[Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação)

las ondas

OS OLHOS DA PEQUENA CRIATURA AZUL BRILHARAM com o vislumbre da verdadeira aparência de Haru e pareceu gostar da pequena serpente albina de olhos vermelhos. A pata direita passou sobre a cabeça de Shiro, na tentativa de uma carícia amistosa, um tipo de cumprimento inicial dela que se chamaria Aoi daquele momento em diante. O som que o nome fazia pareceu agradar à misteriosa viajante que veio dos mares, que torceu os pequenos lábios num sorriso sincero e nada tímido.

　　Mais alguns dias dentro do barco seriam necessários até que atracassem no País da Lua, mas os bons marujos não se mostraram problemáticos, apenas bons amantes do mar, do álcool e das cartas. No porto, perceberiam que nenhum dos olhos se voltava para elas, eram de fato apenas dois pescadores numa multidão de outros tantos outros e nenhum informante parecia sequer suspeitar de suas presenças. Chi, a mais experiente entre as duas, poderia notar claramente que estavam passando despercebidas e Aoi as ajudava bastante ao ficar recolhida em seu silêncio enquanto tantos homens e mulheres circulavam e gritavam na região em que o cheiro de sal e peixe eram capazes de sobrepor mesmo o de suor e sangue.

　　A tokujo conhecia bem o caminho até o castelo que seria seu destino e Haru havia decorado o mapa inteiro do País da Lua feito por Doninha. Como seguiriam a partir daquele ponto? Cada passo adiante elas deveriam ter em mente que já pisavam em território inimigo e lembrar da apurada capacidade sensorial do homem que conheciam apenas como o anfitrião, a cautela lhes seria uma fortíssima aliada. Os céus se alaranjavam anunciando um belo fim de tarde desde o momento em que aportaram e havia uma ou outra estalagem pelas redondezas. Poderiam optar por descansar àquela noite ou avançar na direção em que o inimigo residia e armar campo nas florestas mais adiante.

　　O presente dos mares escondia seus segredos.
　　A tecelã de sangue teria sobre si o peso das decisões.
　　E a menina violeta o fardo de uma falha que decorresse de suas ações.
　　O País da Lua lhes dava boas vindas à sua curiosa maneira.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Ter Ago 10, 2021 7:36 am

Tokubetsu Jonin

A chegada havia sido pacífica apesar dos riscos assumidos ao manter aquela coisinha esquisita conosco. Ela parecia bastante "consciente", inteligente até por seu comportamento contido mediante a situação requeria. Isto ao mesmo tempo tinha seu valor ao tornar possível continuar sem sermos percebidas, mas, me deixava bastante desconfortável sobre seus desejos e razões. Pureza e beleza não era algo que me vinha aos olhos, ao contrário, me era algo que tendia mais ao suspeito. Por mais branca que a linha seja, ela não será como pura como a água, e, por mais negra a linha, ela não ofuscara a luz sobre seus olhos como o breu interminável de uma caixa hermeticamente lacrada. Qual seria a obscuridade dentre a silhueta brilhante que seduzia os olhos de Haru?

Bem, era inútil pensar de mais sobre isto e cansava a minha mente, me levando a postergar decisões mais incisivas sobre esta. Tínhamos que decidir novamente, bem, no caso a repetição aplicando-se apenas a mim, sobre nossa estadia. As orlas não pareciam mais seguras agora, eram no raio de alcance do alvo e provavelmente, mas vigiadas ainda após nossa mais recente visita. Era melhor se conseguíssemos nos manter misturadas as pessoas como íamos obtendo sucesso em estar em nossa caminhada ao interior. Em uma conduta comum, era normal que procurássemos abrigos, e, dentre algumas condições. Não podia ser nada muito caro, afinal éramos apenas "pescadores" naquele momento, e, sendo algo nestes traços provavelmente também seria mais livre de vigilância ou pessoas possivelmente competentes. A distância do castelo também precisava ser mantida para eu não ser detectada por uma coincidência infeliz.

- Vamos para alguma espelunca próxima da costa em que estamos, tão miserável quanto possível e também tão barata quanto. Digo em um tom baixo porém com certa animação provinda de um sarcasmo ponderado em base de que a garota provavelmente não estaria tão animada pra isso. Era o melhor a se fazer. - Descanse um pouco, pois sairemos pela madrugada. Diria para ela ajeitando algumas coisas, me preparando para tentar uma nova aproximação. Não queria nenhum tipo de alarde então, iria fazer tudo com certa cautela, o objetivo era chegar ao mesmo corredor onde havia o nome de vários clãs e verificar aqueles que poderiam estar presos ali, e, soltos eventualmente poderiam causar uma comoção. A habilidade sensorial depende de alguns fatores, e, consciência, certamente deve ser um deles. Não podemos ouvir e ver com a mesma eficiência dormindo, então, acredito também ser o mesmo com sentir chakra apesar de não ser tão especialista especificamente na área.

Quando desse a hora usaria Henge para virar um dos guardas a partir da memória de sua visualização anteriormente e então convidaria Haru para nos aproximarmos da fortaleza, tão longe quanto pudéssemos observá-la para ter certeza de que os guardas não estariam agitados. O que seria um indício de que já teríamos sido flagradas. Decidiria a continuidade da aproximação com base no que conseguisse observar ali.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Qua Ago 11, 2021 9:24 am

the primrose yearns for the warmth of life

Aoi ficou quietinha dentro do cesto improvisado por Chi, mesmo dividindo o lugar apertado com Shiro. A cooperação das duas criaturas serviu para que a dupla da Névoa mantivesse intacto o disfarce de pai e filho pescadores durante os dias que se passaram no barco e para além desses, quando finalmente atracaram no destino, o País da Lua.

Haru pensou que desintoxicaria as narinas do mau cheiro dos marujos quando finalmente estivesse em solo firme, mas não foi isso que aconteceu. Depois de descer do barco, a pequena torceu o nariz ao sentir o forte cheiro de peixe e sal. A dupla estava no meio de um porto comercial de pescadores.

Apesar da frustração, os dias de viagem que a trouxeram até ali serviram para que Haru aprendesse a disfarçar seus incômodos. Ela inspirou e expirou pelos finos lábios de sua boca, enquanto caminhava ao lado de Chi.

No meio da caminhada, Haru olhava de um lado para o outro, tentando se situar em relação ao mapa que gravou mentalmente. Até que Chi ditou o primeiro passo: procurar por uma miserável espelunca a fim de passar a noite — ou parte dela.

— Sim, — afirmou ela, entendendo a necessidade de continuarem despercebidas.

Após algum tempo, com as duas seguras dentro do quarto, Haru finalmente pôde abrir o cesto e deixar Aoi e Shiro saírem um pouco dali.

— Tomem, — disse a menina, segurando um punhado de ração retirado dos mantimentos que ela trouxe.

Então Chi ditou o segundo passo: descansar, um preparativo antes de partirem na calada da noite. Haru ponderou sobre a decisão, talvez o clima noturno seja um bom aliado contra as habilidades sensoriais do anfitrião.

Haru assentiu com um leve inclinar da cabeça e logo foi se deitar.

Poucas horas se passaram e Haru foi acordada pelo chamado de sua sensei. Ela se levantou, acordando Aoi e Shiro que dormiam ao seu lado, colocando-os de volta no cesto. Logo percebeu a nova transformação de Chi, e usou da mesma técnica para criar um disfarce similar: imitaria as vestes, apenas o rosto seria diferente.

À vista disso, a dupla seguiria com a missão.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Qua Ago 11, 2021 4:38 pm

el territorio enemigo

CHI JUSTIFICAVA TODA A CONFIANÇA DEPOSITADA EM SI PELO SEXTO a cada escolha que tomava. Quando os primeiros passos dos pescadores rangeram sobre a madeira velha de uma estalagem próxima a encosta, não receberam olhar torto algum. A hospitalidade da estalajadeira e seus funcionários compensava a qualidade que era da mais simples. Lá elas permaneceram durante o fim da tarde e o início da noite, inteligentemente partindo no cair da madrugada.

　　Do lado de fora, encontraram um frio de gelar os ossos e ventos mais intensos soprando contra seus corpos. Nas proximidades da encosta, o País da Lua era severamente castigado pela baixa temperatura e quanto mais elas penetravam no território inimigo, mais parecia que a temperatura se elevava, embora ainda estivesse desagradavelmente frio. Mesmo Shiro e Aoi pareceram incomodados, se agitando suavemente dentro do cesto em que Haru os carregava.

　　Para a estranheza da tokujo – ou talvez não – conseguiram cortar cada centímetro da velha estalagem até o castelo sem empecilho algum. Não havia batedores em seus encalços, tampouco movimentações estranhas nas matas que rondavam o lugar. Vestidas na pele de homens que trabalhavam com a função de vigiar o polo dos negócios do anfitrião misterioso, as duas poderiam perceber que estavam tranquilos, com as posturas relaxadas e conversavam sobre qualquer coisa que não fosse o trabalho. Entre as tantas palavras, se ficassem tempo suficiente, poderiam perceber que falavam sobre apostas, mulheres, farras e tantas outras coisas fúteis que não remetia em nada ao que faziam ali.

　　A aproximação fora um sucesso.
　　Estavam diante do covil inimigo.
　　Qual seria o próximo passo?

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Qui Ago 12, 2021 2:37 pm

Tokubetsu Jonin

Seria retórico desejar entrar naquele ambiente como da outra vez por meios "felinos"? A ideia em si parecia bastante tentadora, afinal, isto seria totalmente viável se não houvesse no caminho a percepção do homem tão afiada. Por outro lado, o caminho em si agora podia estar sendo mais vigiado ou chamativo por ter sido repetitivo, e, tudo baseava-se na aposta ou não de que o anfitrião local estaria dormindo tão tarde daquele jeito. Qualquer atitude alarmante também poderia despertá-lo se minha aposta realmente tenha sido um acerto proveitoso, o que me fazia tender a tentar evitar algum alvoroço. O que fazer? Penso com certa angustia mordendo minha unha, fitando lateralmente Haru.

A calada da noite era um ambiente que poderia ser propício ao combate pelo possível quadrante de inimigos mais reduzidos, e, alguns presentes que não interfeririam ou demorariam para tal, além da ausência de uma plateia para preocupar-me tendo em vista o nosso contratante. Por outro lado, apostas eram apenas apostas e isto podia não provar-se verdade. Poderíamos atrair aqueles homem para longe, mas, isto não parecia uma ideia boa de toda forma. Talvez, o melhor caminho... - Eu acho que posso trocar algumas... Memórias. Se eles fizerem o trabalho por nós, isto será o suficiente para que consiga seguir com o plano de soltar os prisioneiros para que eles mesmos causem algum dano sem nos envolvermos direta e completamente em uma investida... Sussurro em um tom bem baixo e seco com Haru.

O problema era o fator "quando". Haviam possibilidades, poderíamos tentar atrair parte deles, mas, isto por si gerava seus riscos apesar de aproveitar a exatidão. Uma outra saída era pegá-los de guarda baixa quando estivesse indo embora, isoladamente, um por um. O problema desta estratégia era como segui-los separadamente. Fazer com apenas um, talvez dois, poderia gerar problemas já que os outros poderiam impedi-los se eles agissem de forma estranha. - Eu poderia cuidar de um, você de outro, e, talvez essa coisa consiga seguir um terceiro e nos mostrar a localização? Isso parece ser inteligente. Falo com a garota olhando para a bolsa, um pouco antes de explicar meu plano.

- Bem, o plano é o seguinte, seguiremos três deles quando eles trocarem de turno enquanto retornam às suas casas. Este será o momento em que devem estar mais cansados e desatentos também, vou plantar memórias falsas neles, então preciso que ou os levem até mim, ou, me levem até eles depois que eu acabar com o que vou seguir. O juinjutsu não é tão durável, mas, um dia é o suficiente. Vou fazê-los acreditar que o chefe mandou que eles soltassem todos prisioneiros na madrugada de amanhã para um evento surpresa. Vou fazê-los acreditar que nem mesmo os outros guardas devem saber, exceto, eles mesmos e os outros dois, como se eles tivessem que agir juntos. Como eu conheço o o líder, posso recriar sua aparência sem maiores problemas...

Havia apenas um grande problema naquele plano, a sensibilidade ao chakra do líder. Deste modo, algo grande precisava acontecer para desviar sua atenção dos manipulados. Os horários de alguém que trabalhava naquele ponto, já quase com o sol levantando-se ao horizonte, certamente já iniciava-se bem tarde, mas, nada era garantido. Podia ser um grande trabalho que revelaria nossa presença, mas, era inevitável. - O único problema é se ele perceber os juinjutsus... Apesar de não ser realmente tão simples. Neste caso, precisamos estar preparadas. Ainda haviam algumas saídas em mente, mas, muito estava em jogo e eu esperava que tudo corresse da forma mais simples. Se Haru não discordasse, seguiria com o plano de esperarmos e seguirmos os homens separadamente para emboscá-los.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Sex Ago 13, 2021 6:58 pm

the primrose yearns for the warmth of life

"Estamos cada vez mais perto", pensou Haru, vendo-se no covil do anfitrião. Ali, ela poderia notar os guardas conversando sobre assuntos fúteis e com modos questionáveis, só faltou o cheiro de álcool e cigarro para serem como os marujos.

