Yume acordou com o sol nascendo, espreguiçando-se para afastar a sonolência matinal que ainda lhe envolvia. Os primeiros raios de luz adentravam seu quarto, iluminando o espaço com um tom dourado suave. Ciente da importância de manter seu corpo em forma, o jovem ninja prontamente começou sua rotina matinal de exercícios, dedicando-se a alongamentos e movimentos precisos que fortaleciam sua agilidade e resistência.

Ao sair do quarto, o ambiente parecia estranhamente silencioso, e Yume percebeu imediatamente a ausência de Akemi, sua colega de apartamento. Uma pontada de preocupação atravessou sua mente, questionando o motivo de sua ausência. Talvez ela tenha sido chamada para realizar horas extras no hospital, ponderou Yume, consciente dos constantes desafios que a vida ninja reservava para ambos — cada um à sua maneira.

Movido pelo desejo de começar sua primeira missão da semana, Yume decidiu seguir em direção ao gabinete do Raikage. Com passos firmes e confiantes, ele caminhou pelas ruas de pedra, até chegar à construção central.

Ao adentrar o gabinete do Raikage, Yume foi surpreendido por uma figura desconhecida, uma jounin cuja presença imponente enchia o ambiente. Seus longos cabelos negros fluíam com o vento abundante, contrastando com sua pele clara, e seus olhos penetrantes, de cor de âmbar, emanavam uma aura de autoridade e determinação.

— Bom dia. Sou Yume, um genin. Estou aqui para receber uma missão. — Declarou, mantendo sua postura respeitosa enquanto aguardava instruções.

A jounin misteriosa estudou Yume por um momento, seus olhos analisando cada detalhe do jovem ninja. Ela assentiu, concedendo-lhe uma expressão de aprovação discreta.

— Yume, seu nome é conhecido nesta vila. Sou Mai, uma jounin responsável por atribuir missões. Fiquei sabendo do seu desempenho na missão de recuperação daquela esoada. Bom trabalho. — Disse ela. — Hoje, você será enviado a uma tarefa de importância ainda maior. — Anunciou, sua voz firme e decidida ecoando pelo gabinete.

O coração de Yume acelerou diante da perspectiva de uma missão desafiadora. Será que ele finalmente teria que batalhar contra um ninja e botar seu treinamento em prática? Ou será que deveria derrotar um monstro terrível?

— Sim, estou pronto para ajudar. Qual seria a missão, Mai-sensei? — Disse Yume.

— Há um surto de gripe na vila e o hospital está sobrecarregado com pacientes. Precisamos de mais mãos para auxiliar no tratamento. Sua missão é ir ao hospital e oferecer ajuda aos enfermos. — A mulher respondeu, entregando um amontoado de folhas grampeadas para ele, com a planta do hospital, informações sobre a doença e dicas para não se contaminar.

Ele ouviu atentamente enquanto Mai detalhava os objetivos da missão, absorvendo cada palavra. Com a tarefa em mãos, Yume se despediu de Mai e partiu, pronto para enfrentar os desafios que o aguardavam, mesmo não sendo o confronto épico que ele almejava

— Entendi, Mai-sensei. Vou me dirigir imediatamente ao hospital para cumprir minha missão. — Yume assentiu com seriedade, compreendendo a importância da tarefa.

Missão a ser realizada:

HP: 120 | CH: 320 | SM: 180 | ST: 03 | VO: 05 | 475 PALAVRAS

Ao chegar apressado no hospital, Yume foi surpreendido pela visão reconfortante de Akemi, que o aguardava na recepção. Ela estava vestida com sua tradicional roupa de Iryo-nin, o cabelo preso em um coque meticulosamente arrumado.

— Akemi! Como você está? Parece que teremos a chance de trabalhar juntos novamente. — Exclamou Yume.

— Yume, é um alívio te ver. O hospital está sobrecarregado com o surto de gripe. Os pacientes precisam de toda a ajuda possível. — Respondeu Akemi, com um ar de cansaço no rosto.

A luz do sol atravessava as janelas do hospital, iluminando o corredor movimentado. O som de vozes sussurrantes e o cheiro de antisséptico pairavam no ar. Nesse momento, um médico de cabelos loiros e olhos expressivos aproximou-se deles. Era Yamanaka Keito, o médico responsável pela área de botânica do hospital de Kumogakure. Ele parecia reconhecer Yume de longe.

— Ah, Yume! Lembro-me de você. Você foi muito útil em uma missão anterior, quando precisamos das flores azuis para preparar um remédio para queimaduras. — Disse Keito, curvando-se para o pequeno genin.

