Yume acordou cedo, sentindo a fresca brisa da manhã invadir seu quarto. Com determinação, levantou-se e começou seus alongamentos matinais, preparando-se para o dia que estava por vir.

Após concluir seus alongamentos, Yume seguiu em direção ao gabinete do Raikage. Enquanto caminhava pelas ruas movimentadas da vila, cumprimentava outros ninjas que cruzavam seu caminho. Agora que era um chunin, Yume já era respeitado pelos seus colegas, apesar de eles não saberem muito sobre ele. Na verdade, nem o próprio sabia.

Chegando ao prédio imponente que abrigava o líder, Yume foi recebido por Hayato, o jounin responsável por designar as missões aos ninjas. Hayato era um homem sério, mas sempre demonstrava um certo afeto pelos ninjas da vila, especialmente por Yume, que recentemente se tornou um chunin.

— Bom dia, Yume! — Disse Hayato com um sorriso. — Kumogakure no Sato tem uma missão especial e importante para você.

— Bom dia, Hayato-sensei. — Respondeu Yume, curvando-se brevemente. — Estou pronto para a missão. Pode falar.

Hayato o conduziu até o interior do gabinete do Raikage. O líder da vila estava sentado em sua mesa, ocupado com alguns documentos. Ao ver Yume entrar, ele sorriu e o convidou a se aproximar.

— Yume, meu jovem chunin. — Cumprimentou o Raikage. — Temos uma missão delicada e ideal para um especilista em genjutsus como você. Alguém está colocando gennins e crianças da academia em um terrível genjutsu, causando traumas emocionais neles.

Yume ouvia atentamente as palavras do Raikage, compreendendo a seriedade da situação. Ele sabia o quão devastador um genjutsu poderia ser.

— Seu dever é encontrar esse ninja e impedi-lo de continuar causando danos psicológicos aos nossos jovens ninjas. — Continuou o Raikage, com um olhar sério. — Contamos com suas habilidades para desvendar o mistério por trás desse atentado e proteger nossas crianças.

Yume assentiu, aceitando a missão com comprometimento. Ele estava determinado a enfrentar qualquer desafio que surgisse para proteger sua vila e seus companheiros ninjas. Com as instruções em mãos, Yume saiu do gabinete do Raikage.

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Yume chegou à Academia Ninja de Kumogakure no Sato e parou por um momento para apreciar a vista familiar. O prédio de dois andares estava repleto de estudantes e instrutores, e a atmosfera era de estudos intensos. As paredes de pedra da academia exibiam cartazes de avisos sobre horários de aulas e suas respectivas salas.

As lembranças da época em que ele próprio era um estudante da academia vieram à tona, trazendo consigo memórias dolorosas. Yume recordou o tempo em que era ridicularizado pelos meninos do vilarejo, que o apelidaram de "Akumu", o pesadelo, devido à falta de aptidão física.

Essas memórias despertaram uma profunda tristeza em Yume, fazendo com que ele se perdesse em seus próprios pensamentos e, enquanto estava imerso em suas lembranças, sentiu uma mão pousar em seu ombro. Ao se virar, deparou-se com Kimimura, um sensei que havia sido responsável por dar aulas para ele quando era um estudante da academia. Kimimura era um professor preparador físico e, assim como os outros, também subestimava bastante Yume devido à sua falta de força física na época.

— Yume, faz um tempo desde a última vez que nos vimos. Parabéns pela recente promoção à Chūnin. Fico feliz em ver como você progrediu. — Disse Kimimura com um sorriso caloroso, demonstrando sincera admiração pela evolução do jovem.

— Obrigado, Kimimura-sensei. Suas palavras significam muito para mim. — Respondeu Yume, sentindo-se grato pela atitude positiva do antigo sensei.

Kimimura, então, explicou a situação para Yume. Gennins e crianças da academia estavam sendo alvo de um genjutsu perturbador, que os traumatizava no processo. As vítimas relatavam experiências de terror e pesadelos vívidos, deixando-as abaladas emocionalmente. O vilarejo estava em alerta, e todos estavam empenhados em encontrar o culpado.

— Yume, eu confio em suas habilidades como especialista em genjutsu. Sei que você pode nos ajudar a encontrar esse maníaco e pôr um fim a essa situação. — Disse Kimimura, com um tom de seriedade.

Yume assentiu com determinação. Ele concordou em ajudar e, juntos, eles começaram a elaborar um plano para descobrir o responsável pelo ato cruel.
Decidiram que Yume ficaria de tocaia em frente à Academia, esperando o momento em que o maníaco agiria novamente. Afinal, a Academia era um local onde as vítimas em potencial estariam presentes, e isso poderia atrair o criminoso.

Yume se posicionou estrategicamente em um ponto discreto, mas com uma visão clara da entrada da Academia. O sol começou a se pôr no horizonte, e a vila foi gradualmente mergulhando na escuridão da noite.

