RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Kuromi
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O alvo dedo indicador deslizava pelas bordas douradas da xícara de porcelana, alheio ao vapor quente oriundo do líquido contido na louça. Os lábios avermelhados da Nara se alinhariam em uma curva faceira, conforme suas vistas percorriam o conteúdo do pergaminho aberto sob a mesa.

– Ainda não pegaram o ladrãozinho de casarões? – Shikai perguntaria, casualmente, deliciando-se com o chá verde que ambos desfrutavam naquela manhã. Este se referia a um gatuno que vinha se tornando famoso pela Areia, tanto pela especificação de seus furtos, joias de habitantes fortunados, quanto pela sua astúcia, visto que ainda se mantinha livre para cometer seus delitos. O próprio se reconhecia como um prodígio na arte da mão leve, de modo que passara a anunciar onde realizaria seus próximos roubos, por mera provocação.

– E não estão nem perto.  – Kuromi diria, elevando as írises chocolate em direção ao pai, tinha ciência de que não seria a primeira a lidar com o caso.   –  Eu fui designada para averiguar o perímetro das últimas ocorrências. – Ela daria uma pausa. Sempre jogam os pepinos nas mãos do primeiro Genin que encontram livre, somos uma classe injustiçada. A garota refletiria, teatral, sobre a diversidade de tramites que o nível mais baixo do escalão ninja exercia rotineiramente. Ela então retomaria a ler o pergaminho.

– Parece animada. – O mais velho comentaria, notando a euforia estampada na menina enquanto lia, que voltando a olhar o homem, ampliaria o sorriso, sequer disfarçando o contentamento traquino que a acometia.  

– Digamos que este aqui... É um outro compromisso. – Entregaria por fim, rindo, enquanto apontava para o documento que a entretinha.

Por coincidência, a kunoichi havia recebido duas atribuições naquela manhã, uma lhe mandava investigar os atos criminosos do larápio abusado e outra, com uma intenção especial aos olhos da Genin, a defesa do amor de dois jovens enamorados. Estes eram Sakuragawa Aimi e Azusano Yuske.

As famílias Sakuragawa e Azusano eram conhecidos comerciantes, tradicionais de Sunagakure. E assim, como a notória prática mercantil exercida por gerações de ambos os clãs, também era famigerada a rivalidade longínqua entre elas. A kunoichi entraria nesta história como a campeã dos jovens amantes, mediando a tensão entre os rivais de longa data.

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Apesar de simpatizante com a história do par, a kunoichi de fios rosas tinha ciência de que uma discordância antiga não se resolveria com tanta facilidade. Não vou convencer o Sakuragawa-san e o Azusano-san a deixarem seus filhos se unirem só com o meu lindo sorriso, preciso de mais informações! A Genin matutaria consigo. Resolvida, a kunoichi iria ao encontro da dupla apaixonada, para obter destes quaisquer dados que pudessem ser úteis na sua missão.

Era sabido que a sul de Sunagakure, em uma planície árida, uma única cerejeira resistia, apesar do bioma hostil. Tal arvore frutífera, que exibia o auge de sua beleza durante a primavera, era vista para muitos como símbolo de amor, o querer bem abnegado, que resiste as todas as provações da vida e do tempo. Ali Aimi e Yuske se encontravam as escondidas, dia após dia, para professar sua ternura um pelo outro. Diante da florescente padroeira dos enamorados, Kuromi avistaria o duo de mãos dadas, encarando-se com ternura.

– Você acha que solicitar a ajuda de uma Genin, não foi um pouco demais, Yuske-kun? – A garota de cabelos loiros perguntaria, com os seus orbes rosa repletos de afeição, dirigidos ao seu companheiro.

– Nem findar a minha vida seria esforço a sua altura, Aimi-chan. – Responderia devoto, o rapaz de cabelos bronze, cujo os cinzas dos olhos refletiam o sentimento daquela que amava.

– Assim até o meu coração erra as batidas. – A Nara comentaria diante de seu testemunho as juras dos apaixonados, surpreendendo-os. – Oi, meus pombinhos. – Diria a kunoichi ao duo encabulado, com a voz fina melodiosa. – Eu sou Nara Kuromi, a sua soldada da paixão.

– NOSSA O QUE? – O casal responderia em uníssono, possuídos pelo espirito da vergonha alheia.

