Reo estava sentado sobre a parte do alto do portão. A questão era, uma missão tão simples como avaliar armas de um Ferreiro havia sido dada para ele. Mas não só isso, outras pessoas pelo visto haviam sido selecionadas também, como Gennins na mesma faixa etária, e na mesma patente. Reo ficava observando todas aquelas pessoas, o vento passava por eles, fazendo com que as roupas esvoaçassem. "Uma missão simples como essa… Seria mesmo tão necessário que um ferreiro pudesse confiar em crianças como nós?" O pensamento seguinte permeia a mente do garoto, que erguia uma sobrancelha, meio confuso. — Que seja. Eu tenho que fazer o meu trabalho. — Um sorriso amistoso surgiu nos lábios do garoto, e logo bateu os punhos em tamanha empolgação.

A carruagem que chegou para levar a todos. Aquilo fez com que o garoto murchasse. — Droga. Bem que a gente podia ir andando cara… — Resmungou, fazendo uma careta triste. — Tudo bem. Vamos nessa. — Falou para si mesmo, saltando em seguida em direção ao chão. Quando pousou, quase cambaleou para frente devido ao desequilíbrio que tinha, sendo segurado por um Jonnin próximo. — Cuidado garoto. Numa dessa tu vai pro caixão. Agora entra na carroça. — Pediu o homem, sério. Reo se endireitou e sorriu, com um olhar determinado. — Claro. Foi mal. — Desculpou-se.

[...]

O tempo na carroça foi horrível. Junto com outros Gennins, Reo foi o único que passou a viagem vomitando. Era comum vê-lo inclinado com o tronco sobre a beirada da carroça, soltando suas estranhas para fora. Mas ao menos, os enjôos estavam menos incinerantes, bem como suportáveis, e o vômito já não era mais tão volumoso quanto antes. Mas ainda assim, era um problema existente, e o Senju fazia o possível para resistir, mesmo que acabasse com as feições roxas. Um tempo depois a carroça parou.

Ambos chegaram a uma espécie de acampamento no alto de uma encosta, onde tinham algumas barracas em formato militar. Lá, os Gennins foram conduzidos pelo homem de antes, chamado Kurobo. Ele era rígido e sério, e por pouco não cortou a cabeça de Reo fora. Então, todas as crianças foram apresentadas a Mitsuki, o ferreiro que havia solicitado os serviços da vila. Ele os recepcionou muito bem, inclusive, deixou todos à vontade para fazer o que bem entendessem, como avaliar as armas que ele deixou no vitrô.

Depois de um tempo, após mais ou menos uma hora, ele solicitou a opinião de todos. Quando chegou na vez de Reo, ele pegou a primeira arma. Uma adaga. Apontando diretamente para que todos pudessem ver, ele começou sua explicação. — Essa adaga aqui tem um formato perfeito para execuções limpas. Sua lâmina é bastante refinada, e a mesma é trabalhada para causar o mínimo de dano em área possível, mas usando a pressão, similar a um bisturi só que em tamanho médio. O tipo da arma é dourado, combinando bem em alguns aspectos não oxidação… O cabo é bem confortável de pegar, principalmente pela tela colocada antes do couro, o que deixa a arma maleável. — Reo ia explicando o que achava. Assim também discorreu sobre outras armas e o mesmo foi dado como direito para com outras crianças.

[...]

Quando acabou, todos começaram a voltar para casa, na carroça. Reo foi submetido novamente ao clima de horrores envolvendo balanços da carroça, mas quando chegou em Konoha, a missão estava concluída. Pelo menos os efeitos do enjôo haviam sido menos agressivos dessa vez, o que o fez vomitar menos, como também resistir mais. Estava superando. Missão concluída.