Com o quinto portão recentemente descoberto e masterizado da melhor forma que seu potencial permitia, Kaginimaru desejava continuar evoluindo e desenvolvendo ainda mais esta habilidade em específico. Os efeitos colaterais pareciam ser inevitáveis para si, mas ainda sentia que poderia ir além e liberar os restantes bloqueadores do fluxo total de seu chakra, assim elevando seu corpo ao verdadeiro potencial que possuía.

Continuava com o mesmo pensamento de que precisava ter a garantia de mais poder para situações que necessitaria disso, mas as reações adversas que sofria após o fechamento começava a preocupá-lo. Desde que havia aprendido a abrir o quartão portão, sempre que o fechava sentia como se seu corpo tivesse sido rasgado por dentro em diversos pontos, com o quinto portão, as dores e a sensação de estar sendo consumido de dentro para fora parecia dobrar, se fosse seguir por esta lógica, o próximo portão seria quatro vezes mais doloroso do que o quarto ao seu término.

Tinha plena consciência de que eram dores passageiras e seu corpo hora ou outra se recuperava, mas aquela intensidade o deixava sem forças e foco para continuar dando seu potencial em uma luta, ou seja, após o fechamento destes novos portões, ficaria mais fraco do que normalmente seria sem eles. Uma faca de dois gumes onde seria obrigado a pensar no futuro; uma luta onde seu oponente aguentasse as ofensivas em conjunto com os portões de alto nível liberados traria uma desvantagem imensa no final, como se dali em diante fosse o inimigo quem estaria com os portões abertos — tão fraco que Kaginimaru se encontraria. Por isso, entendia que tinha de no mínimo nocautear o oponente enquanto os portões estivessem abertos, pois suas chances de vitória se reduziriam drasticamente quando estes fossem fechados. Teria de calcular o momento ideal para colocar o potencial máximo de sua técnica assinatura em campo de batalha, não sendo algo que utilizaria o tempo inteiro.

Refletia sobre todos estes fatores enquanto caminhava em direção ao campo de treinamento que costumava sempre estar presente e estrear suas novas técnicas ou habilidades. Já estava mentalizando como prosseguiria com o treinamento da vez, testaria, assim como fez com os anteriores, se conseguiria abrir o sexto diretamente, sem passar por todos os outros como a maioria — exceto o quinto até então, requeria. Muito embora os esforços que necessitava eram obviamente superiores para abrir um portão diretamente sem acessar os outros, o tempo que poupava na abertura com toda certeza tinha capacidade de mudar o rumo de combates, e era por conta disso que buscava sempre ter a noção sobre qual portão possuía a capacidade de abrir diretamente e quais não teria.

Focalizado na região do estômago, Kaginimaru já tinha noção de onde o Tenketsu bloqueador se localizava, afinal tratava-se de uma linha reta. Fazia então sua posição com os joelhos levemente flexionados e os punhos cerrados na altura da cintura, com os cotevelos também levemente flexionados para trás. Dava valor para a isometria perfeita, assim concentrando toda sua força latente no ponto onde mirava, tendo capacidade para se forçar tanto ao ponto de sentir as dores dos seus músculos se contraindo. Aquilo também era a precedência do portão, sentia dores fortes ao término, mas também não deixava de sentir dores durante a execução — muito embora estas ficassem mais apagadas devido a adrenalina do momento que o deixava totalmente eufórico.  

Sua pele começava a ficar extremamente avermelhada e a aura de suor esverdeada o circundava como nunca, a maioria dos portões tinham estes efeitos, portanto não era possível ter plena noção se estava tendo sucesso com o portão que almejava ou estava apenas abrindo outro acidentalmente. Mas as dores exorbitantes entregavam que sim! era um portão diferente de todos o que estava acostumado. O susto perante a dor repentina em toda a consistência de seu corpo o fazia perder a concentração necessária que estava dedicando e o Sexto portão se fechava.

Com ele, as dores vinham mesmo sem ter feito esforço físico algum com aquele aumento de capacidades físicas; sentia seus ossos pulsarem de dor, algo jamais antes visto, juntamente com seus músculos que formavam dores tão intensas que o jovem tinha dificuldades até para respirar. Sentia-se extremamente cansado repentinamente, mesmo exalando energia segundos atrás, tratava-se da confirmação de suas suspeitas: O Sexto portão era tão intenso quanto imaginava, sendo muito superior a todos os outros até então. Embora fosse óbvio, Kaginimaru ainda tinha dúvidas do que poderia esperar, ter a confirmação foi o que o motivou ainda mais a continuar com seus esforços.

Alguns minutos agachado, lidando com as dores intensas, o garoto levantava-se mesmo ainda sentindo alguns dos efeitos colaterais e novamente tentava concentrar-se, mas agora tinha uma estratégia diferente em mente. Sabia que abrir um portão diretamente, pulando suas etapas, mesmo que possível, era extremamente difícil e improvável de conseguir mantê-lo por muito tempo, tendo em vista que havia sido assim com o quinto e agora com o sexto portão. Então, abriria todos, um de cada vez, até chegar ao sexto com todo embalo possível.

Assumia a mesma posição de anteriormente, mas desta vez começava leve, pelo primeiro portão. Partia para o segundo, terceiro, quarto... com um esforço muito mais superior, abria o quinto. à esta altura, já estava ofegante ao mesmo tempo que exalava uma intensa vontade de gastar suas energias pulsantes, mas estava no ponto mor da situação. Novamente, concentrava-se em seu estômago e então ia. — O Sexto Portão! O Portão da Alegria! — Gritava, visando buscar ainda mais forças de seu interior através do próprio incentivo de voz. Sua aura se intensificava como nunca e a leveza de seu corpo, muito embora o sentisse extremamente mais forte, era incomparável. Experimentava dar uma volta pelo campo e os valores que atingia era surpreendente. Alcançava trinta e três metros por segundo, batendo seu próprio recorde de velocidade, mas sabia que ainda poderia alcançar mais! Experimentava, por fim, realizar um golpe no solo, que o danificava de modo que a região em sua volta tremia levemente. Era surpreendente o que seu corpo podia fazer com os limites removidos.

Ao término, no fechamento do portão, as dores novamente voltavam, mas desta vez, muito mais intensificadas do que anteriormente, dado o tempo que havia ficado. Se antes havia apenas repousado enquanto estava agachado, agora tinha de ficar deitado, ali no meio da terra sem mover seus músculos afim de recuperar-se de uma vez e livrar-se de toda aquela dor lancinante.

Considerações:

Bolsa de Armas:

Jutsus Utilizados: