Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.
Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Kaginimaru
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[Gaiden Timeskip] — Elevação. - Postado Dom Dez 26, 2021 11:43 pm
Ainda estava desmemoriado com tudo o que havia acontecido, mas de uma coisa se lembrava muito que bem; todas as suas tarefas objetivas foram fracassadas. Esta não estava sendo nem de perto a primeira vez em que obtera resultados negativos, mas a frustração era enorme. Por mais que treinasse arduamente seu físico, os avanços pareciam totalmente nulos, como se estivesse estagnado no processo. O que poderia fazer agora? Genjutsus e Ninjutsus estavam fora de suas capacidades, e ia além, não possuía muito interesse neles. As aulas na academia ninja envolvendo a arte do Ninjutsu, em sua maioria, foram derrotadas pelo sono, de genjutsu então... sabia apenas sobre como sair deles e olhe lá. Ainda faltava alguma coisa em seu caminho, e seu maior objetivo atual acabou se tornando descobrir o que.
Naquela manhã de sol forte em Iwagakure no Sato, Kaginimaru ainda estava no hospital quando acordou se perguntando como havia parado ali. Não precisava ser um gênio para descobrir que aquilo significava que havia sido derrotado. — Como isso foi acontecer... de novo... — comentava consigo mesmo enquanto que, com dificuldades, se levantava. O garoto então passou a se retirar do hospital. Algumas das enfermeiras de plantão ainda tentaram impedir, mas o semblante de determinação em concluir seu ato não permitiu que insistissem por muito tempo. Em frente à construção, parava para se espreguiçar por completo. Os raios solares reluzindo em seu corpo o incentivava a começar mais uma rotina de treinos. E assim faria! Começaria por correr intensamente pelo vilarejo até cansar, o que duraria longas horas, mas não pararia até sentir que estava realmente com os músculos aquecidos. Intercalava diversas maneiras de corrida, ora trotava, ora se dedicava ao máximo e assim perdurou. Quando as primeiras gotas de suor começavam a aparecer, o rapaz tinha noção que era chegada a hora de começar seu treinamento de verdade.
Como primeira tentativa, socaria pedregulhos pelo caminho com toda sua força; a intensidade era tão destrutiva que com apenas um soco ele destruía tudo que atacava, e sequer sentia dor em suas mãos, pois estava acostumado com tais impactos. Acabava que, na verdade, isto se tornava um grande empecilho! Como treinaria com tamanha facilidade em destruir tudo? Teria de se reinventar, e não era muito fã disto. Flexões, abdominais, exercícios com peso, chegou a usar de tudo por diversas vezes e em diversos dias, sempre refletindo sobre suas derrotas e usando elas de motivação. Não era muito bom em se lembrar de muitas coisas, mas algo que não se esquecia era de suas derrotas. Se recordava da vez em que caiu e quebrou a perna, tendo de ser resgatado pela Pandora, do dia em que não conseguira impedir da parceira de matar hienas durante uma missão em dupla, até sobre o exame para Tokubetsu Jounin, onde além de não conseguir proteger a Pandora, acabou por perder o controle, matar uma mulher e um ferreiro inocente. Não sendo o bastante, também se recordava da mulher que o confundira com Yujiro, seu próprio pai. Não restou tempo para se explicar quanto sua verdadeira identidade, pois precisou que ela se sacrificasse para salvá-lo juntamente de Iwagakure. E agora também possuía mais uma falha em sua lista; além de ter deixado atacarem a garota na qual diretamente para Pandora que protegeria como se fosse ela mesma, falhou na luta contra aquele estranho e poderoso manipulador dos ventos. Não se lembrava muito bem sobre como tudo isso aconteceu, e era este fato o que mais o incomodava.
