Neste tópico será postada uma missão de Rank S feita por mim, @Shüra.

Descrição da missão

Há relatos de que em uma mansão antiga localizada nas extremidades do País do Vento - na divisa com o País da Chuva - pessoas que se aproximam da mesma estariam desaparecendo misteriosamente. Um de Chunins e Tokujos foram enviados respectivamente anteriormente para realizar uma investigação no local, entretanto os dois grupos não retornaram. Shüra foi encarregado de ir até o local descobrir o que acontece por lá e dar um fim a esses sumiços repentinos.

Intervalos e Redutores

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Utilizando Vip Full e Redutor de solo 2.
Link do inventário: Inventário Shüra

O calor escaldante havia dificultado a chegada do Shinigami até o possível casarão assombrado localizado quase no pequeno país vizinho com os céus tomados por nuvens negras que encharcavam tudo e todos abaixo de si.

Por entre as árvores, era possível enxergar a mansão tomada por um espectro ameaçador e completamente banhada na luz do luar. A ventania acompanhada das grandes trovoadas que iluminavam com um clarão a fachada da casa. Um cenário perfeito de um filme de terror excêntrico clássico.

Os olhos azuis cintilavam ao olhar para o único feixe de luz acesso, que entre as frestas de uma janela localizada no terceiro andar da propriedade macabra, denunciava a possível presença de alguém naquele local. Shüra não hesitou em se aproximar da casa, esgueirando-se e se esforçando para não produzir ruídos desnecessários que poderiam denunciar sua presença. Aproximou-se da varanda e logo buscou suavemente forçar sua entrada pela porta principal que, para sua surpresa, a mesma se encontrava aberta. Muito conveniente.

O local estava completamente tomado pela escuridão, não havia nenhuma tocha, lampião ou qualquer coisa que fosse iluminar os cômodos. Ao colocar pisar com seu pé dentro das instalações, o Sunense sentiu um leve arrepio em sua espinha, ignorando esse fato que julgou que talvez fossem os ventos frios vindos de fora. Ele já tinha um destino determinado, subiria até o último andar onde alcançaria o local onde provavelmente haveria alguém.

A cada passo dado pelo rapaz naquele casarão, rangidos cada vez mais altos surgindo do piso de madeira já muito velho e seco. A todo momento Shüra se pegava olhando para trás e por seus arredores devido aos barulhos gerados pela movimentação de ratos, morcegos e animais que ele não conseguia distinguir. Que espelunca nojenta.

O caminhar pelas escadas e corredores parecia interminável. O jovem já havia andado por pelo menos vinte minutos dentro da mansão e nada de chegar até o último andar. Havia algo de errado e o rapaz sabia disso, mas ainda não tinha certeza do que seria. Por um instante ele parou e observou atenciosamente um quadro. Estava torto e isso o incomodou de maneira surreal. Se aprontou para arrumá-lo na posição correta e então tomou novamente seu caminho em busca do último andar.

Cerca de mais dez minutos caminhando até que o Shinigami - já muito irritado - parou subitamente e tornou a olhar um quadro torto na parede. Era a mesma obra que havia arrumado anteriormente, porém se encontrava novamente torta na posição inicial. Deve ser coisa da minha cabeça. Ajeitou o mesmo na posição correta e voltou a andar novamente, as escadarias pareciam não acabar acompanhadas de longos corredores. Não me lembro de tantos andares olhando a cada pelo lado de fora. Foi então que, outra vez, Shüra parou a frente do mesmo quadro que havia avistado nas vezes anteriores. Ele suspirou, indignado consigo mesmo por se deixar ficar tanto tempo nessa situação. Um genjutsu.

Um genjutsu de nível mediano, nem tão ruim e nem tão bom, entretanto inferior às capacidades do Shinigami. Antes mesmo que pudesse fazer qualquer coisa para quebrar a ilusão, o rapaz despertou fora da mesma, com dois shinobis utilizando as vestimenta comuns de Sunagakure abaixados o observando enquanto um mantinha um selo de mão enquanto este o tocava. Consegui tirar você dessa.

