The Beggar Gennin

Ahhhh, aquela noite tinha sido boa. Alguns amigos e eu saímos pra farrear. Havíamos enganados uns idiotas em um boteco e fizemos eles pagarem várias e várias rodadas para nós com a desculpa de quem bebesse mais, pagaria a conta no final da bebedeira.

Os pobres jovenzinhos que mal saíram da mamadeira a base de mel e leite, acharam que podiam com os macaco velho da aldeia. Piada, né?

— Hey Bercon, aqueles otários kakaka. O que foi aquilo.

— Hahahaha! Nem me fale. Nunca vi filhinho de papai chorar tanto e ainda ter que lavar prato por não ter dinheiro suficiente.

— Hehe, verdade. Teve um lá que até chorou quando viu que passaria a noite trabalhando de graça pra pagar tudo. Morri de ri.

— Eu ainda to rindo. — Finalizei.

Foi uma noite realmente divertida e meu trio de compadres saia do boteco cantando músicas da velha guarda, como:

— Bercontz é um bom companheiro, Bercontz é um bom companheiro, Bercontz é um bom companheeeeeiroooooooo. Ninguém pode negar, heeey!

A música era repedida mais duas vezes com os outros dois rapazes que andavam por aquela noitada. Caminhamos mais um pouco até que um deles se despedia, e mais a frente o segundo também seguia seu rumo para sua casa. O único fodido sem moradia era eu.

Tratei de ir a um dos lugares conhecidos pela mendigaiada toda. Havia muitos tonéis pequenos ardendo em fogo para esquentar os pobres mendigos. Fui seguindo por lá até chegar na esquina que ficava na rua. Ali mesmo na virada, me aproximei da parede e puxei meu pau pra fora. Comecei a mijar em um jato forte que batia na parede e repelia para minha roupa, a deixando urinada.

— Hunf... Que delícia.

Balancei o monstro e guardei logo em seguida. Segui até um mendigo que mal estava enrolada na coberta, e puxei dele. Encontrei um pedaço de papelão, e nele me deitei. Me cobri e logo apaguei, ao menos tentei. Instante depois, alguém surgia. Começava a falar um monte de coisa. Eu dava de ombros, ignorando a moça que por sua vez era muito nova. O que ela fazia ali? Foda-se.

Contudo, ela pedia pra eu segurar uma er... Garrafa? Bom, eu me coloquei sentado, segurei o troço, abri imediatamente sem permissão e virei a garrafa em menos de 5 segundos, esvaziando a mesma.

— Crianças não devem beber.

Logo jogava a garrafa pra qualquer lado, e voltava a me deitar.

Arsenal:

The Bebummelier Gennin

Gluck, gluck gluck...

— Ahhh! Fazia tempo que não tomava nada tão bom. Parece ser bem exótico e refinado. Um sake de qualidade, realmente. Da pra notar a sutileza no sabor e suas nuances aromáticas. Puta merda. Muito bom! — Elogiava a bebida com o conhecimento de um não sommelier, mas sim de um bebummelier.

— Trabalho de que guria? Osh, ta doida. Sei de nada não, rhul. Grita no ouvido de outro, porra! — Eu lá ia entender do que ela estava falando, se foder, viu.

Um pessoa se exaltava um pouco mais a frente. Eu soltava um peido bem fedido logo em seguida quando a menina dizia que iria me matar.

— Terá de lidar com isso antes, hahaha! — Debochava divertidamente.

Foi então que ouvi a voz de um homem e o tilintar familiar de uma lâmina sendo puxava. Não pude evitar de abrir os olhos, movendo-os pro canto, e  direcionando para trás onde estariam os sujeitos em relação a minha posição. A garota tentava desconversar o que os seus caçadores concluíam. Não me aguentei e puxei a garota com um abraço, sorrindo alegremente.

— Que conversa é essa filha? Eu não te criei assim. Tem vergonha de seu pai? É o fim da picada, mesmo. Se tua mãe ouvisse isso, ficaria indignada. — As palavras eram soltas com o bafo de cachaça indo até o nariz da lupina.

O tom de voz dos sujeitos mudavam. Ameaças, além de coação eram feitas. Estreitei os olhos, e fui me levantando lentamente com a garrafa na mão.

— Hey malditos. O que acham que estão fazendo, hã? Invadem meu território e querem ameaçar minha pirralha? Ses tão besta das ideia? Hããã? — Intimidava os sujeitos com um olhar frio e um fedor insuportável. — Vocês querem a porra do seu sake? Então espere um pouco. Guria, olhe pro lado.

