Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.
Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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[Gaiden] Inócua d'amor - pt 3 - Postado Dom Dez 12, 2021 12:15 am
.
.
The pain
the sadness,
remains the rage
remains the rage
[ Of living ]
until revenge and
destruction is done
destruction is done
. Wrath is [ one of the ] Forces of the Soul.
É... Eu me encontrava em uma situação inédita para mim, que era somente um garoto de 12 anos. Reencontrar Hotarubi foi inesperado e de alguma forma eu fiquei imensamente feliz com aquilo. Não compreendia meus próprios sentimentos, e o jeito como a própria garota lidava com a situação, era conflitante, pois eu não estava acostumado com aquilo. A jovem ficou pensativa igual eu que mordiscava meu primeiro gomo de takoyaki com intuito de ganhar tempo para saber o que fazer. Saborear o petisco estava fora de cogitação no momento.
— É... Faz muito tempo. Eu sempre que andava naquela rua, tinha a esperança de revê-la por ali, admirando algum outro bolo. Mas acho que foi muita ingenuidade da minha parte.
As palavras saiam com certa melancolia enquanto eu evitava o contato visual ao relembrar de um passado que não compartilhei com ela, mas que revelava neste instante.
— Na verdade... Em raras oportunidades em que estava no centro comercial, também buscava reencontrar o generoso rapaz que me deu o bolo.
— Parece que nós dois buscamos encontrar um ao outro. Mas sem sucesso, heh.
— Aparentemente sim.
Novamente nosso diálogo davam lugar aos pensamentos, o ambiente ficava inquieto naquele silêncio. O vendedor da barraquinha se colocava a bancar o cupido, e fazia uma sugestão.
— Hey moleque, você não é da região, né?
— Sim, eu moro no outro lado. Passo correndo aqui todo dia, mas não fico muito tempo.
— Saquei. — Ele olhou para a menina, e disse. — Por que você não mostra o lugar para ele? Reencontrar um amigo depois de tanto tempo é algo fabuloso, devem aproveitar o máximo que puderem.
Olhei imediatamente para o senhorzinho. Havia certa tensão e desespero. Não estava acostumado com aquilo, e os pensamentos eram muitos. Já Hotarubi ficava quieta, como se tivesse aceitado a proposta.
— Está bem. — Disse por fim.
— Heeein?!
— Hahahaha! — O maldito comerciante ousava piscar para mim e dar um tapinha nas costas. — Vá logo, e leve esse dango para dividir com ela, heheh.
Naquele dia eu aprendi que quando um casal de jovens parecem se dar bem, os adultos sem relação alguma tendem a incentivar a união mesmo que necessite de um esforço monetário ou qualquer outra coisa, seja conhecido ou não, a satisfação de ser um dos pilares que possa ajudar a construir uma nova história de amor, é o suficiente para alguns.
— Tudo bem. — Era inevitável. — Vamos, Hotarubi?
Sem muitas palavras, ela se levantou e mostrou o caminho, seguindo a minha frente. Eu segurava o dango e meu takoyaki que já estava pela metade. Por algum tempo ficamos sem falar nada. A jovem caminhava de cabeça baixa e envergonhada. Eu estava inseguro e um pouco receoso do que poderia encontrar naquela favela que ela ia me guiando e me mostrando o que ela mais gostava.
— Er... Você mora por aqui mesmo? — Tentei quebrar o clima desagradável.
— Sim.
— Faz muito tempo?
— Sim.
— Gosta daqui?
— Não.
...
A conversa parecia uma entrevista — não que eu soubesse o que fosse isso — mas estava monótono, e me sentia deslocado. Foi então que olhei pro alto quando o sol parecia se por.
— Veja! Vamos até lá... — Apontei a seguir.
Hotarubi parou de caminhar, e olhou para o lado com um olhar sério.
— Quer ir lá?
— Sim! — Eu parecia animado.
— Entendo, vamos.
E seguimos. Subimos um morro longo. Notei que ela estava se cansando a cada passo. Eu era um aspirante a shinobi, e ela, bem... Não sei o que seria de sua vida, mas era uma garota comum sem preparo físico. Tomei atitude, e parei em sua frente lhe encarando. Soltei o ar pelas narinas com uma expressão de desânimo e comentei.
— Assim não dá. Venha, vou te carregar nas costas, ou nunca chegaremos no alto.
— O que? Me carregar?
Obviamente ela ficava envergonhada por se submeter a essa situação, mas ela não negava o que eu dizia. Não sei se falei em um tom muito rígido ou se eu possuía o controle total da situação, fato é que ela aceitou. Me coloquei à sua frente com as pernas flexionadas e os braços retos com as palmas das mãos viradas para trás. Aguardei ela se aproximar e montar em mim para finalmente erguê-la e segurar sua cintura com os braços unidos e dedos entrelaçados para garantir maior segurança para garota.
— Você é mais pesada do que eu imaginava.
Nunca, nunca diga isso a uma mulher independente de sua idade, ou acabará levando um cascudo igual eu tomei naquele mesmo segundo.
— Aaooo. — Resmunguei. — Isso doeu, tcs...
Como punição, eu comecei a correr velozmente pelo morro. A subida gerava um vento forte que esvoaçava os cabeços da menina que agora sentia certo temor por nunca ter experimentado aquilo. Mais uma vez eu proporcionava — sem saber — algo inusitado e inesquecível para a jovem dama.
No fim da corrida, a menina que por um instante tampou os olhos de medo, os liberava para ver o que estava a sua frente, e eis que ela via um grande clarão do sol que estava longe e fraco, mas que era belo e exuberante. Arrepiada, a menina salivou por alguns segundos antes de eu colocá-la de pé no chão, novamente.
— É... Aqui é realmente legal. Já tinha vindo aqui antes?
— Na-não. Sempre quis, mas tinha medo.
— Hum... Não devia deixar seus medos te dominarem, é o que meu pai sempre diz.
— O sol está tão bonito.
— A primavera é realmente bonita.
— Simmmm! — Concordava um tanto energética demais.
— Você gosta da primavera?
— Sim, eu adoro. As sakuras florescem, a neve está longe de chegar e nem é muito frio e nem muito quente. É um clima perfeito.
E falando em "clima"...
— Concordo. Sabe de uma coisa, apesar daqui ser um lugar não muito aceito pelos cidadãos da aldeia, aqui tem a melhor vista de toda Kirigakure. Às vezes precisamos subir no "lixo" para ver a beleza oculta.
Essas palavras mexeram com Hotarubi que imediatamente mudou sua linha de visão, para o perfil de meu rosto. Ela compreendia o significado daquilo, e por ter uma vida tão difícil em meio a tanta pobreza, que algo mudava em seu interior. Era o estopim de um desejo insaciável — talvez — de obter tudo que ela sempre sonhou e desejou ter quando não podia. Estar naquele ambiente considerado "lixo", era uma realidade na qual ela já se encontrava e conhecia muito bem, agora bastava caminhar e subir degrau por degrau até chegar no ápice que vislumbrava.
Se eu pudesse ajudá-la a desbravar essa jornada, assim o faria, pois agora não era somente eu que estava com o coração palpitando, mas Hotarubi começava a fluir sentimentos desconhecidos.
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Re: [Gaiden] Inócua d'amor - pt 3 - Postado Dom Dez 12, 2021 12:27 pm
Aprovado.
Da próxima vez, coloque a quantidade de palavras no tópico. Facilita para quem for avaliar.
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