RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Kenyu


Ashtar
Kirigakure Anbu
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氷の魔女; kōri no majo




Encarei as folhas com certa apreensão.

Quando solicitei um time para ser treinado, todos foram muito prestativos em assegurar que, de fato, eu teria pupilos. Eu pensei que seria fácil; algo como “aqui está um time completo e pronto para iniciar os treinamentos”, não que eu teria que escolher a dedo.Quase tive um colapso quando me enviaram dezenas de fichas de inscrições, todas repletas de informações — e nem todas eram úteis para mim. Foi um processo muito trabalhoso e, confesso que quase desisti da ideia por pura preguiça.

Em vez disso, porém, me mantive firme na ideia de que nossa divisão de assassinos estava desfalcada. Após os acontecimentos no Cemitério Oinin, no qual o próprio líder da ANBU esteve presente, chegamos à conclusão de que nossos ninjas não estavam à altura dele. Precisávamos de mais, entretanto, o treinamento para uma divisão específica, na verdade, pode se alongar por anos. Não tínhamos tanto tempo. Teríamos que escolher ninjas propensos às artes de caça e assassinato e orar para termos sorte.

Aquilo tomou meu tempo por dias.

Quando consegui diminuí-las ao número de cinco, já haviam se passado quase duas semanas.  Enviei minhas escolhas ao Mizukage-sama, alegando que qualquer um daqueles cinco seriam ideais para o que eu tinha em mente. A espera por uma resposta foi menos longa: apenas dois estariam disponíveis para iniciar um treinamento e a formação de um novo grupo. Para mim, era melhor do que nada.

Me lembrava vagamente do início da minha vida como kunoichi. Haviam encontros quase que diários para treinos, ou reuniões para discutir missões futuras. Não tinha passado por muitos líderes de time, até que me visse sem time algum, com a morte de meu irmão e do meu melhor amigo. Não fazia a mínima ideia se me sairia bem no papel de professora, já que isso sequer tinha passado pela minha cabeça até recentemente. Estava apreensiva. Ainda assim, enviei os pergaminhos àqueles que fariam parte da minha vida agora.

Kyoji e Kyousha.

Combinei de encontrá-los em um dos campos de treinamento — onde me encontrava no momento. Era uma manhã tranquila, mais quente do que costumava ser em Kirigakure, com os raios de sol despontando entre as nuvens. Espero que isso seja um bom sinal, pensei, embora soubesse em meu íntimo que muito pouco de bom aconteceria àquelas crianças a partir de agora.

Equipamentos:





Ashtar
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Kyousha
Kirigakure Chunin
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Títulos : Sem título
Era um dia raro em Kirigakure, afinal mesmo sendo sempre o clima frio e seco, estava mais calor que o comum e isso incomodava um pouco a jovem Kyousha,  que como toda manhã estava se preparando para mais um dia de missões.

Como de costume pela manhã, a kunoichi estaria se arrumando em seu quarto, colocando seu kimono preto como de sempre, junto a sua capa branca favorita e amarrando a sua bandana no seu braço esquerdo na gola de seu kimono. Sua pequena espada se encontrava em sua cintura do lado oposto do seu braço direito, e após respirar fundo, a jovem saiu de casa.

Aquele dia não seria como os outros, não seria apenas mais uma missão rank D, ela teria sido chamada para fazer parte de um grupo com uma própria Anbu, e quando a mesma recebeu tal notícia, seus olhos se encheram de determinação misturadas com preocupação. Desde sua infância naquele fatídico dia, sua visão do mundo mudou para sempre e ela moldou seus ideais, virar um assassino profissional com certeza a ajudaria a realizar sua visão do mundo perfeito para sua vila, mas era exatamente essa sua preocupação. Estaria Kyousha preparada para arrancar vidas? Ela tinha medo, mas no fundo sabia que mudanças não podiam ser feitas pacificamente para sempre, na verdade os tratados de paz eram escritos com sangue.

Ao chegar no campo de treinamento Kyousha tentou manter sua calma e sua expressão compartilhava essa intenção, estava séria e reservada, mas qualquer um poderia notar seu nervosismo se observasse o suficiente, algumas gotas de suor caíam de sua testa que era escondida por sua imensa mecha do meio de seu cabelo.