Não foi somente um dia seguindo esta rotina, mas sim vários, quiçá o suficiente para completar um mês inteiro. E foi durante um desses que, em meio ao seu foco extremo nas memórias negativas do passado, Kaginimaru sentiu um estranho fluxo tomando conta do interior de seu cérebro, era como se as lembranças ruins estivessem se tornando força pura. Sentia seu corpo muito mais aquecido e acima de tudo mais forte. Não perdeu a oportunidade e partiu para pô-lo em prática. socos nos ares e em grandes pedras comprovavam na prática as sensações de maior força que estava tendo. Uma ideia brilhou em seus pensamentos! Queria sentir e confirmar se estava mesmo mais poderoso, e assim o faria. Vista de longe, muitos considerariam um péssimo plano, mas para Kaginimaru, era genial e o único meio de tirar a prova real sobre sua força. Em resumo, tudo consistiria em dar um soco com o braço dominante em seu próprio rosto, com toda força possível. Claro, era um ângulo difícil de se aplicar um ataque, mas isso não passaria nem perto de impedi-lo. O ataque era tão potente que fora mais do que suficiente para derrubá-lo metros adiante, algo que nenhum outro lutador havia conseguido realizar contra o garoto.
Estava mais do que confirmado, de alguma forma, o Hanma havia conseguido transformar suas frustrações em força. Mesmo não percebendo, o cansaço que sofrera neste dia fora de longe o maior dentre todos os outros dias de treinamento, e por conta disso, nem mesmo conseguira chegar em casa, acabou por dormir na rua, incapacitado de prosseguir qualquer caminho.
Na manhã seguinte, após uma boa e longa refeição em seu restaurante predileto, Kaginimaru passou a buscar pela execução do mesmo ato do dia anterior. Mentalizava todas suas frustrações e até mesmo outras coisas, mas por motivos desconhecidos, não obtinha sucesso desta vez. Passou então a treinar arduamente enquanto mentalizava somente os pensamentos negativos, nada além deles, incansavelmente buscaria aquela sensação de poderio novamente. Foi com muitas tentativas, diversos outros dias e extrema insistência que o garoto compreendeu que aquilo não se resumia aos pensamentos, e sim ao interior da sua mente, onde quando focava exclusivamente em um certo ponto, sua força era liberada. Era como se as portas de uma represa interior se abrissem e liberassem sua verdadeira força.
[...]
Passara tanto tempo focado em seus treinamentos que, quando um mensageiro veio comunicar-lhe sobre uma missão diretamente enviada pelo Tsuchikage, Kaginimaru se assustou. Havia esquecido completamente de suas obrigações como Shinobis e até mesmo da existência das pessoas no vilarejo, visto que saía de casa antes do sol nascer e voltava apenas de madrugada para descansar — hábito que acabou o afastando da sociedade. O mensageiro não entrou em detalhes, apenas o indicou ir até o Gabinete do Tsuchikage, onde receberia mais informações, e assim o fez. Estava transpirando e ofegante por conta dos treinos, mas isso não o impediu de apresentar-se daquela forma para o líder do vilarejo. Entrou sem muita cordialidade. — Tsuchikage-Sama... mandou me chamar? — Questionou a entidade, recebendo a resposta logo em seguida; o Yamanaka entregava-lhe a fotografia de uma garota ruiva enquanto explicava que ela havia sido raptada e indicava que, segundo informações privilegiadas, a mesma estava em um vilarejo próximo de Iwagakure no Sato, à Oeste do País. Ciente da dificuldade em se localizar, o superior ordenou que um ANBU o guiasse até o local, visto que seria caminho para uma outra tarefa que este estava sendo designado.
Ambos então partiram aos portões do vilarejo. O acompanhante explicava que se quisessem chegar da maneira mais rápida, teriam que ir para o Noroeste, visto que a vila se encontrava mais ao sul do País. O fato de não compreender nada do que era dito, ficava estampado no rosto do Kagi, que sem timidez alguma o questionaria; — Como você sabe? Cadê seu mapa?! — O rapaz ria inconscientemente. Era fora de sua realidade o fato de um Shinobi não ter ciência sobre os pontos cardeais, mas isso havia de mudar! Embora fosse um ANBU, estes que geralmente são conhecidos por vossas friezas e a inexistência de sentimentos, estava ali presente um dos mais patriotas. Por conta de se tratar de um companheiro de vila, o mesmo prestou a explicar tudo o que sabia; desde a referência de sua própria localidade através da sombra causada pelo sol e até mesmo os detalhes da localização através de estrelas e constelações. Era tudo muito detalhado para que o garoto entendesse de uma vez só, mas a sua noção de Norte, Sul, Leste e Oeste começava a tomar forma.
