RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Rayer
Kumogakure Tokubetsu Jōnin
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Satori Uchiha
History rhymes
- Respostas... será que encontrarei elas?
As perguntas eram muitas, e as respostas poucas. Enquanto andava em direção aos portões de Kumogakure., os eventos grandiosos que aconteceram recentemente ainda estavam frescos em sua mente, e eles o incentivaram ir atrás de um lugar mítico que seu irmão havia mencionado, horas antes dos eventos que a caída da lua proporcionaram. A viagem que estava prestes a fazer era importante... talvez mais importante do que ele pensava, portanto estava preparado para lidar com quaisquer obstáculos em seu caminho. No meio do caminho, ele se encontra com uma pessoa extremamente importante: Kor, que parecia na verdade estar esperando ele, sentado em um banco na mesma rua. Ele começa a falar com um tom de voz animado, mas meio forçado.
- Olha só, que coincidência Satori! Não esperava ver você aqui. Eu estava em mi-
- Não precisa fingir. Só me diz logo o porque você tava me esperando... ainda mais quando eu tenho algo tão importante para fazer hoje. - Satori fala com um tom um pouco mais forte do que a frieza indiferente que falava normalmente, já que Kor era uma das únicas pessoas que conseguia falar de uma forma mais intima.
- Opa opa, por que falar desse jeito? Eu... tá, quer saber? Sim, eu estava esperando por você. Bem, eu só queria falar algumas coisas, e já que faz alguns poucos dias que eu não falo com você, com minha falta de tempo e você morando na casa do seu irmão agora, eu não vi muita opção.
- Como você sabia que eu ia passar por aqui, em primeiro lugar? Achava que já tinha passado os dias que eu trabalhava para você. - Satori da um sorriso de canto.
- Não se preocupe, eu ainda tento me manter em dia com as novidades, especialmente quando é alguém tão importante pra mim. Ah, eu também ouvi que você foi em pessoa para o País das Ondas no dia da queda da lua... engraçado, eu digo como se isso fosse já história, mesmo sendo apenas alguns dias atrás. Independente, eu estou feliz que tenha voltado ileso de lá.
- Ah... obrigado, eu acho. - Satori disse. Estava realmente feliz naquele momento, coisa que não esperava com um encontro tão aleatório como esse, ou talvez não tão aleatório como ele havia pensado. - Já que disse que tem tanto trabalho assim pra fazer, o que fez você parar nesse horário em específico pra me encontrar hoje? Além de ver se esbarrava comigo, obviamente? - Satori disse, voltando ao tom mais frio e usual dele.
- Eu tenho uma missão importante para realizar hoje. Sabe, tem uma organização recém descoberta realizando tráfico humano nas florestas em volta de Kumogakure... e como você esperaria, eu fui chamado. Eu também fui pedir ajuda a Lanius, mas igual você, ele não tava em casa, e já que eu não tinha muito tempo, com os horários que tinha planejado com o resto do pessoal me ajudando, preferi fazer isso sem a ajuda dele dessa vez.
- Sabe, eu não ter-
- Eu sei o que vai falar. Quer me ajudar, não é? Não se preocupe, garotão, não vou precisar da sua ajuda dessa vez... eu, Renekton e Kai no caso. - Kor disse, com um sorriso de confiança. - Além disso, você tem assuntos importantes para resolver, não é? Afinal, eu ouvi sobre o que falou com seu amigo... ou melhor dizendo, o Raikage. O Templo Naka é um lugar não conhecido por muitos, você sabe como ir lá em primeiro lugar?
- Não se preocupe. Uma mulher em especifico me deu as direções para o local, alguém que já foi lá inclusive. - Satori disse, com um sorriso de confiança quase idêntico ao de Kor. Mesmo que Kor não soubesse, a mulher que ele estava falando sobre era Jaina, uma ajudante direta de seu amigo e Raikage Fuyuki e também uma uchiha. Tinha falado com ela depois de sair do gabinete no dia que conseguiu permissão para sair da vila.
- Ah... normalmente eu recomendaria você ser mais cuidadoso, talvez olhar mais sobre o assunto, mas com o quão confiante você tá agora... não vou questionar. Além disso, você já cresceu o bastante a esse ponto não é? Não preciso mais te ajudar tanto assim.
