O vento soprava com força contra os muros de areia, prejudicando a visão das sentinelas que vigiavam os arredores e as obrigando a se esconder por detrás das sólidas colunas que protegiam o vilarejo para que não fossem açoitados pelo poder dos ventos. Em meio a escuridão e a tempestade, os guardas puderam ouvir gritos vindos dos arredores e então, uma grande explosão fez com que parte dos muros de areia colapsassem. O clarão da explosão e os gritos dos guardas puderam ser vistos e ouvidos pelos moradores de Sunagakure, que assustados, despertaram de seu descanso.

Shutara dormia quando o aparente ataque aconteceu. Quando o tremor e o som aterrorizante alcançaram seu refugio a mulher, assustada, saltou de sua cama. A adrenalina fez com que o cansaço não fosse sentido, entretanto, Shutara ainda podia sentir seus olhos pesados e estreitos.
Ao olhar para a abertura na toca de areia, Shutara imediatamente soube de onde havia vindo o estrondo. Uma mistura de excitação e curiosidade tomaram conta da mulher, que decidiu racionalmente deixar seus aposentos e rumar em direção ao quartel, local onde poderia receber as ordens e coordenadas adequadas para que pudesse ser util.

Muitos shinobis entravam e saíram do quartel, todos muito apressados. Shutara não pode deixar de reparar nos caçadores, shinobis que eram raramente vistos pela vila, mas que agora tomavam conta do local em diversos e pequenos grupos. A mulher olhou com curiosidade para os shinobis mascarados, ela desejava saber quais seriam os verdadeiros poderes daquele grupo, tido como um dos mais poderosos da vila.
Dentro do quartel um homem de grandes proporções berrava ordens. O brutamontes organizava grupos e dava as instruções "Eles ainda não sabem o que aconteceu, estão tentando fazer o reconhecimento, deslocando grupos para reforçar a defesa dos pontos estratégicos, proteção das personalidades mais importantes…".
Antes que o homem pudesse dar ordens para Shutara um grupo da ANBU adentrou ao local e armou posto ao lado do brutamonte, que interrompeu sua fala de imediato para que os caçadores pudessem falar - Não é uma invasão, podemos ficar um pouco mais aliviados, entretanto, este parece ter sido um ato organizado, visando a destruicao e o terrorismo. Nós já temos nossos suspeitos, mas precisamos fazer uma investigação apropriada. Não possuímos mais unidades, precisamos de um grupo pequeno para investigar um comerciante de explosivos em um vilarejo próximo -. O brutamontes assentiu com a cabeça e então varreu o local com seus olhos.

Descrição:

Jutsus:

O homem pousou seus olhos sobre Shutara e gruniu - Você -. Em seguida outros três shinobis foram selecionados de forma que parecia muito aleatória para a mulher. Todos os selecionados se aproximaram do comandante e dos caçadores - Estejam prontos pela manha -. O caçador entregou um pequeno pergaminho para o mais velho do grupo e então desapareceu, deixando no local onde até então estava, apenas um punhado de areia.
O grupo se dispersou, ainda lhes restavam algumas horas para que pudessem dormir ou se prepararem para o embate dificil que teriam naquela manha. Shutara tomou o rumo de casa, tomada por uma ponta de ansiedade e felicidade.

Ao chegar na toca de areia onde sua residencia se encontrava, Shutara imediatamente soube que seria incapaz de dormir. A mulher então foi até a pequena mesa de madeira que se encontrava abaixo da janela de seu quarto. A mesa possuia uma infinidade de livros e pergaminhos, a maioria tratava sobre montagem de marionetes e tratamento de madeira, mas não eram aqueles de Shutara procurava naquele momento, ela procurava por pergaminhos que havia recentemente conquistado, pergaminhos que lhe poderiam ser úteis em sua viagem "Aqui estão". A mulher colocou entre seus dedos os dois rolos de pergaminhos e os estudou com os olhos.

