O sol estava aos poucos erguendo-se no horizonte, surgindo por entre as dunas do deserto. As pessoas começavam sua rotina, faziam o desjejum, abriam seus comércios e pouco a pouco a vida preenchia as ruas de Suna. O clima estava de certa forma agradável, para aqueles que sabiam apreciar. Ko estava com suas roupas brancas ajustadas ao corpo e um turbante branco na cabeça, sua capa amarelada caía sobre os ombros. Estava terminando de ler o pergaminho que recebera do Jonin no centro de serviços na noite passada. A missão de Ko era ir até um oásis próximo e colher algumas flores especiais, um ingrediente essencial para remédios contra febre e dores.

Na realidade eram diferentes flores que o homem precisava, e até mesmo o suco interior de um cacto específico, não seria uma tarefa tão simples. Ko havia recebido uma pequena bolsa com ampolas, bisturis, alicates e outros artefatos que na cabeça do sunanin eram instrumentos para herbologistas. Após terminar de ler novamente o pergaminho e ajustar os instrumentos necessários, pegou as instruções de como chegar no oásis com alguns Chunin que patrulhavam a parte noroeste da vila e partiu.

Procurou não utilizar chakra visto que o oasis não era longe e pretendia economizar tanta energia quanto possível. ”Talvez não tenha sido uma boa ideia trazer Oni.” Matutou. Oni era a marionete do Genin, não era muito pesada ou grande mas continuava sendo algo mais a carregar.

Já se aproximava do meio dia quando Ko avistou o oásis no horizonte. - Já era hora. Quando atingiu o lugar encheu seu cantil de couro, matou a sede e abriu novamente o pergaminho da missão para analisar os desenhos herbológicos anexados no “memorando” da missão. Eram três itens ao total, uma planta aquática que provavelmente estaria no fundo da lagoa do oásis; o líquido de pequenos cactos roxos e umas frutinhas de coloração oliva. - Começarei pelos cactos, por último entrarei na lagoa para pegar as algas. Determinou.

Com seu plano traçado, pegou o bisturi cedido pelo médico da vila que solicitou a missão e iniciou a procura pelos cactos roxos. Felizmente a cor roxa era bem chamativa naquele ambiente, mesmo no oásis, o que tornou fácil essa parte. Pegou alguns galhos de arbustos para raspar os espinhos dos cactos selecionados, posteriormente, realizou uma incisão cuidadosa na planta e meteu um canudinho nas mesmas. - Agora é só esperar o líquido cair nas ampolas. Proferiu sozinho. Descobriu que essa tarefa não era tão fácil, o líquido caía muito devagar e este precisava “chupar” o líquido pois este não era abundante no interior dos cactos, pelo contrário.

Enquanto deixava o líquido escorrer para as ampolas decidiu agilizar o processo e procurar pelas frutinhas cor de oliva que só podiam estar nos arbustos conforme a descrição do médico. - Isso é mais fácil. Reclamou. Coletando cuidadosamente os frutos e colocando-os na sacola de algodão e couro que haviam lhe entregado no dia anterior, quando pegou a missão para si. Após coletar tantos frutos quando possível foi checar as ampolas, e ainda não tinha terminado de encher a segunda. - Vamos coletar as algas então. Decidiu.

Ko retirou suas roupas e equipamentos completamente, preparou-se e saltou na lagoa do oásis com um bisturi entre os dentes. Nadou vigorosamente até o fundo da lagoa, por sorte, a luz do sol penetrava de forma bastante decente e a lagoa mesmo não era tão profunda, tinha apenas três metros e meio de profundidade. Assim que avistou as algas, passou o bisturi para a mão direita e começou a cortá-las. De tempo em tempo Ko tinha que voltar a superfície para esvaziar as mãos de algas e para respirar para só depois voltar a mergulhar. ”No relatório eles me alertaram para não super coletar os recursos para não agredir muito a natureza e para não pegar tudo para nós, pois haviam viajantes que usavam esse oásis devido a proximidade com a Vila. Muito bem.” Lembrou-se.

Quando o sol já estava se aproximando de sua posição das 15hrs o sunanin decidiu que era hora de ir embora. Já estava seco e com recursos o suficiente, levantou “acampamento” iniciando sua viagem de volta para Suna. Estava faminto, coletar estes recursos haviam lhe dado um belo de um trabalho, não do tipo de batalhas obviamente. Era um trabalho de paciência e cuidado e era tão cansativo quanto fazer flexões. Ao chegar na vila, iria procurar matar a fome e só então faria o relatório da missão para entregar junto com os recursos coletados na manhã do dia seguinte.

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