- Não, não cresci tanto assim. Ainda tenho muito para fazer... muita injustiça pra eliminar.
- Olha aí, crescimento. Acho que não entendeu o que eu quis dizer com crescimento, mas deixa isso para lá. Eu tenho orgulho de você Satori, você foi de alguém incapaz de manter uma conversa própria com alguém quando sob pressão, para capaz de sair vivo de altercações com bestas de cauda.
- Eu só sai vivo de lá pela ajuda dos outros. Eu não contribui em quase nada, se eu for falar a verdade. - Satori respondeu, dessa vez mais triste... e irritado.
Quando Satori diz isso, Kor se levanta e chega perto de Satori, tocando no ombro dele e falando cara-a-cara com ele.
- Escute, só por que você não é útil agora, não quer dizer que nunca vai ser útil. E quem disse que você é realmente "inútil"? Pode ser só que em uma situação específica você não teve o impacto que esperava, mas em outra, com esforço o bastante, usando o que você trabalhou e estudou, você pode fazer a diferença! Ora, não tem uma pessoa na minha vida que eu conheci que conseguia fazer algo de primeira com o máximo de eficiência. Seja eu, Komiko, Lanius, até mesmo os seus pais!
Satori ficou em choque por um momento, já que não esperava ouvir sobre seus pais, era como se tivesse bloqueado eles na sua cabeça por um tempo. Apesar disso, ele se sentiu... aliviado, com tudo o que Kor falou. Mesmo que por dentro tentasse repreender esses sentimentos, que ele ainda tinha trabalho para fazer e que ele devia continuar com raiva, frio, irritado... ele sentia alívio. O sorriso de Kor e suas palavras moveram Satori mais do que tinha faz tempo, mesmo que ainda a porta se mante-se entreaberta para o mesmo.
- Você realmente... acha isso? Que dizer...
- Não se preocupa tanto com isso, cara! Reconhecer seus erros já é ótimo... mas não espere os arrumar instantaneamente. Talvez hoje, talvez amanhã você vai conseguir resolver o que te incomoda... talvez nem seja algo que tenha que ser resolvido, mas não precisa ficar obcecado com isso. - Kor tira a mão do ombro de Satori depois de dizer isso.
- Obrigado cara... sabe, eu não esperava isso, mas foi uma surpresa boa. Ainda sim, eu tenho que me preocupar, mesmo que um pouco... ainda tem coisas que eu tenho que aprender e melhorar. - Satori disse, frio mas muito mais confiante que antes.
- Pelo menos já tá com uma parte do espirito ai ó! - Kor da uma risada leve, antes de continuar a falar. - De qualquer forma, eu tenho que ir agora. Eu vou ir na frente, então acho que não vamos nos ver mais agora. Ainda mais que eu vou precisar correr agora, já que eu gastei tempo demais falando com você. Quando voltar aqui, pode dar uma olhada no lugar que eu vou te passar nesse papel aqui? Que dizer, talvez nós já estaremos realizando algum tipo de operação lá, mas nós sabemos que é alguma base de operação para a organização. Não se esqueça, só dar uma "olhada" a não ser que por coincidência você já nos ache lá, não podemos alertar o grupo ainda. Também não é obrigatório, especialmente já que provavelm-
- Não se preocupe. Eu estarei lá imediatamente quando eu voltar, independente de como eu estiver.
- Ah... eu sempre gosto isso de você cara! De qualquer forma, adeus. Nos vemos quando você voltar do santuário, beleza? - Kor fala, antes de sumir na escuridão daquela noite, correndo de uma forma discreta mas rápida. Satori segue seu caminho, agora um pouco mais inspirado do que antes.
Depois desse encontro, não demorou muito para que chegasse aos portões, e imediatamente foi abordado pelos guardas, que reconheceram o ninja por ter passado pelos mesmos portões a pouco tempo atrás, em ambos a missão mais recente que realizou e quando foi investigar a caída da lua.
- Mais uma vez aqui, eh?. Que tipo de missão você tá fazendo agora, hein? - Um dos guardas, um homem grande, maior que Satori, disse em um tom brincalhão, até meio cansado.
