RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Kenyu


Game Master
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— Isso não pode ser verdade!

A voz da idade atravessou o salão como um relâmpago, e Ai apenas manteve a cabeça baixa com sua postura de reverência. Kagushiki sentiu não estar mais entendendo tão bem os passos daquelas duas figuras. As descrições batiam, e ninguém teria a capacidade – ou a audácia – que não fosse ele.
Toda aquela agitação, porém, não fazia bem a alguém como ele. O acelerar do coração fez todos os seus músculos tremerem, uma dor que já começava a se acostumar, mas ainda assim era um tremendo incômodo. Apertou os olhos virando-se de costas para não mostrar a fragilidade, mas não foi possível impedir a tosse que rasgou sua garganta trazendo junto a mancha vermelha de sangue aos dedos colocados a frente da boca.

— Se começaram a se mover dessa maneira, talvez seja hora de começarmos a nos mover também. Em breve meu animalzinho precisará da iguaria perfeita, não mais das comidas de péssima qualidade que temos utilizado — disse acalmando-se e voltando a sentar-se na poltrona, a mão marcada do líquido vital escondida dentro da longa manga. — Mas erros acontecem, falhas, é natural. As pessoas são imperfeitas, não acha, Ai-kun?
— Sim, senhor.
— Mas em breve as coisas mudarão, basta que o presente que ofereci seja usado.

Ai olhou para cima com as sobrancelhas apertadas, tentando decifrar plenamente aquelas palavras. Começava a não saber mais se podia simplesmente abraçar todas as coisas ditas pela boca de um homem centenário e doente como ele. Mesmo o respeitando e sabendo de força, lembrava-se de histórias de heróis do passado que terminaram sem resquícios de suas verdadeiras mentes. Personalidades acabadas pelo tempo com muito mais força do que qualquer genjutsu jamais teria.

Mas, longe dali, o quebrar das ondas insistia em ranger nos ouvidos de alguém.

As ondas não sustentavam mais o horizonte daquela pessoa. A máscara, tão serene e inexpressiva, continuava presa ao rosto. Escondendo as marcas que a figura não tinha intenção de expor ao mundo. A mais ninguém. Marcas deixadas pela vida atravessada como uma flecha desde tempos muito antigos. Antes mesmo de todas aquelas coisas sequer existirem – aquelas pessoas, aqueles chakras, aqueles dramas, aqueles medos. Um suspiro desprendeu de dentro da máscara. Calmo, espaçado, arrastando mais do que apenas o ar preso nos pulmões; carregava também uma infinidade de frustrações e conclusões.

Não é como se não soubesse das coisas. E, ainda assim, os sentimentos conflitantes continuavam surgindo. Talvez não tivesse transcendido como imaginava no fim das contas. Ou talvez apenas não queria admitir que detestava como ainda deixava tarefas nas mãos alheias. Uma hora aqueles pequenos detalhes teriam de desaparecer, bruxulear nas chamas do destino até desaparecem por completo. A pele da cobra seria deixada abandonada sem nunca mais outra crescer no lugar.
As coisas, porém, não estavam totalmente fora de seus planos.

Sabia como uma serpente se moveria. Assim como sabia o modo como soldadinhos de chumbo sempre lutariam. Algumas coisas não mudavam independente da passagem do tempo. Independente de quantas guerras, mortes, nascimentos e catástrofes acontecessem.
Nada mudaria até que o verdadeiro fim chegasse ao mundo.

— Então você tem certeza da morte deles?

A serpente estava encostada numa coluna rochosa, os cabelos pretos escorridos descendo pelos ombros num contraste com sua pele pálida. O sorriso marcou o rosto da cobra, dentes firmes e levemente amarelados, semelhante a cor dos olhos. Os braços cruzados firmaram-se, quase não conseguia se conter – mas por trás da máscara, a autoridade sabia disso. Sabia de cada detalhe escondido, percebia cada menor movimento, sentia resquícios da batalha, notava os músculos e nervos temerosos.

— Sim, ambos. Kukukuku, eles serviram bem ao nosso propósito, Senhor.

A figura mascarada virou-se encarando com o canto do buraco do olho direito. O homem com traços serpentinos não estremeceu fisicamente, continuou firme como se não temesse mal algum... mas temia. Foi um pequenino movimento do chakra, uma flutuação quase irrelevante, porém suficiente para ser notada por uma pessoa além dos limites comuns.

— É melhor um fim assim. Daqui para frente, pessoas fracas não conseguirão nos acompanhar. — Com a fala, voltou a virar-se para contemplar o horizonte marcado pela nostalgia e frustração. — Quando estivermos concluindo todas as etapas, eles nem verão de onde veio o soco.
— Kukuku, mesmo se continuassem vivos, eles teriam de ser mortos após tudo o que aconteceu.
— Talvez. Algumas peças precisam mesmo ser sacrificadas, não é mesmo?


As palavras ficaram suspensas no ar denso que se formou entre os dois.
Com passos menos silenciosos que a malícia entre os dois figurões, o ajudante da serpente surgiu próximo ao chefe com um joelho no chão e a cabeça baixa, mostrando reverência. Colocando-se em seu lugar: aquele diminuto perto de seres tão grandes.

— E as marcas? — a pergunta soou fria atrás da máscara.
— Todas colocadas, Senhor. As minhas e as de Hisari-san, todas foram devidamente entregues.
— Ótimo. Você talvez entenda melhor de servir aos propósitos do que muitos outros, rapaz.


O ajudante não disse nada, apenas sentiu o coração titubear. Escutou a serpente rir baixinho, tão cínica como de costume, absorvendo as palavras daquela figura escondida nas eras como uma sutil ameaça da qual ele não temia coisa alguma.

— Vamos, Ren.

Com a ordem da serpente o ajudante se levantou, o manto escuro escondendo todo o corpo. Saiu atrás da cobra, os cabelos de Oromoro sacudindo a cada leve passo dado em direção a saída daquele esconderijo. Alguma coisa estava estranha. Ren sabia disso pelo clima deixado para trás, como se uma peça estivesse faltando.

— Oromoro — a voz gélida derreteu atrás da máscara.
— Sim? — a serpente interrompeu os passos, o sorriso largo podia ser visto mesmo de costas.
— Da próxima vez não arrisque meus interesses por causa de suas pesquisas irrelevantes.
— Kuku… como preferir.


Na escuridão, a serpente e o ajudante desapareceram.
Uma chama azul dançou às costas da figura mascarada que virou-se mantendo as mãos para trás. O brilho azulado tomou a forma humana de uma pessoa com vestes bonitas e religiosas.

— Eles falaram a verdade?
— Você sabe a resposta, senhor — disse a pessoa forjada nas chamas.

Um suspiro transbordou pela máscara.

— E nossa parte também está cumprida.
— Portanto, agora é nossa vez de mexer as peças.

O silêncio tomou conta do salão. A máscara voltou a suspirar.

— Manteremos contato.

A mão do mascarado se moveu e a chama azul se apagou.
Sozinho no meio da escuridão, a máscara deixou uma única palavra perder-se na imensidão do abismo.

— Finalmente…

Considerações:

Aparências:

Game Master
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com
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