Kenyu

Então eu o ativei. Aqueles olhos que tudo abstraem. O Byakugan. — Byakugan! — Exclamei, cerrando os dentes no processo. Com um sorriso que se mostrava fascinado naquele momento, dei tudo de mim, usando toda a minha capacidade atual para que eu pudesse ir o mais longe possível. Afinal, vejamos, era como se eu estivesse voando, indo longe o suficiente para que as árvores distantes fossem transpassadas como um tufão. Parecia até que eu era um pássaro, voando tão longe, voando tão livre quanto as amarras que me prendem. — Vá, Ken-kun. Você pode voar, voe, voe como um falcão. — As palavras da mulher pareciam me estimular a ir cada vez mais longe.

E eu estava chegando lá. Meus olhos, conforme se distanciaram daquele mundo, chegavam a locais extremamente inalcançáveis. Era como se tudo estivesse ao meu controle, de modo que eu poderia ver tudo, exceto por um único ponto cujo qual eu não poderia definitivamente ver, mesmo que a minha visão fosse de 359º, existia um grau que era o meu ponto fraco. Que não descobrissem sobre ele se eu precisasse matar alguém em uma missão. No fim, meu poder ocular tremia pelo esforço e sentia o ardor. Chegou ao ponto de precisar desativar.

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Parafernália:

Kenyu

Ofegante, me sentei sobre o solo gramado outra vez, desativando o meu dojutsu. A cegueira estava me pegando e se eu tivesse forçado um pouco mais, certeza que teria ficado completamente cego. Mas pelo bem de tudo que é mais sagrado, parei no momento certo com a ajuda de Miko, agora eu estava descansando sobre seus braços. Ofegante, eu exibia um sorriso maluco, estava totalmente empolgado com todas as possibilidades que me cercam. — Você foi bem, agora descanse por hora, Ken-kun. — Advertiu com um pedido, Miko. — Ademais, relaxe mesmo. — Enfatizou seu pedido. Mas a verdade era que não precisava pedir mais do que uma vez, e lá estava eu, relaxado sobre seus braços.

As gotas de suor escorriam pelo meu rosto, pingando conforme me recuperava. Parecia que a cada ativação do Byakugan, eu ficava cada vez melhor ao passo que eu ficaria extremamente cansado com isso. Era assim a vida Shinobi hein, o preço a se pagar pelo cansaço. O fruto seria colhido lá na frente, mas em suma, era necessário que eu estivesse forte para poder colhê-los. Soltei o ar pela boca, extasiado e cheio de energia com aquele treinamento. Após tanto tempo, estava me aprimorando, e como dizia minha mãe: "Finalmente."

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Parafernália:

Kenyu

— Vamos lá outra vez! — Anunciei, dando um salto e ficando de pé. Inclinando o tronco e flexionando as pernas, rapidamente dei um sorriso pequeno mas cheio de energia que se destacava no meu olhar esbranquiçado e cheio de energia tanto quanto meu sorriso. Agora era a hora de praticar outra vez. Não ligava para o quanto exausto estava, pois isso não iria impedir de aprimorar meu Byakugan ao limite. Soltando o ar pela boca, concentrei e clamei pelo Dojutsu que me acompanha desde o nascimento. E ele veio a mim. Então, com isso, as veias se perpetuarem ao redor do meu olhar, o tornando extremamente aguçado.

Pude novamente ver o mundo passar por mim outra vez. Mas dessa vez, estava indo mais rápido e mais velozmente do que a última vez. Mais direto, e mais longe. Aquele era o preço por quase ficar cego. Os frutos estavam sendo colhidos, logo, já teria conseguido aquilo tudo. Teria conseguido o fato de que eu precisava me tornar um Hyuuga evoluído e completo. Ansiava por mais. Havia ido tão longe quanto a última vez, mas senti as forças se perderem e o ardor tomar conta do meu olhar, me forçando a bater os joelhos sobre o chão. — Gyh! Gyuaaaah! — Rugi, lutando contra a desgraça daqueles olhos.

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Parafernália:

Kenyu

As dores sempre são intensas. Não importa de onde você vem. Não importa de onde você é. Não importa a sua origem. Você sempre via sofrer uma doe excruciante. Num momento oportuno tudo o que a dor quer é te fazer desistir. Não é possível que só eu tenha que passar por isso e não ser testado sobre a minha determinação. Essa é a verdade. Durante aqueles momentos de agonia, pude perceber o quanto que eu havia esquecido o que era dor. Os dias de infância macabra me ressoaram a mente e pude me lembrar dos maus tratos do meu pai. As correntes, as batidas, os chicotes e o confinamento. Não era algo que eu desejava pra qualquer pessoa, mas foi esse o motivo que me levou a matá-lo.