– Tá, essa foi escrota. – A ninja se desculparia, penteados os seus fios róseos com os dedos para trás de seus ombros, desviando o olhar de seus contratantes, desconcertada. – Bom, preciso saber mais a respeito dos patriarcas de suas famílias, se quisermos concluir essa missão. – Ela faria uma pausa, e então encararia os dois, desta vez com seriedade. – Digam-me, qual é o valor para obter os corações de seus pais?

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– Valor? – O casal responderia mais uma vez, com interrogativas simultâneas. A kunoichi poderia observar diante dessa repetida sincronização de reações, o quão intensa era a ligação que compartilhavam. Que lindos. Ela os admiraria em seus pensamentos.  Diante da confusão de seus clientes, a sunense retomaria a austeridade.

– Isso. – Kuromi afirmaria e então, destrincharia o seu questionamento, para que o propósito da sua pergunta lhes parecesse mais claro. – Me refiro aos ideais que conquistam o seu apreço e movem suas almas.

Os enamorados se olhariam por um breve momento, então o rapaz tomara a iniciativa para responder sua contratada.

– Meu pai é um homem que valoriza a coragem e a dedicação. Nossa família não prosperou do dia para a noite. Foi através do trabalho duro, um amanhecer de cada vez. – Yuske sorriria, recordando-se do velho Azusano-san.

– Sakuragawa-san é um homem que aprecia o sucesso e a riqueza. Quanto mais fortunado, mais bem-sucedido. E... mais estima se tem, para com ele. – Aimi descreveria sua figura paterna, amuada. Seus braços pálidos institivamente se posicionariam em torno de si mesma, como se seu próprio abraço a reconfortasse de suas mágoas.

Yuske tocaria gentilmente a face da amada, solidário com seu pesar. – Inclusive, a rixa de nossas famílias se deu muito mais pelo conflito de ideais, do que pela concorrência comercial. – O ruivo esclareceria a kunoichi, ao fim.

Coragem e riqueza, é? Hmmm. Bem-sucedida em obter o perfil psicológicos dos mercadores através do depoimento de seus próprios herdeiros, Kuromi articularia em seus pensamentos uma maneira de convencer os comerciantes, considerando os princípios que os regiam. Quando suas írises chocolates fossem cativados pela beleza floral diante de si, a resposta para sua maquinação interna lhe apareceria de imediato.

– Já sei! Yuske-kun fará uma declaração pública, durante o festival da cerejeira, que se inicia está noite! – Os ânimos do casal retornariam as suas faces, a admiração cresceria em seus seres, conforme escutassem cada detalhe dado pela Genin, sobre a performance que fariam. – Todos os habitantes da Areia estaram aqui. Principalmente os comerciantes, que aproveitam o festival todo ano para fazer seu bom e velho jabá! – A Nara continuaria, tão eufórica quanto a dupla. – Como prova do valor de suas intenções e, para cair nos amores do Sakuragawa-san, o meninão aqui oferecerá a Aimi-chan, uma joia refinada. – Kuromi faria uma pausa, mirando os olhos da loira para o jovem. – Conquistaremos o Azusano-san com a audaciosa confissão de amor, diante de todos, aos pés da nossa famosa divindade vegetal do amor! VAI SER DEMAIS!

– Mas, que preciosidade é essa que vamos usar para impressionar o Sakuragawa-san? – O garoto Azusano questionaria a kunoichi, agora segurando as mãos da menina Sakuragawa entre as suas.

– O senhor Miyage, relojoeiro aqui de Suna é um conhecido meu e um romântico incurável. – A garota indicaria o ancião para o qual trabalhara no passado, na realização do resgate de certo Fragmento Azul, que o pertencia. – Além de um competente joelheiro, não tenho dúvidas que o senhorzinho vai se identificar com a história de vocês e nos ajudar!

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Última edição por Kuromi em Sáb Jan 29, 2022 7:54 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Cometi o erro de realizar o post 4 no 3, informei o Big Boss no chat e tive a permissão para corrigir.)
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Aimi e Yuske se entreolharam com intensidade, e então, retomaram a atenção a Nara, agitando as cabeças, num assentir mútuo. – Confiamos em você, Kuromi-chan!

