Eu tinha achado que havia feito um excelente trabalho, mas infelizmente soube por meu cliente que eu tinha deixado uma testemunha do crime. Provavelmente tinha visto meu rosto, e isso acabaria conectando meu contratante. Eu precisava fazer algo a respeito e dar um fim naquele sujeito. Eu não ligava de ser associada a tal homicídio, mas quem me contratou pensava diferente por acabar sendo envolvido.

— Bom, você deu mole e tem uma testemunha, vá matar o maldito.

— Olha, você tem alguma informação, além da testemunha estar na fazenda no dia que eu operei a missão?

— Felizmente temos sim, é um dos roceiros que mora na própria fazenda em um casebre no lado inverso da estrada que da acesso a essa fazenda. Não será problema pra você, garota.

— Certo, vou resolver isso o mais breve possível.

Não perdi tempo, sai imediatamente de onde estava e tomei o caminho para a fazenda utilizando a estrada comum que levava até o local. Na frente dela eu saltei os arames farpados e avancei até o fundo da fazenda. Encontrei a moradia da pessoa e invadi o local. Estava vazio no momento, portanto esperei até que o sujeito retornasse. Quando o mesmo chegou sozinho em sua casa, apunhalei com uma kunai em sua barriga assim que ele abriu a porta.

— O silêncio vale dinheiro. Adeus.

Deixei o corpo cair pra dentro, e fechei a porta, fugindo logo a seguir.

6° Ato Mercenário "D"

Houve uma testemunha de quando o acerto de contas foi feito, vá e silencie a testemunha.

Estava quieta em meu canto, quando aquele sujeito de sempre que ia caindo nas minhas graças e confiando cada vez mais em mim por eu fazer bons trabalhos para ele, vinha até mim para solicitar mais um serviço.

— Hey garota, estarei indo cobrar uns credores. Preciso de proteção, está disponível?

— Hum... Pode ser. Quando saímos?

— Agora.

— Opa! Tá certo, me de licença por uns instantes que vou me trocar.

— Sem problemas.

O homem saiu, e eu fui me arrumar. Me armei e assim que pronta, fui até o sujeito.

— Hora de ir.

Ele seguiu na frente guiando até onde tinha que ir. Passamos no primeiro devedor, batemos forte na porta e o homem atendeu.

— Então... Já estou esperando a 3 meses o pagamento. Ou paga agora, ou...

— Oh sim, eu ia te ver semana que vem para pagar, mas já que veio, aqui está. — O homem entrou rápido e retornou com o pagamento.

Saímos e fomos pro próximo.

— Este foi rápido, hein?

— É, alguns enrolam pra poder juntar tudo e pagar. Eu só mato os devedores que abusam com minha cara ou ficam 1 ano sem quitar o que pegaram emprestado.

— Entendo, eu acho que mataria se passasse do dia prometido.

— Hahaha, quem te vê, acha que você é inocente.

Continuamos a cobrar os devedores sem maiores problemas.

7° Ato Mercenário "D"

Dessa vez o cliente quer que Aiko o acompanhe em uma sequência de cobranças de empréstimo do ramo dos agiotas.

Ser mercenária às vezes é cansativo, ainda mais com um cliente tão constante quanto o que eu tinha arrumado. Ele vinha ao meu encontro mais uma vez, e o pedido era bem absurdo, embora eu não ligasse.

— Aiko-chan, preciso de ti novamente.

— Ah é? Me diz uma novidade, heh.

— Ora sua... — Ele suspirou e se conteve. — Enfim, deixando a má educação de lado, quero que encontre este homem. — Me mostrava sua foto. — E faça com que seu rosto fique tão horrível quanto se possa ficar.

Tomei a foto e olhei.

— Entendo... Um belo homem assim sem cara de bandido... Imagino o que ele fez de errado.

— O que ele fez, não importa. Apenas faça seu trabalho. Ele trabalha na forja de seu pai.

Com o rosto e local de trabalho dele, fui ao encontro do sujeito. Encontrei a forjaria, e entrei como possível cliente. O galante me atendeu.