A conversa durante todo o caminho acabou fazendo com que chegassem e sequer percebessem com clareza. Era o ponto de despedida da dupla e onde Kaginimaru finalmente entraria em ação. Em um ato parcialmente descuidado, o rapaz entrava em solo desconhecido pelo portão da frente, deixando de imediato o alto escalão da localidade ciente da presença de um ninja de Iwagakure ali. Com passos uniformes e curiosos, em poucos segundos tivera que parar, pois um circulo de homens se fechava em sua volta. Era engraçado! Por um momento podia se lembrar das explicações do ANBU sobre os pontos cardeais em um círculo com uma haste no centro sendo iluminada pelo sol. Através da posição de sua sombra, podia tomar ciência de que lado estava olhando, e por quê não testar? Ninguém entendia nada quando o rapaz esticava ambos os braços para os lados. — Então ali... é o Leste! — Dizia olhando para o astro-rei nascente. Um dos espectadores, frustrado com a falta de respeito perante eles, iniciou seu ataque lançando uma Kunai contra suas costas. Infelizmente, para ele, a força do lançamento em conjunto com a pouca distância não era suficiente para causar danos. A pele rígida do rapaz simplesmente interrompia o avanço do artefato e fazia com que o mesmo fosse ao chão. Sua cabeça lentamente se voltava para o lado, buscando ter no campo do visão o responsável pelo ataque covarde. O olhar presente no semblante de Kaginimaru causava medo em muitos, mas não era suficiente para amedrontar um exército formado. A batalha então se iniciava!
Com sucesso avançava em direção ao alvo que havia o irritado e desferia um soco direto que impressionava a todos! O que ninguém sabia era que, durante o avanço, o primeiro portão no qual havia aprendido durante seus diversos dias de treinamento havia sido aberto, deixando sua força ainda maior. Os ataques vinham de todos os lados. Socos, chutes, Ninjutsus elementais e armamentos dos mais variados tipos. Contra alguns, simplesmente desviava sem nem mesmo ver, apenas se movimentando para atacar, quanto à outros, acabava sendo alvejado. Embora Kaginimaru estivesse em uma situação quase que de morte garantida, o mesmo ainda tinha o cuidado de não exagerar nos ataques, visando não acabar com a vida de nenhum dos aldeões dali — e foi isto o que acabou dificultando ainda mais sua situação. Mesmo que derrubasse um, o forte som de combate chamava a atenção de outros inimigos que se aproximavam para ajudar seus companheiros. E enquanto lidava com as novas aparições, algumas das antigas se recuperavam e retornavam para a luta. O conflito já durava horas e as energias do rapaz se esvaíam. Estava cansado e com os reflexos enfraquecidos. Sangue escorria de diversas partes de seu corpo, além da existência de Kunais e Shurikens cravadas por seu corpo. Seu corpo continuava guerreando, mas sua mente partia para outro mundo. Neste instante, pensava na figura mais importante de toda sua vida; Pandora. Flashback's de muitos dos momentos deles juntos passavam pela cabeça do mesmo. O que no mundo real mal equivalia à frações de segundos, para Kaginimaru, suas visões duravam longos minutos. Foi quando suas pálpebras se levantaram por completo e suas sobrancelhas se arquearam. Estava determinado a não desistir de viver, dando seu máximo ali. O que para o garoto parecia ser a força do amor revitalizando seu corpo, na verdade, resumidamente se tratava da abertura do segundo portão; o foco nas lembranças inconscientemente havia gerado a liberação do fluxo de Chakra do segundo Tenketsu presente no cérebro.
Se sentia imparável! Distribuía socos, chutes, cabeçadas e joelhadas em todo mundo que adentrava no seu campo de visão. Em dado momento, chegou até mesmo a retirar as armas cravadas em seu corpo e arremessou-as de volta contra os primeiros inimigos que visualizava pela frente. Ainda assim, não era suficiente para . Lembrava de palavras de um antigo e sábio amigo. "O chakra não é a única energia de um homem, deixe seus desejos queimar dentro de você"... — Na época, era um simples garoto inocente demais para compreender a intensidade e complexidade desta frase, mas ali, em meio ao maior confronto que havia passado até os dias de hoje, entendia seu real significado. De repente, para surpresa de todos, o Shinobi detentor da bandana de Iwagakure no Sato para todas suas ações e ficava ali, estático com os joelhos e ambos os cotovelos flexionados. Seus punhos cerrados na altura de seu estômago demonstrava a firmeza que mantinha na posição. Subitamente, sua vaso dilatação se intensificava ainda mais em conjunto com o fato de sua pele escurecer em tom vermelho. Era assustador um ser humano passar por tamanha mudança, ainda mais para quem fosse leigo nesta área. Kaginimaru urrava enquanto sentia seu sangue fluir intensamente por todo o corpo, se sentia mais vivo do que nunca. Tão poderoso que seus passos criavam pequenas deteriorações no solo, deixando assinado naquele vilarejo o quão forte era sua vontade de vencer.