Logo em sua frente, Kyousha encontrou uma mulher alta, se comparada a sua própria altura, de longos cabelos negros e pele pálida, com olhos azuis que mesmo com a ausência de brilho possuíam um charme misterioso, combinado com sua pequena marca perto dos olhos. Por um momento as bochechas da gennin chegaram a corar com a aparência da mulher, mas boa parte do motivo foi admiração, mesmo ainda não conhecendo ela.

-M-me chamo Wasure Kyousha! É um prazer!- Gritou a jovem admirada, fazendo uma breve reverência para a sua superior que seria sua sensei possivelmente.

Kyousha logo se ergueu novamente, tentando mais  uma vez manter sua postura calma e responsável, mas seu rosto ainda possuía o rubor de antes e seus lábios pareciam trêmulos. Sua inexperiência misturada com admiração e ansiedade a tiraram do seu eu de sempre, coisa que apenas "Shogi", sua figura paterna, conseguia.


Considerações:
Kyousha
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Ashtar
Kirigakure Anbu
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氷の魔女; kōri no majo




Os minutos passavam e, com eles, minha paciência se esvaia lentamente. Eu consegui notar os primeiros sintomas de ansiedade antes mesmo de me sentir ansiosa, de fato. Perna se movimentando rapidamente, olhos inquietos, encarando cada pontinho da paisagem em minha frente. A ponta da língua umedecendo os lábios a cada poucos segundos. Não estava acostumada a esperar; porém, tinha em mente que aquilo não seria um treinamento somente para eles, mas, sim, para mim também. Seria bom rever minhas habilidades para trabalho em equipe.

Estava tentando diminuir o uso da nicotina, porém, me vi muito tentada a fumar um pouco. Já tinha tirado um cigarro da bolsa e ele brincava entre meus dedos, ainda apagado, quando vi uma silhueta se aproximar. — Bem à tempo. — Murmurei para mim mesma, guardando o cigarro, ligeiramente satisfeita em não fumá-lo. Me virei na direção da figura feminina e aguardei. Kyousha era, assim como a foto em seu formulário demonstrava, uma garota muito jovem; tão jovem quanto eu era, quando sofri a primeira perda.

Por um instante, me arrependi de toda aquela ideia. Por mais que fôssemos bem sucedidos em nossas tarefas, a vida daquela garota jamais seria a mesma. Ela veria, e cometeria, atos que muito provavelmente maculariam para sempre sua essência. E jamais seria a mesma pessoa. Me doía, de certa forma, ser a responsável por isso.

Entretanto, assim como eu, ela era uma ninja de Kirigakure. Tinha seus deveres.

E suas próprias motivações.

E eu precisava dela.

O prazer em conhecê-la é meu, Wasure Kyousha-san. — Tal qual a mais jovem, fiz uma rápida, porém polida, mesura. Ao me erguer, e encontrá-la me encarando, por um breve momento, não soube o que dizer. Seus olhos pairavam sobre mim como se eu fosse alguém importante. Mal sabe ela que eu sou apenas uma desesperada, mesmo.

A hesitação da minha parte foi rápida. Em seguida, puxei um pequeno relógio de bolso, observando que tinha passado cinco minutos do horário marcado. — Acho que seremos apenas nós duas, por enquanto. Vamos começar. —  Num movimento ágil, deixei meu corpo cair sobre o chão, sentando-me com as pernas cruzadas. Sinalizei para que Kyousha fizesse o mesmo. Frente a frente, comecei a explicar o que queria dela.  

Como estava escrito no pergaminho, você foi convocada para integrar um time liderado por mim. Porém, não será um time convencional. Geralmente, o sensei acompanha seus pupilos nas tarefas que eles devem fazer, mas, nós não trabalharemos assim. Você, como minha pupila, irá me acompanhar. O ponto é que eu trabalho em um…. Setor diferenciado de Kirigakure. Minhas missões são difíceis.

Uma pausa, para recuperar o fôlego, organizar minhas ideias, e observar as expressões de Kyousha. Prossegui, em seguida. — Entretanto, você não irá apenas me acompanhar. Nós temos um objetivo. Você sabe que a guerra civil iniciou devido a morte do nosso futuro senhor feudal pelas mãos de um ninja de Kirigakure, certo? Parte do nosso objetivo, é apaziguar essa situação. Outra parte, porém, é eliminar uma pessoa que se sente no direito de reivindicar vingança pela morte do príncipe. Zaru.

