Ookami Zoldycks escreveu:

01

È hora de caçar

HP:1000/1000
Chakra:1000/1000
Estamina:12/12

Ookami caminhava silenciosamente pela estrada do país do fogo, envolta pelas sombras das árvores que margeavam o caminho. A vegetação densa se erguia ao seu redor, formando uma espécie de cúpula natural que filtrava os raios de sol, criando uma atmosfera sombria e misteriosa. A luz do dia se fragmentava em feixes fracos que penetravam a folhagem, projetando sombras dançantes sobre o solo coberto de musgo.

O solo, enriquecido pela umidade da floresta, era fértil e repleto de cores. Plantas exuberantes desabrochavam entre as raízes das árvores antigas e trepadeiras escalavam troncos, como se buscasse escapar da própria escuridão da floresta. O aroma da vegetação encheu o ar, uma mistura intrigante de terra úmida, folhas decompostas e flores selvagens.

Enquanto seguia adiante, Ookami ouvia o eco sutil de seus passos sobre o solo irregular. O silêncio da floresta era cortado apenas por esporádicos cantos de pássaros e o murmúrio suave de um riacho distante. Ouvia também o farfalhar das folhas quando uma brisa sussurrante passava entre os galhos, como se a própria natureza compartilhasse segredos com o ambiente.

A loba prateada observava as árvores, algumas tão altas que pareciam tocar o céu. Os troncos enrugados e marcas de musgo revelavam a idade avançada da floresta, que parecia guardar antigas histórias de tempos imemoriais. Sombras escuras se estendiam dos ramos, criando padrões intrigantes no chão, como se os espíritos da floresta estivessem dançando ao seu redor.

Em meio à imensidão verde, pequenos pontos coloridos chamavam sua atenção. Flores selvagens pontilhavam o solo, suas cores vibrantes contrastando com a paleta sombria da floresta. Algumas delas exalavam um aroma doce e convidativo, enquanto outras eram venenosas, advertindo qualquer intruso desprevenido.

A estrada serpenteava pelas colinas, ocasionalmente oferecendo vislumbres de vistas pitorescas. Ao longe, montanhas majestosas erguiam-se como guardiãs vigilantes do território. Suas encostas íngremes e cobertas de neblina davam a sensação de que segredos antigos estavam escondidos entre suas alturas imponentes.

A cada passo, Ookami sentia a conexão com a natureza ao seu redor, como se os elementos a guiassem em sua jornada. Ela era parte da floresta, parte da terra e do céu. A atmosfera carregada com mistério e história lhe dava a sensação de que não estava apenas caminhando, mas seguindo os trilhos de uma narrativa antiga e sagrada.

Quando finalmente encontrou a aldeia abandonada, a loba prateada ficou intrigada com sua aparência. As ruínas, em meio à floresta, emanavam uma aura de solidão e desolação. Pedras empilhadas formavam o que um dia fora uma habitação, e a vegetação avançava como se estivesse reivindicando o espaço de volta.

A chuva começou a cair, lentamente primeiro, como gotas esparsas, e depois se intensificou, formando um ritmo hipnótico sobre as ruínas. O cheiro da terra molhada se misturava ao odor antigo das pedras, enquanto o som da chuva preenchia o ar com uma sensação de renovação.

Encontrando abrigo entre as paredes parcialmente derrubadas de uma casa, Ookami sentou-se perto da fogueira, observando as chamas dançantes que iluminavam as marcas do tempo nas paredes. Ainda que a aldeia estivesse abandonada, sentia uma presença no ar, como se os espíritos dos antigos habitantes ainda vagassem por ali.

Essa sensação a envolvia, fazendo-a se sentir parte de uma história maior, onde o passado, o presente e o futuro se entrelaçavam de maneira misteriosa e inescrutável. E assim, com o som da chuva e a história secreta da floresta como sua companhia, Ookami se preparou para enfrentar o que estava por vir na jornada que a levaria ao confronto inevitável com o passado e com os Pleyades.

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