Ela compartilhava da feição de desagrado de Chi, afastando-se um pouco dos homens para seguir com discussões do plano.

Haru escutou atentamente a estratégia de sua sensei. Foi uma ideia esperta.

— Certo, — afirmou Haru, sussurrando. — Vamos marcar um ponto de encontro: a árvore mais grande do bosque, a leste.

Ela tocou no cesto e entreabriu sua tampa, observando a criaturinha azul.

— Acha que consegue me ajudar nisso, Aoi? — Questionou Haru.

A menina seguiria com sua parte do plano. Usando dos conhecimentos geográficos que adquiriu da ilha, ela estaria escondida em uma das rotas de saída do lugar, esperando a troca de turno dos guardas.

Haru estaria à espreita na copa das árvores, abaixo das folhagens e apoiada nos galhos. Logo algum guarda passaria por ali. E, bem, talvez ele estivesse sozinho ou, possivelmente, andando em dupla como era de costume para os esquadrões de vigia.

Como uma víbora, Haru se prepararia para o bote, agitando seu chakra dentro da boca. Então, quando sua presa passasse por ali, ela jorraria uma nuvem de veneno.

Com sucesso os guardas inalariam a nuvem e, consequentemente, perderiam os sentidos, entrando em um estado de coma. A substância preparada por Haru teria um poderoso efeito sedativo, inibindo algumas funções do cérebro da vitima com uma ação neurotóxica.

Se desse certo, Haru teria um ou mais guardas dopados. Aí viria o próximo passo: levá-los até Chi. Mas como ela faria isso sendo que não possui força suficiente para arrastá-los?

— Aoi, pode me ajudar a carregá-los? — Perguntaria à criaturinha, tirando-a do cesto.

No entanto, havia a possibilidade de sua estratégia falhar, gerando uma reação nada amistosa dos guardas. Mediante a essa possibilidade, ela estava com um kawarimi preparado, usando algumas folhas de árvore como objeto de substituição.

HP: 220/220 | CH: 195/220 | ST: 01/04 | SA: 190/190

Considerações:

❀ Ficha no perfil.

Shiro:
❀ É uma pequena cobra albina, a companheira de Haru;
❀ Seu efeito é meramente narrativo;
❀ Referência (imagem).

Objetivos:
❀ Realizar 2 Missões Rank A.

Tempos e Valores:
❀ 50% de desconto de CH pelo Mestre em Controle de Chakra;
❀ 20 de CH e 1 de ST descontados pelo uso do Dokugiri.

Equipamentos:

Técnicas Usadas:

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Ter Ago 17, 2021 12:56 am

en las sombras

AO JUNTAR A EXPERIÊNCIA E TALENTOS ÚNICOS A UMA MENTE tão afiada quanto a lâmina de uma espada, a dupla da Névoa se colocava uma posição adiante dos inimigos. Os primeiros passos na movimentação não foram ouvidos, a menina de cabelos turquesa guardou bem sua posição enquanto a pequena de olhos violeta singrou pelas sombras como se fosse o próprio Shiro, sua serpente albina, dançando por entre os pontos em que suas presas não pudessem ver.

　　Infiltrou sutilmente para o lado de dentro das muralhas que se erguiam ao redor do castelo onde o anfitrião fazia os espetáculos usando shinobis e seus dons como se fossem aberrações. Dos lábios finos daquele pequeno frasco, um veneno intenso escapou e invadiu as narinas de seus alvos desavisados, que seguiam para o descanso após terem sido rendidos.

　　O efeito havia sido rápido, os ruídos de suas tosses e respiração enfraquecendo foram logo esmagados. O som úmido dos corpos caindo desacordados sobre a grama foi tudo que ouviu, mas não fora alto suficiente para ecoar até onde os guardas vigiavam. Aoi flutuou do cesto que lhe servia de abrigo em uma resposta imediata. A criatura azulada ajudaria a pequena espadachim a levar cada um dos inimigos para onde Chi se escondia, ainda tendo cada um dos guardas no campo de visão.

　　Os corpos eram suas armas agora.
　　O que fariam violeta e a menina de sangue?

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Ter Ago 17, 2021 3:21 pm

Tokubetsu Jonin

Havia algumas possibilidades de prosseguimento com aquilo mediante a decisão de uma ação mais imediata vinda de minha aluna. De certa forma agilidade de uma ação mais fugaz certamente era algo que eu apreciava por descartar a necessidade de prolongarmos nosso tempo naquele lugar, mas, isto também precisava de alguns ajustes. Diferente da minha conclusão inicial, optar por não fazer nada por mim era apenas natural reduzindo os focos de perigo, e, com alguma sorte ela trazendo dois homens aquilo podia ser números o suficiente para colocar minha ideia de enganá-los em curso.

Haru tinha sucesso, trazendo até mim que aguardaria no ponto de encontro, despertando um sorriso peculiarmente perverso em meu rosto. Havia ainda uma pergunta que tinha um cunho bastante determinante para a missão. - Utilizou de algum jutsu? Questiono observando-a lateralmente, tendo, imagino, sua resposta positiva. Deslizo minha mão pelo queixo ponderando o sucesso na sua manobra mesmo com isso, e, o que isto mais pode indicar é exatamente que aquele era um momento propício para lidarmos com a percepção apurada do homem por um motivo ou outro. Por mais hábil que fosse uma habilidade, não é se como sempre estivéssemos às utilizando, como meu selo do céu por exemplo. - Bom...

Me abaixaria próxima aos homens enquanto me sentia, um pouco professora? - Você é tipo, médica neh? Você entende as células e tals, mas, você sabe como essas coisinhas funcionam? Pergunto ao mesmo tempo que movimento meu cabelo e a bandana que cobre a marca do selo em meu pescoço. - Isso utiliza células como meio de manutenção de alguma habilidade ou infusão feita no corpo... Um "fuinjutsu" gourmet. Sorrio ao explicar, selando e deslizando os dedos na palma da mão dos homens em que uma "marca" se faz. - Apesar de nesse caso a perturbação ficar no próprio corpo e sem células invasoras como o que hospeda meu pescoço. Quem sabe a garota despertava algum interesse naquele tipo de técnica também.

Me abaixo, sussurrando aos ouvidos dos homens enquanto vislumbro suas novas lembranças condizentes com minhas palavras. - O chefe de vocês está promovendo um espetáculo noturno para um público bem seleto. É tão segredo que apenas dois de vocês foram selecionados para estar cientes enquanto parecerá real para todos os outros funcionários. Vocês devem soltar todos os "produtos", os prisioneiros contra a vontade que serão mercados por um motivo ou outro e incitá-los a se rebelarem. Isso vai... aumentar o preço. Vocês sabem quem é o outro e agirão em comunhão um com o outro e com os prisioneiros. Podem inclusive render outros guardas que possam atrapalhar, mas não os matem, são colegas de trabalho afinal e eles vão lhe entender. Sejam bem... Elusivos ao fazer isso... Seu mestre participará do teatro assim como ele disse é claro... E agora, vocês retornaram da "reunião com o chefe" bem calmamente para dentro, sem levantar suspeitas, direto para o "grande evento"...

Olharia para Haru de volta, mas, sem emanar mais chakra Yin neste momento, apenas esperando se ela precisaria fazer algo, não sabia muito bem sobre as toxinas que ela utilizou. - Se precisar... Não sei, desintoxicar? Bem, o faça para que eles voltem, se não tudo bem. Isso parece bem... Interessante... Demonstro uma feição genuinamente curiosa sobre a forma que eles chegaram ali, antes de liberá-los e deixá-los retornarem após voltar a lucidez com suas novas memórias plantadas para cumprirem com o seu objetivo. Poderia tentar fazê-los matar o homem ou semelhante, mas, não devia funcionar. Minha expectativa é que houvessem prisioneiros ali fortes o suficiente para serem verdadeiros problemas, já que eles desejavam vendê-los justamente por seus poderes.

- Vamos voltar ao Henge, utilizar esses dois depois que eles passarem um tempo no interior cumprindo nossa meta para que os outros não comecem a procurá-los por eles terem sumidos e aproveitaremos do caos... Se queremos derrubar o corpo deste lugar, vamos ter que arrancar algumas cabeças. Ou talvez seja minha impaciência, tem alguma outra ideia de continuidade? Pergunto de forma despreocupada já assumindo a aparência de um daqueles homens enquanto espreguiço.

>> Vestindo <<

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Jutsus utilizados:

Habilidades ativas:

Jutsus ativos:

Jutsus em preparação:

Armas em posse:

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Bolsa de armas 2:

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Ter Ago 17, 2021 10:19 pm

the primrose yearns for the warmth of life

A toxina funcionou bem. Agora, Haru fitava Chi cuidar dos guardas sedados, enquanto explicava à sensei o que acontecera.

— Uma técnica que me permite criar substâncias químicas com o chakra, — respondeu a pequena.

Dokugiri é um ás na manga para um cientista, alguém com conhecimento suficiente pode criar diferentes tipos de toxina. E, pelo que Haru pôde ver, ela não era a única que possuía verdadeiros truques em seu arsenal. Chi demonstrava uma habilidade preciosa: juinjutsu, o selo amaldiçoado.

— É incrível, Chi-sensei, — comentou Haru, admirada.

Ela permaneceu atenta ao processo minuciosamente orquestrado por Chi. Então, depois da implementação de falsas memórias, viu-se questionada quanto a desintoxicação dos guardas.

— Não será necessário, — disse Haru. — A toxina que preparei é como um sedativo, logo eles acordarão.

O tempo na missão era valioso. Precisavam preparar todo o plano cuidadosamente durante a noite, pois o dia poderia ser traiçoeiro. E a pequena de olhos violeta sabia disso, tanto que fez uso de uma dosagem fraca, de modo que os guardas não demorassem mais do que uma hora para recobrarem os sentidos.

— Certo, — concordou ela, já assumindo a aparência de um dos homens. — Creio que o melhor agora é nos mantermos em sigilo. Mais alguma ação pode nos comprometer. Vamos assumir os postos dos guardas e deixá-los na área de carga e descarga, aos fundos, lugar onde apenas os caminhões deixam os suprimentos.

Haru recolheu Aoi no cesto, e aproveitou para conversar com a criaturinha azul e seu fiel companheiro albino.

— Vocês foram ótimos até agora. Fiquem atentos até um segundo chamado.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Qui Ago 19, 2021 6:35 pm

el desorden que dejas

OS DOIS HOMENS DESPERTAVAM EXATAMENTE ONDE A PEQUENA violeta os havia derrubado, a dupla da Névoa teria tempo suficiente para que eles, desacordados, fossem carregados de volta até lá. As habilidades da garota de sangue para uma missão de infiltração eram impressionantes se aliadas com as trevas de quando a lua impera nos céus com seu brilho de prata e os perigos que trazem os silêncios da madrugada. Quiçá, mesmo ela ou sua pupila de inteligência acima da média poderiam suspeitar de que estava tudo fácil demais, mas ainda que não o fizessem, não pesaria em nenhuma ação.

　　As marionetes abriam seus olhos com uma missão bem definida em suas mentes, injetadas por Chi. Num sobressalto, eles levantaram e caminharam cambaleando no princípio, quase batendo suas cabeças tomados por um desespero que não era natural, mas eles jamais saberiam tamanho era o poder e a eficácia do selo amaldiçoado. Eles correram para dentro do castelo e abriram a porta do descanso, passando diretamente pelo corredor dos alojamentos, seguindo pela parte interna e se dirigindo para a ala onde os combatentes “especiais” descansavam.

　　Quando a equipe que fazia a ronda deu por si do que estavam fazendo, era tarde demais. Eles haviam conseguido abrir três das dez portas que guardavam shinobis com habilidades únicas. O estrondo de uma pesada porta se abrindo deu luz a intensos olhos carmesim no meio de um quarto mal iluminado que confrontavam os do vigia, apenas a silhueta e o brilho rubro se destacavam e o simples vislumbre fez o homem na porta cair desacordado.

　　O tunc seco do corpo se estatelando contra o chão alcançou um quarto que soprava ventos gélidos como se houvesse uma verdadeira nevasca dentro do lugar. O corpo da sentinela que fora tentar interceptar travou no momento em que a primeira rajada lhe tocou a pele, enrijecendo os músculos e restringindo os movimentos. Os dentes batiam uns contra os outros, as mãos tremiam e as pontas dos dedos ardiam ante o demônio de gelo que se revelava no delicado corpo de uma garotinha de cabelos e olhos negros como azeviche.

