RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Kenyu


Ashtar
Kirigakure Anbu
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título




雪はいつもここにあります


A fumaça escapava dos meus lábios e subia, pairando momentaneamente sobre minha cabeça para, então, se esvair no ar. Eu encarava aquele processo como se fosse a coisa mais interessante do mundo, afinal, era muito mais fácil me distrair do que me ater a realidade; me ater que eu estava, naquele momento, diante do túmulo do meu irmão.

Aquela foi a primeira vez que visitei o lugar e, não consegui olhar para a lápide mais do que alguns segundos. Aslan estava em minha mente o tempo inteiro, fosse em lembranças fosse comigo mesma falando sobre ele. Apesar de não vê-lo ter se tornado uma rotina, eu ainda o sentia ao meu lado. Logo, era estranho uma prova tão tangível de sua não-existência.

Entretanto, meu tempo ali estava se acabando. Hoje era minha vez de ficar de olho no velho Miyazaki. Desci os olhos lentamente, deixando minha visão sorver do nome gravado sobre a pedra e, entre um suspiro cansado e um arranhar da garganta para que minha voz não saísse um completo lixo, comecei a falar — sem pensar muito. Apenas deixei as palavras fluírem.

Faz um ano que você se foi. Até hoje não consigo me recordar daquele dia direito, principalmente depois de ser empalada. Deu tudo certo, sabe? Imagino que saiba, já que não estou aí com você. — Pude imaginar o sorriso debochado que Aslan me dava sempre que eu era óbvia demais. É claro que ele sabia que eu estava viva; nós jamais daríamos o próximo um sem o outro. Se havia outra vida após a morte, ele estaria me esperando para que pudéssemos iniciá-la juntos, mais uma vez.

Não somos mais idênticos. Agora, meus cabelos são escuros e muito mais grossos. Tenho olhos azuis em vez de lilases, e uma feição muito mais delicada. Para ser sincera, me sinto bonita, agora que já me acostumei. Vovó, por outro lado, ainda me faz perguntas de supetão, esperando que eu erre para me desmascarar. Ela acha que eu sou uma impostora. Que ambos os seus netos morreram. Não a culpo; acho que, de certa forma, ela está certa. Muito de mim morreu naquele dia, não apenas os fios louros.

Acendi mais um cigarro. Não me permitia distrair com a fumaça, mas, a nicotina deixava aquele monólogo mais leve. — Vovô parece enxergar minhas nuances entre essa casca que passei a habitar. Ele jamais agiu como se eu não fosse eu. Mas, às vezes, ele me olha com tristeza. Acho que deve ser difícil para ele não enxergar sua descendência em mim. Não existe mais nada que lembre você ou papai, senão as fotos. Acho que ele tem medo de esquecer de vocês.

Eu também compartilhava desse medo. Quando meus avós morressem — e, sejamos sinceros, isso não demoraria a acontecer, não sobraria nada para me lembrar de onde eu vim. Eu estaria sozinha no mundo, não importava quantos Yukis ainda existissem espalhados pelo País da Água. — Nós causamos muita confusão naquele dia. Matamos pessoas importantes e nos transformaram em vilões. Hoje, a vila está mergulhada num completo caos; todas as vilas estão. Acho que não existe um canto do mundo em que a paz reine. Mas, aqui em Kiri, eu sinto o peso da culpa. Me pergunto se, caso tivesse feito algo diferente, as coisas estariam melhores. Se eu tivesse ficado em casa, recusado o convite do Kage para acompanhá-lo, acha que estaria vivo agora? Ou que nosso país não estaria enfrentando uma crise tão grande?

Acho que jamais terei respostas para isso. Mas, pois bem, acho que você não vai gostar muito disso, porém, comecei a fumar. No início, era para me distrair da saudade de você e, depois, para não me sentir culpada sobre o que aconteceu com Naga. Ah! Não te contei. Naga… Ele não está mais aqui. Ele morreu ao me proteger, em uma missão muito difícil. Mas, essa missão foi enfrentando as consequências de nossa visita à capital, logo, me pergunto de novo se, um gesto diferente lá teria evitado a morte dele aqui.