Senti a oscilação em minha voz em pronunciar aquele nome maldito. A mais simples citação de sua pessoa fazia meu sangue ferver em minhas veias. Tentei ser convicente em conter aquele sentimento tão voraz, mas, não poderia afirmar que meus olhos não entregaram toda a raiva que eu sentia dele. — Ele é o irmão mais novo do príncipe e deseja vingá-lo. Inclusive, já iniciou sua vingança. Precisamos detê-lo. Todavia, tenho certeza que você já ouviu a história dele; uma vez herói de guerra, foi exonerado do exército do País da Água por sua sede de sangue. Ele é uma besta, mais animal do que gente.

A lembrança da maneira como ele matou meu avô veio à tona. Permaneci impassível, apesar do som da arma de Zaru contra o rosto irreconhecível do meu velho ecoar nos meus ouvidos. Mas, Kyousha, certamente, sentiria a temperatura cair bruscamente, em resposta às minhas emoções ouriçadas. — Você acha que é capaz de me acompanhar? Não digo em questão de habilidades, já que ainda precisa ser lapidada. Digo de coragem. Vontade. E determinação, acima de tudo. Você acha que as tem, mesmo que seu adversário seja quase que uma criatura inumana?

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Ashtar
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Kyousha
Kirigakure Chunin
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Ansiedade. Era uma ótima palavra para descrever os sentimentos da garota naquele momento, com seu rosto em rubor, seus olhos se desviando para diversos locais para evitar contato visual direto, seus dedos movendo em um padrão inquieto, mas apesar de tudo a jovem tentava ao máximo se manter firme como sempre fazia em qualquer situação.

Quando a mesma ouviu seu nome pela a boca de sua nova sensei, seu coração pulou uma batida. Em toda sua vida ela apenas teria treinado e aprendido coisas de um único homem, tudo aquilo estava sendo diferente para ela, mas mesmo assim ela continuava lutando dentro de sua mente para manter seu orgulho e sua postura, mordendo sua língua toda vez que ela parecia estar prestes a desabar.

Após o sinal da mais velha, Kyousha se sentou no chão. Sua maneira de sentar foi muito mais delicada e organizada, se colocando de joelhos no chão, desamarrando sua bainha da cintura e a colocando ao seu lado. Sua capa branca fazia com que seu corpo inteiro fosse coberto, a fazendo se sentir estranhamente mais segura a encarar a mais velha, por mais que por breves momentos seu olhar mais uma vez se desviava devido ao nervosismo.

A mais nova ouviu atentamente os comentários de Asthar, não querendo interromper nenhum momento, enquanto se concentrava plenamente em suas palavras, mais uma vez fazendo com que seus olhos se enchessem de admiração, a fazendo parecer ser bem mais jovem do que aparentava naquele momento.

-Eu acredito que já ouvi sobre esses ocorridos, mas eu não pude me informar muito... E-eu acabo me focando demais nas minhas atividades e treinos que o mundo ao meu redor parece não existir por um momento.- Respondeu a genin as palavras da sensei. Kyousha de fato ouviu sobre as histórias do assassinato do príncipe e de Zuru, mas seu conhecimento sobre os casos eram rasos, como de qualquer outro habitante da névoa, talvez até menos.

Algo que impressionou Kyousha foi a sútil mudança no comportamento da mulher em sua frente. Mesmo que estivesse nervosa, quando Kyousha se interessa por algo ela acaba se focando de uma forma assustadora, e pode notar as pequenas mudanças de comportamento de sua sensei. Como no início, ela se mostrava ser fria e competente, mas seus olhos, seu tom de voz, a forma que ela falava... era possível sentir uma fúria querendo se formar, igual uma pequena faísca sento ateada a uma fogueira com galhos secos.

O clima ficou mais frio, mesmo sendo coberta por suas roupas mais pesadas, a mudança do ambiente foi notável graças a respiração da jovem que começou a ficar mais seca. Com aquele frio veio também talvez a pergunta mais importante daquele encontro e que provavelmente decidiria o rumo da vida de Kyousha para sempre. Se desse uma resposta não satisfatória ela provavelmente seria mandada de volta de onde veio, mas se Asthar tomasse interesse na mais nova, quanto a vida dela mudaria?