　　Em um outro canto do corredor onde os raios de prata não tocavam, a carne se remexia em um corpo blindado pelo manto escuridão. Da palma de suas duas mãos, ossos pontiagudos irrompiam e ele os agarrava por pelas extremidades como se fossem cabos de espadas. Os curtos cabelos brancos espetados e os olhos esmeraldinos encaravam o homem no corredor com a fúria de um animal que havia acabado de ser libertado de suas amarras antes de as lâminas de ossos rasgarem a presa, a empalando e perfurando os pulmões.

　　O brado de morte e os ruídos da baderna alcançaram os ouvidos do anfitrião e de cada um dos homens e mulheres que dormiam na ala para ninjas peculiares. Os olhos azuis intensos como o oceano se abriram tomados de placidez e o senhor daquele lugar se levantou, calmamente calçando os pés em suas pantufas e enrolando o corpo nu num grosso roupão carmesim debruado em dourado como os fios de seu cabelo. Os passos silenciosos desciam as escadas e ele já sabia exatamente quantas pessoas cercavam os cinco quilômetros ao seu entorno, embora não conseguisse identidicar nenhuma assinatura que lhe fosse estranha.

　　A imagem de sua presença naquele corredor paralisou a todos, fossem sentinelas, fossem os loucos que soltaram os prisioneiros de luxo ou fossem aqueles que lhe eram tão preciosos. Atrás de si, surgiram das sombras dois homens, um deles com uma curiosa cicatriz vermelha sobre um dos olhos e pele clara, o outro com longos cabelos negros, pele morena e uma tatuagem no braço esquerdo. Os dois guardas responsáveis pela baderna se curvaram numa reverência e se ajoelharam, de cabeças baixas.

　　— Senhor, estávamos apenas soltando os prisioneiros especiais como nos fora ordenado, mas eles estão nos impedindo. — disse um dos súditos, apontando para os sentinelas da hora que ainda estavam vivos, eram cinco agora.

　　— Quem ordenou? — mesmo com a rouquidão de quem havia acabado de despertar, ele ainda era imponente.

　　— O senhor. — respondeu o outro com convicção, também sobre os joelhos.

　　Bastou um simples olhar e a intenção assassina caiu sobre os dois como uma montanha sobre os ombros, a diferença de poderes sendo tamanha que os homens levaram suas mãos aos pescoços e se engasgavam tentando respirar. Sentiram uma forte pressão no peito como se houvesse mais de cem quilos caindo sobre si, as pernas bambearam e os dois sufocaram antes de tombarem desacordados. Aqueles afiados olhos azuis ainda estavam calmos, mas ele já sabia que algo estava errado.

　　— Vasculhem todos os cantos e acordem todas as equipes de serviço. — ele deu a ordem e nenhum homem ou mulher ousou contrariá-lo. — Vocês três, inclusive.

　　Os olhos carmesim balançaram num movimento que sugeriu um tombar de cabeça acenando positivamente, sem parecer relutar em obedecer; a pequena garota de gelo passou a passos calmos por sua presa que tinha alguma dificuldade em se mover, mas logo buscou um canto mais quente – ela, por sua vez, ostentava aquele semblante inexpressivo obediente. As lâminas de ossos estavam banhadas em sangue e o homem logo as limpou com um simples balançar, manchando a pele de sua presa sem vida.

　　Ele e seus campeões se retiraram sem pressa.
　　Com passos calmos, se levou para o topo da escadaria central.
　　— Venham, vamos apreciar o espetáculo.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Sex Ago 20, 2021 4:51 pm

Tokubetsu Jonin

As coisas desencadeavam-se rápido de mais. A balbúrdia que eu vislumbrava não era um bom sinal, não, ao contrário, a forma como o exterior parecia mais uma "busca" que um "confronto", era um tanto incômoda. Estalo a língua algumas vezes batendo contra a minha sobrancelha, olhando para Haru não muito feliz. - Te parece estranho? Ergo o canto da boca em um arfar, já pensando que as coisas provavelmente seguiriam a rota mais difícil, a de uma colisão. Mais sangues, mais morte, e, o verdadeiro problema, mais trabalho.

- Aarrg, que saco. Então, o que vai ser em, vamos esperar ver se alguém anda pra cá... Não, isso parece meio idiota... Tinha algo muito estranho em minha visão. Eu vinha aprendendo muito sobre as pessoas, mas, as vezes elas ainda pareciam estranhas. Eles estarem com aquele "tipo" de agitação sugeria que meu plano tinha falhado, mas, se falhou, qual o motivo de estarem procurando ao invés de virem direto até nós? Será que nossa presença é "insignificante" e isto faz com que ele não nos perceba? Talvez estejamos fora do alcance? Não, da outra vez com esta proximidade ele já sabia sobre nós e com tanto alarme devem ter acordado o chefe. O que tem de diferente? Penso olhando a coisinha pensativa, perceptivelmente para Haru. - Estranho o alarde e não nos terem notado... Mas era muito difícil aferir que aquela coisa tinha algo a ver com isso.

Minha aparência mudava um pouco dos seguranças para uma qualquer que eu tivesse notado quando estive da outra vez, mas, mais superficialmente sendo de memória e, suficientemente crível apenas. Movia um possível quepe para baixo cobrindo parte do rosto, e, então tomava uma decisão mais arriscada. - O que acha de ficar perto de mim, mas, daí vou deixar um pouco pra você pensar. Dizia sem informar muito enquanto ia caminhando na direção da entrada, contando visualmente quantos haviam e como conseguiria chegar neles que pareciam mais distraídos, apreensivos. Quando fosse entrar no campo de visão ia ver quantos haviam e correndo na direção deles ia colocando a mão nos bolsos, recolhendo senbons proporcionais aos que estivessem ali e envolvendo estes com sangue preparava uma versão menor de uma das minhas habilidades.

Antes que eles pudessem me diferenciar minha presença controlaria meu sangue em direções dispersas para projetar as senbons manipuladas por fios de sangue através do meu controle em ninjutsu para alvejar seus pescoços, corações, nucas, áreas expostas e vitais apenas por um disparo destas, selecionadas por minha proficiência em anatomia. Quanto mais fossem e quanto mais matasse, melhor, assim evitaria incômodos quando pudesse enfrentar alguns "peixes grandes". Se dentre eles houvesse algum que não utilizasse uniforme, me tornaria mais cautelosa quanto a este, e, ao invés de um ponto vital, buscaria alvejar um ponto de pressão que causasse inconsciência. Eu em si podia não ser tão veloz, mas, meus disparos certamente eram eficientes e sendo usados de surpresa tinham seu valor, mas ainda assim não era confiante ao ponto de ser estúpida, já considerando o preparo da habilidade de substituição em algo próximo caso precisasse. Outra medida era que uma das senbons era enviada na direção de Haru, porém, errando propositalmente para manter o "efeito surpresa" também para esta, seja o que ela decidisse fazer.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Sáb Ago 21, 2021 9:26 pm

the primrose yearns for the warmth of life

O plano, aparentemente, deu certo. Porém, tudo foi muito rápido, talvez mais que o previsto por Chi.

A dupla da Névoa conseguiu assumir o posto dos sentinelas nocauteados, guardando uma das entradas da grande residência. Dali elas tiveram uma visão privilegiada do tumulto que começava. Guardas para todos os lados, uma agitação estranha e repentina — o indício de que as falsas memórias iniciaram o seu trabalho.

— Você tem razão, — disse Haru, respondendo sua sensei.

Era de fato estranho estarem concentrando os guardas do lado de dentro da casa, e não espalhando-os para uma possível escolta. "Talvez lá dentro tenha algo muito mais precioso para ser guardado", era o que a pequena imaginava ao observar aquela agitação. "E se o anfitrião tem habilidades sensoriais tão refinadas, como não notou o chakra intruso contido nos selos ainda?"

Enquanto Haru buscava articular alguma resposta, Chi decidia o próximo passo. A sensei assumiu outra forma, dessa vez de uma pessoa mais genérica, e deu uma sugestão de como a dupla poderia prosseguir.

— Chi-sensei, acho melhor não, — sussurrou Haru. — Vá em frente, eu seguirei por outro caminho. E ao meu sinal, proteja o seu rosto, principalmente o nariz e a boca.

A menina retirou o cesto das costas e o entregou para Chi. Ela articulou os ombros, sentindo o alívio, e pegou seu companheiro albino.

— Leve Aoi com você, — completou ela, ajeitando Shiro ao redor do colo.

Os dedos pálidos formaram o selo do tigre, e com ele Haru ganhou a aparência de um sentinela qualquer que corria pelo campo. Então ela partiu em direção à casa. No entanto, seu rumo não seria o mesmo de Chi. Ao contrário do caminho direto, a menina foi pelas beiradas. Ela se infiltrou no bosque, mais uma vez usando das folhagens das árvores para uma aproximação sorrateira.

Então, assim que possível, ela saltaria dos galhos para uma das águas do telhado da casa.

Seria plausível que uma construção grande e complexa como essa tivesse um sistema de ventilação elaborado. Afinal, é quase um clichê que homens poderosos como o anfitrião possuam grandes subsolos. Haru apostava que em dado momento encontraria uma lacuna para os dutos de ar, até mesmo uma chaminé ou um shaft.

Um lampejo violeta escaparia dos olhos de Haru, quando ela enfim encontrasse uma entrada para o sistema de ventilação.

— Shiro, você sabe o que fazer, — diria a menina, colocando a serpente dentro da tubulação. — Encontre Chi.

Haru esperaria alguns segundos, dando uma vantagem de tempo ao seu companheiro. E logo, ali mesmo, ela agitaria o chakra, condensando-o dentro de sua boca até ser capaz de expelir a nuvem roxa duto adentro.

A nuvem de agora, assim como a de antes, era feita de veneno. Porém, diferente da anterior, a nova toxina fora criada para ser letal. De toda forma, ela não duraria muito tempo no ar, apenas o suficiente para empestear a residência inteira por poucos segundos então se dissipar.

Depois de sua ação, Haru recolheria alguns materiais de sua bolsa. Fios de aço e selos explosivos seriam unidos a lascas de telhas quebradas com o cabo de sua katana, até que fosse possível preparar uma armadilha esférica, uma bomba caseira. Essa que Haru cuidadosamente instalaria abaixo das telhas e sobre a laje, de forma que ficasse justo no contato de uma viga e um pilar.

Em seguida, a menina buscaria por uma janela alta, para conseguir entrar na residência. Todo cuidado seria pouco, então permaneceria em alerta e com a técnica de substituição preparada. O alvo da substituição seria qualquer objeto do seu campo de visão.

HP: 220/220 | CH: 175/220 | ST: 01/04 | SA: 190/190

Considerações:

❀ Ficha no perfil.

Shiro:
❀ É uma pequena cobra albina, a companheira de Haru;
❀ Seu efeito é meramente narrativo;
❀ Referência (imagem).

Objetivos:
❀ Realizar 2 Missões Rank A.

Tempos e Valores:
❀ 50% de desconto de CH pelo Mestre em Controle de Chakra;
❀ Gasto 20 de CH e 1 de ST pelo uso de Dokugiri.

Armadilha:
❀ Uma esfera feita com 5m de fios de aço, 4 selos explosivos e 10 lascas de telhas;
❀ Rank A;
❀ 6 segundos de confecção.

Equipamentos:

Técnicas Usadas:

604 palavras // tag: cheirinho de flores // outfit (click) // local: Kirigakure

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Ter Ago 24, 2021 4:32 am

los demonios de la luna

O NÍVEL DE ATENÇÃO DE CADA UM DOS GUARDAS HAVIA SIDO ELEVADO ao limite com as ordens do anfitrião. Ele se sentava ao lado de uma lareira num quarto reservado no piso superior, o rosto iluminado parcialmente pela chama que creditava e o mantinha aquecido naquela madrugada de inverno. Seus olhos se perdiam nas tantas imagens das câmeras que havia colocado para vigiar pontos específicos e estratégicos de seu grande castelo.

　　No fundo da taça de vidro em sua mão, o vinho balançava com os suaves movimentos do punho antes de bebericar mais um gole. Apertou os olhos quando viu a primeira movimentação suspeita de um quarto guarda do lado de fora quando deveriam haver apenas três, mas este ele não podia sentir.

　　— Demônio de sangue, ponto uno.

　　As palavras pareceram ter sido ditas para ninguém, mas um transmissor preso a gola de sua roupa levou a ordem até um dos seus três prisioneiros especiais. Como um peão cuidadosamente movido num tabuleiro de xadrez, o demônio obedece e corre a passos acelerados para interceptar o primeiro assalto. Aos olhos de sangue, as quatro agulhas moviam-se em uma velocidade que lhe seria fácil acompanhar. Os dedos se uniram a um ritmo impressionante, parecendo ter entrelaçando-os uma única vez antes de erguer uma grande barreira elétrica a frente dos três guardas que teriam sido presas fáceis.

