe quanto a isso, regenerar é uma das minhas especialidades — ele disse aquilo e olhou para o outro “braço” — ou algo assim. Como eu dizia, quem controla a Owari é um velho conhecido meu. Por isso eu não estou avançando nem pensando tanto em caçar informantes como você. — Hitorama mudou a postura, ficando mais rude. — Os poderes dessa pessoa estão muito além do que alguém como você poderia enfrentar. Não…, talvez até mesmo eu não sou páreo neste momento. Adoraria enfrentar essa pessoa e encerrar nossos assuntos, mas não é possível agora. Precisamos aumentar nossas forças.

Frank resmungou num suspiro e esticou o saquê para o companheiro. Detestava ouvir que não tinha forças suficientes para um inimigo, pois sua vida não era nada além de tornar-se cada vez mais implacável desde que tanto sangue fora derramado em sua vida. Porém, ainda que fosse difícil, ele acreditava nas palavras daquele homem. Conhecendo-o mesmo que há pouco tempo, o justiceiro havia aprendido que Hitorama dominava mais do que artes ninjas; ele era um grande general de guerra.
Menos sombrio, o homem pegou a garrafa e virou nos beiços.

— E depois, o que a gente faz? Ascende uma fogueira e manda sinal de fumaça pra ele aparecer?
— Entraremos naquele lugar e acabaremos com a maré de problemas — ele respondeu de imediato como se fosse uma tarefa simples… e Frank se permitiu sorrir animado com a possibilidade.

Mas poder de forma crua não era a única coisa que importava. E atravessando toda a neblina e misturando-se às nuvens, um ancião analisava uma pilha de documentos, repassando as mesmas informações inúmeras vezes. Cada detalhe dos últimos problemas… cada citação… cada cena bem descrita ou até capturada. As peças se amontoavam na cabeça daquele velho guerreiro tentando criar um panorama geral que pudesse lhe dar uma forma inteligente de fazer tudo se encaixar definitivamente e remodelar a paisagem daquele estranho jogo.
A porta abriu trazendo uma brisa gelada de inverno e um correspondente com a proteção de testa marcada com o símbolo das nuvens. O velho não desviou os olhos daqueles documentos mesmo quando o jovem coçou a garganta antes de falar.

— Kagushiki-sama, peço desculpas pela intromissão, mas acabo de receber um novo documento que pode mudar tudo — explicou o garoto que não devia ter mais do que dezessete anos.

O ancião apenas esticou a mão na direção do jovem, que se aproximou e lhe entregou o pergaminho. Kagushiki abriu-o sobre a mesa, e seus olhos quase leitosos devido à idade se arregalaram. Era a peça que faltava para ele juntar tudo e entender exatamente onde as peças deveriam se encaixar. Finalmente ele olhou o garoto, os fios negros encaracolados do rapaz eram bastante chamativos.

— Muito bem, com isso eu sei exatamente o que precisamos para encerrar essa guerra — explicou-lhe com a voz arrastada, mas não continuou. Não deu explicações. Apenas sacudiu a mão em seguida, voltando a encarar a imagem impressa naquele pergaminho, para mandar o garoto ir embora. Sem resposta, ele concluiu: — Pode ir.
“Sim, senhor”, o jovem disse dando as costas e deixando o velho sozinho.

Kagushiki relaxou sobre a cadeira e suspirou.

— Agora como juntar essas cinco nações para forçá-los a virem até mim, garotinhos? Se aquilo continuar sem seu melhor alimento, talvez esse corpo não me adiante de nada mesmo tendo conquistado tanto — ele comentou sozinho, nos últimos anos fazer isso ajudava aquele corpo velho a encontrar as peças sozinho. — Onde estão vocês?

A pergunta escapou para ninguém em específico.

Por entre a neblina, Hitorama levou a mão até a orelha direita que ardia. Frank resmungou um questionamento silencioso que o companheiro deu de ombros, como se aquilo não fosse nada. Seus olhos voltaram ao horizonte e o rosto daquele velho conhecido surgiu diante dele como um resquício do passado.
"Shin…, será que teremos nosso desfecho finalmente?", perguntou-se mentalmente, mas nenhuma resposta veio até ele.

Assim como nenhuma resposta vinha até o líder espiando pela janela enquanto a serpente desaparecia na escuridão. O frio dentro da sala lembrava um necrotério, mas nenhuma vida havia sido ceifada. Atrás da porta, porém, uma sombra se movia se afastando da parede a passos firmes e, logo atrás dele, uma cobra serpenteava em sua direção com os olhos cheios de veneno.

— Certo… — Kagushiki falou erguendo-se e andando até a janela que mostrava todas as conquistas de sua longevidade. — Vamos começar a mover as peças antes que esses humanos estraguem tudo de forma irremediável.

Seu reflexo no vidro continuava tão velho quanto sua fama…, mas alguma coisa espalhava-se sobre sua pele como manchas negras… ou seria apenas uma impressão?


Aparências dos NPC:

Considerações LEIAM:

Tsukuyomi
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com
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