Nesta altura do campeonato, ninguém mais tinha coragem de enfrentá-lo. As ofensivas haviam sido cessadas e quem ainda estava consciente passava a correr para se esconder. Por estar ofegante, sentia, mais do que desejava, o odor de uma fumaça adentrando suas narinas. Quando buscou pelo horizonte para achar de onde a mesma vinha, visualizou um incêndio em uma das construções. Não precisava sequer raciocinar, seus impulsos nervosos o fazia correr em direção à casa, adentrando para garantir que ninguém estivesse lá dentro. Embora não fizesse sentido algum, o mesmo inconscientemente se culpava por aquilo, afinal, estava invadindo. Não demorou muito para constatar a presença de uma garota de cabelos extremamente avermelhados, mais ainda que sua pele neste momento. Estava desacordada e cercada pelo fogo, talvez por sorte ou quiçá destino, sua integridade física estava intacta.
Com a mesma em seu colo, o garoto partiu em retirada na sua velocidade máxima, deixando para trás o cenário parcialmente (pelo fato de não ter matado ninguém) apocalíptico. Com suas energias físicas e mentais, ainda se certificou de localizar-se como havia aprendido mais cedo, garantindo estar seguindo pelo caminho certo. Não demorou muito para chegar de volta em seu vilarejo, mas por conta de estar extremamente cansado por esforçar-se como jamais outrora havia se esforçado, jogou-se ao chão na entrada da vila, sendo socorrido pelos guardas.
Após todo o acontecimento, o Tokujo se dedicou a melhorar a estranha técnica que o fortificava, treinando a abertura dos primeiro, segundo e terceiro "portão" de Chakra durante os anos que se passaram.
Naquela manhã de sol forte em Iwagakure no Sato, Kaginimaru ainda estava no hospital quando acordou se perguntando como havia parado ali. Não precisava ser um gênio para descobrir que aquilo significava que havia sido derrotado. — Como isso foi acontecer... de novo... — comentava consigo mesmo enquanto que, com dificuldades, se levantava. O garoto então passou a se retirar do hospital. Algumas das enfermeiras de plantão ainda tentaram impedir, mas o semblante de determinação em concluir seu ato não permitiu que insistissem por muito tempo. Em frente à construção, parava para se espreguiçar por completo. Os raios solares reluzindo em seu corpo o incentivava a começar mais uma rotina de treinos. E assim faria! Começaria por correr intensamente pelo vilarejo até cansar, o que duraria longas horas, mas não pararia até sentir que estava realmente com os músculos aquecidos. Intercalava diversas maneiras de corrida, ora trotava, ora se dedicava ao máximo e assim perdurou. Quando as primeiras gotas de suor começavam a aparecer, o rapaz tinha noção que era chegada a hora de começar seu treinamento de verdade.
Como primeira tentativa, socaria pedregulhos pelo caminho com toda sua força; a intensidade era tão destrutiva que com apenas um soco ele destruía tudo que atacava, e sequer sentia dor em suas mãos, pois estava acostumado com tais impactos. Acabava que, na verdade, isto se tornava um grande empecilho! Como treinaria com tamanha facilidade em destruir tudo? Teria de se reinventar, e não era muito fã disto. Flexões, abdominais, exercícios com peso, chegou a usar de tudo por diversas vezes e em diversos dias, sempre refletindo sobre suas derrotas e usando elas de motivação. Não era muito bom em se lembrar de muitas coisas, mas algo que não se esquecia era de suas derrotas. Se recordava da vez em que caiu e quebrou a perna, tendo de ser resgatado pela Pandora, do dia em que não conseguira impedir da parceira de matar hienas durante uma missão em dupla, até sobre o exame para Tokubetsu Jounin, onde além de não conseguir proteger a Pandora, acabou por perder o controle, matar uma mulher e um ferreiro inocente. Não sendo o bastante, também se recordava da mulher que o confundira com Yujiro, seu próprio pai. Não restou tempo para se explicar quanto sua verdadeira identidade, pois precisou que ela se sacrificasse para salvá-lo juntamente de Iwagakure. E agora também possuía mais uma falha em sua lista; além de ter deixado atacarem a garota na qual diretamente para Pandora que protegeria como se fosse ela mesma, falhou na luta contra aquele estranho e poderoso manipulador dos ventos. Não se lembrava muito bem sobre como tudo isso aconteceu, e era este fato o que mais o incomodava.