Shüra estava caído próximo a porta da entrada, aparentemente foi pego no genjutsu logo quando atravessou a mesma e então adentrou a residência. Isso explica o frio na espinha que eu havia sentido. Com a ajuda dos outros dois, o jovem se levantou e bateu em suas roupas para as limpar e remover a quantidade absurda de poeira que havia naquele local. Obrigado pela ajuda. Quem são vocês? Eles se olharam antes de voltar a atenção para o Shinigami. Fomos enviados para cá com nosso grupo, todos apagamos de uma hora para outra e quando acordamos estávamos aprisionados em celas no subterrâneo. De um em um, eles vinham nos buscar e quem era levado nunca mais voltava, mas nós dois conseguimos escapar há cerca de três dias, estamos buscando saber o que aconteceu com nossos companheiros e acabamos talvez encontrando o “covil” dessa aranha. Vamos.

Em silêncio total, os três se esgueiravam pela casa até encontrar um tipo de dispensa que localizada logo após uma cozinha desnecessariamente grande. Atrás de alguns entulhos e muita sujeira, uma pequena porta que dava acesso a uma escada estreita e degraus tortos. Não demoraria muito mais que duas dúzias de segundos para que chegassem até o fim da mesma e se deparassem com um corredor ainda mais estreito ainda, que ao seu final dava acesso a um tipo de cativeiro. Nesse lugar - que conseguia ser mais macabro que a mansão em si - havia cadáveres já quase completamente decompostos dentro de celas e gaiolas enquanto ratos comiam seus restos.

Então era aqui que vocês estavam aprisionados? Como conseguiram sair? Eles se olharam e deu para ver os semblantes deles mudarem para um de melancolia e decepção. Certamente haviam sofrido muito durante o tempo que passaram em cárcere. Nós, Jonin, fazemos o que precisamos fazer para sobreviver. Nos alimentamos da carne de um genin que estava aqui antes de nós durante esse tempo e em um belo dia a tranca ficou frouxa, conseguimos então escapar nesse momento. Eles então buscaram uma procurar uma chave que havia caído justamente nesse mesmo dia do bolso do homem e que a deixaram ali para não correrem o risco de a perdê-la em algum minuto. Vamos. Os outros dois dispararam de volta para o corredor, com exceção de Shüra. O Shinobi permaneceu estático com um tom sombrio no rosto enquanto observava a retaguarda dos dois ninjas que anteriormente o tiraram do genjutsu. Vocês são Jonin e havia um genin aqui? Um deles, confuso, confirmou com a cabeça. O que isso importa? É exatamente, havia um grupo de genins e logo depois nos enviaram pra cá. Vamos, precisamos seguir. De novo… Os grupos eram de Chunins e Tokujos. Ele percebeu novamente que estava em um genjutsu e, impaciente, interrompeu seu fluxo de chakra utilizando do Kai.

Shüra despertou do segundo genjutsu que caiu, porém não abriu seus olhos e nem realizou nenhum movimento. Sentia as mãos de seu inimigo tocando sua cabeça enquanto sua respiração pesada, ofegante e quente atingia seu rosto branco e gelado. Qual é o plano dele? A incógnita sobre as diversas possibilidade da situação o incomodava. Decidiu então que a melhor resposta no momento seria aguardar, sua saúde física estava intacta, agiria na hora certa ou se fosse ameaçado.

Alguns momentos se passaram e com isso o homem se levantou. Parecia cansado com a situação, Shüra não fazia ideia de quanto tempo estava ali deitado com o desgraçado mexendo com sua mente. O inimigo se afastou por alguns momentos e, pelo som, o Shinigami pôde perceber que o mesmo havia ido para a esquerda, na direção da porta. De canto de olho o jovem rapaz observou o mesmo sair do cômodo e - antes de seu inimigo sair do alcance máximo de expansão de chakra - Shüra realizou alguns Selos de mão e rapidamente expeliu uma grande massa de chakra, atingindo-o e o colocando sob sua ilusão.

O rapaz se levantou e manteve o quarto exatamente como estava, com exceção que manteve uma cópia de seu corpo deitada na maca enquanto ele se escondia nas sombras de um dos cantos do cômodo. Estava tudo completamente arquitetado pelo Sunense que agora só precisava esperar o retorno do homem.

Mais ou menos cinco minutos depois, seu inimigo apareceu na entrada da porta, sem suspeitar de absolutamente nada. Aparentava estar na meia idade, possuía alguns tufos restantes de cabelo em sua cabeça, andava com sua coluna arcada e se coçava constantemente. Sua pele era repleta de manchas negras que aparentava ser algum tipo de doença que ele portava a algum tempo a julgar pela situação. Ele sentou-se e tocou a cabeça do garoto. Ele não percebeu.

Nesse momento, Shüra conseguiu perceber sua superioridade em genjutsu em relação a seu oponente. Femto estava certo, mesmo não tendo muita experiência nesse tipo de técnica, sinto que já estou muito bem familiarizado.