O entusiasmo exalado pelos seus seres, bem como a confiança que transmitiam a ela em seus semblantes, instigavam a kunoichi a nutrir uma determinação em seu interior. Ela utilizaria de todas as suas energias para garantir que o casal concretize sua união.

– Perfeito! Vamos encontrar o Miyage-san! – Ela diria em resposta, corando levemente. Sem demora, os enamorados e sua kunoichi-cupido se despediriam da cerejeira. Com a garota de fios cor de rosa como guia, os três caminhariam por Sunagakure, em direção ao centro comercial da vila. Perambulando pela movimentada avenida principal, os jovens dobrariam a esquina, seguindo por uma travessa mais pacata. Ali, seus olhos poderiam avistar a modesta, conquanto graciosa, Loja de Antiguidades do Noriyoki Miyage.

O soar do pequeno sino, preso a porta, anunciaria a chegada do trio ao empreendimento do ancião. O idoso, que se entretinha com os reparos de um delicado bibelô, adornado por madrepérola, elevaria os olhos aos recém-chegados com um sorriso afável. – Ah! Kuromi-san! Vejo que trouxe amigos! Sejam todos muito bem-vindos! – Ele cumprimentaria, com um tom tímido, porém afável, afastando o artefato em que trabalhava. – Como posso lhes ser útil?

Kuromi tomaria a palavra, apresentando a Sakuragawa e o Azusano ao relojoeiro, que cordialmente os saudaria. A garota então, elucidaria o mais velho sobre o conto de romance proibido, a rivalidade ancestral que perpetuava entre os progenitores do casal e a performance que executariam no festival da cerejeira. Onde o garoto de madeixas acobreadas se declararia a moça de fios dourados, diante da famigerada arvore florida.

No ato que tramavam, a peça chave do momento seria o berloque produzido pelo artesão, que na visão da Nara, era o mais indicado para o trabalho.  – Não há ninguém na Areia, que seja tão talentoso quanto o senhor para materializar os anseios do coração na forma de joias de fama etérea. – A garota diria por fim, dirigindo ao Miyage-san uma piscadela ao referenciar a sua peça mais famosa. – O senhor teria alguma coisa, que se enquadraria no que queremos?

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Paciente, o idoso escutaria cada um dos ditos da Genin. Conforme se inteirava a cada detalhe da história do duo e seu namoro reprimido, maior crescia a comoção em seu interior. Solidário com o casal, o seu sentimento transbordaria de si, através do marejar de seus olhos. Sua risada sonora antecederia a confirmação de sua contribuição para o enlace de Aimi e Yuske.

– De fato, vivi uma situação semelhante com minha querida esposa. Não tínhamos famílias brigadas, mas a cerejeira solitária de Sunagakure manteve guarda sob muitos de nossos encontros. – Ele revelaria, saudoso a sua finada consorte. O mais velho então miraria a sua esquerda, onde uma corrente prateada com um delicado pingente de safira, repousava em exposição na vitrine de sua propriedade. Este havia sido fabricado em homenagem a ela. Os olhos do ancião voltar-se-iam a porta atrás de si, que levava de encontro a sua oficina particular.  – Acredito que o destino esteja a favor de vocês, visto que eu ando trabalhando num conjunto que se adequa com perfeição ao que vocês precisam.

– Pode dizer o seu preço, senhor.Yuske se adiantaria, determinado.

– Sim, não queremos abusar de seu talento Miyage-san! – Aimi completaria.

O homem riu mais uma vez, gesticulando para que o casal se acalmasse, ele ponderaria por uns minutos e então requisitaria:
– Uma ajuda com a loja me cairia muito bem, obrigado! Mas, na verdade, eu tenho um pedido em especial para a Kuromi-san. – O idoso então encararia a Genin de fios cor de rosa, com uma tensão na face. – Tenho alguns trabalhos finalizados, para serem entregues a alguns clientes. Porém, estes são indivíduos de grande fortuna, que residem na região mais luxuosa da vila. Por conta do ladrão que tem assombrado a nossa aldeia, acabei adiando as entregas por receio de encontra-lo.... Poderia realiza-las em meu lugar, minha cara?

– Agora mesmo, Miyage-san! – A kunoichi anunciaria, num sobressalto. Estaria tão envolvida com o conto de fadas sunense que quase se esquecera do segundo tramite dirigido a ela naquela mesma data, perquirir os delitos do batedor de cofres abusado.