— É um prazer revê-lo, Keito-sensei. Estou pronto para ajudar no que for necessário. — Respondeu Yume, curvando-se também.

— Ótimo. Temos uma tarefa importante para você. Precisamos de um chá especial, que é cultivado no interior da vila. Ele tem se mostrado eficaz no alívio dos sintomas da gripe. Sua missão é ir até lá e trazer o chá para o hospital. — Pediu o médico.

Yume assentiu, compreendendo a urgência da situação. Ele ouviu atentamente as instruções de Keito sobre a localização exata do cultivo do chá medicinal, visualizando mentalmente o caminho que precisaria percorrer.

Yume caminhava pelas estradas sinuosas do interior da vila, consciente da importância e urgência de sua missão. A cada passo, o ambiente ao seu redor parecia refletir a gravidade da situação. A paisagem era dominada por pequenas plantações e fazendas, cujos agricultores trabalhavam arduamente para garantir uma colheita. Yume sabia bem, afinal, ele próprio já foi um desses agricultores.

Enquanto seguia seu caminho, Yume sentia a pressa em seus passos. A lembrança da missão anterior, quando buscou flores azuis para fazer uma pomada para os mineradores, ecoava em sua mente. No entanto, agora, havia um senso de urgência ainda maior, pois o número de pessoas doentes havia aumentado consideravelmente.

Enfim, ele chegou a uma pequena plantação onde um fazendeiro idoso cuidava das plantas com dedicação e carinho. O homem, vestido com roupas simples e surradas, tinha as mãos calejadas pela terra e o rosto marcado pelas rugas da sabedoria.

— Boa tarde, senhor. Sou Yume, um ninja de Kumogakure. Fui enviado pelo hospital para buscar o chá medicinal. — Yume anunciou, enquanto se aproximava respeitosamente e cumprimentava o fazendeiro com uma reverência.

O fazendeiro sorriu gentilmente, revelando dentes desgastados pelo tempo, e acenou com a cabeça em reconhecimento.

— Ah, você é o ninja que veio buscar o chá! Venha comigo, jovem. As plantas estão prontas para a colheita. — Disse o fazendeiro, conduzindo Yume por entre as fileiras de plantas saudáveis e viçosas.

O campo era uma sinfonia de cores e aromas. Folhas verdejantes e brilhantes eram banhadas pelo sol, exalando um perfume delicado e reconfortante. Yume observava com admiração a dedicação e habilidade do fazendeiro, que conhecia cada planta como se fosse uma extensão de si mesmo.

Com as mãos ágeis, Yume e o fazendeiro colheram cuidadosamente as folhas de chá medicinal, garantindo que apenas as mais saudáveis e adequadas fossem selecionadas. O processo era meticuloso, exigindo paciência e atenção aos detalhes.

Yume sentiu uma profunda admiração pelo velho fazendeiro, e pela sua sabedoria e dedicação à terra. De certa forma, o velho lhe lembrava de seu falecido pai.

Sem demora, porém, Yume pegou as folhas de chá e agradeceu ao fazendeiro pelo seu trabalho e pela ajuda que ele estava dando a vila, e retornou prontamente para o hospital.

HP: 120 | CH: 320 | SM: 180 | ST: 03 | VO: 05 | 632 PALAVRAS

Quando Yume chegou ao hospital, Akemi estava esperando por ele, escorada no balcão da recepção.

— Yume, você voltou! E trouxe o chá medicinal? — Perguntou ela, com um certo senso de urgência nas palavras.

— Sim, eu trouxe as folhas que o Keito-sensei pediu. — Respondeu Yume, mostrando os ramos de folhas verdes que recém colhera.

Sem demora, o ninja foi até o escritório de Keito, para quem entregou o chá. O homem agradeceu a Yume e começou a preparar a bebida imediatamente. Ele cortou as folhas em pedaços pequenos, fervendo-as em água por um longo tempo, até que a fragrância do chá enchesse o quarto.

— O chá está pronto. — Anunciou Keito. — Vamos distribuí-lo para os pacientes imediatamente! — Disse ele, enquanto vertia o conteúdo da chaleira em pequenos copos de porcelana. — Você também, Yume.

Enquanto Yume e Akemi distribuíam os chás para os pacientes no hospital, ele notou um jounin familiar entre os doentes. Seu rosto estava pálido e ele tossia incessantemente. Preocupado, Yume se aproximou dele.