　　As senbons receberam a forte descarga do escudo e caíram sobre a grama inutilizadas, assim pensava. Não enrolou muito antes de seguir seu ataque entrelaçando os dedos outra vez e saltando por cima da barreira que o protegera. Seus lábios se abriram e o sopro era invisível a olho nu, mas dos pulmões do demônio um gás altamente inflamável se espalhava pelos dez metros entre ele e sua presa. De uma bolsa de equipamentos acoplada atrás do quadril, o jovem de desgrenhados cabelos negros sacava uma kunai munida de um selo explosivo enrolado no cabo e preservava a distância entre si e a invasora.

　　— Sumam daqui e protejam o anfitrião. — ordenou com o tom firme e os três obedeceram.

　　Restavam apenas os dois e o gás que ele esperaria o vento levar até as narinas da oponente. O combate silencioso se dava na troca de olhares, o que fará a kunoichi de sangue da Névoa?

　　— Fuja. — ele moveu os lábios mas não deixou sair som.

　　Um sorriso brincou no rosto do loiro que virou o restante do vinho numa última golada. Ele podia enfim sentir uma presença invasora se movendo enquanto um dos seus demônios lutava. A destra estava estendida esperando o serviçal encher sua taça.

　　— Demônio de gelo, ponto siete.

　　Pode sentir a presença gélida se mover rápida como de costume, uma de suas características marcantes. Guiou-se para a posição ordenada sabendo exatamente onde o homem desejava que ela estivesse. Um dos dutos do sistema de ventilação havia sido violado e um ataque por ali era o mínimo que o anfitrião esperava. Como um habilidoso jogador, colocou a peça certa no lugar certo e aquele demônio fez a temperatura dos ventos que sopravam dentro dos dutos despencar quinze graus tão subitamente quanto um piscar de olhos.

　　Os olhos perdidos nas telas vislumbraram a queda dos três guardas que vasculhavam a parte de dentro antes que pudessem entender o que acontecia, mas o quarto em que estavam ele, o serviçal e seus dois campeões não fora atingido. Seria burrice construir o lugar todo com as passagens de ar se cruzando. Estratégicamente, a sala de monitoramento era refrescada e abastecida por um duto num ponto distante de onde sua pequena invasora estava.

　　Com a taça cheia, ele levou a bebida aos lábios outra vez e deixou o vinho se espalhar pela língua antes de engolir. Esta uma não foi nada mal, quatro de seus peões haviam caído e ele havia colocado seus demônios para lutar de formas pouco comuns. Teve apenas alguns segundos para pensar em como usar cada um deles e fora suficiente. Um bom enxadrista, ainda que confie em seus dotes, jamais subestima o adversário.

　　A garota de sangue e o gás inflamável.
　　A menina violeta e o frio crescente.
　　Cada uma tinha o próprio demônio.
　　Deveriam agora mover suas peças.
　　Com cuidado.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Qua Ago 25, 2021 3:15 pm

Tokubetsu Jonin

Em outro universo aquele poderia ser um embate de dois grandes atos heróicos, arlequina de um lado confronta o seu adversário de um nível um pouco mais elevado de poder, o flash, não, talvez o shazam! Dentre os livros desenhados e fantasiosos de suas "magias, raios e velocidades". Deveria costurar um raio para o peito do homem de olhos vermelhos cujo movimento foi tão veloz diantes de meus olhos e cuja defesa mal pude acompanhar e interceptaram as agulhas lançadas com certa facilidade? Bem, não sei, mas certamente deveria agradecer por sangue não ser um bom condutor.

Ele começa a falar alto com os demais enquanto sem esperá-lo vou pegando outra agulha presa em um papel explosivo enrolado em torno de si ao movimentar os meus dedos por dentro da bolsa, duas delas. - Não me diga que quer ficar a sós, não é por ambos termos olhos vermelhos que surgiu um clima... Brinco com um sorriso em meu rosto apontando na direção do homem. Seus lábios movem-se calmamente, e, eu consigo perceber um balbuciar que me leva a inclinar a cabeça em uma breve confusão. Movimento o outro dedo como se gesticulasse de uma forma diferente o que ele mesmo teria dito, com os dedinhos se movendo pelo ar.

Ao invés de fugir, caminharia em sua direção calmamente, lhe fitando provavelmente de baixo já que não sou muito alta. Um passo lento, e outro, e um breve saltinho. Meus olhos moviam-se vez ou outra para os arredores, como se procurasse algo, outras pessoas, no ponto de substituição que já havia preparado antes e na distância que tinha deste para manter uma distância segura, e, até mesmo se ali havia outro ponto para uma substituição do homem em si. Esperava que ele não me atacasse, mas, se o fizesse eu estava pronta para substituir sozinha se fosse possível. Também não iria respirar, em verdade usaria de uma manipulação não tão sutil em minha face, obstruindo minhas vias aéreas com sangue.

Com a agulha, deslizando-a em minha face enrubesceria a pele acompanhando a agulha, escrevendo espelhado lhe fitando, agora, caso este tenha deixado percebendo que não havia agressividade o kanji. "Amigos?". Ele parecia precisar esconder algo, então, por que não um espetáculo? Neste ponto, caso meus movimentos anteriores tivessem me levado até ali, soltaria agulha no chão entre nós e desviaria o olhar pra onde pretendia ir, movendo meus lábios. Por mais que o atraso ali com certeza poderia ter dispersado parte, aquilo ainda devia estar presente, então, seria uma bela explosão. "Mate os que te fazem fugir..." Gesticularia com os lábios. "... Boom?"

[Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) Bec509b4a22a65ad6a2b67ea5fbb7c2a

Com isto eu mesma explodiria ativando o jutsu que eu tinha preparado. Eu não conhecia muito sobre a névoa em si, e, mesmo a decisão de não inalá-la partia das experimentações com Haru e seus venenos, mas, era suposto que aos poucos naquilo o diálogo ela ia se dissipando. Não parecia ter um dano imediato, então, não devia ser um jutsu que causava dano por conta própria, como o próprio jutsu de Haru que dependia da inalação, aquilo dependia de outra coisa. Talvez a bomba em sua mão. Se minha suposição tivesse certa, aquilo podia ser uma espécie de pólvora, e, como tal seria uma criação bélica a qual seria possível esquivar-me com kawarimi. Esperava apenas que fosse o longe o bastante ir numa direção contrária a propagação natural quando usasse o jutsu de substituição e esperava que o homem quisesse colaborar com a brecha que lhe daria pra ele se livrar de suas amarras sejam ela quais forem e me ajudar. Não tenho que pensar tudo sozinha neh?

Esperaria para ver como ele agiria, se ele me interrompesse, na caminhada, lançaria a senbon desde o começo, sem ativá-la de modo que o forçasse a uma ação defensiva em torno dela pelo risco de sua própria explosão, e, do efeito colateral que esta teria por seu próprio jutsu. Apesar de que neste movimento eu não ativaria a explosão e iria recuar alguns passos para pensar mais, me preparando para os seus ataques.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Qua Ago 25, 2021 4:21 pm

the primrose yearns for the warmth of life

Haru sentiu o frio que trincou seus dentes assim que tocou os pés dentro da casa. Mediante ao súbito evento, ela teve a certeza de que não estava só. "É claro que o veneno não atingiria a todos", pensou.

Ela olhou bem ao redor, analisando o cômodo onde foi parar. Ao que parecia, era uma sala de estar, não muito grande, mas com móveis ostensivos espalhados sobre um grande carpete de camurça. Os olhos violeta correram de cima a baixo, e com a devida atenção conseguiria detectar uma câmera de segurança.

Um movimento rápido com o braço e uma agulha riscaria o ar, atravessando a lente do aparelho de monitoramento. "Eles sabem que estou aqui", constatou, ao passo em que sentia o frio consumir mais e mais seu corpo. Sendo uma garota sensível, Haru conseguiria sentir a mudança de temperatura com certa precisão, o bastante para contar o tempo com que o frio aumentava.

"Não é natural. Seria um aparelho ou uma técnica?", ela se questionava. "Um... Yuki?"

Para todos os efeitos, ela sabia que o tempo não estava ao seu favor. A qualquer momento alguém apareceria ali, e ela deveria agir antecipadamente para tirar algum proveito da situação. Então, seguindo esse raciocínio, Haru entrelaçou os dedos e criou um clone.

Em seguida, pegou alguns objetos da casa, como vasos e louças, jogando-os no chão. A duplicata posicionou-se logo no centro da sala, onde permaneceu agachada, fingindo mexer nos cacos espalhados pelo carpete.

No meio dos cacos, abaixo da duplicata, Haru deixaria um selo explosivo oculto.

Enquanto isso, a menina correu para trás de um móvel. Talvez debaixo de uma mesa, dentro de um armário ou atrás de uma cômoda. Seu objetivo era posicionar-se de maneira a ficar escondida, tanto para quem entrasse pela porta ou pela janela.

Haru permaneceria ali, controlando sua respiração, segurando quatro senbons entre os dedos e observando a aproximação de alguém.

O selo explosivo seria acionado quando esse alguém chegasse perto o suficiente do clone. Ele poderia não servir como fonte de dano, mas o que Haru realmente queria com ele era uma distração. Sua real intenção seria acertar as senbons justo na coluna do alvo. As dispararia em sequência, de maneira a criar uma fileira, acertando os nervos e provocando uma paralisia no corpo da vitima.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Qui Set 02, 2021 11:00 am

reviravolta

O DEMÔNIO DE OLHOS VERMELHOS LEVOU a arma a frente do rosto a cada passo que a mulher dava ao se lançar no meio da cortina invisível de gás. A viu desenhar algo com o próprio sangue, como se fizesse a agulha de pincel e o ar de aquarela. Ele respondeu mexendo os lábios de uma forma que não fizesse barulho algum; amigo. Uma singela anuência com um movimento da cabeça quase imperceptível ditou o que se seguiria dali.

　　Parte do peão admirava a ousadia da mulher em não fugir, seu olhar sereno não havia deixado transparecer, mas a garota de sangue havia conquistado seu respeito. Leu os lábios dela com a facilidade que leria um pergaminho escrito a punho e havia compreendido a verdadeira intenção da kunoichi. Num movimento rápido, girou o corpo arremessando a kunai na direção da câmera que filmava o ponto onde os dois lutavam, destroçando-a e acionando a kibaku fūda em seguida. A explosão se intensificou com o gás inflamável e no lugar de seu corpo, um tronco de madeira foi colocado para receber todo o poder das chamas de seu katon.

　　Longe dos olhos do anfitrião, o demônio vermelho arrancou a escuta em seu ouvido e a esmagou com a sola de um dos pés. Os olhos carmesim perscrutaram o terreno em busca da menina dos cabelos turquesa, caminhando em sua direção tão logo a encontrasse. Seus passos eram lentos por entre a fumaça e o cheiro de queimado que tomaram a área externa e fizeram todo o castelo estremecer, despertando cada um dos demônios que o homem guardava.

　　— Amigos. — ele disse em bom tom e com uma voz grave. — Vamos atrás de Koji juntos, lutar sozinha contra aquele homem seria suicídio.

　　Um sopro gélido da noite de inverno dançou por entre os dois, varrendo as palavras e invadindo pela janela onde Haru se escondia do demônio de gelo. A pequena de longos cabelos de azeviche olhava ao redor e podia sentir a presença da verdadeira menina dos olhos violeta, não sendo ludibriada pela réplica e fazendo a temperatura despencar ainda mais no ambiente propositalmente.

　　Silenciosa como a própria morte, uma das mãos se ergueu e se desdobrou numa rápida sequência de selos. Atrás da ninja da Névoa, um espelho gelado se formou, bem como um acima da armadilha preparada como um outro do lado de fora da janela, flutuando longe do alcance das câmeras. Ela sacou quatro agulhas, as prendeu entre os dedos da destra e correu na direção do espelho que se projetava atrás da menina de pele branca como a neve. O movimento fora tão rápido que pareceu ser um vulto rasgando pelo quarto vermelho.

　　A imagem foi projetada na direção do espelho acima da armadilha e o deslocamento fora ainda mais veloz. Desta vez, porém, apanhou Haru com seu braço esquerdo antes de se deslocar outra vez por entre as grandes figuras de gelo. A lente da câmera interna já estava perfurada por uma senbon – e se não estivesse, ficaria embaçada demais para que o anfitrião pudesse ver claramente enquanto degustava de uma boa taça de vinho. O movimento fora tão célere que a explosão sequer teve tempo de atingir as meninas. Uma agulha acionou a kibaku fūda implantada pela kunoichi da Névoa e as outras três destruíram os olhos de Koji na parte de fora da janela.

　　Entraram no último espelho que flutuava no lado externo e então se lançaram de volta para o quintal de grama banhado pela luz prateada da lua. Com a mão direita, sacou o pequeno objeto preto em seu ouvido e apertou com a mão emanando o chakra frio para facilitar a quebra. A voz do inimigo não mais a atormentaria.

