RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Relembrando a primeira mensagem :

- Aqui ocorrerá o RP dos personagens Aysa e Tohru Inuzuka -
Objetivos:
1) Missão Rank C - Cadê meus bens?
2) Missão Rank C - Capture o Javali Gullinbursti
3) Aysa despertar o Sharingan

Missão 1:

Missão 2:

Off: post meramente organizacional. Seu próximo post é livre, desde que levem em consideração o recebimento dos 2 pergaminhos com missões e já cumpram o que foi dito na seção “dicas”, cabendo à equipe optar pela que realizarão primeiro.

Informo que as escolhas da equipe acarretarão os perigos para o despertar do Sharingan de Aysa. Isso poderá acontecer na primeira missão ou na segunda.

Atentem-se às regras do fórum, havendo possibilidade de, por más escolhas, alguma missão subir de nível para rank B ou alongar a quantidade de posts. Estejam atentos.

Estaremos no Verão - Clima quente e úmido, 33ºC - Post 0/10+.

@Black
@Tokimaro


Última edição por Pandora em Qua Dez 30, 2020 5:39 pm, editado 1 vez(es)
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Duas ninjas, duas missões e um par de olhos vermelhos - Arredores da vila


A visão das gennins era assustadora, de fato, o javali era bastante grande e ameaçador. De cara, puderam compreender tamanha aflição dos moradores do pequeno vilarejo que sofriam com a besta assassina. A "armadura" da fera não parecia, a distância, ter qualquer ponto fraco, embora as garotas pudessem notar certa irritação do monstro quando mosquitos pousavam ou voavam próximo de sua cauda.

Os olhos do animal pareciam estar feridos também, pois alguma coisa similar a sangue estava na região. Entretanto, poderia ser sangue de uma das diversas vítimas mortas no chão.

Seria possível que o grupo que a Inuzuka se recusou a averiguar realmente tivesse algo que poderia ser útil contra o monstro? Será que o dono do animal utilizou do mesmo tipo de pó para capturá-lo da primeira vez? Como Aysa lidaria com a atuação desatenta e arrogante de sua parceira que se recusou a seguir um pedido direto? Lado outro, como Tohru lidaria com a covarde de sua amiga Uchiha? Talvez fosse momento de acertarem suas diferenças. É claro, sem fazer muito barulho para chamar atenção do javali colossal.

O dia passaria mais rápido do que elas pensaram e, já com os raios do crepúsculo tomando conta do céu, poderia avistar o javali tomando bastante água e comendo alguns brotos de feijão de plantas bem próximas ao rio. Realmente, estava explicado porque tinha eleito aquele ponto como sua nova morada. Mais algumas horas e já seria o momento do javali se deitar, próximo da água, para repousar. De olhos fechados, o ser parecia inocente e dócil como qualquer outro animal na savana.

A questão final que eles deveriam tentar entender é: Seria possível, àquela altura, capturar o monstro vivo? Seria alternativa matá-lo e dar alguma desculpa ao contratante da vila? Caberia a elas decidirem o que fazer.

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Aysa Uchiha


Passar o dia de tocaia observando e avaliando a criatura mais grotesca que já deve ter pisado sobre a face da terra, que coisa emocionante e incentivadora. As moscas, voando de um lado a outro, zunindo nos meus ouvidos de vez em quando e o cheiro horroroso daquela criatura compunham o quadro e eram um incentivo a mais, de que eu queria ir embora dali o quanto antes. A grama sob meu corpo, apesar de desconfortável e um pouco úmida, nos protegia de toda sorte de insetos que passavam abaixo de nós, é claro, era impossível uma formiga aqui e outra acolá não se arriscar em manobras mais ousadas e picar minha pele exposta, de maneira que pequenas bolinhas vermelhas surgiram nas minhas pernas, tive que me segurar muito para não coçar até sangrar, de maneira que aguentei calada as dores pulsantes das picadas.


