A neblina estava baixa e era uma ótima oportunidade para um bom treino, principalmente após um almoço reforçado. Uma vez no campo de treinamento, caminhava próximo de um desfiladeiro de roxas com intuito de fazer um treino de escalada. Diferente da maioria que usuária o chakra pra auxiliar a subida, eu usaria apenas as mãos.

A altura do muro de pedras era alta, perfeitamente adequado para meu objetivo. ~ Hoje vai ser um daqueles treinos Hardcore! Falava para mim mesmo com propósito de acender meu espirito obstinado; não que os treinos fossem fáceis, na verdade nunca eram. Então sem mais delongas, começava a agarrar a parede entre seus sulcos e rachaduras com a finalidade de segurar firme. ~ Aqui vou eu!

Inicialmente o treino não visava agilidade, mas sim atenção, concentração e força. Afinal, consegui escalar só com a força dos dedos das mãos e pés era algo difícil. A subida seria lenta, exigirá foco, mas sem dúvidas serviria para lapidar minhas habilidades ninjas.

O desfiladeiro não era grande e nem cumprido, haviam algumas dezenas de metros até alcançar o topo. Entretanto, qualquer deslize das mãos resultaria na queda. O que não seria letal, mas por outro lado um saco. ~ Calma, estou quase lá. Dizia em voz baixa enquanto os olhos procuravam os próximos pontos para me agarrar e em seguida me impulsionar. Algo que parecia simples, mas em sua aplicação era uma tarefa nem um pouco pratica.

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Após subir até o topo, então seria logico eu descer. Mas diferente do comum que seria descer de forma decline, eu viria descer de cabeça para baixo. ~ Isso sim que eu chamo de treino louco, Ráhahaha. Falava para enquanto olhava para o chão agarrado a parede. Descer de cabeça para baixo demandava um esforço muito mais penoso, mas tinha como objetivo fortificar meus músculos e ainda centrar meu foco.

Os dedos deslizavam entre as rochas até se aderir as fissuras, seja entre buracos, sulcos e pedras salientes. Agarrava qualquer coisa que servisse de zona segura, apesar de que uma vez que outra os dedos escorregavam e eu pedia o equilíbrio. No entanto, como estava indo de mão em mão, não havia perigo de cair. Desde que eu não ratiasse; o que ainda era uma possibilidade.

Respirava fundo algumas vezes e continuava descendo, aumentando vagarosamente o fluxo dos movimentos com intuito de refinar minha coordenação motora. Algo que era difícil, mas não impossível. Afinal de contas, esse tipo de treino servirá bem para seu propósito.

Pouco menos de um metro do chão, eu me impulsionava da parede e então cairá com as mãos plantando bananeira, logo dando outro impulso e aterrissando os pés no chão. ~ Fiusss. Pensei que seria mais difícil. Falava para mim enquanto batia as mãos uma nas outras para retirar o excesso de poeira entre os dedos.

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Com uma subida e descida, agora era fazer de novo só que com um pouco mais de dificuldade. Com apenas um braço iria subir, seria mais complicado e exigiria mais força e foco. Contudo, era isso mesmo que eu buscava. Afinal, para conseguir alcançar o Taijutsu supremo seria nada menos que passando por treinos da mesma escala.

O braço amarrado atrás das costas, eu subiria. Atento, entusiasmado e insistente, subirá com vontade até o topo. Com apenas um braço havia duplicado meu esforço para com o treino, sem contar que o corpo estava começando a demonstrar cansaço, seja pelo suor e/ou tensão muscular. No entanto, não estava afobado e nem desmotivado. Ver e entender que o treino estava dando resultados era um gatilho para maior dedicação. ~ Pra eu conseguir ficar mais forte... tenho que continuar me desafiando. O treino servirá exatamente para esse propósito.

Após subir até o topo, eu respirava para retomar o fôlego e em seguida bebia um pouco de água. *Glup-Glup-Glup. ~ Nada mal pra uma subida. Falava por causa de que parecia ser algo simples, mas em sua essência era bem o contrário. Calos começavam a se formar nos dedos, além de pequenos arranhões na derme e cotovelos, barriga e pontas dos pés ralados por motivo obvio.

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A descida seria breve, descendo da mesma forma que havia subido. Diferente de antes que havia descido de cabeça para baixo, agora dessa vez, desceria normal por causa da dificuldade de ter que usar apenas uma mão de porto seguro.

Aterrizava no chão, buscava dois pedregulhos espessos e pesados com intuito de usa-los como contrapeso para implementar um nível ainda mais alto de dificuldade. Usava os fios que carregava comigo para servirem de suporte. Atrelados aos rochedos e aos meus punhos, então eu começava a subir a parede outra vez. No entanto, usar pesos daquela proporção me fazia demorar bastante para subir. ~ Huff. Huff. Isso não é nada! Vamos! Uma mão de cada vez.

A tenacidade era um ponto forte em mim e eu continuava subindo, sentindo os braços pesados e mais pesados a cada deslocamento das mãos para o alto. O suor escorria pelas laterais do rosto, braços e axilas de tal forma que chegava até mesmo irritar um pouco. Contudo, eu prevalecia resistente e seguia em frente.

Em um ponto as rochas colidiam uma na outra, o que me fazia virar o rosto e fintar a distancia entre mim, o chão e os pesos. ~ Esquece as rochas, olha pra frente. Retornava meu foco e uma mão a frente da outra eu chegava até o topo da muralha. Arrastava os rochedos e puxa-os para o alto até traze-los para a parte de cima, sentando no chão para descansar um pouco.

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O descanso seria breve, já que, precisava finalizar o treino. Descansar demais apenas aumentaria a fadiga que estava acumulando. ~ Certo! Agora é a hora da verdade, Ráhaha. Batia um punho na mão e então, ainda com os fios amarrados no pulso e nas rochas, jogava os pesos para baixo do penhasco.

Começava então a puxar e descer eles com os movimentos dos braços, usando-os como pesos para fortalecer os músculos do corpo. Por si só, os rochedos eram pesados, mas por razão do ângulo em que estavam... isso apenas multiplicava sua densidade. Pelo menos assim parecia para mim.

Puxava e soltava, sentindo os pulsos latejarem de dor e tendo que agarrar pelos fios com as mãos. Por sinal, estavam com a pele rachada e sangrando um pouco. A dor era intensa, mas sabia que era o resultado de meu esforço estava vingando, como um cacto no deserto. Poderia parecer inicialmente algo pequeno, mas ao longo do tempo aquele esforço haveria seu valor.

Tracionava o braço e então direcionava-o para frente, um de cada vez, por uma sequência de execuções que mais pareciam infinitas, mesmo que realmente não fosse tantas. Mas o peso, o cansaço e a fadiga estavam unidos tentando me derrubar. Contudo, só conseguiriam quando eu não conseguisse mais puxar um dos rochedos, o que logo aconteceu. Soltando as amarras com dificuldade, mas calma... os pesos caíram até atingirem o chão no final do desfiladeiro. Ao mesmo tempo, eu também tombava ofegante e bastante exaurido pelo treino. ~ Treino concluído com garra. Falava deitado no chão enquanto lá mesmo descansaria por um bom tempo.

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