Com primoroso cuidado sobre as refinadas encomendas, a garota sairia da loja e se dirigiria ao bairro nobre da Areia. Os deuses pareciam dedicados ao tecer os acontecimentos daquele dia, diante das conexões que iniciavam a surgir. Ao conferir os endereços dos destinatários, Kuromi retiraria de sua bolsa de armas o pergaminho que deferia a ela a responsabilidade de deter o ladrão. As irises chocolates da menina se dilatariam, abismadas, quando notasse que um dos fregueses do relojoeiro, fora um dos vitimados pelo usurpador de joias.

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Um longo assobio escaparia dos lábios avermelhados da Genin, sua admiração manifestada em som era voltada a propriedade de Matuda Ichito, fiel cliente do senhor Miyage. Poxa, que casarão! Meu sonho de princesa! A garota pensaria, encantada diante da luxuosa construção, cuja sofisticada arquitetura destoava em demasia da majoritária porção de residências sunenses.

Kuromi deixara o embrulho endereçado ao fortunado, a ser entregue por último de propósito. Aproveitaria a visita para sondar o mencionado a respeito da perda material sofrida e desta maneira, coletar alguma informação sobre o rato de brilhantes. Suas írises chocolate mirariam, atentas, os acompanhantes da empregada que viera recebe-la. Uma dupla de homens corpulentos com as mãos pousadas sob as bainhas de suas katanas. Um movimento suspeito, e as laminas estariam em seus vigorosos punhos, a Nara não tinha dúvidas.

Diante do Matuda-san, a meninas de fios rosados entregaria o volume que portava, notando que este era acompanhado por mais três seguranças de mesmo porte dos outrora encontrados. Eu nunca roubei uma bala na vida e aqui, me sinto criminosa. A Genin matutaria, diante do investimento pesado do ricaço em sua segurança.

Comentando sua atribuição a investigação sobre o ladrão, a menina questionaria o homem sobre a ocasião em que sofrera a perda material, praticada pelo trombadinha.

– Aquele diabrete! Surrupiou minhas queridas abotoaduras de água marinha! Gemas raríssimas e caríssimas, presenteadas a mim por sublimes camaradas do Banco do País da Água! – O banqueiro declararia, lastimado. – Minha casa foi invadida na madrugada por aquele garoto,  quieto e furtivo como uma alma penada. E levou minhas mais estimadas peças de mim, maldito seja!

– Sinto muito, senhor. – A garota diria, com um sorriso amarelo em resposta a exacerbada desolação nas falas do indivíduo. Era visível que este detinha de posses monetárias suficientes para adquirir uma peça semelhante a extraviada. Todavia, a kunoichi não tinha escolha e deveria prosseguir com o trabalho incumbido a ela, por seu compromisso com a vila que residia. – Vou detê-lo em breve, eu garanto. – Kuromi diria, agora com sinceridade, ao se despedir do magnata.

Enquanto processava os dados que reunira, a Genin retornaria à loja do relojoeiro para se atualizar do status de produção da joia e, combinar os detalhes para a declaração que seria feita no festival. Prestes a se aproximar do estabelecimento, os orbes cacau se arregalariam ao ver Aimi, com suas feições exalando constrangimento, na companhia de uma figura desconhecida.

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Apreensiva ante o notável desconforto da garota de madeixas douradas, perante ao estranho que a abordava, Kuromi se aproximaria de sua cliente. Ela se posicionaria entre ela e o ignoto garoto, e em seguida, interrogaria a menina.

– Está tudo bem, Aimi-chan? – Diria, embora notasse com a sua aproximação, que a loura não parecia correr algum risco, apenas manifestava uma combinação de desagrado e acanho na presença do rapaz, que já lhe seria familiar.

– Sou Umino, futuro noivo da Aimi. Claro, assim que o pai dela me conhecer e saber das minhas intenções para com ela. Nós vemos mais tarde, querida.– Se introduziria o garoto de cabelos cinzentos, enquanto endireitaria os óculos de armação redonda que usava no rosto. A kunoichi de fios cor-de-rosa se inquietaria diante do título anunciando pelo garoto, embora se aquietasse ao perceber que Aimi parecia totalmente incrédula de que tal posição fosse alcançada por ele algum dia.