Não foi somente um dia seguindo esta rotina, mas sim vários, quiçá o suficiente para completar um mês inteiro. E foi durante um desses que, em meio ao seu foco extremo nas memórias negativas do passado, Kaginimaru sentiu um estranho fluxo tomando conta do interior de seu cérebro, era como se as lembranças ruins estivessem se tornando força pura. Sentia seu corpo muito mais aquecido e acima de tudo mais forte. Não perdeu a oportunidade e partiu para pô-lo em prática. socos nos ares e em grandes pedras comprovavam na prática as sensações de maior força que estava tendo. Uma ideia brilhou em seus pensamentos! Queria sentir e confirmar se estava mesmo mais poderoso, e assim o faria. Vista de longe, muitos considerariam um péssimo plano, mas para Kaginimaru, era genial e o único meio de tirar a prova real sobre sua força. Em resumo, tudo consistiria em dar um soco com o braço dominante em seu próprio rosto, com toda força possível. Claro, era um ângulo difícil de se aplicar um ataque, mas isso não passaria nem perto de impedi-lo. O ataque era tão potente que fora mais do que suficiente para derrubá-lo metros adiante, algo que nenhum outro lutador havia conseguido realizar contra o garoto.
Estava mais do que confirmado, de alguma forma, o Hanma havia conseguido transformar suas frustrações em força. Mesmo não percebendo, o cansaço que sofrera neste dia fora de longe o maior dentre todos os outros dias de treinamento, e por conta disso, nem mesmo conseguira chegar em casa, acabou por dormir na rua, incapacitado de prosseguir qualquer caminho.
Na manhã seguinte, após uma boa e longa refeição em seu restaurante predileto, Kaginimaru passou a buscar pela execução do mesmo ato do dia anterior. Mentalizava todas suas frustrações e até mesmo outras coisas, mas por motivos desconhecidos, não obtinha sucesso desta vez. Passou então a treinar arduamente enquanto mentalizava somente os pensamentos negativos, nada além deles, incansavelmente buscaria aquela sensação de poderio novamente. Foi com muitas tentativas, diversos outros dias e extrema insistência que o garoto compreendeu que aquilo não se resumia aos pensamentos, e sim ao interior da sua mente, onde quando focava exclusivamente em um certo ponto, sua força era liberada. Era como se as portas de uma represa interior se abrissem e liberassem sua verdadeira força.
Passara tanto tempo focado em seus treinamentos que, quando um mensageiro veio comunicar-lhe sobre uma missão diretamente enviada pelo Tsuchikage, Kaginimaru se assustou. Havia esquecido completamente de suas obrigações como Shinobis e até mesmo da existência das pessoas no vilarejo, visto que saía de casa antes do sol nascer e voltava apenas de madrugada para descansar — hábito que acabou o afastando da sociedade. O mensageiro não entrou em detalhes, apenas o indicou ir até o Gabinete do Tsuchikage, onde receberia mais informações, e assim o fez. Estava transpirando e ofegante por conta dos treinos, mas isso não o impediu de apresentar-se daquela forma para o líder do vilarejo. Entrou sem muita cordialidade. — Tsuchikage-Sama... mandou me chamar? — Questionou a entidade, recebendo a resposta logo em seguida; o Yamanaka entregava-lhe a fotografia de uma garota ruiva enquanto explicava que ela havia sido raptada e indicava que, segundo informações privilegiadas, a mesma estava em um vilarejo próximo de Iwagakure no Sato, à Oeste do País. Ciente da dificuldade em se localizar, o superior ordenou que um ANBU o guiasse até o local, visto que seria caminho para uma outra tarefa que este estava sendo designado.