- Uma investigação importante no País do Fogo. Eu já falei com o Raikage, e já sabem quem eu sou, então agradeceria se eu não precisasse gastar mais tempo ainda indo atrás dos documentos... especialmente que eles recém começaram a limpeza e re organização do gabinete. - Satori falou, com um tom mais urgente que o normal. Estava mais amolecido depois da conversa de Kor, então conseguiu até sorrir para o guarda, que já era um encontro recorrente para ele.
- HAHAHAHA! Não se preocupe, não vamos te bloquear aqui. Pode ir, se o Raikage em pessoa falou tá falado. Boa sorte, inclusive. - O mesmo guarda respondeu.
Passando pelos portões da vila, Satori começou a mentalmente traçar um mapa não muito exato de onde iria querer ir. Era não muito exato pois tinha apenas as direções de Jaina, que apesar de mais do que o necessário para alcançar o local, independente do que fizesse ele tinha um péssimo senso de direção, mesmo que tivesse a muito tempo já melhorado seu senso de direção com certas missões que o ajudaram a se localizar melhor. Apesar disso, ele não iria voltar para Kumogakure sem nada, então seguindo seu senso de direção medíocre e a informação adquirida por meio de Jaina, vagou pelas florestas sem árvores, mais parecidos com planícies cheias de rochas de Kumogakure.
Quando os campos antes rochosos e quase completamente livres de árvores, se transformaram em copas e árvores densas, Satori já conseguia ver a área antiga e degradada, quase irreconhecível do que um dia já fora algo maior. Ele tentou evitar o máximo possível qualquer encontros, já que não bastaria estar perdido, ainda teria que lidar com uma interação indesejada em um território que não conhecia muito bem, mas apesar disso tudo, foi capaz de lidar com o ambiente muito bem. Baseado no que Lanius tinha dito e seu próprio instinto, de alguma forma, sentiu que tinha uma ideia sólida do que fazer, mesmo nunca tendo visitado o local antes, o que atribuiu ao fato que tinha o Sharingan. Com um pouco mais de ajuda, dessa vez seguindo os conselhos que Jaina tinha dado-o, botou seus olhos no centro do local, e enquanto a tarde começava a ir em bora e a noite tomava conta, Satori ativou seu Sharingan para fazer uso da técnica necessária para abrir a laje secreta (a Naka Shrine Pass Technique). Após realizar a sequência necessária, a pedra acaba se movendo, dando passagem para a escadária que levaria ao lugar em que encontraria suas respostas. Ao descender, Satori se encontra de cara com uma sala estranhamente bem cuidada, comparado ao lugar consumido pelo tempo da área de fora, mesmo que ainda claramente ancião. Passando os olhos na sala, Satori conseguia assumir que aquela sala provavelmente tinha algum propósito extremamente importante, especialmente por causa do método de acesso dela, e foi provado mais certo ainda quando olhou para as paredes da sala, e acabou encontrando um tablet de pedra com um aspecto que o destacava do resto da sala. Seus olhos reagiram de uma forma diferente a ele, e ele foi capaz de entender apenas uma porção do que estava escrito nele. A informação mais importante dos conceitos e informação que havia obtido com isso era a verdade sobre o Mangekyo Sharingan que ele tanto procurava. Ele era real e capaz de ser obtido... mas tinha como preço a perda daqueles que você mais ama. Quando leu isso, Satori só conseguiu pensar:
- O preço para uma habilidade é imensa... de que jeito será as pessoas que o adquiriram mudaram? Adquiriram poder... mas a que custo? No fim das contas, talvez seja essa a nossa maldição... a quantidade de sacrifícios que eu mesmo tive que fazer até agora já foram imensos, apenas com meu Sharingan e vida antes de virar um ninja. Independente do que acontecer... eu nunca deixaria algo assim repetir. Já perdi meus pais, Tamaki, e mais... não quero perder mais ainda.
Satori já estava a esse ponto satisfeito, havia adquirido o que estava procurando: informação sobre o Mangekyo Sharingan e seu clã. Estava curioso para saber o que tinha no resto do tablete de pedra, e também se havia outros segredos naquela sala, mas assumiu que já era o bastante, e deixou a sala subterrânea, deixando a pedraatrás selar novamente a escadaria enquanto desativava seu Sharingan. Logo em seguida, começaria a andar pelo mesmo caminho que tinha chegado, agora coberto pelas sombras das árvores daquela floresta noturna, em rumo de volta a casa. Satori esperava uma volta normal para casa... mas nunca poderia esperar o que aconteceria ao voltar.
