ndava calmamente pelo centro da Folha e seguia a maior onda do fluxo de pessoas. Era tarde e a população estava agitada, diversas pessoas transitavam pelo local em busca de mercadorias, alimentos, entre outras coisas. Era até um pouco reconfortante enxergar a forma como a vila e a sua população se esforçava para se reerguer mesmo tendo passado por um período tão conturbado como fora sob a tutela de Danzou. Mas agora, todos se esforçavam ao máximo para que a realidade em toda a vila mudasse para melhor, e eu me sentia até um pouco orgulhoso em fazer parte daquela vila.

Mas todos deveriam ajudar de alguma forma e eu também tinha o meu papel nessa mudança. Como ninja da Folha, tinha a obrigação de concluir com as mais diversas — e estranhas — tarefas que me eram dadas, ainda que achasse uma completa perda de tempo. Dessa vez, era de minha responsabilidade encontrar o tal delinquente chamado de Nitsu e recuperar o pergaminho que o moleque havia roubado. Honestamente, eu não conseguia enxergar a maneira como uma simples criança havia conseguido roubar algo realmente importante para a vila a ponto de colocarem ninjas atrás do garoto. Talvez ele fosse uma espécie de garoto prodígio, ou simplesmente estava na hora de reforçarmos as nossas vigias dos itens que consideramos valiosos.

De qualquer maneira, estava no centro apenas por ter ouvido testemunhas de que o garoto estava andando com o pergaminho pelo local. Não demorou muito para que uma criança carregando um pergaminho longo passasse pulando pelas lojas e estabelecimentos ao meu lado, então apenas segui a figura até que ela já não tivesse mais fôlego para permanecer correndo.  

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garoto, quando notou que estava sendo seguindo, continuou correndo e prolongou a perseguição que, na minha cabeça, não ia durar mais do que alguns segundos. Ele então, virou em uma esquina e deparou-se com um beco sem saída, onde parei pela única passagem para entrar no beco e vi o moleque ficar de costas para a parede, segurando o pergaminho com as duas mãos, mantendo-o atrás do seu corpo.

— Eu não vou te devolver isso aqui de jeito nenhum! — Antes mesmo que pudesse solicitar o objeto ao garoto, ele começou a praguejar enquanto se negava a me entregar o pergaminho. Todavia, como estava explícito na minha missão que o objetivo do garoto era apenas chamar atenção, tentei agir com as palavras para evitar qualquer perda de tempo.

— Vamos lutar pra ver quem fica com o pergaminho. Se você ganhar ele é seu pra sempre, mas se eu ganhar ele fica comigo.

— Ah, se é assim então eu aceito. — O garoto não precisou pensar muito para aceitar minha proposta. — Mas eu não vou pegar leve!

Ele, então, largou o pergaminho no chão e começou a correr na minha direção, enquanto gritava em fúria. Apenas executei alguns selos de mão e fiz um dragão de terra voar na direção do garoto, que foi atingido em cheio pela técnica e caiu para trás, com alguns ferimentos espalhados pelo seu corpo. Ele começou a chorar e reclamar sobre injustiça, mas tudo que fiz foi me dirigir até o pergaminho e pegá-lo do chão. Em seguida, saí dali e rumei para o quartel general da vila, onde entregaria o pergaminho para os responsáveis guardarem o item novamente.  

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