Ambos então partiram aos portões do vilarejo. O acompanhante explicava que se quisessem chegar da maneira mais rápida, teriam que ir para o Noroeste, visto que a vila se encontrava mais ao sul do País. O fato de não compreender nada do que era dito, ficava estampado no rosto do Kagi, que sem timidez alguma o questionaria; — Como você sabe? Cadê seu mapa?! — O rapaz ria inconscientemente. Era fora de sua realidade o fato de um Shinobi não ter ciência sobre os pontos cardeais, mas isso havia de mudar! Embora fosse um ANBU, estes que geralmente são conhecidos por vossas friezas e a inexistência de sentimentos, estava ali presente um dos mais patriotas. Por conta de se tratar de um companheiro de vila, o mesmo prestou a explicar tudo o que sabia; desde a referência de sua própria localidade através da sombra causada pelo sol e até mesmo os detalhes da localização através de estrelas e constelações. Era tudo muito detalhado para que o garoto entendesse de uma vez só, mas a sua noção de Norte, Sul, Leste e Oeste começava a tomar forma.
A conversa durante todo o caminho acabou fazendo com que chegassem e sequer percebessem com clareza. Era o ponto de despedida da dupla e onde Kaginimaru finalmente entraria em ação. Em um ato parcialmente descuidado, o rapaz entrava em solo desconhecido pelo portão da frente, deixando de imediato o alto escalão da localidade ciente da presença de um ninja de Iwagakure ali. Com passos uniformes e curiosos, em poucos segundos tivera que parar, pois um circulo de homens se fechava em sua volta. Era engraçado! Por um momento podia se lembrar das explicações do ANBU sobre os pontos cardeais em um círculo com uma haste no centro sendo iluminada pelo sol. Através da posição de sua sombra, podia tomar ciência de que lado estava olhando, e por quê não testar? Ninguém entendia nada quando o rapaz esticava ambos os braços para os lados. — Então ali... é o Leste! — Dizia olhando para o astro-rei nascente. Um dos espectadores, frustrado com a falta de respeito perante eles, iniciou seu ataque lançando uma Kunai contra suas costas. Infelizmente, para ele, a força do lançamento em conjunto com a pouca distância não era suficiente para causar danos. A pele rígida do rapaz simplesmente interrompia o avanço do artefato e fazia com que o mesmo fosse ao chão. Sua cabeça lentamente se voltava para o lado, buscando ter no campo do visão o responsável pelo ataque covarde. O olhar presente no semblante de Kaginimaru causava medo em muitos, mas não era suficiente para amedrontar um exército formado. A batalha então se iniciava!
Com sucesso avançava em direção ao alvo que havia o irritado e desferia um soco direto que impressionava a todos! O que ninguém sabia era que, durante o avanço, o primeiro portão no qual havia aprendido durante seus diversos dias de treinamento havia sido aberto, deixando sua força ainda maior. Os ataques vinham de todos os lados. Socos, chutes, Ninjutsus elementais e armamentos dos mais variados tipos. Contra alguns, simplesmente desviava sem nem mesmo ver, apenas se movimentando para atacar, quanto à outros, acabava sendo alvejado. Embora Kaginimaru estivesse em uma situação quase que de morte garantida, o mesmo ainda tinha o cuidado de não exagerar nos ataques, visando não acabar com a vida de nenhum dos aldeões dali — e foi isto o que acabou dificultando ainda mais sua situação. Mesmo que derrubasse um, o forte som de combate chamava a atenção de outros inimigos que se aproximavam para ajudar seus companheiros. E enquanto lidava com as novas aparições, algumas das antigas se recuperavam e retornavam para a luta. O conflito já durava horas e as energias do rapaz se esvaíam. Estava cansado e com os reflexos enfraquecidos. Sangue escorria de diversas partes de seu corpo, além da existência de Kunais e Shurikens cravadas por seu corpo. Seu corpo continuava guerreando, mas sua mente partia para outro mundo. Neste instante, pensava na figura mais importante de toda sua vida; Pandora. Flashback's de muitos dos momentos deles juntos passavam pela cabeça do mesmo. O que no mundo real mal equivalia à frações de segundos, para Kaginimaru, suas visões duravam longos minutos. Foi quando suas pálpebras se levantaram por completo e suas sobrancelhas se arquearam. Estava determinado a não desistir de viver, dando seu máximo ali. O que para o garoto parecia ser a força do amor revitalizando seu corpo, na verdade, resumidamente se tratava da abertura do segundo portão; o foco nas lembranças inconscientemente havia gerado a liberação do fluxo de Chakra do segundo Tenketsu presente no cérebro.