Os olhos chocolate de Nara mirariam uma cintilância peculiar nas mangas das vestes de Umino, estas eram enfeitadas por pedras preciosas de coloração verde-água. Coincidência demais. A garota pensaria, com um semblante desconfiado. O garoto então, para alimentar a suspeitas que a sunense já nutria por ele, admiraria com morosidade o Fragmento Azul que jazia exposto na vitrina da loja do senhor Miyage, antes de se despedir, rumando para longe dali.Kuromi o observou seguir, com feições preocupadas.

A Sakuragawa pareceria então subitamente ignorar o encontro, e então se aproximaria da ninja, sacudindo os ombros da Genin com empolgação, e a chamando para o interior do estabelecimento do relojoeiro. Ali, ela poderia notar os semblantes orgulhosos de Miyage e Yuske diante do balcão de vido. Dentro de uma delicada caixinha de veludo, duas correntes douradas repousavam. O destaque para a peça seriam os pingentes, que consistiam em metades de uma cerejeira de ouro, com pequena pétalas de quartzo rosa no representando de maneira esplendorosa as flores características. É TÃO LINDO! Apenas pensaria, a emocionada menina, enquanto o seu coração pareceria gritar por si, com batidas tão frenéticas, que poderiam ser ouvidas a distancia.

– Aimi-chan, Yuske-kun, vão para casa e se arrumem! Sigam conforme o nosso combinado, e eu ficarei aqui para guardar a loja e realizar o transporte da joia. Garanto a vocês, que estarei lá na hora marcada. Kuromi diria ao casal, percebendo o anoitecer se aproximar ao horizonte.

A kunoichi manteria guarda solene sobre os delicados berloques, certa de que teria um encontro noturno com o gatuno de joias que assombrava a Vila Oculta da Areia.

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Conforme o previsto pela Genin, um pássaro prateado chegaria ao empreendimento do relojoeiro, no momento que o ancião se retirava para comparecer ao festival. A kunoichi apanhou a mensagem portada pela ave, onde o larapio vaidoso anunciava sua visita ao estabelecimento, prenuncio já conhecido do modus operandis do criminoso.

A Nara se manteria escondida na penumbra, através de uma arte ninja que parecia feita sob medida para uma manipuladora de sombras. Seu plano era dar ao rapaz a falsa sensação de que estaria só, e então emboscá-lo.

Umino, o ladrão de brilhantes não demoraria a surgir. Em um movimento furtivo digno de menção para um não-shinobi, ele adentraria o estabelecimento com facilidade. Utilizando de um kit de instrumentos que o possibilitou destravar a tranca da porta de entrada. Permitindo uma invasão silenciosa e discreta. Ainda sim, a kunoichi havia se preparado e apenas aguardava pelo momento certo de detê-lo. Os olhos do ladrão eram voltados a gema azul que admirara anteriormente. Convencido de que seu assalto seria bem-sucedido, ele não se apossaria do berloque de imediato, passeando pelo local, certo de que sua pilhagem seria farta. Uau, que belezinha temos aqui. Ele pensaria ao notar o conjunto dourado de metades de uma arvore, sob o balcão translucido.

Aproveitando da distração do trombadinha, Kuromi emergiria das sombras, ela induziria seu chakra por sua própria silhueta. Energizada, sua penumbra de dividiria em garrinhas obscuras que se dirigiriam até o meliante que conforme a vontade da sunense, agarrariam as pernas do antagonista e o levariam bruscamente ao chão. Pego de surpresa pelo impacto inesperado e preso pela técnica da menina, o garoto de feixes prateados brandiria.
– O QUE É ISSO? QUEM É VOCE?!

–Escuta aqui seu mané, quem sou eu não te interessa. – A garota de fios cor-de-rosa diria, enquanto se aproximava do caído. – O que vou te deixar claro foi o seu maior erro, TENTAR FERRAR O MEU SHIPP!

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– Está quase na hora, onde é que aquela garota se meteu? – Yuske comentaria, ansioso.

– Será que aconteceu alguma coisa com ela? – Aimi diria em resposta, angustiada.

– Acalmem-se meus jovens, a Kuromi-san vai estar aqui em breve, tenham fé nela. – Miyage viria, para ministrar os nervos apreensivos dos enamorados. O trio que já estava no festival, esperava pela garota enquanto os minutos faltantes para o horário da confissão amorosa se esvaiam.