Determinação, coragem, vontade. Teria Kyousha tudo isso? Mais uma vez ela se encontrou lutando em sua mente, relembrando o passado com sua vida pacífica, o dia que encontrou um homem ferido na neve, o dia que foi raptada e ferida fatalmente, mas também do dia que foi salva pelo mesmo homem que ela tinha salvo na neve. Ela lembrava da dor que sentiu naquele dia e das palavras daquele homem, lembrou de seus ensinamentos, seu modo de agir, seu passado.

-Eu...- Kyousha por um momento hesitou, não conseguindo falar, caindo em silêncio por um minuto inteiro enquanto encarava o chão. Aqueles pensamentos junto com as palavras de sensei mais uma vez circulavam em sua mente, mas em meio a esse caos em seus pensamentos, simples perguntas se formaram, que a fizeram enfim encarar a mulher com todo o controle que a garota podia ter.

-Por que eu estou viva hoje? Por que eu escolhi esse caminho? Por que lutar quando eu posso ser protegida? Essas palavras as vezes aparecem em minha mente quando eu estou indecisa. Elas me fazem lembrar... Se não fosse por alguém ter tirado dezenas de vidas em um dia, eu provavelmente não estaria mais aqui.- Quando a garota disse isso, ela colocou sua mão em sua cintura, apertando ela com certa dor em sua feição. A mulher em sua frente podia não saber, mas naquela região havia uma grande cicatriz do dia em que a menina quase perdeu tudo, mas que hoje serve para lembrar de seu orgulho e seus ideais.

-Eu posso ainda ser muito jovem, mas eu não me importo com que tipos de perigo eu possa enfrentar se eu a acompanhar daqui em diante! Se eu precisar sujar minhas mãos, que seja. Se eu sentir medo, que seja. Eu quero ser igual a "ele". Foi uma escolha que eu mesma fiz. Eu me orgulho profundamente disso! Se eu precisar matar pessoas ou monstros como Zuru, eu farei sem hesitar! - Podia ser sua imaturidade devido a idade, ou apenas sua teimosia, mas Kyousha não parecia aflita ao dizer aquelas palavras. Desde pequena ela aprendeu que muitas vezes a paz era feita através de inúmeros sacrifícios. O medo que ela sentiu no dia que quase foi morta foi grande, mas maior que isso era sua admiração pelo homem que moldou seus ideais, pelo caminho que ela decidiu percorrer e principalmente por agora, onde ela finalmente conseguiu uma chance de realizar sua visão.


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Kyousha
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氷の魔女; kōri no majo




Controle-se.

Respirei fundo; o ar gelado entrou em meus pulmões, e um calafrio cruzou minhas costas em resposta. Tentei amenizar a temperatura, controlando o chakra frio que emanava de mim. Eu tinha que aprender a lidar com a memória de Zaru, principalmente agora, que iria trabalhar para caçá-lo. Uma simples menção não deveria mexer tanto comigo. Respirei fundo mais uma vez, e voltei a focar na genin em minha frente.

Kyousha parecia ser uma boa garota. Fazia silêncio ao ouvir e parecia realmente sorver de minhas palavras, como se a qualquer momento eu pudesse iniciar um quiz e lhe perguntar tudo o que conversamos. Quanto mais tempo eu passava na presença dela, mais eu me perguntava se aquilo era certo. Envolver alguém tão jovem em uma trama tão sangrenta e cruel.

São palavras muito bonitas. Porém… Sim, você deve se importar com o que você vai enfrentar. Porque todas essas coisas vão moldar quem você é. Não sei o que você vê ao olhar para mim, mas, posso te garantir que eu costumava ser algo muito diferente quando iniciei minha vida ninja. O que eu vivi me transformou, e nem todas as minhas partes são boas.

Fui sincera. O mais sincera possível. Kyousha parecia ter uma ideia muito diferente do que eu estava propondo para ela. Não era uma uma vida de heroísmo; na maior parte do tempo, era o contrário. Zaru era uma pessoa ruim, porém, nem sempre nossos inimigos são como ele. Às vezes, eles são pessoas boas que escolheram uma ideologia que nos coloca em linhas adversárias. Nem tudo é branco e preto, bom ou ruim.

