A minha ajuda havia sido solicitada pela vila, que pelo que ouvi estava passando por falta de mão de obra no meio rural. Minhas últimas experiências naquele ambiente não tinham sido agraáveis, e se dependesse de mim eu não voltaria para lá. Mas é claro que não dependia de mim, e além de minha obrigação monetária de estar presente para a missão, ainda devia somar o peso de minha obrigação legal. Não tinha como fugir, e assim, lá estava eu, no território de mais uma fazenda.

Essa era visivelmente mais bem estruturada do que a última que eu visitara. Havia regularidade nos espaços dedicados para cada animal, e diversas estruturas que eu não fazia a mínima ideia do pra que serviam se elevavam do chão. Perguntava-me se teria que sujar muito as mãos quando uma senhora jovem de macacão listrado chegou até mim, ostentando um sotaque bastante puxado.

- Então ocê que é o tal ninja que me mandaro? Beleza, vai sê facin, facin. Vem comigo. -

A mulher passou uma boa meia hora passando por todos os equipamentos e locais e me explicando para que serviam e como funcionavam, ocasionamente perguntando se eu estava acompanhando. Depois que explicou, me entregou uma folha de papel com uma lista das tarefas que estava precisando. Eu teria que fazer de tudo um pouco, não era a toa que suas explicações abrangeram a fazenda toda.

Mas se quisesse terminar, teria que começar, e assim sendo me puz a varrer, arar, lavar, e acredite, até cozinhar.

Admito que aquilo não foi tão entediante quanto imaginei que seria, o contato com os animais e a natureza era suficientemente agradável para fazer o tempo passar rapido, e quando tudo terminou, já começava a ver o sol se pôr.

procurei pela mulher para reportar o sucesso da missão, e tendo sido aprovado, retornei para minha casa.