Na medida que o dia passava meus olhos se tornavam pesados, o sono ia e vinha e a fome, companheira constante desse dia e do anterior, era apagada pelo desconforto da situação, de modo que esqueci o sentimento tão desencorajador que era fome. Devo dizer que vigiar um bicho, por mais esquisito que ele possa parecer, nos seus, digamos, afazeres diários, não tinha nada de legal ou interessante. Tudo o que eu posso dizer é que meu desinteresse pelo cotidiano daquela fera tinha contribuído para a tendência do meu interior para eliminá-la da face da terra e dizer, cara a cara pro contratante da missão que infelizmente tivemos que matar o bicho, mas em compensação tinha sobrado um toicinho delicioso para ele; cem ryōs a peça. 


Outro personagem constante nessa tocaia era Tohru. Poucas coisas que Tohru falava me tocava de maneira efetiva, e essa era mais uma daquelas palavras de merda que a gente ouve de pessoas querendo ajudar. Penso que o silêncio às vezes é o melhor amigo, de maneira que a única coisa que ela fez, ao assumir que percebia que eu estava com medo, foi me constranger. Eu, Aysa Uchiha, sendo aconselhada por essa pulguenta miserável, o que mais devo dizer? Quem disse que estou com medo, foi tudo o que resmunguei, bem baixinho, olhando para ela despreocupada e desinteressada por qualquer outra coisa que ela pudesse falar. Mesmo o plano que minha amiga contou parecia piada, ora, agora ela queria agir com cautela! Só pode ser brincadeira, pensei. Mas no fundo, bem lá no fundo, nessas divagações infantis de minha parte, no canto da minha boca, um pequeno sorriso se firmava, eu tinha uma boa amiga que me conhecia tão bem, por que diabos eu ficaria irritada com ela por isso? Não é o sonho de todo mundo? Por mais que ser chamada de covarde fosse irritante, essa era uma palavra que talvez coubesse perfeitamente a mim. Caiu como uma luva. 


O dia obviamente não foi tão sem propósito e valor assim, afinal ele serviu para três coisas primordiais no desenvolvimento e organização dos meus pensamentos, os quais devo contar. Primeiro, refletindo um pouco sobre a possibilidade do homem circense ter pego o animal, ele infelizmente não nos informou como fez, talvez tenha contratado um ninja, vai saber, o imprestável não disse nada, o que me levou a questionar a utilidade do suposto pó, mas também me levou a um outro questionamento, o porquê do homem que conseguiu ferir a fera, de alguma forma, não ter utilizado o suposto pó, ou ainda pior, caso ele tenha utilizado, mas o velho com bafo horrível do vilarejo não ter me informado, o que não seria estranho visto que as pessoas são tão burras, principalmente as do interior. A pior possibilidade seria ser este um pó super raro só encontrado na casa do...; segundo, a criatura comia brotos espalhados pelo solo, será que a fera poderia ser atingida por algum tipo de sonífero? O pó em questão poderia ser um sonífero e com a isca certa nós poderíamos botar a fera para cair num sono profundo?; e terceiro, algo que talvez nós duas tenhamos percebido, mas o bicho que possuía uma defesa perfeita tinha uma sensibilidade, digamos, nada convencional, para usar o termo abstrato utilizado no pergaminho para descrever a criatura, na cauda. 


Então eu tinha avaliado três possibilidades, as duas primeiras completamente amalgamadas. Assim que o sol começava a partir, virei meu rosto para Tohru e contei, próximo ao ouvido dela, sobre as duas primeiras possibilidades, quanto a cauda, apenas fiz uma pequena menção, pois já imaginava que ela mesma havia percebido, também parei para ouvir as própria conclusões dela. No final do dia ainda tínhamos uma decisão a fazer, talvez, agora penso com mais tranquilidade, se decidirmos por simplesmente matar o bicho, conseguiríamos fazer com facilidade, afinal, diferente daqueles mortos ali, éramos ninja, tínhamos conhecimento das artes ninja, além de ter a vantagem do pensamento racional, que vez ou outra abandonava a bruxinha de cabelo esverdeado do meu lado. Temos que pegá-lo numa armadilha, comentei, ou uma de nós volta à vila para perguntar sobre o pó, ou se alguém tem algum tipo de sonífero para colocarmos numa isca, insisti, mas pensei, se eles tivessem um sonífero ou algo como um pó mágico por que não usaram? Assim, logo tratei de descartar a ideia e disse a Tohru o porquê. Com isso, talvez uma abordagem direta fosse a ação correta, de maneira que dessa vez não relutei em dizer que se Tohru escolhesse pela luta, se ela preferisse isso a minha armadilha ou se  ela não tivesse uma armadilha própria, que eu a seguiria, dessa vez só estava avaliando a situação com cuidado, mas já não estava com medo. Temos que agir, o que não significa que não podemos pensar, foi o que eu disse, bem próximo a ela. Seja como for, em breve estaremos cara a cara com a fera. 

