Umas semanas antes ao grande evento em Kumo, onde seria o encontro de todos. Ai que se passa os acontecimentos desse gaiden.

[...]

Terminei de jantar com todos que ali estavam presentes. A família que nos abrigava era muito simpática e gentil, sem contar as comidas maravilhosas que saiam daquela cozinha. Meus tios, Ifan e Fane, sempre simpáticos com nossos anfitriões, nunca iria dizer que estavam desconfortáveis naquele lugar, mas eu ficava. Mesmo após um ano em Kumo, ainda não tinha conseguido nosso próprio lar. Até aquele momento, ninguém havia questionado nada e a família parecia não se importar com os novos integrantes fugidos de Iwagakure.

Subi para meu quarto, e fui direto para o banheiro. Enquanto tirava a roupa, olhava para meu rosto no espelho acima da pia. O reflexo era de alguém que não via desde criança, minha versão mais dependente. Me dava a sensação que estava vendo aquela primeira Jaina que chegava, fugida de uma ataque, em Iwagakure com medo, sendo trazida pelo seu pai. Me dava dois tapas no rosto, ao mesmo tempo, para tirar aquela sensação.

"Será que não mudei nada naquela época. Papa… onde será que o senhor está? O que o senhor acharia de mim em meu estado agora ” — Pensava com um sentimento de saudades e lembrando o fato que eu não havia deixado nada sobre nossa nova localização.

Entrava no banho, lembrando dos meus pais e das vezes que o destino fez que nós nos cruzássemos. A água quente caía sobre meu corpo que, apesar de pequeno ainda, havia se desenvolvido um pouco mais para a de uma mulher. Pensava se Mama havia passado por isso? Ela era uma mulher bela e com seus 175cm tinha uma presença de corpo enorme e eu mal conseguia passar dos 162cm. Isso me deixava confusa, mas eu tinha que colocar na minha cabeça que apesar de ser criada geneticamente eu era eu e ela era ela. Me questionava, como era isso para o Papa?

Sai do banho e secava meus cabelos com a fumaça quente no banheiro. Tirava o embaçado do espelho com uma toalha e olhava para mim mais decidida. Eu tinha que fazer algo para minha família de agora. Papa e Mama sempre estavam fugindo para me proteger e Ifan e Fane eram quem tinham realmente cuidado de mim todos esses anos. Após vestir o pijama, eu deitava a cabeça no travesseiro para pensar qual seria o plano ideal.

[...]

Na manhã seguinte, desço as escadas e encontro meus dois tios ainda comendo.

“Ai que bom, acordei a tempo” — Pensava

— Bom dia =D! — Dava um bom dia sorridente, com o máximo que conseguia, tentando puxar a antiga Jaina dentro de mim. Sentava na mesa e me servia do café e dos deliciosos bolos que ali tinha.

— Bom dia Jaina, acordou animada hoje— Dizia Fane

— E cedo — complementava Fane sorrindo do jeito dele — Quais os planos de hoje ? Pensei que iria treinar sozinha novamente. — Questionava ele antes de tomar mais um gole da xícara de café.

— Bem, tio, estava com uma ideia nova. Eu… estava pensando em sairmos para andar nos três, pela vila mesmo… conhecendo os lugares mesmo, sabe?

Os dois me olhavam de forma surpresa, e aceitam.

— Mas olha… não quero você chorando por algodão -doce viu. — Ifan soltava uma piada e ria dando tapinhas nas coxas.

Eu ficando vermelha — Só fiz isso quando era criança, já sou bem crescida agora. —

Após terminar de comer, eu juntava minhas coisas e ia até a porta.

- Estou aguardando vocês na pracinha, lá fora. Hoje vai ser divertido. — Saia da casa e como sabia que teria alguns minutos para fazer meus preparativos. Assim que chegasse na pracinha, eu prepararia uma carta para o Raikage, pedindo permissão para comprar uma casa em um bairro nobre de Kumogakure, mandava via passaro para seu local de trabalho. Segundo eu pegaria um mapa da vila e marcaria os pontos que eu achasse que seriam boas regiões para se morar. E por último, eu escondia esses papéis pra que eles não percebessem.

[...]

Após uma hora, meus tios apareceram. Eles estavam vestindo roupas bem tranquilas e leves. Vinham com as mãos dadas e me deixava bem relaxada e feliz ver os dois juntos. Antes em Iwa, eles mal tinham tempo juntos. Agora sim, essa era a paz que eles merecem. Dava um leve aceno para os dois

— Tio Ifan, Tio Fane aqui ! - Dava pulinhos para os dois me vissem.

— Jaina, qual o plano, aonde vamos?  — Questionava Fane

— Amor… para de querer controlar tudo, deixa ela guiar . — Falava com um sorriso — Você está com tudo sob controle, né Jai-chan?

— Sim, tio! — Aquela confiança me dava energias para levar a ideia a frente.

Seguimos pela vila, andando por diversas áreas, umas com lados, outras com praças, outras com montanhas. Em cada área diferente, eu tentava puxar assunto sobre o que eles achavam do lugar, como cada um deles olhava as casas e as decorações. Para mim, ali qualquer comentário significava muitas coisas.

Após boa parte do passeio, Fane diz para eu esperar junto com Ifan e logo ele volta com 3 algodões doces. Antes de me passar o meu ele me joga outra pergunta:

— Antes… me conta a verdade… qual é sua ideia Jaina? Vai pedir o que? Um aumento de mesada? —

Eu pegava o algodão e sentava em um banco com eles;

— Sabia que eu não conseguiria enganá-los por tanto tempo. Sabe Tio, me sinto culpada por nossa fuga, de sempre ter dado trabalhos para vocês dois e nunca poder contribuir direito. Por esse fato, eu decidi encontrar a moradia perfeita para voces. — Pegava o mapa no meu bolso e mostrava minhas anotações. — Estive procurando em cada lugar sobre isso. Desta vez, serei eu que darei todo o apoio que vocês dois merecem.

Os dois comiam o doce enquanto me ouviam atentamente. Eu comia o meu e o silêncio pairava no ar em alguns segundos. Aquilo me constrangia. Porém os dois vieram e me deram um abraço em conjunto.

— Jaina… você não precisa nada. Sempre será nossa princesinha. — Dizia Fane

— Sabe, qual seria o lugar perfeito? — acrescentava Ifan — Onde nós três, ou quem sabe quatro, pudéssemos morar juntos como uma grande família que somos. Mesmo não sendo sangue, você sempre será nossa menina.

Fane pegava o papel com as anotações e complementava — Bem… se é isso que deseja, eu gostei da área dos parques e acho que se for perto do lago, seu tio Ifan pode ficar fedendo a lobo molhado… eu já não gosto. — Soltava ele uma piada sarcástica.

Não demorou muito para estarmos, nós três rindo e tirando sarro um dos outros e o mais importante, decidindo onde morar como uma familia.

HP: 380/380│MP: 580/580 | ST: 11/11
Sanidade: 260/260 | Velocidade: 30 m/s

Considerações:

Jutsus:

Armas(20/25):