破滅

Hametsu

– O que? Você vai se tornar um grande ninja um dia? Escuta aqui seu pirralho, se eu te pegar fazendo merda mais uma vez nessa área, eu vou cortar cada dedo da sua mão e mandar seus pais mastigarem. Você ta comendo merda? Quer roubar, vá roubar dos ricos, desgraça. Mete o pé daqui, porra. - Agarrava o garoto pelo pescoço com uma intenção cruel de machucá-lo, me esforçando ao máximo para não deixar a vontade de surra-lo superar a benevolência de garantir mais alguns dias de vida a pobre criança. Soltei seu pescoço e deixei que partisse, guardando a kunai que portava em minha outra mão. Não podia me dar ao luxo de permitir que pequenos ladrões andassem pelas redondezas desta área, não bastando a desigualdade instaurada no local. O observei correr para qualquer outra lugar, puxando com leveza o maço de cigarros do bolso, acendendo, quando posto entre meus lábios, com um puxar maciço de ar, aquecido com uma pequena fagulha do meu chakra caloroso. O dia já estava se aproximando da uma hora da tarde, e minha barriga sentia-se programada para receber algum alimento pesado para saciar a falta do café e do sake pela manhã. – Qual era mesmo aquele negócio frito la? Caralho... acho que era acarajé.. Traguei do fumo mais uma vez e caminhei ao centro do vilarejo, buscando naquele horário pequenos estabelecimentos ou barracas que vendiam comida. Não pude encontrar o tal bolinho frito que havia provado a tempos, me contentando com uma fritura de frango em formado de coxa, com massa de batata e trigo. Carregando a fritura gordurosa, porém extremamente saborosa, os olhos aflitos daquele pequeno garotinho voltavam para mim, apontando de longe como se estivesse revelando quem e onde. – Foi ele maninho... ele disse que ia cortar meus dedos! No meio da multidão, um brutamontes aparecia abrindo espaço e indo até mim. Não impedi, assisti devorando o salgado até mesmo quando fui pego pela gola do quimono. – Você gosta de assustar crianças, ruivinho? O bafo asqueroso do “gigante” queimava minhas narinas, me fazia soprar em sua direção. Puta que pariu, ta podre. Você saiu do esgoto para proteger o verme do seu irmão? Caralho volta pra lá, puta bafo. Minha arrogância e provação faziam os punhos do gigante apertarem meu quimono com mais força, me empurrando ao soltar. Seus olhos demonstravam que ele não pararia, e agora não seria um mero agarrão.

Considerações:

Bolsa Ninja:

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HP: 180/180 | CH: 180/180 | | SA: 180/180 ST: 04/04