O pergaminho selecionado se tratava de uma técnica de muito versátil, capaz de atribuir grande força e resistência ao corpo da mulher. A técnica, pelo que o pergaminho descrevia, seria capaz de deixar o corpo do usuário impenetrável "Só espero que seja mais impenetrável do que o muro de areia que acaba de ser explodido".
Conhecendo seus próprios poderes e também suas fraquezas, Shutara sabia que como titereira, sua defesa ainda era um problema. Por este motivo sua escolha naquele momento pendia para uma técnica que lhe ajudasse a se defender, que lhe tornasse mais completa e independente dos desconhecidos que lhe acompanhariam na missão.
O estudo da técnica começou por uma leitura aprofundada do pergaminho. Em meio a escuridão da madrugada, a tosca luz de uma luminária e aos gritos dos shinobis que trabalhavam nas ruas para auxiliar na defesa e reconstrução do muro, a shinobi permitiu ser arrebatada pelas palavras e ilustrações do pergaminho.
Meia hora após o inicio da leitura Shutara já sentia que havia adquirido uma boa noção a respeito da técnica. O chakra da mulher deveria fluir pelo local selecionado e então aos poucos este chakra deveria ganhar as caracteristicas elementais daquela que era a afinidade de Shutara, o Doton.

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Jutsus:

Shutara então deixou que seu chakra fluísse em demasia para seu braço direito. O chakra aos poucos começou a extravasar de seu corpo e então com maestria, a garota fez com que esse fosse então compactado e concentrado sobre a derme "Até aqui foi tudo muito fácil, agora vem a parte que talvez seja a mais trabalhosa". Com o chakra formando uma grossa camada sobre sua pele, Shutara então iniciou uma tentativa de converter este para seu elemento de afinidade.
A conversão era trabalho díficil, exigia mais do que controle de fluxo de chakra, exigia maestria sobre a natureza elemental, coisa que Shutara estudava muito pouco, afinal, a maior parte de seu tempo era dedicada ao estudo dos bonecos.
Observando seu braço, Shutara logo notou que uma pequena mancha marrom escura surgiu sobre a superfície. Com o dedo indicador esquerdo a shinobi palpou a região, que havia se tornado muito mais firme e áspera, como se realmente tivesse se transformando em uma espécie de rocha "Interessante". A shinobi tentou assimilar o que havia acontecido, tentou entender o processo e então repetiu o mesmo inúmeras vezes, até que finalmente não necessitasse mais de tanto tempo e esforço para que o jutsu fosse invocado.

Quando os primeiros raios de sol surgiram no horizonte a garota já estava pronta. Vestindo seu quimono e escondendo seus braços por trás de um enorme sobretudo branco, a shinobi se apresentava de forma impecável, como se fosse uma verdadeira nobre. Ao lado da garota, uma figura misteriosa reforçava a aparência de que Shutara era alguém importante, guardada por um homem estranho, coberto de trapos e escondendo cada centímetro de seu corpo com auxílio de bandagens, como um sicário do deserto. A figura era nada mais nada menos do que a marionete Número 1 de Shutara, um brinquedo ainda muito simples e imperfeito, mas capaz de provocar grande estrago sendo manipulado pelas mãos da mestre no controle do Kugutsu.

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Jutsus:

A garota logo alcançou o pequeno grupo de shinobis, que aguardavam a reunião de todos os membros para que pudessem dar início a missão. Shutara estudou o grupo enquanto se aproximava, todos pareciam fortes, eram mais velhos e experientes, talvez até mais graduados do que ela. Uma figura em especial despertou a curiosidade da mulher, esta figura era um dos mais altos dos presentes, um homem que escondia seu corpo com bandagens, tal qual a marionete de Shutara. O homem ocultava até mesmo seus olhos, o que levantava uma série de questionamentos relativamente pertinentes.
- Acredito que todos já estejam aqui, então podemos começar. Meu nome é Kai, fui nomeado pelo comando como o lider desta missão. Sou Jounin Tokubetsu, membro das forças investigativas da vila -. O homem que se apresentava parecia forte fisicamente, era musculoso, mas ao mesmo tempo parecia comum, como todos os shinobis regulares da vila - Vamos adotar uma formação estratégica. O deserto por si só já é suficientemente perigoso e a probabilidade de encontrar com estes arruaceiros torna tudo ainda pior. Eu irei na frente, seguido de Hideki, nosso rastreador, Shutara e por fim, Hanna -. A palavra "rastreador" chamou a atenção de Shutara, que se questionou como alguém que cobria seus próprios olhos poderia nos guiar e ver os sinais da aproximação de inimigos.