Havia passado um pouco menos de um dia para fazer a viagem de ida e volta no total, e já estava ficando meio cansado mentalmente, mesmo com os descansos que fazia no meio da viagem. Ele sabia que ainda tinha uma coisa para fazer antes de passar pelos portões de Kumogakure novamente... e no caso, iria ir atrás do local que Kor havia mencionado. Seguindo o papel dado pelo mesmo para encontrar o local, percebeu que era quase do lado dos portões, apenas escondido pelo relevo e camuflado usando as cores do terreno. Era apenas uma estrutura escondida por trás disso tudo, da onde conseguia escutar algo mesmo de longe. Ao se aproximar mais, com muito mais cuidado agora, percebeu que o som todo vinha de um conflito que estava acontecendo ali. Conseguia ver um grupo grande, de mais ou menos dez pessoas armadas e mascaradas, lutando contra a figura solitária de Kor, e Kai e Renekton em dupla (seis contra a dupla, quatro contra Kor). Sem pensar duas vezes, Satori avançou para cima da construção, ativando seu Sharingan e preparando um genjutsu de rank A enquanto aproximava. Percebeu que a situação estava problemática para Kor e menos para a dupla, então decidiu ajudar Kor, usando seu genjutsu para protege-lo de um ataque em sua retaguarda, enquanto Kor estava completamente focado na luta, sangrando e ofegante. Depois de Kor ter conseguido acertar um golpe na garganta de dois dos guardas, e Satori ter colocado em paralísia outro deles com um de seus genjutsus, com o quarto correndo da cena, Satori aproveitou para se comunicar com Kor no pouco tempo livre que tinham sem ser diretamente ameaçados.
- KOR! Como... você tá bem?! Meu deus do céu... olha esses ferimentos!
- Haha!... Você falan- - Kor é interrompido por uma tosse forte, que até faz cair umas gotas de sangue de sua testa no chão. - Você emocionalmente alterado? Eu devo estar sonhando aqui... achei que ontem seria a última vez que eu ia o ver assim!
- Não tenho tempo pra piadas agora. Deixa comigo pra ajudar os outros, tenta se manter em um local seguro enquanto nós lutamos, já que não temos ideia de onde o outro cara foi. Se conseguir achar ele, toma cuidado quando enfrentando ele... mesmo que eu sei que você conseguiria matar ele. - Satori diz, indo do tom preocupado que tinha de volta para a sua frieza usual. Ele queria puramente focar no trabalho e deixar alado suas emoções por agora.
- Não se preocupe, vou ficar bem... Vai lá, tenho que-
Logo quando os dois falavam entre si, todos na construção, que era parecida com um galpão gigante, com apenas uma sala principal onde todos se encontravam, ouviram um tremor capaz de mexer o galpão inteiro. Então, começaram a ouvir os estalos, e as explosões, dos diversos papel bomba plantados no telhado e chão do local. Todos ali sabiam o que fazer, e fugiram com agilidade e destreza, até mesmo Satori que era talvez o pior fisicamente dali. Apesar disso, passar por um local tão extenso em desmoronamento não era tarefa fácil, e Satori havia sido bloqueado pelo um pedaço do telhado, que quase tinha batido na sua cabeça com toda força, estilhaços de madeira afiados logo em seguida cortando suas costas e pescoço. Sem muito tempo de reação, a única coisa que pode ver foi o papel bomba preso naquele pedaço do telhado, antes de ser puxado para longe por Kor, que havia percebido a presença do papel bomba no meio do ar e divergiu o caminho de fuga para auxiliar Satori. Conseguiu puxar Satori para longe, que em puro instinto por ter percebido com seu Sharingan o papel, mesmo que mais tarde correu sem olhar para trás, escapando o galpão junto com Kai e Renekton. Kor estava exausto e ferido... e acabou sendo parcialmente pego pela explosão, e pelos destroços que seguiram. Naquele estado de adrenalina extensa, depois que os sons de explosão pararam, e a única coisa que todos conseguiam ouvir eram os destroços caindo, os três ninjas perceberam que apesar de que era bom que nenhum dos guardas conseguiram sair da explosão, seja ela plantada por eles mesmos ou outra pessoa, alguém estava faltando ali. Satori foi o primeiro a correr para os destroços, passando entre as placas jogadas no chão, aos estilhaços e tábuas rachadas, imediatamente reconhecendo a silhueta de Kor... no pior estado que já havia visto. Kai e Renekton conseguiram naquele momento ver pela primeira vez a face de Satori completamente desesperada, parecia que nem se o mundo inteiro fosse acabar, sua expressão não chegaria a esse nível, mas aquilo foi o bastante para ativar esse gatilho nele. Ele correu ao lado de Kor junto com os dois aliados, e começou a gritar enquanto checava os ferimentos e a pulsação de Kor.