Se sentia imparável! Distribuía socos, chutes, cabeçadas e joelhadas em todo mundo que adentrava no seu campo de visão. Em dado momento, chegou até mesmo a retirar as armas cravadas em seu corpo e arremessou-as de volta contra os primeiros inimigos que visualizava pela frente. Ainda assim, não era suficiente para . Lembrava de palavras de um antigo e sábio amigo. "O chakra não é a única energia de um homem, deixe seus desejos queimar dentro de você"... — Na época, era um simples garoto inocente demais para compreender a intensidade e complexidade desta frase, mas ali, em meio ao maior confronto que havia passado até os dias de hoje, entendia seu real significado. De repente, para surpresa de todos, o Shinobi detentor da bandana de Iwagakure no Sato para todas suas ações e ficava ali, estático com os joelhos e ambos os cotovelos flexionados. Seus punhos cerrados na altura de seu estômago demonstrava a firmeza que mantinha na posição. Subitamente, sua vaso dilatação se intensificava ainda mais em conjunto com o fato de sua pele escurecer em tom vermelho. Era assustador um ser humano passar por tamanha mudança, ainda mais para quem fosse leigo nesta área. Kaginimaru urrava enquanto sentia seu sangue fluir intensamente por todo o corpo, se sentia mais vivo do que nunca. Tão poderoso que seus passos criavam pequenas deteriorações no solo, deixando assinado naquele vilarejo o quão forte era sua vontade de vencer.
Nesta altura do campeonato, ninguém mais tinha coragem de enfrentá-lo. As ofensivas haviam sido cessadas e quem ainda estava consciente passava a correr para se esconder. Por estar ofegante, sentia, mais do que desejava, o odor de uma fumaça adentrando suas narinas. Quando buscou pelo horizonte para achar de onde a mesma vinha, visualizou um incêndio em uma das construções. Não precisava sequer raciocinar, seus impulsos nervosos o fazia correr em direção à casa, adentrando para garantir que ninguém estivesse lá dentro. Embora não fizesse sentido algum, o mesmo inconscientemente se culpava por aquilo, afinal, estava invadindo. Não demorou muito para constatar a presença de uma garota de cabelos extremamente avermelhados, mais ainda que sua pele neste momento. Estava desacordada e cercada pelo fogo, talvez por sorte ou quiçá destino, sua integridade física estava intacta.
Com a mesma em seu colo, o garoto partiu em retirada na sua velocidade máxima, deixando para trás o cenário parcialmente (pelo fato de não ter matado ninguém) apocalíptico. Com suas energias físicas e mentais, ainda se certificou de localizar-se como havia aprendido mais cedo, garantindo estar seguindo pelo caminho certo. Não demorou muito para chegar de volta em seu vilarejo, mas por conta de estar extremamente cansado por esforçar-se como jamais outrora havia se esforçado, jogou-se ao chão na entrada da vila, sendo socorrido pelos guardas.
Após todo o acontecimento, o Tokujo se dedicou a melhorar a estranha técnica que o fortificava, treinando a abertura dos primeiro, segundo e terceiro "portão" de Chakra durante os anos que se passaram.
- Considerações:
— Quest de individualidades = 1.000 palavras. — Hachimon Tonkou
— Missões rank A = 800 palavras — "Segundo relatos, uma garota ruiva desaparecida foi vista em um vilarejo à oeste do País. Seu trabalho é resgatá-la.";
— Superação de defeitos = 200 palavras — Sem senso de Direção;
— Subquests de one post = 200 palavras — Hachimon Tonkou: 2° Portão;
— Subquests de one post = 200 palavras — Hachimon Tonkou: 3° Portão.
Total: 2418/2400 Palavras.
Aparência Baki Hanma, sem camiseta.
Pandora
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Re: [Gaiden Timeskip] — Elevação. - Postado Seg Dez 27, 2021 7:56 am
ok