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O percurso em direção ao vilarejo teve início e durante toda a manha e tarde, Shutara continuou sem entender como Hideki poderia ser um rastreador. O homem permanecia todo o tempo com seus olhos ocultos e sem pronunciar uma palavra sequer "Ele deve possuir alguma habilidade secreta, talvez algo que tenha sido herdado de sua familia". Apesar de curiosa, a shinobi procurou afastar seus pensamentos do homem, afinal, estava em meio a uma missão de alto nível e a vigilância constante era necessária.
Ao final daquela tarde, com o grupo já fadigado devido as dezenas de quilometros percorridos, Kai, o líder do grupo, decidiu realizar uma pausa. Não estamos longe do vilarejo, será melhor se fizermos uma pausa, descansarmos e invadirmos o local durante a madrugada, onde podermos contar com o fator surpresa e com as habilidades de Hideki para revelar os inimigos ocultos.
O grupo interrompeu sua caminhada em meio as dunas. Para proteger todos do sol escaldante, Kai criou uma espécie de cupula de terra, capaz de manter a temperatura mais amena e agradavel. Os shinobis se revesaram em turnos para que todos pudessem dormir algumas horas. O primeiro turno foi feito por Kai e Hanna e o segundo, realizado quando o sol já havia se posto, foi feito por Shutara e Hideki.
Shutara aproveitou aquele momento para questionar o colega a respeito de suas habilidades, entretanto, incapaz de se comunicar através de palavras, a mulher precisou utilizar gestos e expressões para que conseguisse ser entendida.

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Hideki percebeu a tentativa da mulher e retirou as vendas que lhe cobriam o rosto. Pela primeira vez Shurta pode ver os olhos do rapaz, que demoraram a se acostumar com a pouca luminosidade que invadia a cupula. Após o rapaz muito piscar e esfregar seus olhos contra a manga de sua roupa, Shutara pode então iniciar sua comunicacao por gestos, que levaram longos minutos para serem entendidos. Ao final, Hideki, se divertindo com tudo aquilo, explicou - Eu posso rastrear as pessoas próximas através do chakra que flui dentro do corpo delas. Eu possuo uma habilidade sensitiva que pode ser desenvolvida por alguns poucos shinobis, não é nenhuma herança genética, é simplesmente fruto de muito trabalho e de uma sensibilidade aguçada que poucas pessoas tem -. Shutara, muito curiosa, demontrava seu interesse através de suas expressoes. A garota pediu para que o homem comentasse mais sobre a habilidade, ou melhor, como ele havia desenvolvido tal habilidade - Bom, eu estou ainda tentando melhorar, por isso que eu abdico de minha visão as vezes, que é para eu ser forçado a me direcionar pelo Kanchi. Se você tiver a sensibilidade necessária para despertar a ahbilidade, poderá sentir o chakra das pessoas próximas se conseguir se concentrar o suficiente e realmente quiser -.

