Não se preocupe, carinhas fofas abrem portas...

— Hoje é o seu grande dia, não é Kokoro-chan? — Fujika encarava Kaya com olhos curiosos enquanto tentava manter as madeixas rosadas longe de seu pequeno rosto de maneira desleixada. A garotinha não tinha mais que seus seis anos e, apesar de inúmeras vezes a mais velha tentar mantê-la afastada, dificilmente deixava de ver a irmã como alguém especial, afinal de contas, como caçula, ter Kaya como exemplo era tudo que a pequena podia… Mas deveria?

Sem dar muita atenção para a criança, ela andou de um lado para o outro reprisando em sua mente agitada todos os comentários que havia escutado nos dias anteriores a respeito do tal teste final que a academia costumava aplicar. — “ Que chatice! Não basta todo o nosso desempenho dos anos estudando? O que eu vou fazer em?!” — Permaneceu imersa em seus pensamentos por um tempo até que Fujika lhe atravessou o caminho correndo desesperadamente até a janela fazendo com que a garota se desequilibrasse antes de cair de bunda no chão.

— Passarinho! Passarinho! — A criança tentava desesperadamente se pendurar sobre o parapeito da janela na tentativa ineficaz de agarrar a ave entre as pequenas mãos desajeitadas. Fora então que um pequeno estalo se dera na cabeça da onee.

— Isso Fujika! Você me deu uma ótima ideia! — Pela primeira vez, Kaya agarrou a menina pelos braços e lhe abraçou antes de fechar a janela do quarto e partir deixando para trás a pobre criança sem entender coisa alguma do que havia acontecido ali.

— N-na-nada Kokoro-chan...


As passadas de Kaya eram rápidas pelas ruelas de Iwa. O sorriso no rosto não negava que havia planejado algo para aquele dia e – verdadeiramente, de todo o seu ser – esperava que de alguma maneira desse certo… Ao menos por algum tempo. Sabia bem que o dia seria maçante, não havia apenas ela para se formar e esperar que todos realizassem o teste seria no mínimo entediante, mas ao menos lhe dava um tempo para estudar como agir.

Os olhos atentos passearam pelo campo onde o teste vinha sendo realizado, tentava encontrar caminhos de fuga rápida caso fosse pega em sua pequena tramóia e, principalmente, um lugar de onde poderia apreciar toda a cena que viria a seguir. — “Um pequeno camarote…". Tendo definido parte do plano, precisava partir para ação.
Se aproveitado que os presentes se encontravam distraídos com a introdução, Kaya se afastara um pouco unido as mãos em selo da maneira mais rápida e discreta que podia criando então uma cópia idêntica de si mesma… Ao menos em questões físicas e um pouco comportamentais, porém tão silenciosa quanto uma porta.

— Ótimo! Agora você tenta não encostar em nada enquanto eu… — E novamente as mãos se uniram em selo criando uma pequena movimentação. Segundos depois a figura principal de Kaya desaparecera dando lugar a um pequeno pássaro azul. — Piu.

"Isso tem que dar certo” — Pássaro-Kaya pensava consigo mesmo enquanto tentava voar de maneira desastrosa até alcançar a árvore mais próxima que anteriormente havia identificado. Ficou ali, observando com atenção cada movimentação e atenta a seu próprio clone torcendo para que permanecesse firme até tudo acabar.
Por todo aquele tempo o clone permaneceu incontestável, afinal de contas, se não precisasse falar, tudo sairia perfeito, não sairia?

Finalmente havia chegado a vez da garota Ommia. Pássaro-Kaya permanecia ainda mais atento escutando as instruções de batalha. Em seu interior riu enquanto observava o clone apenas balançar a cabeça em negação dando alguns passos para trás como se demonstrasse desinteresse. — “É isso aí garota, vamos arrasar assim!"

Jutsus:

Bolsa de armas:

Considerações:

Defeitos: