Tsurugi estava em casa. Ele lia um livro enquanto fazia algumas barras com um braço só. Sua mãe estava lá embaixo, fazendo um almoço. Seu pai estava lá fora serrando madeira para transformar em lenha. Seu irmão havia saído novamente para trabalhar, mas naquele dia, pediu para que pudesse deixar tudo com ele e que o pai pudesse cuidar dos afazeres externos. Tsurugi havia se oferecido para ajudar, mas Zantetsuken não havia se importado e simplesmente dispensou-o. Garantiu que iria fazer tudo com o grande sorriso e tão, partiu com a vara de pescar e o seu saco de sempre com várias coisas dentro.

Então, não tinha muito o que fazer. Havia participado de duas missões Rank S recentemente, então seria a primeira vez que havia se sentido importante. Aquela investigação sobre aquele túnel maluco ainda estava em andamento, era questão de tempo até que pedissem para que ele e Saito fossem investigar outra localidade com relação ao túnel e ao clã perdido. As coisas estavam saindo do controle, e Tsurugi só queria garantir estar longe dos problemas por hora, ou seria bastante complicado, pois atrapalharia a sua paz. Aliás, desde que havia se tornado Shinobi, a vida havia se tornado assim, deveras maluca e sem nexo, uma vez que interessante, talvez só por causa de Saito e o Grupo Raijin.

Sentindo o braço falhar, se permitiu pousar sobre o chão do quarto outra vez. Ainda estava lendo sobre o livro da Dama de Vermelho que era uma concubina e uma escritora de sucesso ou algo assim. Era um livro interessante, do mesmo nível que o O Conto dos Sábios das Montanhas cujo qual já havia mostrado para algumas pessoas algumas vezes, como Biskka e Christie. Até o momento não havia tido outras pessoa que se interessassem em ler, talvez o Saito não apreciasse o gênero. Mas fazer o que. Saito era um policial, talvez sem tempo para leituras ou descansos, mas se perguntava como ele era capaz de lidar com cadáveres e sangue. Muito sangue. Que profissão maluca, Tsurugi tinha certeza de que não servia para ser policial. Jamais.

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Então deitou-se sobre a cama novamente. Ficou a ler seu livro na maior tranquilidade enquanto cruzava as pernas uma sobre as outras. Com o passar do tempo, adormeceu ali mesmo pela preguiça e se deixou levar pelo que estava acontecendo. O sono portanto lhe levou para o mundo dos sonhos, onde Tsurugi sonhou com alguma coisa mas não se lembraria. Isso porque o seu cérebro conseguia mudar as ondas betas para alfas rapidamente, impedindo que o mesmo se lembrasse com clareza do que sonhou e até mesmo chegasse a pensar que não havia sonhado com nada se não tiro apenas a escuridão diante dos seus olhos. Acordou com os chamados de sua mãe, então, piscou sonolento sem entender muita coisa e deu um forte bocejo, de modo a lacrimejar no processo. Se sentou sobre a cama e ficou ali e a limpar os olhos por alguns instantes e claro, tirar a remela dos olhos.

Depois de dar alguns tapas em sua cara e ir até o banheiro para lavar o rosto com bastante água. O garoto então finalmente desceu. Na mesinha de sempre estavam seus pais, e eles tinham preparado bastante coisas graças ao lucro que tiveram por comissão desse mês, e claro, ao dia que ajudou o irmão no trabalho da pescaria, captura de peixes e posterior venda em locais próximos da Aldeia da Folha. Com isso, se sentou novamente no mesmo lugar de sempre e juntou as mãos. — Obrigado pela comida. — Diria ele em tom de agradecimento. Com os hashis já em mãos, começou a comer. Devorou os bolinhos de arroz, os tempurás, os teryakis e outras comidas,como udon e dango. Quando terminou, tomou longos goles de água e então finalmente se levantou, agradecendo seus pais, foi para o banheiro escovar o dente e depois voltou para a cama. O restante foi só voltar para a leitura diária do livro sobre a Dama de Vermelho. Já havia treinado naquela manhã, então não precisava se preocupar. Havia acordado bem cedo para uma caminhada e alongamento. Essa parte ao menos já havia sido feita e não precisava ser cobrado por nada.

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Adormeceu novamente. Estando devidamente colocando na área de seu travesseiro enrolado em um futon, o garoto dos fios grisalhos já dormia fervorosamente com o livro na cara. Era possível ouvir os seus roncos, onde estes chegavam a assoprar as páginas do livro enquanto o garoto adormecia, bem quisto em seus sonhos cujos quais ele não lembraria. Então, acordaria de noite novamente, sua mãe estava descansando um pouco, seu pai estava no quarto vendo a TV. Provavelmente a mãe estava adormecida ao seu lado. Era sempre assim. O irmão já havia chegado em casa e estava tomando banho, enquanto Tsurugi dormia, dizia o outro que a colheita havia sido boa graças ao Deus Inari.

De todo modo, Tsurugi havia tirado um cochilo um pouco e se viu sentado novamente sobre a borda de sua cama, de modo que coçaria um dos olhos, soltando um novo bocejo. Com isso, era hora de tomar banho. Se levantou e foi para a banheira, onde se encheu de água até o limite passou o shampoo, bagunçando bem os cabelos brancos. Passou bastante sabonete esfoliante pela pele clara e tudo mais. Não apenas isso, usou bastante espuma sobre o corpo. E no fim, saiu com a toalha enrolada na cintura. Era possível ver as cicatrizes que tinha ao redor do corpo devido ao extenso treinamento de sua vida.  Então, tratou de vestir-se novamente com a roupa que já havia usado anteriormente. Sem muita coisa para fazer, foi para o pátio.

Seguindo isso, ele se deitou sobre o pátio, que tinha um piso liso e lustroso, brilhante. Mas parecia que estava começando a ficar sujo. Com um suspiro, percebeu que teria que fazer alguma coisa a respeito. — Que saco. — Resmungou. Usou uma vassoura e retirou as folhas que estavam espalhadas ali pelo pátio e afins. Depois retirou as folhas de fora do pátio, juntou tudo em um saco e amarrou, jogando no lixo na frente da casa, um local próprio para o lixo, onde os limpadores iriam recolher, posteriormente. De todo modo, agora estava próprio para proveito. Se deitou ali no pátio sozinho e tirou o livro do bornal. Em breve, iriam chamar para o lanche.

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