Com vista privilegiada a famosa arvore florida, dois comerciantes rivais trocavam farpas, cada um em frente a suas respectivas barracas.
–  Movimento fraco, hein Azusano? – O ancião provocaria, este era alto e corpulento, com uma notória ausência de cabelos, mas os orbes magentas e o bigode louro denunciavam o parentesco dele com a menina Sakuragawa.

–  Poucos clientes, mais fieis aos meus produtos de qualidade. O que não é o caso dos seus, Sakuragawa. – Um senhor, alvo da provocação responderia sapiente. Este era detentor de um misto de fios alvos e outros tão vermelhos quanto os de seu filho, o patriarca da família Azusano.

A Nara enfim chegaria ao Matsuri Primaveril, portando nas mãos a caixinha de veludo. Ela entregaria está nas mãos de Yuske e indicaria que os dois se posicionassem, em frente a cerejeira. A kunoichi em seguida, se dirigiria entre os dois homens, sabendo que estes seriam os infames inimigos. Ela elevaria os polegares para cima, confirmando para que o duo iniciasse a performance.

– Olhem, um casal vai se declarar diante da cerejeira! A sunense gritaria, e apontaria para a dupla. Diante do grito da garota, a multidão que aguardava para o esperado espetáculo de fogos, a maior atração da festividade, se voltaria para o casal.

O palco estava montado, o garoto de fios bronze limpava a garganta, disfarçando o nervosismo antes de pousar um mirar intenso a garota loura a sua frente. Eles se lembrariam do conselho da Genin, que instruíra as falas dos apaixonados para aquele momento. Deixem os seus corações, ressoarem pelos seus lábios! No transe unicamente experimentado pelos enamorados, eles então expressariam seus sentimentos, a conexão incomum e como mesmo pela rivalidade de suas famílias, o destino os unira.

–  Como os ramos da cerejeira, nossas almas estão unidas de hoje, até o fim dos tempos. – A jovem de madeixas douradas diria, embargada pelo seu sentimento.  Ela ergueria o seu pingente de ouro, e o estenderia até o seu amado, que completaria a cerejeira com pétalas de quartzo, encaixando a sua metade.

– E aqui, sob a proteção da padroeira dos enamorados, eu peço para que se torne minha para sempre, Aimi-chan.

Uma comoção geral se estouraria oriunda dos frequentadores do Festival. Os comerciantes estariam igualmente tocados pelo expressar de sentimentos entre os dois jovens. Boquiabertos e constrangidos ambos se encontrariam pensando o quão estupida era a sua rixa. Com o aproximar do duo de seus pais, estes se desculpariam, envergonhados.

– Nunca quis o seu mau minha filha, só queria que você fosse tratada a sua altura. Você é a minha joia mais preciosa. E se é o amor desse rapaz, e a sua ambição na vida, você tem a minha benção. – Anunciaria o senhor Sakuragawa, emotivo.

– A valentia  de vocês e determinação em ganhar nossas aprovações, também me cativaram. –  O velho Azusano diria, igualmente sentido. –  Para compensá-los, eu faço questão de preparar uma cerimônia tão simbólica quanto a tocável declaração de vocês.

– Certamente que eu, pai da noiva serei aquele que organizara o maior casamento que Sunagakure já teve, tão grandioso quanto o sentimento deles. AZUSANO. – Diria o pai de Aimi, ameaçador.

– SAKURAGAWA. – Responderia o progenitor de Yuske com mais compostura, embora a sua entonação expressasse igualitária tensão ao seu eterno rival.

– Meu casal venceu! Isso é o que importa. –Afirmaria empolgada, a menina de madeixas róseas. E então, junto aos noivos, sua kunoichi-madrinha e o relojoeiro ririam diante dos mercadores rivais, que competiam em que seria o responsável pelo evento casal. Mostrando que mesmo certas coisas, não mudam nunca. Ainda assim, Kuromi estava satisfeita com o seu dia. O casal teria a permissão dos familiares para se unirem e o ladrão fora detido, ao resto da noite, ela se permitiria curtir a festa com a leveza que o dever cumprido lhe concedia.

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Dados:

Kuromi
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