Naga era a segunda morte mais difícil de lidar. Aslan estava sempre ao meu lado na vida, porém, Naga estava sempre ao meu lado em batalhas. Depois que ele se foi, eu sequer consegui trabalhar em equipe. Ninguém conseguia me acompanhar e completar da mesma maneira — e eu até mesmo cheguei a pensar que, talvez, me casar com ele não teria sido tão ruim. Mas, nossa história nunca tinha sido sobre escolha; nos obrigaram a nos casar ainda crianças, e a morte o levou antes de fato termos tempo de desejar isso.

E, por fim… — Meu único amigo é um velho. Prisioneiro, ainda por cima. Não sei sua história, não sei o que ele fez, mas… Ele não pode sair, e é vigiado noite e dia.  E é um Yuki. Nunca ouvi nossos avós falarem dele e, até mesmo especulei, mas o velho é um mistério. Porém acho que está sentindo a idade, pois me tortura diariamente, ensinando tudo o que sabe. Você teria gostado dele, acho. Ou o odiado por completo.

Eu suspeitava que Miyazaki estava morrendo, por isso se esforçava tanto para que eu aprendesse suas técnicas. Ele não era o tipo de pessoa que gostaria de ver todo o seu trabalho se perder ao tempo; só morreria feliz se soubesse que tinha valido a pena, que sua sabedoria se perpetuaria. — Há meses estamos treinando a técnica mais avançada de nosso clã. Você sabe qual é. Os espelhos demoníacos.

Por um breve instante, me recordei de todo o sofrimento para chegar naquele nível. — Treinei exaustivamente meu controle de chakra. Depois, o controle de chakra frio. Depois, treinei todas as técnicas do clã que sabia, mantendo-as o maior tempo possível. E consegui criar até dois espelhos para locomoção. Mas hoje… Hoje erguerei a cúpula. E é por este motivo que estou aqui. Você sempre foi mais forte do que eu. Gostaria que me emprestasse sua força. Sinto que, se errar, irei regredir mais do que gostaria. Mais do que o aceitável. Hoje, eu preciso de você.

Um vento frio lambeu minha silhueta. Eu não era uma pessoa muito crente, todavia, naquele momento, tive a impressão que meu irmão me respondia. Sim, estarei com você. Como sempre estive. Fechei os olhos e, naquelas duas horas que passei junto à sua lápide, foi a primeira vez que me permiti chorar. — Tenho que ir. Apesar do velho ser amigável, ele ainda é uma missão. E não estamos passando por um bom momento civil para que atrasos sejam tolerados facilmente.

Toquei seu nome gravado na pedra; uma pequena camada de gelo cobria a área que as pontas dos meus dedos deslizavam. — Até breve, meu irmão. — Me levantei, lançando um olhar na direção de onde Aslan repousava eternamente uma última vez, antes de lhe virar as  costas. Ao caminhar na direção da área residencial da vila, contei que fumei outros três cigarros, um atrás do outro — o velho não me deixava fumar nicotina, e eu estava nervosa.

Konichiwa, Miyazaki-san. — Saudei, assim que alcancei a área principal da residência. Ouvi sua voz fraca me chamando de um canto distante. Ele já estava em seu pequeno campo de treinamento particular, o que significaria que já estava pronto para não ter nenhum tipo de misericórdia comigo. Segui a voz, o encontrando onde julguei que estaria e, antes de ouvi-lo resmungar, me posicionei ao centro do campo. — Já sei, já sei. — Me antecipei.

Se já sabe, vamos começar com um aquecimento. Quero que crie dois espelhos. E quero que se teletransporte entre eles. — O velho sorriu para mim, e eu o respondi com uma careta. Como eu disse, sem piedade nenhuma. Espelhos avulsos eram a forma básica do Makyō Hyōshō. A maneira correta de treinar tal jutsu era criando espelhos exaustivamente, fazendo com que durassem o máximo de tempo possível.

Tal qual o velho pediu, me preparei para iniciar o treinamento. O primeiro passo era diminuir a temperatura, pois, quanto mais quente o clima, mais frágeis meus espelhos são. Em seguida, trabalhar o meu chakra, para que o gasto fosse o mínimo para que eu conseguisse manter a técnica por mais tempo. E, por último, concentração. Onde estou, para onde devo ir?

Fiz os selos de mão necessários, e me joguei para frente, no mesmo instante que um espelho de vidro se formava em minha frente. Adentrei seu espaço; era frio e seco, como eu imaginava que a morte seria. Mas não fiquei parada; o velho queria dois espelhos, logo, um segundo se materializou há cerca de cinco metros. Deslizei para ele, como se estivesse deslizando nas águas do mar.