- KOR! RESPONDA, POR FAVOR POR FAVOR! - Satori tentou olhar diretamente aos olhos de Kor, mas eles estavam mudos, e seu rosto mostrava um leve sorriso. - Por favor... por favor... diga que você tá aí... você nunca se manteria no chão, não é? Você se levanta, não é isso que me dizia?
Um segundo de silêncio. Todos os três ninjas ali perceberam que ele ainda tinha pulsação, e todos estavam desesperados para o salvar, especialmente Satori, que se negava a reconhecer o fato de que Kor estava morrendo. Quando Renekton estava prestes a levantar Kor para o levar o mais rápido possível ao hospital, eles conseguiram ouvir ele finalmente falar, com uma voz rouca. Algo tinha cortado sua garganta aparentemente, mas mesmo meio rouca, ainda conseguiam ouvir sua voz. Ele disse, tentando olhar para Satori e deixando todos ali em choque.
- Satori... você foi a melhor coisa a acontecer pra mim. Continue a ser um orgulho... pra mim... e... todos... Você sempre vai ser minha pessoa... favorita. - O mesmo sorriso que Satori se lembrava tão bem estava estampado enquanto dizia isso, mesmo coberto de sangue, e mesmo sem força alguma em sua voz. O seu pulso havia finalmente sumido de vez após terminar de dizer as suas últimas palavras.
Todos ficaram em choque, Renekton parou o que estava fazendo, e Kai que ia dizer alguma coisa, congelou no lugar. Satori estava ajoelhado, com o corpo estirrado de Kor a sua frente. As lagrimas que tanto odiava caíram sobre seu rosto... sob seus olhos vermelhos. Ambos ninjas conseguiram ver o Uchiha olhando para o céu de madrugada, para o teto destruído, com o esqueleto todo do galpão jogado, gritando em frente ao corpo de sua única conexão com seus pais e passado, em pura tristeza... e raiva. Satori rasgaria os céus, romperia a terra se pudesse, mesmo que se fosse só pra sentir algo... para liberar a raiva, não mais calma, mais pura e não mais inibida, liberada pela primeira vez de uma forma destrutiva até mesmo para Satori. Enquanto ele esfregava seu rosto tão agressivamente que causava cortes com suas unhas, como se tentasse o negar da visão que havia o dado a capacidade de ver aquilo em primeiro lugar, ele começa a falar com os céus em sua frustração.
- Porque... porque? Já não tinha sido... O BASTANTE? ELE ERA A ÚNICA PESSOA, MUNDO! A ÚNICA PESSOA QUE EU PODIA INDEPENDENTE DO QUE ACONTECESSE, OLHAR... e me sentir que tudo ia ficar ok. ELE ME DISSE QUE EU ERA PERFEITO DO JEITO QUE ERA... mas como posso aceitar isso se eu nem pude capaz de salva-lo? COMO POSSO ACEITAR ISSO SE EU FUI INUTIL E NÃO FIZ NADA SEM SER SALVADO?
Os sentimentos de ódio por si mesmo estavam mais fortes do que nunca em Satori... e sua mente estava um turbilhão. Sentia que poderia sangrar pelos olhos, mesmo não tendo os ferido. Sentia que poderia ter sua cabeça rompida a qualquer momento, mesmo com ela apenas levemente sangrando. Ele gritou sem nenhum sentido... e Kai e Renekton apenas puderam assistir em tristeza, no caso de Renekton, que caia lagrimas vendo a cena, e raiva no caso de Kai, que conseguia apenas liberar sua raiva, pegando os pedaços de madeira do ambiente e batendo repetidas vezes nos corpos já inanimados das pessoas mascaradas.