O jovem Chūnin manteve-se em alerta máximo, seus sentidos aguçados graças ao Sharingan. O ambiente ao redor era silencioso, e Yume podia ouvir apenas o som do vento soprando suavemente.

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Yume foi abalado pelas memórias do passado ao se encontrar com Kimimura, seu antigo sensei. Ele estava determinado a ajudar a resolver o mistério por trás do genjutsu que traumatizava os gennins e crianças da academia. Kimimura reconheceu o progresso de Yume desde sua época de estudante e pediu sua ajuda, confiando em suas habilidades com genjutsu. Juntos, planejaram uma tocaia em frente à Academia para pegar o culpado em flagrante. Yume se posicionou com seu Sharingan ativado e seus sentidos aguçados, esperando pacientemente o momento em que o maníaco agiria novamente.
Após algumas horas de espera, Yume ainda estava de tocaia em frente à Academia Ninja de Kumogakure. Seus olhos permaneciam focados e atentos, graças ao Sharingan, enquanto ele observava atentamente a área em busca do suspeito.

Finalmente, ele notou um rapaz da sua idade se aproximando do local. O coração de Yume acelerou, e ele sabia que essa era a oportunidade que tanto esperava.

Para sua surpresa, o desconhecido também se escondeu em um local próximo, claramente à espera de alguma oportunidade. Intrigado, Yume decidiu observar o que aconteceria a seguir.

Enquanto eles permaneciam ocultos, uma criança mais jovem, provavelmente um estudante da academia, saiu do prédio. O desconhecido prontamente começou a realizar selos de mão, indicando que estava prestes a lançar o genjutsu sobre a inocente criança. Sem hesitar, Yume agiu rapidamente para proteger o jovem estudante. Com sua agilidade, ele arremessou uma fuuma shuriken na direção do suspeito. O rapaz desviou do ataque com agilidade, mas o movimento brusco fez com que ele interrompesse o jutsu que estava prestes a lançar.

Percebendo que foi flagrado e que a criança fugiu, o suspeito saiu de seu esconderijo, encarando Yume com um olhar furioso e desafiador. Yume o enfrentou com um olhar implacável.

— Quem é baixo o bastante para torturar crianças da academia? — Indagou Yume. — Por que não procura alguém do seu tamanho?

O suspeito, embora surpreso por ter sido descoberto, recuperou a compostura rapidamente. Seu olhar ficou mais sombrio e sinistro, revelando a verdadeira natureza daquele que causava tanto sofrimento na vila.

— Quem é você para se intrometer nos meus planos? — Disse o suspeito com um sorriso sádico, revelando sua insanidade.

— Sou Yume, um chunin dessa vila. E você não escapará impune por suas ações. — Respondeu Yume com determinação, mantendo-se firme diante da ameaça.

O suspeito deu uma risada sinistra e começou a fazer selos de mão novamente. Yume estava preparado para o combate, sabendo que teria que enfrentar o homem e colocar um fim em seus planos malignos.

Agora que estava mais perto do inimigo, Yume percebeu algo intrigante: o homem também portava uma bandana de Kumogakure no Sato. Isso o deixou ainda mais perturbado, pois era difícil acreditar que um ninja da própria vila estaria causando tanto mal aos estudantes.

Determinado a pôr um fim à situação, Yume observou o inimigo começar a fazer os selos de mão para lançar seu jutsu. No entanto, antes que ele pudesse completar o genjutsu, Yume ativou sua habilidade, o Iatsu Sharingan, que havia aprendido recentemente.

O Iatsu Sharingan era uma habilidade poderosa que Yume adquirira recentemente. Com apenas um olhar, ele podia lançar um genjutsu avassalador, obrigando o inimigo a reviver seus piores pesadelos. Foi exatamente isso que ele fez ao enfrentar o desconhecido. Os olhos vermelhos de Yume brilharam intensamente enquanto ele forçava o genjutsu sobre o rapaz. O homem caiu de joelhos, completamente dominado por suas próprias memórias dolorosas.

O homem, que havia sido uma vítima de bullying e rejeição na academia, estava revivendo os momentos mais traumáticos de sua vida. Lágrimas corriam por seu rosto enquanto ele se agarrava às lembranças dolorosas, todas as humilhações e sofrimentos que ele suportou.

Yume também chorou ao ver o sofrimento do homem e ao lembrar-se do que ele próprio havia passado. A empatia e a compreensão encheram seu coração. Ele se aproximou do homem caído e sentou-se ao seu lado, oferecendo um ombro amigo para consolá-lo.

— Eu sei como é se sentir perdido e machucado pelas palavras e ações dos outros. Você não está sozinho nessa dor. Mas machucar outras pessoas não vai resolver nada. — Disse Yume com sinceridade, olhando nos olhos do rapaz.