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A caçadora feroz da matilha
InuZuka Tohru
Horas se passavam enquanto procuravam uma oportunidade de ter vantagem contra o animal, era tedioso ficar ali esperando um momento oportuno para um ataque, a observação era constante, porém era indiscutível que nada muito interessante foi encontrado.

No passar das horas poucas palavras eram trocadas entre as ninjas, não por motivos de brigas ou desentendimentos, pelo menos não na visão de Tohru, era apenas um dos ofícios de uma tocaia, e mesmo que estivesse em conflito de interesses com a Uchiha, Tohru apenas levava isso como devia ser, conflitos de interesse, era quase impossível ficar irritada com sua amiga de infância por coisas tão boba, era claro que qualquer um sentiria medo daquela situação, visualizando a criatura nos próximos momentos monótono era até possível que a destemida Tohru começasse a ficar com medo, vendo que não teria saídas lógicas para o próximo confronto, seria apenas uma luta duradoura entre as as ninjas contra o grande javali.

Tohru quase caia no sono em todo momento de observação, contudo, tentando ao máximo não tirar os olhos do animal ela conseguia vencer o sono.

Para a Inuzuka todo esse tempo foi um grande desperdício, esperava que ao menos Aysa com sua inteligência conseguisse descobrir algo, afinal, o único ponto fraco realmente visível era a cauda, e é um fato que não se pode matar um animal apenas machucando sua cauda.

Com o final do dia, Aysa começava a transmitir todas suas conclusões, diferente de Tohru ela havia chegado a vários pensamentos que faria tudo aquilo fazer mais sentido, a falta de informação na missão tanto por parte do contratante quanto pelo tal velho que Aysa havia conversado parecia descartar a ideia do pó mágico, além disso, parecia até mesmo que o contratante não teria tanta ânsia em ter o animal de volta pela falta de informações sobre a criatura, a descrição não convencional até batia com a entidade vista, mas era rasa demais, porém no fundo isso nem mais importava para Tohru que já estava dispostas a mata-lo.

Logo era aberto a oportunidade de fala para Tohru, que dizia em sussurros preguiçosos — Sabe, Aysa. Eu não estou tão afim de levá-lo vivo mais, olha o tanto de inocentes que essa criatura matou, e nada garante que ela não fugirá novamente matando mais civis, não têm dinheiro que pague esse risco, matar a criatura é mais fácil e tem menos risco tanto para nossa segura, quanto para segurança do próximo vilarejo que esse animal for solto… criaturas assim devem ser sacrificadas.

Inicialmente era proposta uma armadilha e novamente a utilização do pó que Tohru já havia descartado, porém, a ninja conhecia sua amiga e era quase visível em sua fala que já estava dispostas a batalha contra a criatura.