　　— Desculpe por te fazer mal. — o tom dela era tão doce quanto o sorriso que oferecia a Haru. — Agora, vamos nos encontrar com os outros. Rápido!

　　A puxaria pelo braço na direção do local que havia combinado com o Uchiha em um plano silencioso. A explosão dentro do castelo serviria para ouriçar ainda mais os “brinquedos” do senhor daquele lugar. Três de seus olhos estavam cegos, mas os olhos da mente eram inabaláveis. Podia sentir as presenças se deslocando e se reunindo onde lutava o demônio de sangue e ali os perderia. É lá que estão, mas algo me bloqueia. Chamou sua atenção quando subitamente três chamas de vida se apagaram e ele perdeu mais olhos ainda.

　　O demônio de ossos, ele sabia e apertou a taça de vinho com força suficiente para fazer o vidro trincar. Ainda restavam dois guardas cujas presenças se encontravam batendo a porta da sala de vigia do anfitrião. Ele respirou fundo, suspirou e pousou sua taça na bandeja do serviçal antes de se levantar. Meneou com a mão direita para que seus campeões o seguissem e seus passos tranquilos o levaram até a porta que um dos peões abriu.

　　— Senhor! — disse o guarda, eufórico e ofegante.

　　— Eu sei, eu sei. — respondeu com desinteresse, passando por entre os dois sobreviventes. — Me acompanhem, teremos nós mesmos que resolver isso.

　　Os cinco retornaram a escadaria de frente para a entrada principal, o senhor do castelo se pondo atrás dos campeões e os guardas a frente destes, ambos empunhando espadas com quatro selos explosivos enrolando a lâmina. Restava esperar que o demônio os alcançasse, ele que deixava um rastro de sangue ainda quente por onde passava, sangue que deslizava de suas duas lâminas de ossos.

　　Um sorriso tomou os lábios de Koji quando viu o afrontoso prisioneiro.

　　— A esta altura, Seshōmaru deve ter eliminado todos do lado de dentro. — diria a mulher gelada assim que encontrasse o homem dos olhos vermelhos. — Me chamo Kanae. — outro sorriso tomava seu semblante, em contraste às suas habilidades mortais.

　　— Já está na hora de derrubarmos este lugar, enfim. — o Uchiha dizia. Os dois certamente tinham um plano, as duas poderiam dizer com facilidade. — Me chamo Izumo. Espero que nos ajudem, este homem está longe de ser um adversário fraco. — os olhos vermelhos confrontavam os de Chi. — Amigos, certo?

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Ter Set 07, 2021 12:36 am

the primrose yearns for the warmth of life

Plot twist. Aquele final inesperado que vem à tona com uma reviravolta do enredo. Justo o que Haru experimentou em milésimos de segundos no cômodo gelado da mansão, em que suas mãos quase não sentiam as agulhas entre os dedos e os pulmões estavam perto de serem congelados pela brisa gélida que só aumentava.

Tudo ocorreu durante um piscar de olhos.

Diante das joias violetas, um vulto atravessou pela janela. Gelo se formou sobre a duplicata, e logo atrás de si a garota da Névoa sentiu o sopro do mais puro frio emanar de repente.

O barulho reconhecível do kibaku fūda, acionado inesperadamente, tapou os ouvidos dela. E depois de fechar os olhos, ela sentiu seu corpo sendo agarrado e puxado. Haru mergulhou no frio que se formara em suas costas, então não sentiu mais nada.

Quando a menina abriu os olhos de novo, já não via mais a mobília luxuosa. Ela estava ao ar livre, no bosque que havia ao redor da mansão. E notou que não estava só, logo a frente havia uma garota de longos cabelos negros — o frio emanava dela.

Haru observou a figura misteriosa, mas antes que pudesse fazer qualquer questionamento, teve seu braço agarrado.

"Ela não parece uma ameaça", pensava Haru, enquanto corria ao lado da mulher. Sua cabeça raciocinava a mil, seguindo seus instintos de sempre tentar entender o que aconteceu. "Como ela pôde ser tão rápida?... Ou melhor, existem muitos ninjas rápidos. Mas como ela conseguiu ser tão certeira?"

Paralelo aos pensamentos de Haru, ambas continuavam correndo até se encontrarem com duas figuras. Chi-sensei estava lá, acompanhada por um homem tão misterioso quanto a mulher de gelo. Não demorou muito para que a pequena entendesse o que estava acontecendo ali, bastou alguns olhares e uma ligeira análise da situação.

— Sou Haru, — disse ela, apresentando-se como os demais.

Uma baforada de fumaça contornou a silhueta falsa da garota e, após se dissipar, devolveu sua verdadeira forma.

— Kanae, você é uma ninja sensorial, certo? — Perguntou Haru, quase que retoricamente, pois essa foi a resposta que encontrou para como a mulher foi certeira em suas ações naquele cômodo. — Já deve reconhecer a assinatura espiritual dele. Preciso que me avise quando ele estiver perto da entrada.

A garota esperaria por uma resposta, e quando tivesse o sinal de Kanae, acionaria sua armadilha. Os dedos pálidos teceriam o selo do tigre, provocando a explosão da bomba instalada no telhado da mansão. Pela proporção da armadilha e sua localização — entre viga e pilar — seria possível que parte da edificação desabasse. É claro que, tratando-se de uma casa grande, ela não despencaria por completo, mas o salão principal seria soterrado.

Distante do bosque e próximo do anfitrião, estava Shiro. A serpente rastejava-se pelos dutos de ar da mansão, procurando por Chi ou Aoi, porém não encontrava nenhuma das duas. Enquanto ela trilhava as tubulações, sempre que possível usava suas presas para cortar os cabos das câmeras que encontrava pelo caminho.

Como um verdadeiro vírus, Shiro rompia os ligamentos de rede e monitoramento da mansão. Seria a serpente capaz de deixar a mansão sem sinal? Isso de certo tiraria qualquer comunicação entre o anfitrião e todos os seus capangas.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Qui Set 09, 2021 11:21 am

Tokubetsu Jonin

Eu gosto de um garoto esperto, isto era demonstrado no toque repetido duas vezes sobre seu ombro após o caos. O fato de destruir o dispositivo em si e o outro na parede, o quão ele conseguiu me acompanhar ao nos desvencilharmos da explosão, tudo isto era respondido com um sorriso confiante e uma feição que quase dizia "parabéns", ainda que ele não conseguisse entender, talvez. - Cara, essa história de amigos é meio cedo... Ia resmungando até que ele tocava em outro assunto mais importante que me interrompia destes pensamentos. - Oras, não se incomode com isto, tenho certeza que você consegue derrotá-lo... Apesar de eu não estar bem sozinha e tals.

Vou falando desfazendo-me também de meu henge para a minha aparência mais "comum", se é que pode chamar-se assim. Haru e uma outra iam chegando, e, cada vez mais eu me sentia mais relaxada, mais próxima de um trabalho em que poderia apenas contemplar sua conclusão. Uma menina de sorte, sim, sim. Mas por que eu sinto que Haru provavelmente espera que eu faça algo? Seria os olhares ou uma intuição misteriosa que transcende os planos entre si? Caros leitores, não ousem pensar que há algum tipo de transgressão aqui. As duas eram... Mais comunicativas, ao que parece. Diziam nome e tudo, não só isto, mas, Haru inclusive dizia seu nome de verdade. Acho que vou repreendê-la depois por sair confiando em alguém que não seja eu tão fácil assim, ainda mais que cedo ou tarde seu nome deve ficar bem conhecido e sua posição mais arriscada como primeira dama ou coisa do tipo.

Ela selava algo, mas, em meio à um bocejo não demonstrava tanta reação. Haru dizia algo sobre ela ser sensorial, o cara perguntava de novo sobre sermos amigos de forma bem insistente, e, bem, o que eu devia fazer? Coço a minha cabeça olhando eles ali conversando, e, penso um pouco sobre aquela coisa de sensorial. - Plantinha cheirosa, você consegue sentir o local onde ele está então neh? Hum... Sem perceber fazia a mesma coisa que Warui fazia comigo quando chamava de "garota de sangue", referenciando-se ao nome de outra forma. - Me aponte onde, e, você consegue fragilizar a parede abaixo de mim entre nós quando eu for disparar? Vocês parecem fortes e tals... Qualquer coisa vou confiar em vocês e tals... Mesmo que tenham sido capturados, pensava secretamente.

Minhas escleras alteravam, um misto sombrio entre a esclera negro avermelhada e os olhos de um rubro consideravelmente mais claros. As asas que saíam eram o suficiente para um pequeno alçar de voo, que, seguindo as instruções que a garota poderia dar de posição, avançaria para ter uma perspectiva de alvo mais nítida, e, de um ponto originalmente mais frágil, mais suscetível ainda após o possível ato de fragilizá-lo vindo da garota. Era muito estranho não termos sido abordadas ainda sem as câmeras, então, confiaria outra vez na falta de acesso de nossos inimigos e o tempo amplo de ação para conforme meu sangue espalhava-se em onda, alcançasse os corpos daqueles que podiam ter sido alcançados pela explosão ou outras causas de morte, quem sabe, até uns certos corpos envenenados não tão distantes? No fim eu não precisava dessa "muleta", mas, era bom poder contar com isto.

O meu inimigo já tinha visto tal, mas, desta vez minha expectativa é que a surpresa estaria mais na direção do ataque que no aspecto visual negro avermelhado dos dragões que formavam-se sobre meus pés, conectando-se com o solo abaixo de mim enquanto flutuo alguns metros acima deste. Não falaria nada daquela posição, nem pensaria que poderia atingir junto de meus inimigos algum aliado dos dois, como eu poderia saber de sua existência quando ninguém me disse nada? Um golpe firme de três cabeças que visaria o dono daquele local através das paredes e arruinar também o próprio castelo em si. Não queria destruí-lo por completo, pelo quão robusto era em minha última visita, isto não devia acontecer apenas por um rombo e o dano não devia espalhar-se em cascata junto do cômodo focado.

Seja qual fosse o resultado, pousaria sentada sobre uma das cabeças imóveis do dragão bocejando. - O resto é com vocês eu acho. Apesar disto eu não desfazia a técnica, sentada, atenta, observando os danos do meu ataque, e, preparada com as demais cabeças que me cercam para defender-me se necessário. Eu poderia me considerar um pouco "baddass" naquela cena? Talvez, mas, uma pena que Hoshi sequer esteja aqui para me admirar naquele momento tão egocêntrico e "enérgico", se é que é possível descrever isto sobre alguém lutando parte de um combate sentada.

[Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) 1149587

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Sex Set 10, 2021 7:43 pm

la distancia para un duelo

KANAE EM MOMENTO ALGUM RELUTOU EM AJUDAR, anuindo quando Haru questionou sobre a mesma ser um tipo sensorial. Ela mergulhou nos grandes orbes violetas com seus dois grandes olhos negros como a noite.

　　— Koji não está se mexendo, mas parece haver três pessoas lutando.

　　— Não tenha dúvidas de que Seshōmaru está enfrentando os campeões sozinho. — o Uchiha completou, ainda que não tivessem lhe dirigido a palavra.

　　— Ele está no saguão principal, uns quinze metros da porta eu diria. — o demônio de gelo explicou, passando então a ser uma espectadora ao lado do Uchiha.

　　Chi teve seu corpo moldado pela marca amaldiçoada e ganhou asas que a lançaram quinze metros acima do chão enquanto a pequena dos olhos lilases uniu as mãos num único selo para ativar a armadilha que havia colocado previamente no teto do castelo de Koji. O primeiro impacto fez com que os olhos dos campeões e do demônio de ossos corressem para a direção que estremeceu.

　　Num movimento ágil, Seshōmaru se desvencilhou dos dois formidáveis adversários que caiam sobre si alguns minutos antes. Sentiu-se um tanto aliviado com o assalto, sua respiração já estava mais ofegante do que gostaria e sequer havia causado um único ferimento em algum dos dois homens de fé de Koji, o anfitrião. Ele se lançou na direção do corredor onde os prisioneiros especiais descansavam, destruindo cada uma das portas com golpes rápidos de suas lâminas gêmeas de ossos.

　　Olhando o cenário do alto, Koji via os corpos de dois de seus guardas estatelados sob poças de sangue sem que conseguissem acionar os selos explosivos em suas espadas. Patéticos, ele começava a deixar toda a cortesia de lado enquanto via seus negócios ruírem. Parte de si tinha certeza de que era questão de tempo até que sua morada fosse abaixo, mas ele não deixaria que o preço de sangue não fosse pago. Num movimento rápido, ele atirou as duas katanas contra a porta e acionou os oito selos após infundir o próprio chakra e o segundo impacto na construção fora obra sua.

