As vestimentas da garota eram sem dúvidas diferentes do padrão de sunagakure no sato. Tomei o cuidado de analisar que, também por suas vestimentas, tratava-se de um lugar predominantemente frio. De qualquer forma, meu conhecimento do mundo era limitado e provavelmente, erraria em tentar chutar qual seria sua nacionalidade. Notei que a garota me olhava muito, e a julgar por minha aparência simples e design relativamente comum, não deveria ter me achado bonito, ou coisa do tipo.

Ao contrário do que havia levantado, a moça era shinobi, de alguma vila qualquer, pouco me importava. Ali, estávamos postos como iguais, não havia diferenciação de vilas, éramos duas pessoas, e ao menos eu, trataria dessa forma. Notei que um pequeno colubrídeo aparecia de suas vestes, era uma cobrinha pequena e branca, notando assim seu  provável albinismo. Me perguntou sobre algumas questões, e agora, iria falar sobre.

[Jin]: Não conheço sobre especiarias, por falar na verdade, procurei por um alquimista, ou alguém que pudesse fazer algum tipo de veneno pra mim. Com tudo isso acontecendo, acho que deva ser interessante ter algo a mais no arsenal, munição nunca é suficiente em tempos como este.

No meio dos corpos, encontrei alguns pedaços de madeira, lâminas curvas de pequenas espadas e diversos componentes metálicos, distando-os de mim e explodindo logo após, incinerando todos aqueles corpos que estavam dispostos ali, criando uma cúpula de sangue e destruição, regularmente controlada, abrangendo apenas uma área de cinco metros, tomando cuidado para não atingir a kunoichi.

Sentei-me em forma de lótus e recolhendo os materiais que outrora havia separado comecei a montar uma espécie de projeto que tinha na minha cabeça, pequenas marionetes, com propulsores e escudos de chakra pequenininhos. Duas foices em cada, e dentes afiados pra dilacerar carne. Tomei cuidado para notar se a garota estava falando algo, a ideia era que, construindo aquilo, me entretinha tanto que era difícil, dar atenção a algo que não aquilo.

[Jin]: Você não conheceria ninguém que pudesse fazer algo especificamente pra mim né? Não ligaria de pagar quanto quer que fosse. Ou aqui, ou mesmo na sua vila. Tanto faz, mas preciso desses produtos debilitantes pra tentar abrir um pouco o comércio da minha vila.

Olhei momentaneamente para a garota, e depois, quando parasse de construir a marionete, colocaria um único fio de chakra que sairia do meu mindinho, invisível. Controlara-o para circundar a garota, fazendo movimentos coreografados e fofinhos, olhando diretamente em seu rosto, como se fosse algo vivo. Depois, afastaria, ativando chakra através das armas para partir diversas árvores em rápida sucessão e força, enquanto eram empurrados para frente com os propulsores que havia criado, também.