— concordo, devemos agir, mas não acho que temos o necessário para fazer uma armadilha para pegar um animal desse porte e com essa defesa, mas se um homem conseguiu derrubá-lo com um golpe, a gente que é ninja consegue melhor, então eu tenho uma ideia… —ela inspirava o mais forte possível antes de completar — meu plano é o seguinte; eu me jogo sobre a criatura em um combate direto tentando atacar suas juntas em cima da pata dianteira, por dois motivos; primeiro que normalmente as juntas são mais fracas que o restante do corpo, vou mirar um pouco acima do cotovelo, caso suas juntas sejam endurecidas como o restante do corpo, seria ilógico o animal ser rápido pela falta de flexibilidade que afetaria sua mobilidade o que me permite escapar, além disso atacando nessa região eu tenho a oportunidade de afetar algum órgão, de toda forma, caso ele consiga reagir eu acredito que sou rápida o suficiente para colocar uma distância segura em conjunto com as técnicas do meu clã que são especializadas em atacar e afastar, o que faz meu segundo passo… você vai assar esse porco imundo com seu fogo daqui de cima, mesmo que meus ataques não funcione você vai atingir ele diretamente com saraivas de chamas, o que nos dá outra chance de feri-lo e prejudicar sua energia com calor excessivo, acredito que com seu katon alternando com os meus ataques podem derrubá-los facilmente, e isso que nos torna diferentes dessas pessoas que morreram. Enfim, esse é meu plano. Eu ataco, você ataca, eu ataco e você ataca, até cansamos o animal ou melhor… Até matarmos com essa tática de matilha —esperaria a resposta da ninja e talvez até mesmo outra sugestão de plano mais eficiente.

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A noite tinha caído e o animal, da distância em que as ninjas estavam, aparentava estar dormindo. O terreno em que ele estava tinha um lago de 5 metros de largura, causado pelo rio que passava por ali. À esquerda do lago, o campo de brotos de feijão que ele comia mais cedo. O restante, é totalmente aberto, com árvores apenas a 50 metros atrás do campo de brotos de feijão.

As duas discutiram sua estratégia e se prepararam para o combate que se aproximava. A ação era necessária para a captura ou morte do animal.

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Ouvi o plano de Tohru com atenção, cada palavra dita por ela pareciam ir do meu cérebro pro estômago como uma terrível indigestão. Minha amiga considerou com muita racionalidade que, apesar do aspecto externo da criatura, todo seu comportamento e limitações estariam regidas por uma lei natural que comanda todos os seres vivos, mas o quão absurdo pareceria pra mim, se há três dias alguém tivesse afirmado ter visto um javali de três metros, de fisionomia dourada e responsável pelo assassinato de várias pessoas? Talvez eu caísse na gargalhada, tamanha a irrealidade dessas afirmações, porém, ao contrário, aquele ser existia e parecia desafiar todo o tipo de lógica. Ainda assim, o que eu sei de animal ou de lógica? Absolutamente nada. Portanto, por mais absurdo que possa parecer, abordar de maneira racional uma criatura que rompe com a razão e que se situa no campo da criptozoologia, talvez seja a única atitude correta a ser tomada, afinal, qual outra referência temos para derrubar a criatura se não o concreto? De modo que balancei a cabeça, assertiva, para a estratégia da minha amiga.

Você tem razão quanto a eliminar esse bicho, afirmei irritada, olhando para a criatura dormindo despreocupada. Uma pessoa que possui um ser como esse não pode dar o deslize de deixá-lo fugir, pena que não podemos jogar o contratante da missão junto a essa criatura nefasta, foi tudo que respondi, com desgosto só de imaginar a tranquilidade com que dormia o dono dessa criatura. Que seja, vamos dar início ao seu plano.

Devo dizer algumas coisas antes de mais nada, não é que eu não me preocupasse com Tohru, afinal ela iria se lançar contra aquela terrível fera, mas eu confiava nela, além do mais, por mais egoísta e covarde que seja, porque realmente é, antes ela do que eu, no final do dia eu dou o crédito pra ela e a pago, sei lá, com petisco ou qualquer outra nojeira que um Inuzuka aprecie.

Minha ação seguiria como planejado, observaria o plano de Tohru e assim que ela fizesse o movimento afastando da criatura eu mesma lançaria contra a fera uma bola de chakra em forma de fogo, exalada diretamente do meu interior perturbado pela existência daquele ser e com interesse único de eliminá-lo da face da terra. Torcia no meu fundo para acertá-lo, sobretudo, para que fizesse efeito em seu corpo.


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A caçadora feroz da matilha
InuZuka Tohru
Tudo estava pronto para o ataque, aproveitar que o animal estava dormindo era fundamental para a primeira investida, então era natural que assim que confirmasse com Aysa, Tohru já estaria pronta para o combate a fim de não perder mais tempo.