E com essas palavras "gentis", tirava novamente o garotão pra fora naquela noite e começava a mijar no bico da garrafa, enchendo o máximo que dava.

— Sabe... Uma vez me falaram que leva 10 segundos para qualquer bebida chegar na bexiga. E a minha está bem cheia depois desse litrão. — Falava ainda urinando, errando por vezes a mira, ficando com a mão que segurava a garrafa, toda melada.

Finalmente terminava de mijar, e algo chamava minha atenção. A guria ia começar a...

— Fumaar? — No mesmo instante agarrei com a mão molhada o cigarro após trocar a garrafa de mão, e amassava aquela porcaria antes dela tragar. — Hey, já lhe disse. Essas coisas não são para crianças. Que porra de mundo é esse que uma jovem ta fumando tão cedo? Isso deve ser culpa de vocês, né seus filhos da puta! Toma aqui o sake de vocês!

Me irritei e tacava a garrafa contra o mais próximo com a adaga. A mesma se quebrava toda na cabeça do maluco que acabava caindo no chão todo mijado.

Arsenal

Kunai: 3 Unidades
Shuriken: 3 Unidades
Kibaku Fuuda: 8 Unidades
Kemuridama: 1 Unidade
Hikaridama: 1 Unidade
Katana: 1 Unidade

The Bebummelier Gennin

O primeiro portando a adaga recebia a garrafa com prestígio bem na cara. O vidro estourava nele e o líquido quente recém despejado no recipiente era todo disperso nele. O gosto salgado invadia seus lábios, assim como havia acontecido com a própria garota ao ter o cigarro tomado de si. O mais engraçado é que ela nem percebeu isso, deve ter gostado do sabor, hum...

Mas voltando ao presente. O rapaz não esperava aquilo e ia pro chão surpreendido e engasgando com minha urina e reclamando dos cortes que sofreu devido aos cacos de vidros que se espalharam e lhe causou ferimentos leves.

— Bleeeh, maldito!

Eu não esperei ele se levantar. Os outros coleguinhas dele ficaram olhando a cena ridícula e vergonhosa de seu companheiro enquanto eu já disparava correndo contra eles. Saltei próximo de um deles, e com ambos os pés, mantendo as pernas paralelas, dava uma puta voadora no primeiro desgraçado que estava na frente. O pé sujo e fedido atingia a caixa torácica do rapaz que era arremessado para longe tendo parte do seu osso fraturado no golpe, causando má respiração.

Eu eventualmente cai de qualquer jeito no chão. O amiguinho ficava com raiva e vinha me chutar enquanto estava no chão. Tomei um na cara bem servido. Dava para sentir o gosto do couro daquele calçado. O sangue escorreu por meu lábio inferior.

— Bruuuu. — Balancei a cabeça em dor.

Ele ia realizar um novo chute, quando impulsionei meu corpo do jeito que estava e agarrei sua perna em movimento, freando o impacto e sentindo quase nada do ataque. Sem rodeios eu avançava com meus dentes contra a canela magrela do sujeito. Dava uma bela abocanhada com tanta força que fazia ele gritar ao sentir a mordida.

— AAAAAAAAAAAAH! ME SOLTA SEU CÃO SARNENTO!

— Grrrrrrrrrrrrrr! — Mantive a pegada.

Enfim, o improvável ou provável aconteceu. Os mendigos adormecidos acordaram. Viram a cena por alguns segundos e acharam que se tratava de vandalismo contra moradores de rua por me verem sendo alvo deles.

— GALERA, O BERCON TA SENDO ATACADO. PAU NELES!!!!!!!!

Em poucos instantes um exército de mendigos acordavam e se levantavam, começando um verdadeiro linchamento contra aqueles idiotas que agora sofriam na mão do poder bélico mais temido e oculto de Kirigakure.

Depois de estouramos com eles, olhava para os lados caçando a menina.

— Cadê aquela guria estúpida? — Foi então que pisei em algo. Um pertence da menina. — Hum? — Olhei para baixo, me agachando e pegando para olhar direito. — Acho que isso era dela. Tcs... Ela parecia triste, é melhor eu devolver. Pode ser importante.

Ainda todo detonado, seguia rumando a passos lentos pela rua em busca de encontrar a tolinha.

Arsenal

Kunai: 3 Unidades
Shuriken: 3 Unidades
Kibaku Fuuda: 8 Unidades
Kemuridama: 1 Unidade
Hikaridama: 1 Unidade
Katana: 1 Unidade