　　A madeira estilhaçou de dentro para fora e em meio a densa cortina de fumaça, fuligem, serragem e brasas, três vultos escaparam e vislumbraram os dragões vermelhos se chocando contra a estrutura da mansão. A parte de cima desabava com o terceiro impacto, o segundo na região superior e os olhos azuis, outrora plácidos, transbordavam revolta.

　　O loiro pode sentir cada uma das chamas de energia escapando pela lateral da residência de onde era o corredor de suas mercadorias e todos eles se embrenhavam na relva. O cenho franziu em uma fúria que ele falhou em conter, respirou fundo e suspirou antes de aplaudir seus inimigos e chamar a atenção de cada um deles para si.

　　— Seshōmaru da mesma forma que me traiu, traiu a vocês. — ele dizia, percebendo que ainda era incapaz de detectar a assinatura de chakra de Chi mesmo ante ao grande dragão de sangue que já havia visto em uma outra visita. — Não posso dizer que estou surpreso em vê-la de novo por aqui, a Névoa é realmente irritante. E vocês, Kanae e Izumo, confesso que estou decepcionado.

　　— Prisioneiros se voltando contra quem os aprisionou por tanto tempo contra suas vontades, realmente, quem iria imaginar? — era a voz do Uchiha, cujos olhos brilharam no rubro sangue e apertaram-se numa expressão afiada.

　　Os campeões deram dois passos adiante.

　　O anfitrião fez seu corpo afundar na terra e seus peões que ainda restavam mantinham uma distância de vinte metros para a casa que tinha parte de sua estrutrura tombada. Cada um dos prisioneiros havia sido libertado e o demônio de ossos uniu-se a fuga. Restava a Chi, Haru, Izumo e Kanae decidirem se fugiriam também ou se iriam dar cabo de Koji e seus dois últimos demônios: o da Água e do Fogo.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Seg Set 13, 2021 10:51 am

the primrose yearns for the warmth of life

Depois da poeira, houve o vislumbre da imagem de Koji e de seus demônios.

Ele era loiro dos olhos azuis, e carregava traços juvenis em um semblante quase tão apático quanto o de Haru — a sutil diferença entre os dois estava no olhar vazio da garota e no perverso do rapaz.

Haru também perscrutou os dois demônios. Eles manifestavam arquétipos de dualidade, água e fogo, com trajes de cores típicas e símbolos de cada elemento. Ambos com feições impassíveis o bastante para que o clima de tensão se erguesse no ar. A lealdade deles era nítida. Não trairiam o anfitrião.

Em um primeiro momento, Haru se manteve inerte, observando as farpas trocadas de um lado para o outro. Até que uma fala de Koji despertou sua atenção.

"Ele está surpreso em vê-la? Mas não é ele que detém o ápice da habilidade sensorial?", questionou ela, confusa. Então um curta metragem passou na mente da pequena, visualizando os momentos da missão até o presente instante. "De fato, Koji não notou Chi até agora. E essa não foi a primeira vez que me questionei quanto a isso. Mas o que será então?"

Ela continuou raciocinando, cruzando várias ideias para achar alguma resposta cabível. "Quando eu estava sozinha, Kanae foi capaz de me rastrear. Pode ser que Chi tenha feito algo. Mas se ela tivesse alguma maneira de bloquear o sensor dele, teria me dito. Será que ela o fez inconsciente?". Aos poucos seu pensamento tomava forma, mas a resposta ainda parecia distante.

De relance, Haru fitou a tecelã. Nesse momento, ela se deu conta de algo que ambas estavam carregando desde o navio. Os olhos violeta brilharam.

— Kanae, você consegue senti-la? — Perguntou Haru, indicando Chi com o olhar.

Por poucos segundos a mulher gelada se concentrou. — Não, é estranho... — concluiu Kanae.

Era a resposta que a pequena precisava. "É isso. Aoi inibe habilidades sensoriais", constatou Haru, olhando para o cesto que fora entregue para Chi. Quando voltou os olhos para os oponentes, viu Koji desaparecer no campo, mergulhando na terra como se fosse um rio. O que significava que a luta estava prestes a começar.

A fim de não perder mais tempo, ela correu em direção à tecelã.

— O cesto!

Haru tinha um plano, porém estava ciente de que assim que o cesto fosse para suas mãos, Koji notaria o chakra de Chi aparecer e o seu sumir. Ele poderia não entender exatamente o que estava acontecendo, e Haru buscaria agilidade para não dar brecha para que ele entendesse.

Em uma sutil troca de olhares, os violetas de Haru comunicaram aos castanhos de Kanae que o alvo seria o demônio de água. Então a garota rapidamente sacaria quatro senbons, contidas entre os dedos, e as arremessaria em direção ao alvo marcado.

Em seguida, os pequenos dedos pálidos se juntariam no selo do tigre. Névoa começaria a surgir, envolvendo o campo e delimitando duas áreas de combate: a coberta, com Haru, Kanae e o demônio da água; e a livre, com Chi, Izumo e o demônio de fogo.

A névoa que se ergueria seria densa o suficiente para que não fosse possível enxergar nem um palmo a frente. Kanae conseguiria se nortear através do kanchi, mas o demônio da água e a própria Haru estariam entregues à cegueira branca.

A mulher gelada também entrelaçaria os dedos, aproveitando-se da umidade do nevoeiro para reproduzir a técnica assinatura do seu clã: os famosos espelhos de gelo. Ao todo, dois seriam formados. O primeiro logo atrás de suas costas e o segundo cerca de dois metros acima da cabeça do alvo. Assim, de um espelho ao outro, Kanae chegaria ao demônio rapidamente, pronta para atacar com uma saraivada de agulhas.

Enquanto isso, Haru não deixaria de agir. Dos seus dedos ela puxaria fios quase invisíveis, tensionando o rastro que deixou com o seu primeiro ataque de senbons. Cuidadosamente ela percorreria o caminho dentro da névoa, até aproximar-se do alvo.

Ela imaginava que a probabilidade do ataque de Kanae ser efetivo seria baixa, mesmo com muitos fatores a favor. Afinal, um dos campeões de Koji não seria abatido tão facilmente. Havia determinação em não subestimá-lo. Mas como ele poderia se defender? Com uma técnica? Ele teria tempo suficiente de reação para realizar os selos necessários para isso? Resta então se esquivar?

Haru apostou na alternativa de que o alvo recuaria, nem que fosse alguns passos só para se esquivar das primeiras agulhas de Kanae e conseguir tempo para realizar uma técnica. À vista disso, seu próximo passo seria calcular a estimativa de onde ele se posicionaria.

"Estávamos a cerca de vinte metros de distância um do outro. Kanae consegue se deslocar em segundos. Seus ataques o farão recuar para o centro, pois não faria sentido algum ela tentar expulsá-lo da área coberta...", pensava ela. "Uma distância de quinze metros me parece boa."

Alcançando os quinze metros em linha reta, Haru instalaria uma armadilha. Dois selos explosivos junto de cinco agulhas seriam anexados à grama. Então, ela recuaria para que, caso tenha sucesso, a explosão não a atinja.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Seg Set 13, 2021 1:26 pm

Tokubetsu Jonin

Que discussão mais fútil iniciava-se ali na frente do local parcialmente devastado. O loirinho ia falando algo sobre sermos traídos, mas, pela descrição da tal sensitiva haviam mais pessoas, e, não estando ali, elas foram mortas. Não consigo julgar o cara que já matou dois ir embora, eu nem fiz isso, e, pela minhas contas de pessoa quase gostaria de deixar o trabalho para os demais já que tipo, sobraram três para três. Ele também vem todo chororô para cima de mim como se eu tivesse algum tipo de satisfação à dar. - Você fala de mais, minhas orelhas doem... Aperto os olhos um tanto descontente.

O uchiha fazia uma certa "piada" também? Olha, ele tem algum senso de humor mesmo no ódio. Fofo. O anfitrião afundava na terra como uma bela topeira, uma toupeira estrela loira. Combina certo? Restavam então os dois campeões como alvos em maior evidência, apesar de claro, não descuidar-me daquele abaixo de nós por nenhum momento. Haru pedia o cesto, e, pela ideia que tinha podia ponderar algumas coisas no calor do momento. Tanto faz. Penso por um instante, mas, retruco com uma fala singela quando estou prestes a jogá-la. Preciso de... Um pouco de veneno aqui! Meu dedo aponta para um dos dragões que faz a trajetória com o cesto na boca para entregar-lhe um pouco abaixo. Queria que ela cuspisse veneno na boca deste que abria-se diante dela para contaminar o sangue ali.

O movimento seria ágil para evitar que se espalhasse de mais, rodeando abaixo com a cabeça do dragão desfazendo-se afim de umedecer todo o solo abaixo de mim e dos dragões com sangue deixando-o barrento, e, além disso venenoso. Isso limitaria aproximações do campeão, e, complicaria bastante um ataque surpresa daquele que estaria possivelmente abaixo de nós. Ele parecia muito bravinho para fugir, ou, talvez eu esteja errada. - Sobe aqui kabunzinho. Com outra das cabeças suspenderia o ninja com olhos vermelhos como os meus e seus três tomoes. Um uchiha. A técnica de antes podia se misturar com a névoa que formava-se do outro lado, então, aquilo não parecia tão boa ideia. - Consegue fazer um ataque grande e focado neh? Não tenho tempo para ficar desperdiçando com um cara que eu já derrotei. Explode ele para mim, vai, eu vou te dar algum suporte.

Como eu disse faria, guiando duas das cabeças para avançarem lateralmente ao homem que restou a mim, mas, sem atingí-lo de fato, estando cada uma em torno de quatro metros a esquerda e a direita. Uma destas cabeças negro avermelhadas inclusive servia de contenção para evitar a vazão de chamas na direção da dupla de garotas. Uma terceira ia acima, triangulando, e, assim, buscando obstruir todas as rotas como uma grande "fornalha" de sangue. O homem que também parecia bastante intenso por ter comprado a minha tática de antes, novamente vinha mostrando que gostava de táticas ousadas. Um faisão de fogo parecia formar-se diante de si, avançando, se, com sucesso, por dentro da rota criada pelas cabeças para explodir o homem pressionado contra o castelo em desastre atrás de si.

Uma outra cabeça nos protegeria caso a explosão ricocheteasse longe o suficiente para nos alcançar novamente, e, não deixaria de estar alerta considerando que talvez o homem tivesse formas de escapar, ou, ainda poderia ter algo escondido na manga. Eu não tinha muito tempo para continuar lutando à toda, então, precisava como da outra vez acabar com pelo menos aquele combate de forma imediata. As cabeças, ou, o que sobrasse delas em estado de regeneração com a explosão naturalmente também voltariam seu ataque para dentro todas as quatro buscando finalizar o serviço começado pelo homem que tinha olhos quase tão bons quanto os meus, e, poderia também antecipar algo de útil quando fosse agir para evitar imprevistos.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Ter Set 14, 2021 4:17 pm

climax

O CONFRONTO ENTRE OS DEMÔNIOS E AS KUNOICHIS TINHA TEMPERATURAS DISTINTAS, literalmente. Em uma área do campo de batalha, estava o frio arrebatador que trazia Kanae e sua presença aliada à menina dos olhos violeta, defrontando o demônio que era capaz de fazer a água dançar. No outro lado, o dragão vermelho de sangue que Chi trouxera a campo se unia ao demônio de olhos vermelhos que também domava e como poucos as chamas, mas estavam a frente de um mestre na arte. Sob os pés de cada um deles, como um expectador perigoso, Koji usava sua mente perversa e afiada como navalha para dar o devido suporte aos seus campões.

　　Não era somente o lado inimigo que contava com um gênio, porém.

　　Haru escondia por trás do doce semblante a mente brilhante que em nada devia ao anfitrião, talvez o que os separasse fosse a experiência. Suas suspeitas puderam ser confirmadas quando a demônio de gelo lhe disse que não conseguia sentir a presença da sensei e um plano começou a ser colocado em prática, naquela pequena porção de segundos que tivera para elaborar e executar, quiçá não tendo tempo suficiente para ponderar possíveis erros e aparar arestas. Um confronto não lhe permitiria tanto.

　　Aoi voltou para a chunin e Koji sentiu uma chama de energia desaparecer e outra reaparecer, espalhada na forma do grande dragão vermelho. Entendo, conseguia sentir as vibrações dos pés sobre a terra, mas ainda era incapaz de sentir a presença de Haru e permaneceu oculto esperando melhor momento para lançar-se ao assalto. A paciência era uma de suas virtudes, aliada às suas habilidades, restava-lhe pouco tempo para revelar-se um adversário formidável.