— Arte Ninja de Mimetismo Animal: Jutsu Quatro Patas —Sussurrava de bruços no chão após fazer o selo de mão do tigre ativando seu Shikyaku No Jutsu, nesse momento sua aparência se tornava um tanto quanto mais feroz com seus dentes caninos ficando cada vez mais visível, seus dedos e unhas tomando a aparência de garras, e seu único olho descoberto ganhando pupilas que pareciam fendas, sem dúvida, Tohru havia se tornado um predador natural naquele momento.

"Eu vou matar ele! Você não pode fugir dos meus instintos, mesmo que tente, porco gigante!"

Assim que sua transformação estivesse completa, Tohru correria usando suas quatro patas em direção a criatura, saltando sobre a colina usaria novamente seu jutsu Tsugã ainda no ar, tentando mirar ao máximo nas juntas da pata dianteira do animal acima do cotovelo, se deslocando para uma distância de oito metros logo em seguida, esperando o ataque combinado da Aysa.

Nesses momentos era possível ver o sangue de Tohru fervendo sobre seus olhos, sua postura e atitude haviam se tornado como de um animal feroz pronto para matar sua presa.

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A sorte estava lançada e o ataque da jovem Inuzuka era de tamanha velocidade que nem seria possível para a Uchiha ao menos saber o que estava acontecendo. De repente, em um instante, a caolha se lançou com força contra o animal. Entretanto, ao se chocar com ele, um barulho metálico muito intenso poderia ser ouvido até mesmo pela jovem Aysa.

Tohru pode se afastar, percebendo que seu ataque não surtiu efeito contra a couraça defensiva possuída pelo monstro, que abriu os olhos e começou a se levantar, muito devagar. O ataque da Uchiha, por último, alcançou o ser quadrúpede quando este ainda se levantava e também foi contido pela defesa. Talvez, ambas percebessem que não seria possível, no atual estado de poder, atravessarem a armadura dourada de Gullinbursti.

Se a Inuzuka pensasse bem, tinha sido alertada pelo morador que ela tinha interpretado como ofensivo. Talvez, ela não fosse forte o suficiente para derrubar o monstro em um ataque direto. O mais provável era que ninguém no mundo pudesse atravessar a defesa absoluta do javali grotesco.

Agora, o jogo tinha virado contra elas. Já de pé, o Javali quem assumiria a posição ofensiva. Instintivamente, um brilho se iniciava na cabeça do animal. Intenso, como a luz do sol ou até mais. Aysa poderia se lembrar das palavras da moradora do vilarejo próximo:
"_Moça, moça, moça... nosso maior guerreiro conseguiu, mesmo cego pelo brilho do monstro, acertar sua cabeça e o derrubar. Mas, como ele não estava vendo nada com todo aquele brilho. Era impossível de ver, brilhava mais que o próprio Sol... Ele é o fim do nosso vilarejo..."

Em menos de 1s, todo o corpo do animal começou a brilhar com uma intensidade indescritível. As gennins, com certeza, jamais teriam visto algo brilhar com tanta força em suas curtas vidas. Era aquele brilho o toque final para tornar o javali tão efetivo contra os guerreiros mortos no chão em que digladiaram. Sua defesa de durabilidade incrível com um brilho capaz de ofuscar qualquer um, antes de partir em alta velocidade contra seu alvo: Tohru, neste caso.

O animal correu na direção dela, a cerca de 15m/s, tentando acertar uma cabeçada em seu tronco. Logo depois da investida, o javali continuaria correndo por 1,5s e se voltaria para seu alvo. Juntamente com um grunhido ensurdecedor, furioso, a armadura dourada poderia ser vista por quem ainda pudesse enxergar.

Por que o javali se levantou tão lentamente, mas pode atacar com velocidade depois de brilhar? Aquela questão poderia ser a chave da vitória no combate, se as garotas pudessem descobrir a resposta em meio ao confronto direto. Aliás, não apenas aquela, mas as instruções confusas dadas pela jovem moradora do vilarejo também poderia auxiliar infinitamente.

