A mente vagueava por entre os receios e incertezas pertinentes aos eventos transcorridos para com Kumogakure, estes referidos transportavam-se através das sinapses e transcorriam em uma hesitação e sobriedade; em fato, Aru, assumia titubeações acerca de sua incapacidade enquanto ninja de combate frente ao resulto desmaio enquanto ainda sobre a primeira fase do festejo e a consequente eliminação.

Os olhos vibrantes e vermelhos concentravam-se sobre um ponto fixo da parede embranquecida, estava em serviço da casa de saúde o que materializava a exteriorização de um jaleco e um pijama rosado abaixo do anteriormente citado. Em torno de si, de maneira caótica e compreensiva, decorria o cotidiano hospitalar, enfermeiras corriam apressadas, bipes tocavam intensamente, crianças choravam em medo e atendentes categoricamente organizavam pacientes por ordem de necessidade.  

Suspirou fundo permitindo que o abrasar comumente associado as tardes de Sunagakure preenchesse os pulmões. Um suave balançar evidenciara-se sobre a cabeça de fios platinados, visando, por intermédio do referido, a expulsão dos pensamentos vacilantes que flutuavam em sua direção. A mente doía, o coração apertava, aflição acerca de suas próprias capacidades.

Gritos apreensivos invadiam o recinto, o Uzumaki atentara-se sobre os aludidos, identificando, a partir dos mesmos, égide e empenho. O pequeno médico apressou-se sobre os corredores descolores atravessando objetos metálicos e filas para tratamentos diversos, havia alguma urgência no que tange os passos e esses ecoavam através do piso de ladrilhos que expunha-se em todas as áreas do prédio.

Uma vez que sobre o salão principal encontraria um jovem de cabelo espetado alaranjado e olhos diminutos dispondo-se em sangue em um maldisposto nó que, aparentemente, buscava pelo estanque da ferida disposta, mas que, indubitavelmente, falhara sobre a tarefa, o tom de pele expresso pelo desconhecido jazia empalidecido e as feições estanciavam entre o desespero e o esforço. Engoliu em seco aproximando-se do rapaz. – Sou médico e irei atende-lo se forem os pais dele peço que me acompanhem, caso o contrario deverão ficar aqui. – Articulou imbuído em seriedade enquanto envolvia o braço da figura sobre seu pescoço visando ampara-lo e conduzi-lo.

O levaria em direção a um dos leitos privativos do hospital dispondo-o de maneira cuidadosa para que ficasse deitado. – Me chamo Aru Uzumaki, preciso que você me diga o que está sentindo, para além dos ferimentos. – Comentou esperando pelas respostas do outro. Categoricamente, e ainda utilizando de cautela examinava parcialmente o corpo alheio, a profundidade dos machucados, a quantidade de sangue perdido, o nível de consciência e possíveis acessos e ossos quebrados, precisava realizar esse primeiro procedimento para ter certeza sobre a técnica utilizada e a gravidade do caso do garoto.

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O jovem ruivo que ali se dispunha acessava uma referida raiva e/ou brutalidade que transcorria em uma tida violência e afluência agressiva, ainda que, esta em especifico não fosse direcionada para com o tokubetsu, indicava, ao referido, cautela no que tange os sentimentos e a maneira como aborda o até então desconhecido.

Suspirou fundo. – Você não poderia vir sozinho, não sei onde estava, mas hemorragias são sempre preocupantes, você poderia por exemplo ter desmaiado e sangrado até morrer, eles fizeram o certo. – Articulou, muitas das frases advinham de sua excessiva sinceridade no que compreende os alheios. Com auxilio da mão direita posicionou os fios embranquecidos para trás das orelhas ao passo em que examinava mais cuidadosamente os ferimentos efetivados pelo garoto.

Balançou a cabeça enquanto auscultava as queixas. – Entendo. – Proferiu. Os dedos encontravam uma tesoura sem ponta e a ela incumbia a tarefa de cortar os curativos improvisados, precisava de alcance aos mesmos para aferir a profundidade, uma vez retirados não houve demora para que encontrasse as respostas requisitadas. – Te feriram com uma kunai ou uma faca? – Questionou agora fitando os olhos do rapaz, em fato, não precisava saber.