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Após ouvir a explicação de Hideki a respeito da habilidade chamada de Kanchi, Shutara procurou se isolar durante algum tempo, tentando processar tudo aquilo que havia sido dito “Da forma como ele fala parece ser algo intrinsico de algumas pessoas mais sensíveis a percepção do chakra, mas imagino que mesmo assim não deva ser nada fácil despertar esta capacidade e refina-la”. Ao ver Hideki novamente cobrindo seus olhos com as bandagens Shutara percebeu o quão difícil poderia ser masterizar aquela técnica, afinal, até mesmo um rastreador da elite da vila, no intuito de aperfeiçoar sua capacidade, abria mão de sua própria visão. Nas horas que restavam até o momento da invasão a garota procurou treinar sua capacidade perceptiva, fechando seus olhos e se livrando de todos os pensamentos que lhe vinham a mente. Por alguns momentos shutara sentiu que podia sentir seu próprio fluxo, mas lhe ocorreu que talvez fosse apenas sua mente lhe pregando peças e que ela poderia estar sentindo nada mais nada menos do que seu próprio fluxo sanguíneo percorrendo suas veias através de pulsos.
Em meio a madrugada o capitão despertou - Acordem todos e preparem-se, a hora chegou -. Enquanto os remanescentes terminavam de despertar e se arrumar para o embate, a cúpula que lhes protegia foi desfeita, permitindo que o vento gélido do deserto lhes atingisse. Shutara voltou a se conectar com a marionete Número 1 e fez com que os segmentos de madeira, até então jogados ao chão, voltassem a se erguer e tomar a forma de uma pessoa.
O grupo rumou em direção a um vilarejo de médio porte escondido em meio as dunas. Diversas tochas e barris de fogo estavam distribuídas ao redor dos muros para iluminar bem o ambiente e facilitar a vigília dos guardas. Hideki identificou o lado menos guardado e o grupo iniciou sua infiltração por lá. Hanna usou um leque para manipular os ventos e apagar o fogo, enquanto Shutara controlou seu boneco para realizar o primeiro assalto e capturar o único guarda daquele lado dos portõesoes.

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Após o grupo adentrar n pequeno vilarejo, este se viu em meio a uma rua extremamente escura e inapropriada para sua operação “Estamos muito expostos e em desvantagem aqui”. Todos pareciam pensar a mesma coisa, pois procuravam freneticamente por uma rota. Kai se voltou para o rastreador, o único aparentemente completamente sereno - Por onde devemos seguir? -. Apesar de não poder apontar uma exata direção, por não estar olhando a rua, Hideki poderia dar um norte baseado na localização dos guardas, o que já ajudava todo o grupo - Eu… Eu não sei, tem algo errado aqui -.
Uma bomba de luz e diversas bombas de fumaça foram lançadas contra o grupo. Enquanto a fumaça se espalhava pela rua, a bomba de luz explodiu sobre as casas, prejudicando a visão de todos, com excessão de Hideki. Shutara precisou resistir a tentação de colocar seu braço sobre seus olhos para fugir da explosão de luz, no lugar disso a mulher agachou e realizou uma sequencia de selos, projetando no mesmo momento seu chakra para sua derme, que após alguns poucos segundos foi inteira tomada por uma coloração marrom escura.
Uma enxurrada de kunais e shurikens atravessaram a cortina de fumaça, visando abater os shinobis da areia. As laminas, que deveriam acertar e perfurar Shutara por todo corpo, simplesmente ricochetearam, caindo de forma tosca no chão. Shutara não pode ver o ocorrido, mas sentia que seu jutsu havia funcionada devido a sensação do metal afiado sendo repelido de sua pele como se fossem um simples brinquedo de plástico.
Shutara ouviu as paredes de uma toca de areia sendo estraçalhados, ela julgou ser obra de seus inimigos, entretanto, se surpreendeu ao ouvir a voz do comandante - Para dentro todos!! -. Através do buraco aberto no prédio por Kai o grupo pode se refugir das ruas, onde eram alvos fáceis - Mas que caralho aconteceu lá fora? Hideki, você deveria ser capaz de sentir a presença deles, o que aconteceu? -. Kai se voltou para os remanescente e se surpreendeu ao ver que o rastreador não estava mais entre eles.

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Todos imaginaram que Hideki havia sido atingido pelos inimigos e deveria estar largado em meio as ruas, ferido. Infelizmente não havia muito o que ser feito naquele momento. Não era necessário possuir capacidades de rastreio para saber que cada vez mais inimigos cercavam o local e dificultavam a retirada dos shinobis. Lamentando, Kai ordenou que o grupo continuasse a missão sem Hideki - Não temos escolha. Devemos seguir com a máxima cautela e se as coisas piorarem, fugimos imediatamente, ok? -. Todos assentiram e retomaram a missão.