— Desculpe-me, você está bem? — Perguntou, colocando a mão no ombro do homem.

O jounin olhou para Yume com olhos cansados e esforçou-se para sorrir, dizendo:

— Ah, Yume, sou eu, o jounin Hayato. Parece que a gripe me pegou de jeito. Estou lutando para me recuperar.

Akemi, que estava ao lado de Yume, imediatamente se preparou para usar sua habilidade médica, o Shōsen Jutsu, em Hayato. Ela concentrou seu chakra em suas mãos e gentilmente colocou-as sobre o peito do jounin, procurando sinais de doença.

— Hayato-san, você precisa descansar e se cuidar. Essa gripe pode ser bastante debilitante. — Aconselhou Akemi.

Akemi e Yume apoiaram cada braço do homem em seus respectivos ombos, e o carregaram até uma cama vazia. Yume ficou maravilhado com a disposição de Akemi, mesmo após um dia inteiro de trabalho.

Enquanto a noite avançava, Yume continuou a ajudar Akemi a cuidar dos pacientes, distribuindo os chás medicinais. Ele se esforçava para manter a disposição, mesmo com o cansaço acumulado. Cada paciente que recuperava a saúde era uma pequena vitória para ele.

HP: 120 | CH: 320 | SM: 180 | ST: 03 | VO: 05 | 338 PALAVRAS

Quando a manhã finalmente chegou, Yume sentia cada músculo do seu corpo dolorido e a exaustão pesando sobre seus ombros. Ele havia passado a noite inteira ajudando no tratamento dos pacientes do hospital e, agora, estava ansioso para voltar para casa e descansar.

O jovem caminhou pelo hospital, verificando o estado dos pacientes uma última vez. Ele notou que Hayato estava sentado em uma cama, parecendo mais descansado e saudável do que antes. Ao percebê-lo, Hayato olhou para cima com um sorriso agradecido.

— Yume, que bom vê-lo novamente. Obrigado por ter trazido o chá. Sinto que minha recuperação foi mais rápida graças a ele. — Disse Hayato.

— Fico feliz de ter ajudado. Logo, logo você estará completamente curado, Hayato-sensei. — Respondeu Yume, com um sorriso desajeitado e cansado.

Hayato acenou com a cabeça, agradecido, e se levantou da cama. Ele se despediu de Yume e saiu do hospital, parecendo totalmente recuperado. Yume sorriu, satisfeito por ter ajudado mais um paciente a se recuperar, e foi atrás do homem, em direção à saída.

Ao se despedir de Akemi, ela lhe entregou um envelope contendo o pagamento pelo seu serviço.

— Yume, aqui está o seu pagamento. Você realmente fez um excelente trabalho. Estou orgulhosa de você. — Disse Akemi, com um sorriso reconhecido no rosto.

Yume pegou o envelope com um aceno de cabeça agradecido e, com suas pernas pesadas, começou a caminhar de volta pra casa.

A vila de Kumogakure estava silenciosa nas primeiras horas da manhã, com apenas alguns moradores já se movimentando pelas ruas. O sol começava a surgir no horizonte, pintando o céu de tons dourados e alaranjados.

Enquanto Yume passava pelos becos familiares da vila, ele pensava na dedicação e no comprometimento da equipe médica. Akemi, Keito e todos os outros ninjas médicos trabalharam incansavelmente para tratar os doentes, apesar de já estarem exaustos.

Finalmente, Yume chegou à porta da sua modesta residência. Ele inseriu a chave na fechadura e abriu a porta, sendo recebido pelo conforto do seu lar. Os móveis simples e as paredes amareladas transmitiam uma sensação de acolhimento e tranquilidade.

Yume deixou o envelope com o pagamento em cima da mesa e se jogou no sofá, sentindo o cansaço dominar seu corpo. Ele fechou os olhos por um momento e permitiu-se relaxar, sabendo que tinha cumprido sua missão e contribuído para a saúde da sua vila.

Enquanto descansava, Yume pensou em todas as experiências que viveu nas últimas semanas. As missões desafiadoras, os encontros com novas pessoas e, agora, a preocupação com os doentes. Ser um ninja era, realmente, uma tarefa muito mais ampla do que parecera inicialmente.

Com um suspiro de alívio, Yume adormeceu no sofá, permitindo que o sono reparador tomasse conta dele. Sabia que, quando acordasse, estaria revigorado e pronto para enfrentar novas aventuras e desafios que o esperavam.

HP: 120 | CH: 320 | SM: 180 | ST: 03 | VO: 05 | 466 PALAVRAS