— Olá jovem, o que deseja?

— Ah, eu? Bom, estou somente vendo. Curiosa em como é seu trabalho.

— Tem interesse em forja? Legal, posso te mostrar.

— Faça isso.

Ele me convidou e fomos até onde ele derretia o metal e criava suas peças. Eu o prendi com a sombra e usando a ferramenta que segura o pote com o metal derretido, joguei na face dele, causando uma queimadura incurável.

8° Ato Mercenário "D"

O criminoso está apaixonado por uma mulher, e com isso o ciúmes cresceu por causa de um bonitão galante. A ideia é desconfigurar a face do sujeito.

Sinceramente eu estava farta daquele sujeito sempre inventando problemas pra mim resolver. Se não fosse a grana que eu estava tirando disso tudo e a experiência no ramo mercenário, acho que eu já teria caído fora ou matado esse cretino. Acho que vou só esperar que Elaika de a ordem e eu exploda tudo como da outra vez. Isso sim será um belo golpe nesses malditos.

Deixando meus pensamentos de lado, me reuni com o maldito contratante. Cheguei meio sem paciência.

— Que foi dessa vez?

— Olha os modos.

— To sem saco pra isso, cara. Me diz logo o que tenho que fazer.

Ele me olhava feio. Um segurança se aproximava dele e cochichava.

— Senhor, acho que ela está naqueles dias...

— Verdade. — Concordou. — Seguinte, a família do cara que você dilacerou a face está causando problemas querendo achar o culpado. Não precisa matar eles se não quiser, mas faça eles pararem as buscas e retirarem a queixa.

— Tendi...

Fui saindo imediatamente dali, e indo atrás da casa do guri que havia feito tais atrocidades. Lá encontrei a mãe do sujeito cozinhando. Cobri o rosto com algo e entrei empurrando ela contra o fogão. A mulher se queimou na panela. Com a sombra eu mantive ela naquela posição, até que a retirei dali. Me aproximei da mesma, e disse.

— Pare as investigações ou a próxima coisa que vai queimar será sua alma. — Olhei a panela, peguei o caldo que estava dentro, e comentei. — Está gostoso...

E me retirei.

9° Ato Mercenário "D"

A família do sujeito que foi desconfigurado está buscando pelo autor do crime. Isso vai chamar muita atenção, então se livre dos pais ou dê um belo susto.

Enquanto eu estava descansando deitada na cama em meu quarto após de um dia entediante, eis que o som das bicadas de um pássaro no vidro da janela me surpreendia.

— Hum?

Olhei para ver o que era e me aproximei. Havia uma carta presa no corpo da ave, então a retirei. Quando abri a mesma, surpresa! Não havia nada escrito, era uma carta em branco.

— Hehe... Aquela vadia é muito cautelosa mesmo. Me enviou uma carta em branco para dizer que tenho carta branca para agir como eu quiser, agora. Ain como eu não estava possessa por este momento ahaha!

Aquela noite seria uma compensação pela chatice que foi durante o dia.

Pela madrugada, sai de fininho que nem uma ratinha atrás de comida. Evitei que a guarda conseguisse me ver e fui até o quarto do homem que me fez trabalhar tanto. Não ligava em ser contratada, mas puta cliente chato.

Invadi sua casa dentro da organização e lá estava ele sozinho tomando uma taça de vinho. Ele me viu, e sorriu.

— O que faz aqui, Aiko-chan? Não lembro de ter solicitado nenhum trabalho.

— AH sim, você não. Mas Elaika sim.

Ele arregalou os olhos. Já tinha ouvido falar no nome da suposta líder da máfia rival, mas não sabia que era a própria mulher que comandava tudo.

Não demorei e arremessar as kunais que eu tinha disposta em minhas mãos e impedi-lo de fugir. Me aproximei, e arranquei elas do corpo dele para efetuar cortes em sua jugular e cometer um assassinato frio e rápido.

Missão cumprida, agora era retornar pra meu alojamento e ficar quietinha.

Último Ato Mercenário "D"

Elaika deu sinal para dar inicio ao próximo plano, aja conforme estipulado.