Mais dois espelhos, Ashtar. Mantenha os que foram criados.

Tudo bem, eu conseguia fazer aquilo. Repeti todo o processo. E, quando os quatro espelhos flutuavam no ar e, após eu me teletransportar por todos, ouvi o velho novamente. — Dobre o número, agora. Erga as paredes. — Eu entendia o que ele queria dizer; a base para minha cúpula. Me esforcei para criar mais quatro; tinha ciência que estava chegando ao meu limite. Nunca tinha criado mais do que dezesseis espelhos simultaneamente; e eu precisava de vinte e um para a técnica estar completa.

Dobre os números mais uma vez.

Dezesseis espelhos flutuavam num pequeno círculo disforme sobre o chão. Conforme tinha sido instruída desde o início dos treinos, não era apenas sobre criar os espelhos, mas, sim, me locomover entre eles. Porém, quando mais eu criava, e mais tempo os mantinha,  mais cansada e lenta eu ficava. — Vamos, Ashtar, mais cinco. Apenas mais cinco, e você pode dizer que dominou a técnica mais forte de nosso clã. Se conseguir uma vez, vai conseguir outras, e será cada vez mais fácil.

As palavras de Miyazaki eram como mel para os meus ouvidos. Porém, já sentia meu chakra se esvair. Aslan. Você disse que me ajudaria, não? Eu preciso disso. Preciso disso agora. Fechei os olhos e desejei fervorosamente que meu irmão estivesse ali. Entrementes, racionei o resto de chakra que me sobrava — esse era a atitude mais correta de um ninja, não? Saber estudar as adversidades e se adaptar a elas. Se eu estava sofrendo por estar com o chakra baixo, o dividiria em porções para que não houvesse desperdício.

E, assim, criei mais cinco portais.

Minha  cúpula era muito mais bagunçada do que a do Miyazaki, quando ele me mostrou. Havia espaços em alguns cantos, e falta dele em outros, porém, era a minha área de ataque. Quem quer que entrasse ali, poderia morrer por minhas mãos. E o velho quis testar isso. Entrou na cúpula através de um dos espaços largos e, analisando meu trabalho, encarou espelho por espelho.

Eu estava prestes a desfazer tudo, quando sua voz de gralha alcançou meus ouvidos. — Agora, corra! — Com o aviso, ele começou a lançar kunais com explosivos na direção dos espelhos que eu estava; assim que pulava para um, rapidamente tinha que ir para outro e, o som das explosões sempre ecoando em minhas costas. Velho filho da puta. Eu estava cansada demais e minha velocidade diminuindo, motivo pelo qual não consegui escapar de uma de suas lâminas. Ela alcançou o espelho e o espatifou em vários pedaços, mas, consegui pular para o maior fragmento, e dele, para outro espelho. Um atrás de Miyazaki.

Já chega. — Foram minhas últimas palavras. Era minha vez de apontar uma faca para ele e, essa estava sob uma área muito sensível de seu pescoço. Apesar disso, minha mão tremia devido o cansaço e, os espelhos remanescentes começavam a se desfazer, se tornando um amontoado de gelo e água sobre  o chão. — Você  conseguiu. A abominável e enorme técnica dos espelhos demoníacos de cristais de gelo. Você é uma assassina agora, Ashtar. Não importa o quanto relute em matar alguém, você vai matar. Esse jutsu vai sujar suas mãos.

Eu queria mandá-lo calar a boca, mas estava cansada demais para isso. Apenas deixei meu corpo cair para fora do último espelho, o chão me recebendo não tão amigavelmente. Ainda assim, não foi tão ruim; a mão que outrora segurou a kunai próximo do pescoço masculino formigava, como se alguém tivesse segurado-a forte para que ela fizesse o caminho correto. — Obrigada, Aslan. — Sussurrei, encarando o céu sobre mim. E o brilho do sol me fez recordar do tom exato dos cabelos compridos de meu irmão, como quando ele jogava os fios para trás, se gabando de suas habilidades.


Spoiler:




Ashtar
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Mononoke
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Gaiden Aprovado!〙



   
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• Jutsu Rank SMakyō Hyōshō (Espelhos Demoníacos de Cristais de Gelo), treinado com sucesso.


Mononoke
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