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Existem coisas que fazem sentido do nada, se encaixam em nossas cabeças como um quebra cabeça de início irritante, mas depois prazeroso. A resolução desse quebra cabeça, bem específico, entretanto, poderia custar a vida de quem arrisca tudo para resolvê-lo. Quando aposta-se todas as fichas da mesa numa única partida no poker, outro jogo da mente, o termo que usamos é all in. Mas qual era esse lampejo único que do nada iluminou minha mente? Bom, talvez eu esteja errada, mas devo tentar explicar meu raciocínio. 


O javali selvagem de nome complicado demais para lembrar-me veste uma espécie de armadura dourada, por isso eu não acertei, por isso Tohru também errou, mas existe algo mais, por que um civil normal conseguiu ferir a fera? Por que a fera levantou devagar e correu tão rápido? Para muitos essas perguntas não levariam a lugar nenhum, mas não para mim, na verdade, a resposta foi nos dada de mão beijada e por isso tenho que expor essas reflexões, mesmo que muito tardiamente, o que poderia ter nos dado uma incrível vantagem logo no início da missão. A resposta da primeira pergunta tem um dado fundamental, que um homem conseguiu acertar a cabeça da fera quando essa já estava iluminada, cegando o alvo. Já para a segunda pergunta é muito fácil, a fera correu mais rápido do que se levantou também porque já estava iluminado, mas o que quero dizer com isso? O segredo daquilo que me levou ao meu all in é muito simples, a fera foi ferida porque a luz é uma defesa alternativa, ela na verdade expõe o corpo do javali e o deixa vulnerável a ataques, talvez a armadura se desfaça em fótons para cegar o inimigo e facilitar uma movimentação ofensiva. O mesmo para quando ele levantou, ele o fez lentamente porque estava com a armadura, porém, no momento que se iluminou, ela já havia se desintegrado em luz e todo seu corpo agora estava exposto. 


Bom, minha movimentação a seguir, por mais arriscada que seja, creio ter algum fundamento, o que me encheu de coragem. Cobri meu rosto diante da iluminação terrível da fera e corri em direção ao lago, me jogando no corpo d'água. A ideia fundamental era que toda forma de onda, quando entra na água, tem suas propriedades alteradas, levando a uma diminuição da energia e também da própria luminosidade, consequência da diminuição de sua velocidade e, obviamente, da sua frequência. Ao correr, gritei para Tohru fazer o mesmo e vir em minha direção, usando o latido de seu cachorro e seu barulho como sinal trazendo a fera para mim, assim, sairia da água já com o selo de mão preparado, lançaria minha bola de fogo contra a fera, esperando que minha melhor amiga entendesse minha posição de mão e desviasse da criatura, expondo ela a esse ataque que na minha mente soberba foi implacável, o qual eu espero do fundo do meu coração dar certo. 


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A caçadora feroz da matilha
InuZuka Tohru
 Tohru estava na frente da fera e seus ataques não tinham feito danos nenhum, tão pouco os da Aysa, não faria sentido algum para Inuzuka manter aquela ofensiva se nem ao menos haviam surtido efeito contra o alvo que levantava lentamente rumo ao seu ataque.

Tohru cobria seus olhos rapidamente quando a criatura começava a brilhar — coisa que não há via sido informada pela Aysa que tinha obtido essa informação com os moradores do vilarejo — e em meio a cegueira e gritos da Uchiha a garota não pensou duas vezes antes de se jogar rapidamente no chão correndo em direção ao cheiro de sua amiga, não podia contar com sua visão e agora teria que acreditar na garota para ter chances de escapar, movida pelo seu olfato e contando que seria mais rápida que a criatura, Tohru corria em direção a sua amiga.

"Ela vai atacar? Ou iremos fugir? Não o cheiro dela está próximo, eu preciso correr e chegar nela, vamos Aysa, tenha pensado em algo e nao morre"

A garota apenas corria em direção oposta a investida do javali que vinha em direção a Aysa que estava localizada atrás dela, assim que chegasse aproximadamente três metros da garota, Tohru saltaria com toda sua destreza sobre ela, contando que um contra ataque viesse em contra partida.

— Se for queimar ele, agora é a hora! —Gritava enquanto caia no lago que só era percebido quando o tocava após o salto.