Independente do que Satori gritasse, do que dissesse, ele sabia que nada iria responder. Que nenhum poder superior estava lá em cima... e mesmo se estivesse, não o responderia. Mas ele queria ter alguma esperança de que algo ainda o responderia... mesmo que soubesse que ela já tinha sumido faz tempo. Chegou um ponto que ele parou de gritar, com sua voz rouca, e começou a apenas chorar e soluçar. Ele se levantou, com Renekton e Kai falando nada enquanto o ajudavam a levantar o corpo de Kor. Enquanto os três andavam para longe do galpão, Satori percebeu que seus olhos estavam diferentes... eles podiam não ter sangrado... mas transbordavam cores tão fortes quanto o próprio sangue. Isso já era normal para o Sharingan, mas o jeito que ele sentiu aquilo... era algo que nunca tinha experimentado antes. Ele só conseguia refletir sobre o que havia acontecido, enquanto tentavam o mais rápido possível alcançar os portões da vila.
- Talvez... essa seja a nossa real maldição. Independente do que eu fazer, a felicidade... não mudou. Ela ainda é uma desilusão, e eu ainda não fui capaz de influenciar sua existência... mesmo pra aquele que cuidou de mim a vida toda... que me salvou da morte por sua própria vida. Qual foi o ponto da sua morte? Uma morte injusta... em uma missão qualquer, com pessoas MERDAS, com VERMES IMUNDOS que deveriam sentir seus órgãos sendo implodidos de dentro pra fora enquanto estão vivos... que saber? Foda-se. Foda-se isso tudo. Qual o ponto? Se a vida é tão injusta... como eu vou lidar com a felicidade dos outros em primeiro lugar? Me desculpe Lanius, e me desculpe Kor... mas a conclusão que eu fiz, é que a morte nunca vai ser o bastante pra as pessoas responsáveis por fazerem e perpetuar esse sofrimento... a pior dor também não seria o bastante para elas.
Consumido pela dor, a única coisa que os guardas do portão conseguiram ver foi Kai e Renekton atrás de Satori... enquanto ele levava o corpo de Kor em seus braços, mesmo com dificuldade. Tinha tirado sua blusa, estava coberto de sangue, e podiam ver que não parava de chorar e ranger seus dentes.
Depois desse incidente, muitas coisas mudaram. Não só no mundo, mas especialmente na vida de Satori. Ele perdeu um amigo próximo, um amado mestre, até mesmo um companheiro de trabalho... não demorou para que as únicas pessoas que chegavam perto do coração de gelo do Uchiha ouvissem a notícia, especialmente seu irmão, que morava junto com ele. Sua vida havia mudado para o pior, e agora teria que carregar em sua mente e seus olhos essa perda. Mas, o que poderia fazer, afinal? Mesmo que quebrado... mesmo que quisesse rejeitar o que qualquer um falava, que quisesse se mostrar em controle e indiferente a tudo para focar em o que achava que iria trazer a felicidade para si e todos, ele não teve nenhuma opção além da mesma que teve em todas as vezes que perdeu alguém... seguir em frente. Ele continuou seu trabalho após a morte de Kor, fazendo em grande parte buscas de criminosos locais, e outros procurados mais perigosos, nem tanto missões. Mas ainda sim buscou fazer tudo perigoso e de importância que podia por sua vila... independente, Satori não queria mais perder ninguém. Achava que iria parar ligar a um certo ponto quando começou essa parte de sua vida, mas percebeu que nada iria curar esse vazio. Apenas tentaria seguir com o aprendizado... sem repetir os mesmos erros.
- Como que eu posso fazer a diferença... numa realidade indiferente? Me diga como, eu mesmo... Acabar com as injustiças, e buscar transformar a felicidade numa realidade para todos? Talvez. Talvez... mas talvez nem isso seja o bastante. Essa é minha maldição, afinal das contas... e eu nunca me livrarei dela.


Considerações:
Bolsa de Armas:
Jutsus Utilizados:


- "A felicidade é uma desilusão... uma que busco fazer realidade."



Rayer
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Gaiden Time Skip - Aprovado

Ganhos:

30 XP
Mangekyo Sharingan (Ilusão)

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