A chuva caía ainda fraca naquela noite na vila. Apesar disso o movimento ali parecia que não iria diminuir tão cedo. Isso era bom, já que o shinobi estava em uma missão de espionagem e quanto mais despercebido passasse, melhor. O seu alvo estava a cerca de 100m na sua frente, um senhor mais velho com cabelos levemente grisalhos e um chamativo e volumoso bigode que lhe cobria boa parte do rosto. Vestia um sobretudo marrom e um chapéu que lhe cobria uma boa parte do rosto, parecia querer estar mais despercebido que o próprio ninja, o que era um pouco incongruente pensando que seria completamente possível identificá-lo só por aquele bigode pomposo. Foi lhe dito que a cliente da missão era a esposa de um comerciante, uma mulher muito importante e rica na região, que suspeitava que o seu cônjuge a traía mas que nunca conseguiu juntar provas o suficiente, então a missão era acompanhá-lo de perto para conseguir provas o suficiente da traição ou não. Por isso, há dias o rapaz tem analisado a rotina do comerciante, anotando fielmente a sua rotina por alguns dias.

Até então era mais um dia que ele fazia o mesmo caminho de sempre, no mesmo horário até que o senhor então adentra em uma loja saindo poucos minutos depois com um buquê de rosas em suas mãos e um cartão.

Sentado a alguns metros da floricultura, Izo faz algumas anotações em seu caderno de anotações sem olhar diretamente para o homem, esperando ele se afastar um pouco para que não notasse que estava sendo perseguido. Aos poucos, o movimento na rua começa a se intensificar. "Horário de pico, devo me afastar da multidão para não perdê-lo de vista", pensou o Hatake antes de pular rapidamente para o telhado de uma casa com o objetivo de continuar observando o homem. Após alguns minutos de caminhada, já em uma rua menos movimentada, o homem se posta em frente a uma casa que contrastava com as demais casas do bairro pobre. Ele procura algo no chão, tateia por alguns segundos debaixo do tapete e puxa uma chave, colocando-a na fechadura e tão logo ele abrira a porta já era derrubado por duas crianças que gritavam "Papai, papai, que bom que você chegou". Uma jovem moça aparece na porta para socorrê-lo, levantando-o para logo em seguida dar um caloroso beijo. "Acho que já consegui o que queria aqui", concluiu o shinobi enquanto anotava informações em seu caderninho. Alguns dias depois, andando pelos arredores conseguiu informações com os vizinhos como nome e idade das crianças e da mulher, além de mais informações sobre o homem.

Na manhã seguinte à juntada de informações, o ninja esperou o marido da contratante sair de casa para aparecer na varanda da casa. Em suas mãos estava um envelope com fotos, nomes e idade da mulher e dos filhos, endereço, nome da loja onde ele costumava comprar coisas para a amante e os dias e o horário que ele costumava frequentar o local e um relatório de fatos da missão. — Lamento, senhora...

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