Apesar de já ter o homem na palma de sua mão, o rapaz gostaria de saber exatamente os objetivos dele para com as pessoas que desapareciam ali e o que realmente acontecia com elas. Morriam? Eram usadas em testes? Essas eram perguntas que o mais novo Jonin de Sunagakure não tinha as devidas respostas.

Droga, já estou exausto. Esse garoto está me dando muitas dificuldades, se eu fosse um pouco menos experiente ele conseguiria quebrar o genjutsu. Ele conseguiu perceber as duas primeiras, mas aparentemente está tudo bem. Shüra sorriu nas sombras enquanto via seu inimigo se enganando.

Mais alguns minutos se passaram e o velho já estava transtornado por, aparentemente, não ter sucesso com o que planejava com Shüra.  Esta na hora, a família vai crescer ainda mais. Confuso, com a fala anterior, o jovem se manteve observando seu inimigo, que a cada momento parecia mais louco e insano. Só preciso fazer uns ajustes na sua cabecinha e você será parte da nossa família. Ele realizou alguns Selos de mão e novamente voltou a tocar a cabeça do rapaz. Só preciso apagar as memórias e então bagunça um pouco pra que se torne meu filho!

Shüra saiu das sombras com a espada já empunhada, sem que o homem pudesse notar, o Shinigami já havia posicionado sua espada no pescoço do mesmo enquanto o observava com desprezo. O que pretende fazer? O homem - completamente espantado e suando frio - olhou para trás e se deparou com os olhos azuis brilhantes o julgando. Era nítido o instinto assassino vindo do Sunense e isso fazia com que o homem em questão tremesse. C-co-... o Jonin o calou quando pressionou um pouco a lâmina gelada contra a pele de seu inimigo. Você é fraco, foi assim que escapei. A ilusão do belo rapaz então foi desfeita e a imagem de seu corpo desapareceu.

Onde estão os dois grupos que vieram até aqui? O homem ainda estava confuso, não entendia como a situação havia tomado esse rumo. Você diz os meus meninos? Não diz nada com eles! Shüra franziu o cenho enquanto exalava impaciência. O homem parecia um rato assustado encurralado por uma grande serpente. Era mais que óbvio a sua morte, entretanto ele não se deu por vencido, buscou realizar alguns Selos de mão para tentar aprisionar o Shinigami em outro genjutsu, porém, para sua infelicidade, ele era lento demais em relação a velocidade do sunense que, rapidamente, se aprontou em cortar as duas mãos dele fora em um único golpe. Acho que você não vai cooperar. Um único corte horizontal foi o suficiente para decepar o morador daquele casarão e, assim, dando um fim à vida dele.

Somente aniquilar e varrer a vida daquele ser desprezível não era suficiente, Shüra ainda gostaria de saber o que havia acontecido com os grupos que foram mandados até lá anteriormente e, por isso, decidiu tomar a atitude de ir investigar a casa em busca de alguma resposta.

O Shinigami - sem pressa alguma - desbravou cômodo por cômodo dos dois andares superiores, não obtendo informação alguma. Agora no primeiro piso, continuava a não ter nenhum tipo de resposta, foi quando se lembrou a dispensa que presenciou em seu genjutsu. Atravessando a grande cozinha, ele se deparou com a mesma porta pequena que havia encontrado na ilusão em que estivera anteriormente. Ele consegue ser mais burro do que eu realmente pensava.

Adentrando pelos mesmos caminhos estreitos, Shüra se deu nas mesmas celas que havia visto antes, entretanto não havia cadáveres, simplesmente cerca de seis ou sete pessoas. Os grupos anteriores. Mas havia algo errado com eles, pareciam um bando de grupo de zumbis, simplesmente se movimentavam sem rumo e pareciam não ter vontade própria. O sunense tentou conversar com eles, entretanto sequer respondiam, a única coisa que resmungavam era a palavra “papai”. Bando de idiotas. Agora ficava a critério de Shüra, ele podia retornar a vila e pedir para que algum esquadrão fosse levado para lá a fim de ajudar essas pessoas ou… Vou acabar logo com essa vida miserável de vocês. Dito e feito, o rapaz cortou a cabeça deles uma por uma até não restar mais ninguém ali vivo. O sangue em suas vestimentas o excitava levemente a cada corte que fez. Ele não era um herói e nem almejava ser. Se retirou da casa e retornou de volta a Sunagakure, dando a missão como feita.