　　Violeta, como a Sombra costuma chamá-la, lançou quatro agulhas contra o demônio que não teve dificuldades em desviar, mas mesmo ele estranhou ter sido fácil demais – teria sido ele de fato o alvo? O corpo frágil da menina mostrava que era ágil também, dando pouco tempo ao inimigo para refletir, tirando-lhe o brilho da visão com um véu de bruma densa e úmida, mas aquilo o fez sorrir. As mãos uniram-se em selos sem que pudesse ver qualquer ação de suas antagonistas, mas confiava cegamente que não lutaria sozinho. Tomou para si uma pequena porção do nevoeiro, moldando a água ao infundir seu chakra elemental, aglomerando diversas partículas espaçadas para formar um escudo líquido sobre sua cabeça, às costas, a sua frente e nas laterais.

　　Kanae avançava com seus espelhos de gelo, tendo o campeão ainda completamente cego, apenas esperando o impacto de qualquer que fosse o ataque; o contato seria seu gatilho para que pudesse estar situado da posição de suas presas. Koji rastejou por baixo da terra, onde sentia as vibrações dos pés daquela que ele sequer podia sentir a energia se movendo lentamente. Ele tomou em suas mãos a armadilha montada com papéis bomba, a puxando para baixo do solo, levando sorrateiramente os dois selos explosivos para sob os pés da kunoichi de olhos lilases enquanto esta ainda estivesse cega pela própria técnica.

　　As senbons de Kanae pararam no estudo de água, tendo sua velocidade freada e o som dos finíssimos objetos caindo foi abafado pela grama fofa. Os dedos dele se entrelaçaram outra vez, agora tomando posse de toda a água espalhada por Haru com seu ninjutsu ao lançar o poderoso chakra suiton em cada partícula. A umidade desenhou-se em forma de um vórtice que cercou homem e revelou as posições das kunoichis, erguendo-se um grande pilar que rugia como a queda de uma cachoeira. Quando a água despencou, fora como uma grande onda que rebentaria para todos os lados, buscando dissipar o nevoeiro e atingir suas inimigas conferindo-lhe uma pequena vantagem, mas um contragolpe que também lhe tiraria a visão por alguns segundos.

　　O que fará a pequena violeta?

　　Onde o cenário fervia, o campeão de fogo via suas opções de saída praticamente minadas pelos dragões, só lhe restava tentar cair causando problemas também. Seus dedos desenharam selos antes de fazer seu poder dançar à sua volta como um escudo. As chamas do Uchiha queimavam violentas contra as chamas do vórtex flamejante que blindava o campeão, que não conseguiria, porém, conter a força dos dragões de sangue – mais uma vez.

　　Ele mirou o ataque naquela por quem ainda guardava algum rancor, um desejo incontido de revanche, mas viu sua última tentativa ser devorada por uma das cabeças da grande hidra vermelha, esta que fora despedaçada. Chi, por sua vez, estava intacta. O demônio de fogo tentava manter-se de pé a todo custo, mas o corpo tremia com os danos que havia sofrido. Antes que pudessem conferir-lhe o golpe final, Koji o puxou para baixo da terra e o levou até um canto seguro para além do portão de entrada do que um dia havia sido o jardim da frente de seu castelo.

　　— Basta para você, não posso permitir que morra. — a voz dele era branda e o campeão anuiu com toda a sua obediência. — Se as coisas piorarem, vocês dois fogem.

　　O corpo do homem tomou a cor e a forma de uma rocha brilhante após alguns ins, dura como diamante. Caminhou imponente na direção de Chi e Izumo, unindo as mãos em selos mais uma vez e seu chakra reagiu com o solo onde os dois pisavam. Um grande lamaçal tomou forma, como se estivessem num pântano e não um terreno de grama. Os pés do Uchiha e da Haruno começariam a afundar dentro de poucos segundos, os deixando presos e mesmo o dragão de sangue também estaria à mercê do ataque.

　　Koji sacou sua enorme espada presa às costas.
　　— Vocês me deixaram animado. Obrigado por isso.
　　A raiva velada em excitação o definia.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Qui Set 16, 2021 1:20 pm

the primrose yearns for the warmth of life

A tensão sob a névoa fazia a respiração de Haru ofegar. Havia um clima de ameaça constante que inundava o cenário branco, impregnando-se mais do que o próprio nevoeiro. Sem visão. Sem barulho. Sem explosão. Sem qualquer indício de ataque. O que estava acontecendo enquanto os olhos violeta não enxergavam nada além do véu lívido?

Com dezenas de pensamentos cruzando sua mente, Haru hesitou. Ela deu um passo para trás, e seu pé escorregou em algo estranho. Não era a grama fofa que atapetava o solo. A menina se abaixou e, através do tato, identificou o que estava abaixo de seus pés: a armadilha que havia preparado para o demônio de água.

Um suspiro resvalou dos lábios entreabertos. A estratégia não havia dado certo. Apesar de que os selos explosivos só acionariam com seu chakra, algo no cenário mudou, realocando os espaços cuidadosamente traçados na mente atinada de Haru. Ou seria alguém? Certamente Koji estaria por trás disso, era o que a pequena imaginava.

Em um ato repentino, os dedos pálidos se encontraram causando a dissipação da névoa. Os olhos violeta reouveram o cenário, possibilitando o vislumbre catastrófico de água e gelo.

No ínterim da violeta, ainda na névoa, Kanae notava que seu ataque não surtira efeito. Ela sentiu a energia do demônio se alastrar, borbulhando ferozmente em uma expansão que traria a fúria da natureza para o campo de batalha. Em uma tentativa de contê-lo, os dedos da mulher gelada se cruzaram em um selo específico. Mais gelo se formou e uma redoma de espelhos foi criada em torno do alvo.

Haru viu os diversos espelhos que cercavam o demônio, e a impetuosidade das ondas que enxurravam do interior, colidindo abruptamente contra as paredes da redoma glacial. A cúpula não era vedada, ela possuía arestas vazias entre os espelhos, o que permitia a água escapar. Mas o fluxo das ondas era tamanho que a maior parte se continha dentro do gelo.

"A vazão é muito menor que o fluxo", constatou Haru. "Isso quer dizer que dentro de algum tempo, seja enquanto os espelhos resistirem ou a água fluir, o demônio está preso em um aquário". Não haviam informações suficientes para que a garota realizasse o cálculo de quanto tempo a situação de aquário duraria, mas isso não seria necessário.

Haru correu alguns passos para frente, garantindo impulso para saltar. E, no ar, ela contraiu os pulmões e despejou uma nuvem tóxica contra a cúpula. Uma toxina debilitante, capaz de enfraquecer e até desmaiar a vitima, enquanto ataca seus órgãos vitais. O veneno contaminaria a água que estava contida e o demônio que estaria preso lá dentro.

Enquanto a nuvem roxa era expelida dentre os lábios de Haru, em um relance de olhos ela espiou o que acontecia na luta ao lado. A situação em que Chi e Izumo se encontravam era igualmente caótica. Porém, o demônio de fogo estava fora da vista. O que haveria acontecido com ele? Nos poucos segundos que durou o relance, Haru não perdeu tempo tentando buscá-lo na paisagem. Koji emergira e estava no meio de um avanço.

Haru fechou a boca, interrompendo a continuidade da técnica venenosa. Então virou o rosto e soprou o resto da toxina na direção do oponente mor.

Fora os ataques peçonhentos, a garota esperaria alguma resposta preparando a técnica de substituição, deixando como alvo da troca a armadilha que havia preparado.

HP: 220/220 | CH: 150/220 | ST: 01/04 | SA: 190/190

Considerações:

❀ Ficha no perfil.

Shiro:
❀ É uma pequena cobra albina, a companheira de Haru;
❀ Seu efeito é meramente narrativo;
❀ Referência (imagem).

Objetivos:
❀ Realizar 2 Missões Rank A.

Tempos e Valores:
❀ 50% de desconto de CH pelo Mestre em Controle de Chakra;
❀ 1 de ST usado para o uso de Dokugiri;
❀ 20 de CH usado para o uso de Dokugiri.

Equipamentos:

Técnicas Usadas - Haru:

Técnicas Usadas - Kanae:

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Sex Set 17, 2021 1:59 pm

Tokubetsu Jonin

E pela segunda vez diante meus olhos o homem era salvo por seu líder. Sua visão sobre as pessoas parecia ser complicada, talvez, como a minha. O valor de pessoas em sua visão parecia bem diferente, destoando de um psicopata por sensibilizar-se por seus próximos como eu mesma deslizo os olhos na direção de Haru vez ou outra com certa preocupação. Ele retorna, e, com uma postura bem estranho. Raiva, ânimo, parecia um misto disso tudo em sua pele sutilmente cintilante, apesar de eu não entender tão bem o motivo.

Sinto o dragão ceder um pouco para baixo em seu peso, me equilibrando em um sutil movimento de minhas asas para manter o balanço ali em cima. Uma lamaçal grandioso surgia ao mesmo tempo que as cabeças já iam regenerando-se. Enquanto aquela técnica tinha seu ponto alto no quão ela era durável por sua alta capacidade regenerativa que também lhe tornava versátil, por outro lado, meu chakra exauria-se cada vez mais me fazendo sentir um certo calafrio, ponderando a melhor forma de prosseguir naquele combate. Realmente gostaria de acabar rapidamente, porém, era um homem bastante complicado de lidar. Um selo simples, rápido, e, enquanto um nevoeiro desfazia-se, outro começava a ser criado bem quando Haru parecia fazer seu movimento. - Cubra a boca foguinho...

Me concentro para criar a maior densidade de umidade enquanto que evitaria propagá-lo tão longe que chegaria a atrapalhar a menina de gelo. Havia uma razão mais clara que era espalhar o veneno mais rapidamente no ambiente ao misturá-lo a outra névoa, nublando ainda a percepção clara de zonas com maior concentração, apesar de estas serem naturalmente no local onde o homem alvo estava. Enquanto eu também ia perdendo a visão do homem memorizo sua posição, mergulhando duas cabeças no lamaçal de sangue. Talvez ele não conheça tão bem minha técnica quanto pareceu, ou, talvez só não seja tão inteligente. Desmaterializo uma das cabeças na água que compõe o lamaçal, aumentando sua concentração férrea, e, assim como já havia feito com um rio anteriormente, assumindo de certa forma o controle dali para usar a própria liga de sangue e terra como eixo de sustentação contínua.

Isso também serviria para nublar o movimento de uma das cabeças que, diferente da primeira, não desfazer-se ia. Ao contrário, avançaria rasteira, abrindo espaço no terreno fragilizado buscando um ataque ascendente rápido por baixo de sua posição original com a boca bem aberta. A intenção era erguê-lo acima da névoa, onde a bruma era mais rala. - Hey foguinho, acaba com isso! Se tivesse sucesso em levantá-lo, buscaria restringir sua movimentação tentando mantê-lo preso na boca do dragão. O homem então erguendo suas mãos em seus selos, lançava uma estrutura de fogo que tentaria reunir-se ao redor do homem, buscando cercá-lo e também a cabeça do dragão, unindo-se para formarem um forno de calor e pressão infernal. Se eu soubesse sobre seu jutsu, deveria fazer uma piada sobre estarmos fazendo tijolos? Bem, como não sabia tudo que pensava era em matar logo o homem antes que meu gás acabasse.

De um jeito ou de outro, arfante, começaria a desfazer a bruma, respirando com certa dificuldade, quase em meu limite. O homem de fogo ali, o tal do demônio vermelho vinha na minha direção por cima da cabeça dos dragões aparentemente para tentar me ajudar, mas eu mesma não sabia ao certo quanto gás ele ainda tinha. E, se aquele toque em que parecia que ele ia me auxiliar com chakra seria uma boa ideia, ou, até necessário. Se nosso combo tivesse dado certo, ia preferir apenas descansar dali em diante. - Diz que morreu desgraçado, chatura da p*rra. Resmungo.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Seg Set 20, 2021 4:53 pm

la victoria

A SINCRONIA DA KUNOICHI DOS OLHOS VIOLETA E DO DEMÔNIO DE GELO era tamanha que parecia que ambas nasceram para lutar juntas. Antes que o assalto do demônio de água pudesse ser finalizado, Kanae usou sua linhagem com maestria refinada e moldou um pequeno domo de espelhos de gelo ao redor de toda a enorme massa de suiton levantada; o feitiço usado contra o feiticeiro. Não havia muitos pontos para escoamento e uma grande banheira gelada se formou, aos poucos as partículas de água se resfriando tanto que começaram a fechar quase por completo a prisão de espelhos.

　　Haru foi ágil e inteligente ao soprar seu veneno para que se mesclasse ao líquido, pois no momento em que o campeão buscou ar para respirar, inalou a técnica e decretou sua derrota sem sequer perceber. Enquanto tentava prender a respiração, ele começava a sentir cada vez menos partes do corpo e seu fôlego esvaia ainda mais rápido do que esperava. A visão ficou preta antes mesmo de ele conseguir subir de novo para tomar mais ar e seu corpo afundou. Quando a última gota se espalhou pela grama por entre as frestas do domo de gelo de Kanae, estava o corpo com pulsos fracos estirado ao chão, desacordado e não apresentando mais nenhum perigo para a equipe.

