Após concluir a breve "aventura" com o mercador e toda a turma da nova geração de Iwagakure no Sato, Kaginimaru honestamente não fazia ideia de para onde ir. Olhava para um lado, olhava para outro e se não fosse aquele pontinho roxo/preto novamente em seu campo de visão, ainda se manteria em dúvida de como prosseguir. A situação mudou de imediato; Pandora! — a mente dele se iluminava e recordava como estava com saudades, correndo de imediato para até próximo da mesma a fim de acompanhá-la.

Caminharia em silêncio logo ao lado dela e na mesma velocidade. Não a cumprimentaria e sequer faria convites, pois sabia bem que o silêncio e a calma fazia muito mais o estilo da parceira — embora isso o causasse um certo misto entre desconforto e ansiedade. Não demorou muito para que ela iniciasse o assunto, parabenizando o garoto por sua nova graduação. — Valeu Pandinha! Mas sinceramente acho que você era muito mais digna do que eu, é bem mais inteligente! — Dizia com sinceridade, sorrindo para a mesma. Mas mesmo com os dizeres, nada adiantava, o olhar da Heinstein estava muito mais triste e vazio do que o de costume. — Será que ela ficou magoada por não ter sido promovida? —  Se perguntava, sentindo certa culpa de ter aceitado o cargo sem antes ter pensado na situação da mesma ou como se sentiria.

— Tá tudo bem contigo?  — Perguntaria um pouco antes do anúncio que algo teria que ser dito. O coração do jovem começava a palpitar de ansiedade, decerto partiria para descobrir mais um segredo escondido na imensa caixa de Pandora. O discurso feito causava surpresa, não fazia ideia sobre a revelação bombástica da existência de uma Kekkei Genkai. — Depender de mim? Mas você não depende, nós só trabalhamos em dupla! — Exclamou, surpreso de que alguém pensasse isso. — E que irado! Lava magmática? Você pode fazer tanta coisa! Mas porque eu nunca te vi usando isso? — Questionava, curioso pelos motivos do segredo. Aguardaria a resposta para então fazer a última pergunta do momento: — Você parece estar tão triste, é por conta do que essa Felícia aí acha? Se for

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O olhar frio e assombroso que o fitava no momento em que contrariou a Mestra da sua aliada vinha a ser intrigante. Kaginimaru sabia bem que isto significava descontentamento por parte dela, mas não compreendia o motivo, afinal, estava sendo honesto em tudo o que dizia. Não restaria tempo para questionar, pois tudo logo era seguido pela explicação do motivo de estar triste, o que se tornava preocupante. — Ela se acha inútil? — Questionava em seus pensamentos, um tanto quanto incrédulo de estar descobrindo sobre os sentimentos dela.

A acompanharia até a entrada e tomaria frente para afastar a cadeira para que a mesma se sentasse. Durante o início da caminhada, de imediato começaria um breve discurso que seria recitado até que estivessem acomodados na mesa: Acha que a gente teria feito aquela missão com o homem da cobra sem a sua presença? Aposto que nem ele ia descobrir para onde deveríamos ir, mesmo sendo um Jounin. E adivinha? Essa vila nem ia existir mais, ia explodir tudo. — Se explicava, sorrindo e esbanjando muito orgulho perante a colega em suas falas.  — Isso é uma coisa que essa tal Letícia nem faz ideia, né?! Ela pode te ensinar as coisas e tudo mais, mas nem sempre vai estar certa no que fala, ela não é a dona da razão! — Continuava, um pouco inseguro de estar criticando uma pessoa próxima dela e que ainda por cima não conhecia direito, mas de fato novamente dizia tudo o que pensava.

Após tudo o que disse e diante da pergunta feita por Pandora, novamente voltaria a sorrir e deixaria um pouco de seriedade de lado. — Ora… vou te visitar todos os dias, o que mais eu poderia fazer? — Dizia enquanto passava uma das mãos em sua nuca, ainda sorridente. Com a chegada do atendente, pediria o mesmo que sua amiga, com exceção do chá, que no lugar deste pediria por um café puro e sem açúcar. — Agora você come bolinhos? Da outra vez tive que comer por você. — Diria após o instante em que o garçom se retirasse da mesa. A inquietude da jovem chegava a incomodar, deixando claro que no mínimo não estava confortável de estar ali, ao menos na concepção do Chunin. Por conta disso, traria para o assunto a primeira coisa que viesse em sua mente. — Ei, lembra quando você se transformou em uma mulher pelada na frente da turma toda? Fiquei curioso pra saber se você conhecia ela. —


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A revelação da segurança máxima do campo de treinamento que Pandora iria acabava com as expectativas de Kaginimaru. Logo caía na real de que seria inevitável a distância entre eles e sequer saberia o dia em que poderiam se reencontrar. Sua tristeza ficava evidenciada em sua feição que de imediato tornou-se cabisbaixa. Em seguida, quanto ao questionamento dos bolinhos, de certa forma sentia-se inconveniente e insensível após o recebimento da resposta, sentindo-se na obrigação de resolver o problema agora descoberto. — Ei, garçom idiota! Traga logo esses bolinhos antes que eu arrebente a cara de vocês por fazerem uma moça com fome esperar tanto. — Gritava após levantar-se do seu assento para receber a notoriedade que queria e evidenciar o quão sério estava falando. Ainda buscou encarar todos os funcionários do local com sua cara fechada para demonstrar ainda mais que estava falando sério; de fato o seu lado briguento acabava tomando conta quando se tratava de interferir negativamente na Heinstein.

Após toda esta breve ação, voltou a sentar-se e continuar a conversa. Logo no início da resposta e da revelação sobre a Yumi, Kagi já começava a sorrir de maneira pretensiosa. — Eu fiquei curioso... para fazer um Henge perfeito daquele nível, a gente tem que ter uma boa noção, então… Você já viu ela pelada?! — Questionou de maneira direta, o entusiasmo era tamanho que inconscientemente o garoto acabou por até mesmo desferir um pequeno soco na mesa durante a última palavra dita.

Com a chegada dos pedidos, o jovem encararia ao garçom de maneira intimidadora, sua intenção era demonstrar não podiam demorar quando aquela dupla estivesse no recinto, Pandora merecia um tratamento VIP e assim o teria. Pouquíssimo tempo depois, quando novamente a sós, Kagi pegaria a xícara e, assim como sua parceira de equipe, daria o primeiro gole, mas diferente dela, seu primeiro gole era suficiente para acabar com todo o café da xícara. Partiria então para os bolinhos e passaria a comê-los sem pudor, em dado momento ainda conseguia observar o quão fofa era a degustação feita por sua parceira, seu coração se enchia de ternura e o sorriso escapava de seu rosto. — Eles são deliciosos, né?! — Diria com a boca cheia, chegando a até deixar alguns farelos escaparem de sua boca.



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