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Tokimaro
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Pandora
Iwagakure Sasaukage
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Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
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Cargo Especial : Sem Cargo Especial
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Local: Kumo ❲ Verão ❳ Temperatura: 30ºC
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Duas ninjas, duas missões e um par de olhos vermelhos - Arredores da vila


Aysa tinha compreendido o mecanismo de defesa/ataque do monstro e talvez tivesse chance de vencê-lo. O instinto do javali era ofensivo e assassino provavelmente por ter sido capturado e fugido matando seus tratadores. A Uchiha correu para o lago, com seu plano, e atraiu a atenção do animal que a atacaria em breve. Mais uma vez, o Gullinbursti começava a brilhar intensamente e correria na direção das meninas.

O grande problema do animal era sua irracionalidade, que o impediria de ver por trás do plano da gennin mais esperta. Acostumado com ataques descoordenados e a esmo. Não era o caso ali, a garota tinha informações e conhecia a fraqueza do monstro. O fogo o atingiu em cheio e o derrubou próximo do lago. O animal não tinha forças para continuar a lutar, embora sua carapaça dourada tenha coberto novamente seu corpo. Isso também o impedia de fugir.

Considerações:


Última edição por Pandora em Sex Jan 15, 2021 7:01 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Corrigir um erro no template)
Pandora
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Convidado
Convidado
Aysa Uchiha


Minha estratégia tinha dado certo, assim como meu raciocínio que me proporcionou um momento de satisfação muito grande. A água ainda escorria pelo meu corpo e cabelo, deixei-me lançar sobre o chão devido ao fim da descarga de adrenalina do momento, fiquei apoiada pelas mãos e com as pernas dobradas sobre o chão, ofegante. Vi os pingos que escorriam do meu rosto e cabelo gotejar no chão, estando tão próxima do solo, aquelas gotas pareciam lágrimas, mas não eram. 


Levantei minha cabeça e olhei para a criatura que naquele momento estava incapaz de realizar qualquer movimento. Observei cada detalhe da fera e toda aquela raiva que percorreu minhas veias e todo meu corpo se dissipou, foi para um lugar no passado difícil lembrar por mais recente que seja, como numa briga entre duas crianças que no mais tardar estão correndo uma atrás da outra numa brincadeira qualquer, porém, ali estavam um monstro rendido e eu, desistindo de qualquer iniciativa sanguinária contra uma criatura indefesa. 


Ele só estava se protegendo, foi tudo o que disse, bem baixinho, só pra mim. No fundo ainda não entendia o que queria dizer, tinha noção de que o que me fez odiar aquela criatura era seu perigo iminente de matar a minha amiga e a mim, mas não acreditava que o javali fosse essencialmente mau. A realidade é que ele estava se protegendo, por mais perigosa que seja seu aspecto, por mais estranha que seja aquela simpatia momentânea vinda de mim, meu ódio se deslocava para o outro lado, quem colocou uma armadura dessas nessa fera? E quem descuidou o suficiente para deixá-la fugir? Qual a punição receberam aqueles que fizeram isso com o bicho? Ou apenas ele deve ser punido com a morte? Isso me atordoou, olhei para os olhos fechados do bicho novamente, pensei ver nele certa inocência e o mais puro instinto, eu não era capaz de ferir a criatura, estava presa naquilo que algumas pessoas chamam de dilema moral. 


Levantei e fitei Tohru, creio que minha feição estava mais séria que o normal, mas estava despreocupada para alguém encharcado, fedendo por causa do lodo da missão anterior e principalmente com sono e fome, e essa despreocupação vinha pelo fato de que eu não tinha competência para julgar o que Tohru sentia e nem as suas ações, consequência da profundidade de seus sentimentos, de maneira que isso se tornou, em partes, um alívio para aquele fardo moral que assolou-me. 


Faça o que quiser com ele, disse para Tohru, já sabendo de sua decisão e de como ela era teimosa, encostei minha mão próxima a uma fresta perto do pescoço de Gullinbursti, uma área onde um corte de kunai poderia matá-lo. Não se esqueça de pegar algo que prove que matamos... para comprovar o cumprimento da missão, disse por fim. Depois, andei lentamente em direção à vila, esperando o movimento de Tohru para matá-lo, seja como for, no final do dia eu queria estar em casa comendo uma deliciosa sopa de legumes, depois de um belo banho e terminaria o dia com a mais deliciosa das sobremesas, uma excelente noite de sono. 


