Biblioteca de Kirigakure.

　　O silêncio predominava entre os presentes. Nanami permanecia sentada frente a uma enorme mesa retangular com livros e pergaminhos empilhados. Estava ali cumprindo a segunda etapa de sua missão: restaurar os itens que haviam sido vandalizados na madrugada do dia anterior.

　　Próximos à Genin sentavam-se também os funcionários da biblioteca; seus olhares atentos pareciam estar acostumados com este tipo de serviço, portanto, as obras mais danificadas ficaram aos seus encargos. Nanami ocupava-se colando, desamassando e limpando capas, folhas, mapas e pergaminhos. A reparação foi um processo razoavelmente simples, embora massante. A jovem tomou a tarefa como um aprendizado, pois estava treinando seus olhos para perceber os mínimos detalhes, o que obviamente seria útil em sua jornada shinobi.

　　Por sorte, poucos itens haviam sido de fato danificados e o processo de restauração foi relativamente rápido. Após, os bibliotecários entregaram à Uzumaki algumas páginas contendo o nome das obras armazenadas na biblioteca para que ela conferisse se houve algum roubo. As páginas estavam separadas pelas seções da biblioteca, então os três dividiram-se em seus respectivos setores para fazer a conferência.

　　Finalizaram a atribuição nas últimas horas da noite, pois preferiram ficar até tarde ao perceber que alguns itens estavam faltantes: mapas, livros e pergaminhos de cunho religioso. Um dos nomes chamou a atenção de Nanami: “Salvação através da Morte e Destruição”. Os bibliotecários esclareceram a Nanami que se tratava de um livro pouco conhecido, que contava os mandamentos de um deus perverso chamado Jashin. Intrigada, decidiu reportar as informações aos seus superiores ao primeiro sinal do amanhecer e logo despediu-se dos bibliotecários, dando fim às missões que havia recebido.