RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Luto I




Quando as cartas foram se desfazendo em suas mãos ela não pôde acreditar, aquele material envelhecido, triste, encolhido, tornava-se nada mais do que parte de sua memória, a prova material e concreta do que acabara de ler, pouco a pouco desaparecia por completo, dando lugar a um sentimento de vazio, solidão, até ser transformado numa ira terrível. Tomie começou a gritar, um grito terrível como de um porco sendo abatido, vendo transpassar por sua garganta a lâmina afiada e cruel.

— Malditos! Malditos! Eu odeio vocês! Eu odeio cada um de vocês!

As lágrimas começaram a escorrer de seu rosto, era a primeira vez que chorava e o motivo de sua tristeza não poderia ser mais claro, ela não poderia matar e esquartejar aqueles que chamava de pai e mãe, ao morrerem, deixaram o vácuo de não poderem mais ser mortos. A carta desapareceu e com ela, o resto de humanidade que ainda restava na mulher.

“Dia 01, 16° de seu Nascimento

Querida Tomie,

Creio que os eventos que te levaram a descobrir que toda a sua vida foi uma mentira tenha te deixado atordoada. Os motivos de sua apatia, os olhos vermelhos que agora ardem em seu rosto, como um carma maldito e que, porventura, também poderiam estar nos de sua irmã, vêem de uma linhagem nobre, dos descendentes dos deuses mais elevados. Eu sou seu verdadeiro Pai e, como todo bom Pai, te espero e te quero muito.

Atenciosamente,

Black.”


A menina gravou tudo, cada palavra que ali residia, a forma como a tinta assumia as letras, dançando por entre aquele papel velho e destruído, cada símbolo usado parecia transmitir exatamente a ideia que queria passar e, embora para você, caro leitor, possa parecer algo trivial e irrisório, aquelas palavras para ela vinha de alguma entidade superior, seu Pai, membro de uma linhagem avançada com o qual sempre sonhou.

Por alguns minutos pensou no que fazer, a ansiedade e o medo tomaram conta de seu coração e, mais uma vez, se sentiu num terrível estado de vulnerabilidade. Primeiro, teve a idéia de ir até a sua sensei, Ookami, pedir a ela algum conselho ou para que ela a acompanhasse naquela jornada, mas logo deixou de lado, não era do feitio de sua mestra ajudar nesse tipo de coisa, e também não queria que ninguém descobrisse seu segredo.

Depois, resolveu pesquisar um pouco mais afundo sobre aquele sujeito que se nomeava Black, porém, como era de se supor, não passava de um pseudônimo, de algum desertor da aldeia ou alguém covarde o suficiente para esconder seu próprio nome, assim, no fim, estava no lugar que começou, não havia avançado em nada.

“Levantando-se ele, tremem os valentes; em razão dos seus abalos se purificam.”


A carta terminava com aquela citação, munida daquele medo e da curiosidade que parecia esfaquear diretamente a sua alma, Tomie resolveu dar o primeiro passo em direção sabe-se lá Deus a onde.

Olhou-se no espelho, sua imagem triste e patética refletida, enquanto sua íris se tornava vermelha e a pupila de seus olhos se dividia em três partes, a imagem caçoou dela:

— Vamos, irmãzinha, não me diga que está com medo? Você não queria tanto isso? Ter algo especial? Não tenha medo! Chega de ter medo, chega de perder! Tudo que você quer não é o poder? Então vá pegá-lo como um cachorro correndo atrás do próprio rabo. Chega de rastejar por aí a procura de alguém pra preencher essa PORRA de vazio, você está sozinha Tomie, vai morrer sozinha, então faça pelo menos valer a pena um pouco dessa sua existência miserável!

Antes que a imagem refletida pudesse continuar, a ninja desferiu sobre o espelho um soco, o mais forte que dera em sua vida, espatifando o objeto em diversos pedaços, sua mão direita começou a sangrar e o sangue a pingar, gota a gota, no chão, até que aquele líquido espesso e ferruginoso pareceu refletir a imagem caótica da moça.

— É o que eu sempre quis! O poder, você tem razão, mas eu não desejo esse poder tosco que me oferece, eu quero o poder de decidir sobre a vida e a morte, eu quero que meus inimigos  e amigos tremam apenas de ouvir meu nome! Eu quero a morte de todo mundo, sem exceção, a começar pelo maldito Hokage, eu quero que ele morra, depois, todas as demais Sombras, quero ter a cabeça de cada um desses vermes na parede de minha casa… Quero gargalhar da sorte deles, enquanto me embebedeço e me satisfaço com todos os homens e mulheres que eu quiser. Por fim, quero saciar os meus desejos, aqueles mais profanos, com os corpos putrefatos dos senhores feudais e, daí, só então, eu terei alcançado o tipo de poder que eu quero.

A imagem que via refletida no sangue, se é que via concretamente alguma, sorriu ao ouvir as palavras da moça, um sorriso irônico e, então, contra argumentou:

— Se é isso que deseja, o primeiro passo é conhecer melhor os seus próprios poderes, só então, poderá criar um tipo de poder novo, único!

Ela assentiu, limpou-se e saiu dali, passou em frente a casa de sua mestra, ficou ali parada por alguns minutos, pensando em entrar ou não, mas seguiu, aquele era seu destino e, como tal, deveria enfrentá-lo sozinho. Talvez estivesse indo para uma armadilha, talvez os ninjas de Konoha estivessem se colocando contra ela por ter quisto ajudar o antigo Hokage, porém, naquele momento, aquilo não importava mais.

— Se for para morrer, que seja! Mas que no trajeto eu consiga levar pelo menos metade dos meus inimigos.

Foi o que pensou, antes de ter a certeza de que sua vida se resumiria, a partir dali, em tentativas consecutivas de suicidio, e aquele nome, aquele maldito nome, sempre vinha junto com essa palavra.

— Black, meu Pai.

O significado poderia ser muitos, porém, se ele fosse dotado do mesmo espírito que ela, ela sabia muito bem, aquele “Black”, era uma referência ao constante estado de luto em que ele estava e, por incrível que pareça, a garota entendia. O mundo shinobi estava macabramente sempre em luto, como se um caixão imenso estivesse posicionado no centro de uma sala, com um corpo gélido, duro e inchado, recendendo aquele cheiro esquisito que os corpos exalam, um cheiro escondido por inúmeras outras fragâncias não naturais.

Tomie estava sentindo aquele cheiro e, por isso, vestia-se de preto, estava indo em direção a um velório, fosse seu ou do diabo, ela não sabia, mas definitivamente era um velório e isso acalmava o seu coração…

“Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias.”

Palavras:

Emme
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Mononoke
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Gaiden Aprovado!

 
Bonificações — [Evento] Dia dos Pais: 

• 30 XP.
• 15 Pontos de Reputação (à sua escolha).

Mononoke
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