　　Violeta, porém, sabia que não havia terminado.

　　Chi e Izumo enfrentavam Koji, que não parecia de fato disposto a entrar em um combate até a morte, ele sabia que era uma batalha que não poderia vencer. Seus olhos petrificados correram na direção do seu outro campeão abatido e só lhe restava segurar o impacto dos ataques que viriam, para então tentar salvar seu último homem leal. Ele armou a guarda com a grande espada em mãos quando viu o nevoeiro cegá-lo. Em meio à bruma, a cor roxa lhe traduzia grandes problemas.

　　A Névoa tem criaturas interessantes também, o primeiro impacto estalou contra sua espada. Sentiu os pés firmarem contra uma superfície pontiaguda e, ao mesmo tempo, viscosa. Julgou a enorme massa de chakra contida e teve certeza: é aquele maldito dragão de sangue. Seu corpo foi lançado ao alto, o colocando frente a frente contra a chama de seu demônio vermelho, cujos olhos frios e furiosos pareciam desejar por aquela oportunidade há muito tempo. O show de labaredas e sangue estourou contra o corpo blindado pela terra, que se chocou com violência no chão ainda encoberto pelo fino véu branco e ele viu ali a sua oportunidade.

　　Colou no cabo de sua espada dois selos explosivos. O pouco que lhe restava de energia precisaria ser bem usado, o levando a afundar sem que nenhum deles pudesse ver. Kanae poderá sentir, obviamente, Koji navegou na direção de seu campeão abatido no domo de gelo e o puxou para junto de si, deixando no lugar, oculto abaixo da superfície, mais dois papéis bombas para o caso de alguém tentar se aproximar. Ele emergiria ao lado de onde deixou o campeão de fogo, para além dos portões de seu jardim externo, também desacordado.

　　As mãos se uniram num único selo e seu chakra fez o último serviço acionando os explosivos. O som seria o sinal que precisaria ouvir antes de disparar mata adentro carregando os companheiros leais com sua força descomunal. A pele de pedra cedeu a verdadeira forma, revelando um semblante ofegante e abatido. Seus olhos antes vibrantes e confiantes denunciavam um homem em seus limites. Arfava enquanto corria, mas buscava o quanto antes se afastar para ter um abrigo longe do combate. Usava de uma outra habilidade que tinha para esconder a chama de sua energia assim como a dos campeões, sabia que o demônio de gelo seria capaz de encontrá-lo se não o fizesse.

　　Seus negócios haviam afundado.
　　A Névoa havia triunfado.
　　Só lhe restava a vida, quiçá um recomeço.
　　Teria a história de Koji terminado?

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Ter Set 21, 2021 9:11 am

the primrose yearns for the warmth of life

Depois da névoa e do gelo se dissiparem, sobrou apenas os rastros de um combate violento. Não havia sinal de Koji e seus demônios. Eles desapareceram do cenário, provavelmente por baixo da terra.

— Eu não sinto mais o chakra deles, — disse Kanae, aproximando-se de Haru. — Koji deve ter suprimido as energias.

Haru respirou fundo, deixando escapar um suspiro e balançou a cabeça. — Acho que não é problema. Alcançamos o objetivo da missão, por fim aos negócios dele.

Depois da atmosfera de tensão, a garota-violeta recobrava os sentidos junto ao fôlego como se tivesse passado horas sem respirar direito. Então ela caminhou na direção da dupla de sangue e fogo, mantendo uma distância segura do lamaçal.

— Chi-sensei, Izumo, — disse Haru. — Vocês estão bem?

Aparentemente, estavam todos bem. Não havia nenhum sinal de ferimentos, no máximo alguns cortes e pancadas superficiais. Porém, fazer essa pergunta seria quase como uma obrigação para uma iryōnin.

Enquanto os ninjas conversavam, a pequena serpente albina, que estava sumida até então, apareceu. Ela saiu do bosque, rastejando-se dentre o gramado até encontrar sua companheira. Haru notou a aproximação de sua amiga, percebendo o movimento do vulto albino dobrando a grama.

Um sorriso brincou nos lábios da menina. E, quando ela se agachou para pegar a serpente, logo viu que sob as presas havia uma erva branca.

— Shiro, sabia que estaria bem, — disse Haru. — Trouxe isso pra mim?

O silvar da serpente indicava um sim que era nítido aos ouvidos da garota. Ela apanhou a erva e começou a analisá-la.

— Um lírio-do-vale, — concluiu. Haru estava diante de uma planta altamente venenosa. — Chi-sensei, pelo visto há ervas interessantes nesse bosque. Você me ajudaria a colher algumas?

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Ter Set 21, 2021 10:24 am

Tokubetsu Jonin

E ele fugiu, com o rabo entre as pernas e uma vontade peculiar de salvar aqueles dois. - Pessoas são mesmo estranhas... Balbucio calmamente enquanto o dragão de sangue desfazia-se em um lago lamacento de sangue, não antes de apoiar o homem que me auxiliou em uma zona mais segura e seca. Eu pousava logo atrás, com minhas asas ainda abertas e a esclera escura tão característica, misturada ao Ketsuryugan. - Eu to exausta, e, não acho que vale a pena ir atrás deles. Falo balançando os ombros. - Esse lugar ruir era o importante, e, bem, é um monte de escombros agora.

Haru pergunta se estou bem de forma atenciosa, mas, quando estava ali para falar que um colo iria me salvar do caos, surge a pequena serpente carregando algo com ela. Só uma cobra para tirar minha paz com aquela proposta suntuosa, despertando o interesse da garota por mais ação e mais cansaço, bem quando ia convencendo o tal Izumo que era melhor não seguirmos o loiro falsificado egocêntrico. Não é possível. Resmungo mentalmente, erguendo minha cabeça ao céu em clamor a minha deusa tecelã, não que ela fosse fazer muita coisa por algo tão trivial.

"Amigo". A palavra me vem como um flash na mente, me fazendo olhar na direção de Izumo sadicamente. - Amigão! Vou até ele com os dedos entrelaçados. - Nossa, eu to tãaaao cansada, usar aqueles dragões como escudo pra nos proteger daquele fogo todo, explodinho a pobre cabecinha... Nossa. Mas eu tenho que ajudar, neh... Será que você não consegue fazer essa para mim? Seus olhos certamente são incríveis pra isso, melhores que os meus e eu estou tão tonta para ver essas coisas pequenas... Com isso, ia colocando o demônio de sangue para trabalhar como o demônio coletor de ervas enquanto eu ficaria aguardando com a menina de gelo. - Hey, posso deitar no seu colo? Deve ser fresquinho. Pergunto a mesma, neste ponto já em meu estado mais natural.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Ter Set 21, 2021 2:15 pm

gracias

AS BATALHAS NO PAÍS DA LUA CHEGAVAM AO FIM com a fuga bem-sucedida de Koji e seus campeões, pouco importando o que seria daquele homem dali em diante. Seus negócios haviam ruído como a Névoa se propôs a fazer e cada um dos prisioneiros especiais havia sido libertado pelas ações da dupla de sangue e violeta. Shiro ressurgiu com um lírio do vale entre suas presas e Aoi se interessou pela curiosa erva branca como leite e delicada, mas com um veneno poderoso.

　　A criatura se remexeu na cesta e flutuou ao lado de Haru na busca por ervas e Izumo não contestou o pedido de sua “amiga” – muito embora quando ela falasse lhe soasse um tanto estranho. O Uchiha não negava que só haviam vencido o anfitrião por terem unido forças, ele sozinho jamais seria capaz, tampouco Kanae, que ficou para trás com a tecelã deitada em seu colo, passando os finos dedos por entre os belos e encaracolados cabelos azul turquesa.

　　— Terminando aqui, eu e Kanae iremos partir. — disse o rapaz a pequena kunoichi enquanto procurava por ervas guiado pela pequena cobra albina. — Sugiro que retornem o quanto antes para a Névoa, nós nos encarregaremos de comunicar ao líder de Getsugakure no Sato que estão livres de Koji.

　　A cada erva coletada, ele, Aoi e Shiro levavam para o cesto onde a pequena criatura azul foi escondida durante toda a viagem.

　　— De todo modo, os outros iriam fazer a mensagem chegar também.

　　O rapaz correu os grandes olhos de azeviche na direção dos orbes lilases da pequena. Uma brisa carregou o doce cheiro das flores para perto de onde Kanae e Chi se encontravam, num mergulho do demônio de gelo naquela beleza disforme que eram as írises da tecelã. Um sorriso torceu-se suavemente nos lábios finos da mulher.

　　— Obrigado. — eram as palavras de cada um dos prisioneiros nas vozes dos dois demônios.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Ter Set 21, 2021 3:07 pm

Tokubetsu Jonin

O clima era deveras agradável. O vento soprava levantando consigo o cheiro das flores, da poeira dos escombros, da grama chamuscada, dos restos de sangue, sim, que brisa mais... Agradável? Bem, dentro do possível é claro. Kanae parecia feliz, me observando diretamente como se sondasse o profundo nos meus olhos, até, me deixando um pouco desconfortável arqueando a sobrancelha ali em seu colo. Como poderia reclamar? Eu que era a folgada ali.

Seu agradecimento era um tanto surpreendente também. Talvez foi por isso que ela me cedeu o colo tão facilmente? Bem, mesmo deitada, me revirava dando de ombros em um sorriso singelo e nostálgico. - Você me lembra Aka, um pouco. Digo, em agradecer alguém nesse tipo de situação... Realmente não compreendia o que tinha para agradecer. Várias pessoas morreram, os homens escaparam, um edifício foi quase demolido, eram mais perdas práticas que ganhos, mas, bem, humanos eram... Estranhos. Eu mesma não me importava tanto já que nada ali me afetava, mas, eu era consciente sobre esse meu desinteresse, o que, gerava este mesmo citado interesse naqueles que viam o mundo mais colorido. - Enfim, não precisa agradecer, eu só fiz o meu trabalho e tals.

Com o tempo Haru devia voltar, e, o caminho de volta devia ser feito. Ergueria a mão falando com os dois algo do tipo. - Se quiserem vir, vamos estar em um barco que pareça confortável e dê para dormir, vou sentir falta do seu friozinho se você não for. Digo em tom de piada, seguindo de volta ao porto, apesar de o bocejo que foi dado talvez demonstrar que não era tão piada assim. Poderia zoar os que nos levaram ali, mas, eu só queria desmaiar e dormir todo o caminho de volta. Koji não devia nos seguir ali, ele estava tão acabado quanto eu, então, podia relaxar. Com ou sem o colo de Kanae, deixando as minhas ervas para Haru levar também e apenas sentindo o balanço das águas em meus sonhos.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado Qua Set 22, 2021 12:32 am

the primrose yearns for the warmth of life

Haru observou os célebres cachos azul-prateados se esparramarem sobre o colo da mulher gelada. Não era surpresa nenhuma, porém, que a preguiça de Chi falasse mais alto. Ao menos a violeta teria a companhia de Izumo e, até mesmo, da criaturinha mais fofa dos mares, Aoi.

Sua parceira escamosa demonstrava certa aptidão para rastrear ingredientes venenosos — talvez por passar tanto tempo ao seu lado nas bibliotecas e laboratórios da Névoa. Shiro foi dos ombros de Haru para os de Izumo, onde guiou o rapaz pelos arbustos bem recheados do bosque.

Enquanto a serpente se entendia com o garoto de olhos vermelhos, Haru caminhava ao lado de Aoi. A criatura misteriosa estava nitidamente intrigada com os conhecimentos da jovem que, apesar da pouca idade, remexia as ervas com mãos experientes.

Algum tempo se passou até que o cesto, que anteriormente abrigava Aoi, agora estava repleto de ervas venenosas. Além do lírio-do-vale trazido por Shiro, havia cicuta, mamona, ervilha do rosário, acônito e belladonna. Os olhos violeta brilhavam ao fitarem tamanho achado.

— Eu agradeço, Izumo, — respondeu Haru, ajeitando o cesto nas costas. — A você e à Kanae. Chi e eu iremos voltar para Kiri.

Haru e Izumo retornaram ao local onde Chi e Kanae se encontravam. E lá estavam elas, na mesma posição de antes. A violeta apenas sorriu, enquanto Shiro voltava para os seus ombros. Ela seguiu calada, deixando que a tecelã cuidasse das últimas falas ali, até chegar a hora de se despedir.

Haru levantou a mão, acenando, antes de dar os primeiros passos para ir embora. — Tchau, — despediu-se com um sorriso.

No caminho para casa, a pequena notava que, até o momento, Aoi estava flutuando ao seu lado. Será que a criatura azul seria sua nova companheira? Ou ela voltaria para o mar assim que encontrassem uma embarcação? Apesar de poder perguntar, Haru decidiu caminhar em silêncio, apreciando a companhia de Aoi enquanto durasse.

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Re: [Rank A] Sangue & Violeta & Lua (continuação) - Postado

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