Não julgo quem mais quisesse matar meu pai em meu lugar, afinal de contas, que tipo de ser humano se permite estar a mercê do sofrimento eterno? Ninguém quer isso, ninguém merece isso, muito menos eu mereço isso. Em um ato de libertação, acertei o Tenketsu do meu pai no coração e ele teve uma hemorragia. Lembro de me sentir bem com aquilo, aquele maldito sorriso que estava em meus lábios conforme ele morria.

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Kenyu

— Ken-kun! — Ouvia meu nome. Ouvis uma voz. Era a voz de Miko? Estava tão distante que eu mal poderia me recordar. Não estava fácil me recordar das coisas. Aquelas memórias sobre a matança que me levou a matar meu pai. Os anos tortuosos que vivi, estava começando a me lembrar. Mas também quem diria que esses olhos me trariam os traumas do passado conforme eu gritava de dor, a dor que partiria dos meus olhos pelo excesso. Se existia algo que sempre poderia atingir o ser humano era o excesso. — Ken-kun! Aguente firme! Você não pode desistir! Não assim! Levante-se, recomponha a si mesmo para que possa continuar! — A voz dizia.

Foi então que abri os olhos de maneira a arregalá-los ao extremo. Eu não estava morto. Meus olhos não estavam mais doendo. Com um grande sorriso em meus lábios, satisfeito por ter saído daquele mau com atraso de minhas memórias, me sentia livre outra vez. Estava provavelmente deitado sobre o colo de Miko quando aconteceu. Ela tocou meu rosto, buscando me fitar com seus olhos preocupados. — Ken-kun! Você está bem? Você estava gritando até que desmaiou, pensei que tinha perdido você. — Falava, deslizando o polegar sobre minha bochecha. Eu estava tentando entender tudo.

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Kenyu

— Ken-kun! — Ouvia meu nome. Ouvis uma voz. Era a voz de Miko? Estava tão distante que eu mal poderia me recordar. Não estava fácil me recordar das coisas. — Calma! — Ergui a palma para que Miko se acalmasse. Estava tudo bem caramba! Soltei o ar pela boca e me levantei, limpando minha bunda cheia de grama. Estava por todo o meu corpo. — Calma. Eu estou bem. Já passou. Meus olhos não estão mais doendo. Eu me sinto bem. Hehehe! Nunca estive tão bem para falar a verdade para você! — Resmunguei, dando um sorriso de canto. A mulher dos fios negros pareceu aliviada com isso e logo se deixou cair sentada com mais tranquilidade sobre a grama enquanto minha pessoa tocava a própria cintura em sinal de agitação energética. Eu era assim.

Mas eu também era um… — Bem, me sinto melhor do que nunca pô. Parece até que aquela dor excruciante nunca existiu. — Falei, movendo as mãos. Me sentia leve. — Vou começar com a ativação do Byakugan novamente… Miko. — Falei, piscando enquanto virava o rosto por cima do ombro. Miko pareceu um pouco apreensiva, mas ela concordou no final. Comecei a fazer a minha parte então. Ergui o dedo e fiz um selo, em seguida, ativei aquele que tudo vê. — Byakugan. — Clamei por ele enquanto as gotas de suor escorriam pelo meu rosto, pingando após o queixo. As coisas estavam andando finalmente.

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Kenyu

Meus olhos brancos estavam a todo vapor. Eles brilhavam com um novo tipo de chama. Eu parecia determinado a ir mais longe do que jamais havia ido. Era a minha sentença da vontade. Eu iria dar o meu jeito nisso. Parecia que as coisas haviam tomado um ritmo frenético e que agora, tudo parecia mais leve, menos custoso de usar. Talvez meu sofrimento naquele momento antigo havia sido necessário para que eu atingisse s perfeição desses olhos. Não era algo que eu me gabava, era algo que me orgulhava. Eu era um Hyuuga e portanto, conseguir progredir meu nível ocular desse jeito era algo que me deixava maluco.

Ia cada vez mais longe e até que enfim, após vários quilômetros de distância, pude então finalmente bater o meu novo limite máximo. Uma diferença enorme estava sendo feita em meus olhos agora não era exagero dizer que me sentia renovado apesar da exaustão. Desativei meu Dojutsu e permiti que este me largasse por um tempo enquanto os joelhos batiam contra o chão. Apoiei as mãos sobre o solo e comecei a rir loucamente enquanto erguia a mão para a face. — Que sensação ótima! Hahaha! — Ri, me permiti soltar os pulmões para uma grande gargalhada.

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