Naquele momento, um terceiro tomoe surgiu nos olhos vermelhos de Yume, simbolizando o profundo crescimento que ele alcançara. As lágrimas que escorriam por suas bochechas refletiam a maturidade emocional que ele adquirira. Aquele era o último aprimoramento do Sharingan, o que significava que Yume não mais apenas um membro do clã; agora ele havia dominado a kekkei genkai Uchiha.

O inimigo continuou a chorar, suas defesas baixas e seu coração aberto para as palavras de Yume. Ele começou a se abrir sobre o peso que carregava, sobre como o bullying e a rejeição o levaram a nutrir um desejo de vingança contra aqueles que o feriram.

— Eu só queria que eles soubessem o que é se sentir impotente e humilhado. Mas agora, eu vejo que estou me tornando igual a eles... — O homem confessou com angústia.

Yume compreendeu a dor que ele carregava, pois já tivera, também, muita ânsia de vingança. No entanto, ele encontrou um propósito maior em sua vida, que o ajudou a superar esses sentimentos. Ao invés de se render à sede de vingança, ele canalizou sua energia em mostrar a todos que estavam errados sobre ele. Yume nutriu uma vontade feroz de se tornar o ninja mais poderoso de Kumogakure no Sato. Ele percebeu que a verdadeira força não residia apenas nas habilidades físicas, mas também no domínio de suas técnicas de genjutsu. Esse objetivo maior o impulsionou a seguir em frente, deixando para trás as sombras do passado e abraçando seu potencial para o futuro.

— Você ainda tem tempo para mudar, para encontrar uma nova direção para a sua vida. Não permita que essas emoções o consumam. Todos cometemos erros, mas ainda podemos fazer o que é certo. — Yume encorajou o rapaz, ajoelhando-se ao lado dele o abraçando.

Enquanto os dois conversavam, Kimimura saiu da Academia, sendo guiado pela criança que quase fora atacada antes e, agora, apontava para os dois chunins sentados no chão.

— Kurama Aiko!? — Exclamou o professor, ao ver o desconhecido que, agora, já não parecia mais tão desconhecido assim.

Considerações:

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Yume e Aiko voltaram para o interior da Academia, onde foram recebidos por Kimimura-sensei. O professor conversou com Aiko por mais de uma hora dentro de uma sala, enquanto Yume esperava no corredor.

Finalmente, Kimimura saiu da sala e encontrou Yume, que tinha o olhar preocupado. O sensei estava visivelmente abalado e com os olhos marejados. Ele suspirou profundamente antes de falar com Yume.

— Yume, eu preciso te contar algo importante. O responsável pelo genjutsu é Aiko. Ele é um membro do clã Kurama e especialista em genjutsu, assim como você. A verdade é que eu sempre soube como as outras crianças da vila tratavam os meninos inaptos em taijutsu, mas eu achava que essa era a melhor forma de fazer vocês se esforçarem para se tornar ninjas mais fortes e não morrerem em batalha. Eu jamais imaginei que estava causando tanta dor a você e a ele. Eu... sinto muito. — Disse Kimimura com a voz embargada, demonstrando arrependimento genuíno.

Enquanto as palavras de Kimimura ecoavam em sua mente, uma enxurrada de lembranças invadiu Yume. Ele se lembrou das vezes em que foi ridicularizado e menosprezado por ser considerado fraco, assim como Aiko. A tristeza e a raiva que sentia durante esses momentos voltaram à tona.

Kimimura notou a luta interna de Yume e se aproximou dele, dando um toque reconfortante em seu ombro.

— Yume, eu sei que você e Aiko passaram por muito sofrimento. Eu achei que desafiá-los e colocá-los para enfrentar a dor os tornaria mais fortes, mas eu estava errado. Não percebi o quanto isso os machucou. Eu... eu sinto muito, de verdade. — Kimimura chorou, e o peso de suas ações pesava sobre ele como uma pedra no coração.

Yume encarou o rosto angustiado de seu antigo sensei, sentindo que precisava perdoá-lo. Afinal, Kimimura também buscava prepará-los para a vida ninja e não tinha a intenção de causar tanto sofrimento.

— Kimimura-sensei, eu sempre soube que você sabiao que estava acontecendo. Eu só não imagava que você discordava daquelas pessoas. Não pensei que o senhor se importava conosco. — Disse Yume com uma serenidade surpreendente, aceitando as desculpas de seu sensei. — Fico feliz em ouvir isso.

Os olhos de Kimimura se encheram de admiração por Yume, que demonstrava uma sabedoria além de seus anos. Ele abraçou Yume com carinho, grato pela compreensão e perdão do jovem.

Enquanto eles se abraçavam, a chuva começou a cair. Gotas cristalinas lavavam a vila, como se simbolizassem a purificação de todos os sentimentos negativos e encerrando os ciclos pendentes que Yume deixara em seu breve passado.

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