A larga estrada de terra encontrava seu extremo aos pés dos grandes portões de Konohagakure. Muros altos circundavam as construções e separavam a Vila do restante da floresta que a rodeava, as casas e outras estruturas eram facilmente vistas para lá da entrada. A extensão não podia ser medida com os olhos, era como se a profundidade da Vila não tivesse fim, certamente o oposto de Iwagakure. Era até curioso como as grandes Vilas eram tão distintas entre si, com estruturas e aparências completamente divergentes.  

A aproximação dos grandes portões foi interrompida no momento em que Akusei foi abordado por dois guardas, que antes de questionarem ao garoto o motivo da sua chegada apenas vigiavam a entrada da Vila por uma pequena cabine mais ao lado. Não durou muito até que os ninjas da Folha liberassem o garoto, quando este afirmou estar ali apenas de passagem, salientando que era um simples viajante.

A afirmação não era completamente verdade, tampouco chegava a ser uma clara mentira. Ele, de fato, estava viajando até Konohagakure, mas seu intuito não era simplesmente passageiro. Talvez os guardas tivessem liberado Akusei apenas por não perceberem nenhuma ameaça vinda do Genin, o que de fato era uma avaliação adequada — ele não estava ali como um inimigo.

Gostaria apenas de se dirigir ao gabinete do líder da Vila para uma simples conversa, fundamentada em uma pequena espécie de pedido. E assim o fez; seguiu rumo à direção apontada pelos guardas, que aparentemente indicava a localização do Gabinete do Hokage dentro da Vila. Restava agora saber se sua viagem havia valido a pena, ou se a sua ideia de prosperidade estava muito distante da realidade do mundo ninja.