A missão era a mais simples possível. Talvez pela sua simplicidade, fosse considerada Rank D. Reo chegou na casa de um homem que estava acamado, provavelmente nos últimos dias de vida. Ele já estava viúvo de sua esposa, então só restava um último pedido a fazer. Com isso, Reo foi chamado para que pudesse conceder o último pedido do homem. Ele estava embrulhado sobre um futon quando o garoto chegou, abrindo a porta com um empurrão sutil. O homem estava de olhos fechados, acompanhado de alguns dos seus familiares. Tirando as sandálias respeitosamente, o garoto deixou as mesmas na entrada da residência, só assim, entrou descalço.

Então, ao se sentar sobre suas pernas, de modo a deixar as mãos livres sobre o colo, o homem moveu as mãos velhas e calejadas, trazendo para si uma arma. Uma longa katana branca com um detalhe em roxo florido. A questão era que, aquela era a arma de sua esposa. — Minha esposa faleceu há alguns dias. Eu já estou nas últimas. Ela falou que quando morresse, que fosse enterrado o tesouro de sua família. Eu também já estou velho, e não consigo mais… — Falava com rouquidão de um velho prestes a bater as botas. — Leve até o norte da vila onde há uma palmeira solitária, e enterre esta arma… Lá. — E com um movimento, depositou a katana em frente ao Senju. — Boa sorte, guerreiro. Que Yamarama lhe proteja… Sempre. — E o homem faleceu ali, seu último suspiro foi dado.

Reo segurou a katana embainhada com cuidado. — Muito obrigado por confiar essa tarefa a mim. Agradeço. Irei dar o meu melhor. — Falou. Assim, se levantou e após calçar suas sandálias, o garoto partiu.

[...]

Reo estava no local. Era próximo ao cemitério. Lá existia uma palmeira solitária. O vento fazia com que suas folhas balançassem. Com as mãos nos bolsos, o garoto observava a terra que fora revirada em prol de enterrar aquela katana. A missão estava cumprida, mas era muito triste. Reo respirou fundo e juntou as mãos, fazendo uma prece. Em seguida, se virou para ir embora. Missão concluída.