Após quebrarem as paredes dos fundos de um edifício de areia, o grupo conseguiu sair do mesmo pela porta da frente, que desembocava em uma rua paralela a de onde o embate discorria. O trio seguiu com cautela até tomar a maior distancia possível do local e invadiram uma segunda residência, que parecia deserta para sua sorte - Vamos ficar aqui até a poeira baixar, formaremos um novo plano de investida e agiremos -. Naquele primeiro momento todos optaram por descansar, afinal, a primeira etapa daquele assalto havia sido inesperada e desgastante. Todos sentiam o peso da perda de Hideki e sentiam a falta de um rastreador na equipe, alguém que pudesse guiar todo o grupo para uma direção segura.
Quando amanheceu o burburinho no lado de fora da casa parou e deu lugar para uma movimentação aparentemente comum para uma vila de médio porte como aquela. Kai e Hanna formulavam um plano para alcançar a área comercial e os galpões onde os fabricantes de explosivos haviam se instalado, enquanto isso, Shutara havia decidido se isolar em um quarto escuro. Mulher cobriu seus olhos da mesma forma como Hideki e dedicou toda sua concentração a missão de tentar despertar um poder que ela nem sequer sabia se era capaz de invocar. Houveram momentos em que a garota sentiu um aperto em seu coração, estômago e garganta… Ela sentia a ansiedade de ter que partir para uma missão suicida “Todos já perceberam, a gestão de toda a vila foi comprada pelos comerciantes, eles vão inventar qualquer desculpa para distorcer o que aconteceu, vão jogar nossos corpos no deserto e fingir que fomos vitimas de arruaceiros quaisquer… Sem os poderes sensitivos de Hideki a chance de conseguirmos sequer deixar esta vila são mínimas, com todos estes guardas e mercenários nos procurando”. Após o pequeno episódio de ansiedade, Shutara conseguiu se acalmar um pouco e sentiu pela primeira vez algo, que inicialmente ela imaginou ser nada mais do que sua própria imaginação. Levou alguns minutos para que Shutara percebesse que aquilo que ela sentia era o fluxo de chakra de seus colegas.

Quando Shutara deixou o isolamento e se reuniu ao grupo ela procurou explicar o acontecido com gestos, o que levou longos minutos e estresse por parte dos envolvidos. Kai sorriu e relaxou sobre a cadeira em que estava sentado - Mokarzel Shutara, descendente dos lendários sicários do deserto. Não me espanta você ter dentro de si essas habilidades, afinal, os Mokarzel eram notórios não só por suas habilidades com as artes de combate ancestrais do Vento, eles também eram famosos pelo Kagura Shingan -. Shutrara ficou curiosa para saber mais sobre esta tal habilidade, mas não conseguiu perguntar nada, por Kai levantou da cadeira e falou alto - Vamos, temos uma missão a cumprir -.
Com auxilio das habilidades recém despertadas de Shutara o grupo avançou pelas ruas do vilarejo durante a segunda madrugada. Eles avançavam com muita cautela, afinal, Shutara ainda não era capaz de sentir todo um vilarejo como Hideki e até mesmo as habilidades do homem não haviam sido o suficiente para descobrir os inimigos que aparentemente lhes aguardavam durante sua primeira invasão.
Quando os shinobis alcançaram o gigantesco galpão nas marginais do vilarejo eles contaram com as habilidades de Shutara com as linhas de chakra para alcançar os dutos de ventilação e a partir dai, com as habilidades de Hanna, que adentrou ao local por meio dos dutos e minutos mais tarde voltou com um pergaminho em suas mãos - Acho que isso é o suficiente. Vamos embora -. Em posse do pergaminho que continha nome de clientes pagantes e políticos e guardas corruptos que recebiam dinheiro da empresa, o grupo bateu em retirada, tomando o rumo do vilarejo. A ANBU saberia o que fazer com tais informações, saberia rastrear, interrogar e dar cabo dos responsáveis pelo incidente em Sunagakure.

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