O rubro liquido escorria frente a estrutura do jovem. – Infelizmente não há nada que eu possa fazer, você tem apenas mais meia hora de vida, sugiro que convoque seus entes queridos para que comprem um caixão. – Disse padecendo-se do enfermo e declarando sua morte. – Estou apenas brincando, não é nada efetivamente sério, principalmente porque vocês chegaram rápido. – Expressou mordendo a língua, o humor, categoricamente, não era o forte do infante. – Vou fechar suas feridas, provavelmente irá sentir uma sensação de alivio, mas não significa que estará totalmente curado. – Exprimiu, as palavras encontravam o ambiente em um tom instrutivo para com o já tão agitado menino.

Posicionou as palmas das mãos cinco centímetros acima do tórax alheio e então transferiu, por intermédio das anteriormente referenciadas, uma quantidade significativa de chacra curativo. A dita energia trataria de invadir o intimo do outro proporcionando estancamento do sangue, cicatrização das feridas e uma aceleração notável sobre os processos curativos que transcorriam todo a compleição física.

Dado o processo por encerrado ele sorriria de canto. – Creio que agora esteja tudo em ordem. – Comentou enquanto ainda encarava-o. – Mas ainda sim recomendo repouso de um ou dois dias e que fique ainda no leito por no mínimo uma hora para observação, esses processos de aceleração de cura podem ser nocivos ao corpo. – Argumentou enquanto analisava o jovem em busca de algum possível ferimento aberto. – Isso significa que nada de quebrar louros por enquanto. – Falou deixando escapar uma risada ínfima. – Não me disse seu nome. – Questionou aguardando a resposta alheia, estava, em fato, curioso frente ao mesmo. Como um estalo sua memória se fizera palpável. Virara-se de costas e com um ou dois movimentos assumira um pirulito de morango. – Antes que eu me esqueça. – Falou entregando o item anteriormente mencionado ao desconhecido. – Um pirulito por você ser um menino corajoso. – Expressou por fim.

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O ruivo expressava sua já previsível explosão no que confere a piada pouco engraçada efetivada pelo jovem médico. Aru não o respondeu sobre aquilo que transferia ameaça, acreditava piamente que o intuito da brincadeira de trazer qualquer leveza possível fora efetivado e em consequência a esta permitira-se inserir em um campo mais amigável e/ou descontraído.

Sorriu forçosamente quando o outro mencionara sua constância no treino, permitindo, desta forma, que o platinado tornasse novamente a estaca inicial; estava fraco no âmbito combativo. Suspirou fundo, contemplativo. Talvez estivesse no momento de levar mais atenção sobre sua respectiva carreira ninja, e entendia esse processo, conquanto, assumia a dualidade sobre sua preferência no que tange a medicina, ansiava, todavia, em se ater a ambas as tarefas.

Franziu o cenho. – Certo, certo, bastante descanso, treinos somente aeróbicos, nada de sair levantando pedras. – Argumentou, esperava que as recomendações fossem seguidas categoricamente pelo menor, contudo, entendia que a excitação e animação que compreende os mais infantes no que concerne as atividades, permitiam que estes, em sua maioria, quebrassem ou ignorassem as prescrições médicas, esse fator em contato com os traços apercebidos pelo tokubetsu lhe faziam acreditar que o garoto definitivamente repeliria as sugestões efetivadas.

Frisou os lábios com a apresentação. – Me lembrarei desse nome, para o caso de boatos sobre loiros abatidos. – Brincou, o outro parecia pouco interessado, mas o Uzumaki permeava entre a constância da empatia e simpatia, intentando por outorgar comodidade uma vez que se estava sendo utilizando de kunais ele haveria de ser um ninja ou estudante e em ambos os casos o retorno ao hospital seria certo e continuo, tanto para o tratamento de feridas, quanto para o acompanhamento de aliados ou civis.

O suave toque do salto do enfermeiro encontrava o cômodo. – Senhor Uzumaki estão te esperando na sala de cirurgia, disseram que é um homem queimado, ou algo assim. – Articulou o homem tomando licença e espaço sobre o ambiente convocando a atenção do pequeno Aru que tão logo pôs-se de pé. – Uraku estarei indo, se precisar de qualquer coisa toque o botão ao lado da sua cama e alguém virá atende-lo. Boa recuperação! – Articulou por fim despedindo-se e seguindo em direção a sala de cirurgias acompanhado da figura igualmente curativa.

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