Estava sendo uma semana corrida para Rikmaru que, seguia inquieto e carregado de pensamentos que, nitidamente estava deixando-o aborrecido, estressado mas, no seu íntimo subconsciente, sua indignação era uma revolta a tudo o que ocorria e não recebia a devida atenção. Sua nova tarefa veio através de um pombo correio, e logo ao iniciar sua leitura, sua garganta ficava seca. Seus punhos cerravam ao segurar aquele pergaminho que, diferente do que havia feito até aqui, ele já esperava por essa missão a tempos.

Enfim havia chegado a primeira missão onde, alguém era condenado através de um mísero papel raso, com poucas palavras, sentença decretada, sem conversa, sem levar me conta a sua linha de ancestrais, sua linha de antecedentes, O Ladrão. Era como o seu Pai havia sempre dito que eles tachavam aqueles que se opunham a “ordem” de seus playgrounds privados.

— MENTIROSOS!

O local onde o nomeado infrator datou sua próxima ação, incendiou Rikmaru como uma convocação! Rumou de imediato seguindo as coordenadas contidas no pergaminho, enquanto sentia uma leve chuva cair sobre seus braços, o céu acinzentado daquele dia mostrava a que veio, não conseguia pensar em mais nada, havia recebido a missão de por em prática tudo aquilo que seu Pai combatia colocando sua própria vida em risco, a adrenalina o invadiu, a hora havia chegado.

— MENTIROSOS!

Rikmaru corria pelas ruas sem olhar para os lados, esbarrou em algumas pessoas, nem mesmo conseguiu pedir desculpas, seu foco era apenas chegar o mais rápido possível no local indicado como próxima ação do suposto Ladrão. Não demorou muito para que logo fosse possível ver o rastro de destruição deixado pelo rapaz que, de mesmo avistando de longe, o jovem Igarashi pôde perceber ser um jovem de origem humilde, de cabelos prateados que chegavam na altura do ombro, cobrindo o rosto.

O Shinobi de iwagakure bate o pé no chão criando um grande tufão momentâneo, de forma a chamar a atenção de todos os que estavam no local, inclusive do garoto que destruía algumas placas e cadeiras que estavam pelas ruas, além de algumas vidraças e, ao ver Rikmaru com um semblante de ódio, fica estarrecido.

— Você sabe muito bem como eles não perdoam os que vem de baixo, seu verme! Aonde acha que você vai parar? Quer perder a porra da sua vida?

— Não quero ouvir mais nenhuma palavra dessa sua boca imunda mano! — O garoto rebelde esbraveja enquanto aponta diretamente para Rikmaru. — Você se tornou um deles! Você é a vergonha para todos nós e certamente para o seu Pai!

O Garoto não conseguiu  nem terminar de falar, foi questão de segundos, o jovem Igarashi, furioso, levava o pequeno infrator ao chão, com as mãos em seu pescoço, pupilas totalmente dilatadas, o ambiente ao redor da cena começa a ficar cada vez mais quente, Rikmaru deixava rugir sua linhagem sanguínea.

— Tira o nome do meu velho da sua boca! — Sua mão cerra o aperto, fazendo o jovem imobilizado engasgar-se enquanto suava com o calor. — Ele deu tudo de si para proteger gente como você! Que não sabe o valor de uma vida, e acaba vendendo a própria por trocados.

Em pouquíssimo tempo, calor insuportável que assolava o ladrão em conjunto da ação que Rikmaru utilizou para imobilizar o mesmo logo o fez perder a consciência aos poucos. O Jovem shinobi percebe q eu havia neutralizado o garoto. Levanta enquanto puxa o garoto até encostá-lo em uma parede, amarrado com uma corda que pediu aos comerciantes locais enquanto aguardou a chegada de algum ninja de maior patente para levar o infrator preso.

Aquele gesto doeu em si, ele sabia que as chances daquele garoto crescer e conseguir reverter a própria situação de vida haviam sido reduzidas a quase 0. Aos poucos começava entrar em sua alma a filosofia de seu Pai, o sistema era cruel, os que incomodavam destoavam de todos os problemas existentes intrínsecos ao funcionamento do sistema shinobi, pela primeira vez após perder seu pai, chorou. Seguiu para entregar a missão enquanto refletia no que havia acontecido.