Haverão momentos em que não vamos salvar crianças, Kyousha; mas, sim, matá-las. Oinins não são heróis; são assassinos. Fazemos o que nos é ordenado e, nem sempre, é algo que gostaríamos de fazer. Você parece ter uma memória muito bonita do ninja que a salvou, entretanto, nós não seremos os mocinhos. Na verdade, a maioria dos trabalhos sujos são jogados em nossas costas. É um fardo pesado.

Me levantei, os minutos escorreram por meus dedos com uma velocidade incrível; não parecia, mas, fazia um tempo considerável que estávamos ali. Não havia sinal de Kyoji, o que me fez pensar que, talvez, eu precisasse voltar às fichas, para aumentar nosso time. — É por tudo o que eu disse que, sinceramente, não me importo se você é uma ninja hábil ou se ainda é necessário muito treino. Habilidades podem ser melhoradas. Mas, é importante para mim que você queira seguir esse caminho. Eu não tive escolha, Kyousha, mas você tem.


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Ashtar
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Kyousha
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Depois que Kyousha terminou de falar, a kunoichi pode notar a mulher a sua frente tentando se acalmar, podendo perceber a diferença no clima mais uma vez, deixando a temperatura bem mais tolerável, deixando a garota bastante pensativa. "É por causa dela que tudo ficou tão frio? Eu nunca vi nada parecido com isso..."

Kyousha estava nervosa e um tanto envergonhada, ela teria se empolgado quando começou a falar de suas convicções e acabou revelando um pouco demais sobre sua vida, a fazendo mais uma vez ser coberta de rubor. Entretanto, Kyousha não estava preparada para o que vinha a seguir. De fato, a garota sabia que palavras não eram o suficiente para provar algo, e sabia que ainda podia não estar enxergando toda a situação a sua frente, mas as palavras que Asthar proferiu realmente abalaram por um momento sua mente.

-M-me desculpe...- Sua confiança de antes vacilou por um momento, fazendo seu coração pular um batimento. As palavras de Ashtar foram afiadas como uma faca, e de fato, Kyousha sabia que a paz não era feita com as mãos limpas, afinal eram palavras que ela sempre ouviu, mas a ingenuidade da jovem nunca a fez pensar que ela teria que cruzar uma linha tênue entre o bem e o mal. Matar pessoas que não eram necessariamente boas, mas também não eram más, ou pior... matar inocentes por um motivo maior.

Mais uma vez sua cabeça começou a ficar conturbada, era como se uma guerra estivesse acontecendo entre suas morais e seus ideais. Kyousha queria mudar a sua vila, queria mudar sua vida, tirar o medo das crianças ou de qualquer pessoa. Estava treinando para ficar mais fria, para matar a escória que trazia desespero para seu lar, mas ela percebeu que estava sendo muito infantil naquela hora.

-Eu quero.

Depois de mais alguns bons minutos, quando a mulher a sua frente finalmente se levantou, Kyousha ainda estava sentada no chão, com sua cabeça baixa. Sua voz saiu baixa, mas audível. Sua expressão não mostrava a mesma confiança de antes, era possível ver em seu rosto que estava em conflito ainda, mas a jovem era uma pessoa teimosa e orgulhosa, então quando se decidia em fazer algo ela agarraria a chance com unhas e dentes.

-Eu nunca quis ser uma heroína, mas eu quero fazer mudanças na minha vida... Eu estou com medo, mas é exatamente por isso que eu quero fazer isso.- Kyousha ainda era jovem demais para realmente entender todos os males do mundo, mas esse era um caminho que ela estava escolhendo por si mesma, seu orgulho não a deixaria correr mesmo que esse caminho a corrompa eventualmente. Para ela a coragem era a aceitação de que alguém estava com medo, mas que mesmo assim arranjava forças para seguir em frente.

Kyousha se levantou, colocando sua espada de volta em sua cintura, e mais uma vez se reverenciou para a mulher, curvando seu corpo.

-Então, por favor... Deixe-me segui-la!


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Kyousha
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