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Técnicas:


 
HP: 120/120 • CK: 080/120 • ST: 1/3 • Insanidade: 140/140 •



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Tokimaro
Konohagakure Chunin
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A caçadora feroz da matilha
InuZuka Tohru
 — Shannarō! Você derrubou o demônio desse porco, levanta agora seu animal fedorento! Eu sabia que você ia pensar em algo! Pensei que… — em meio a gritos e saltos de comemoração, Tohru ainda ensopada pela água do rio comemorava com todo seu sangue a derrota do animal, mas logo mudava sua postura para algo mais observadora ao notar que ao contrário dela Aysa não estaria tão animada com suas derrota. Notava que estava séria e que possivelmente tinha se arrependido da ideia de matar o animal, mesmo dessa forma ela pareciam dar uma sinal verde enquanto abandonava a garota com a criatura, talvez para não ver o sacrifício que iria por fim por parte da Tohru.

A garota não pensava duas vezes antes de retirar um senbon de sua bolsa e suavemente desliza-lá sobre seus finos dedos, ela mirava com um olhar sanguinário para a parte onde Aysa havia apontado como frágil enquanto sorria pela oportunidade de dar o golpe final.

Faça o que quiser com ele? Não era o que queríamos? A Aysa está pensando em deixar esse monstro vivo na mão daquele incompetente de circo? Ela só pode está brincando…"

A garota erguia sua sebon contra a criatura quando por um momento desistia, ainda não podia acreditar em seus movimentos porém não podia mata-lo se não é o que sua amiga que finalizou em combate não queria.

— Droga, Aysa-Senpai, pelo menos poderia fingir que não se importava — Sussurrava enquanto a Uchiha sumia de sua visão, a garota agora arrastando a criatura extremamente pesada pela pata reclamava de forma vagarosa sobre tudo que havia acontecido. O peso do animal era absurdo e por isso demorava muito mais tempo que Aysa para chegar ao vilarejo, porém logo que chegava ao encontrar sua entrada começava a gritar novamente escondendo sua frustração na quebra do plano, porém acima de tudo no fundo se sentia melhor, pois não estava convicta que poderia mata-lo se o seu próprios caçador optou por não fazê-lo.

— O gigante "Gilubu… Jolibi… Bunigus…" O javali foi capturado! A Uchiha o derrubou com suas estratégias geniais! Aysa Uchiha foi sua caçadora! —ela berrava quase ao ponto de perder a voz com os olhos fechados. Independente do resultado daquele dia, ela ficava feliz por finalmente poder ir para casa.

"se eu o tivesse derrubado, ele estaria morto, mas não sou eu que decido o destino de quem se mostrou mais forte do que eu, quem deveria escolher é a Aysa, e se ela não escolheu então você vive. DEU SORTE"

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Duas ninjas, duas missões e um par de olhos vermelhos - Arredores da vila


As garotas decidiram deixar o animal vivo. Foi sofrido, mas gratificante. A garota Inuzuka, por ser mais forte, ficou responsável por arrastar o javali até o vilarejo. Para surpresa delas, o contratante daquela missão estava ali com uma dezena de capangas armados com lanças.

O dono do circo se aproximou com uma aparelho e, ainda mantendo distância, encostou na armadura do animal, dando-lhe um choque extremo por todo o corpo. Talvez a Inuzuka obteria a resposta para a questão, a armadura não era, de fato, uma defesa para o javali e sim uma forma de castigos constantes. _Desta vez, toda sua jaula será equipada com aparelhos de choque, seu animal imundo... Aprenderá a não cuspir mais no prato que come... A expressão do animal, naquele momento, ecoaria na mente das garotas. O ancião diria em voz baixa para a jovem Uchiha, próxima dele. _Às vezes, estar morto é melhor... E para o javali, estar morto seria melhor.

Saíram dali, levando o animal embora. As gennins também iria embora. Era o fim daquele dia e, em casa, estariam livres para fazer o que quiser.

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