RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Kyousha
Kirigakure Chunin
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título


Se passaram cerca de 4 dias desde a primeira missão rank C de Kyousha, uma missão que à marcou para sempre por ter tirado uma vida. No dia que chegou em casa ela mal podia falar algo para sua família ou o homem na qual apelidava de "Shogi", decidindo subir rapidamente as escadas até seu quarto onde se isolou por dias, sendo atormentada pelas lembranças da sua lâmina cortando a carne do ladrão em seus pesadelos. A garota estava arrasada e começava a ter ataques de ansiedade, sentido seu coração apertar com a culpa ao notar que ela realmente não tinha mais volta, porém tudo aquilo mudaria naquele dia.

Já era quase o fim da tarde, a espadachim ainda não havia saído de seu quarto nem para desenhar como costuma fazer em seus dias livres, estava acabada com seu rosto cheio de olheiras, seu cabelo bagunçado e vestido apenas uma camisa de manga comprida abotoada, que devido ao seu tamanho cobria até suas coxas. A incerteza e a ansiedade não a deixavam levantar de sua cama e a esse ponto ela já estava desistindo de tentar. Tudo mudou, entretanto, quando ela ouviu o som de batidas contra sua porta com uma voz familiar que a fez erguer sua cabeça da cama pela primeira vez.

Kyousha, sou eu. Precisamos conversar... Agora. — Aquela voz era impossível de ser confundida pela garota, pois se tratava de "Shogi", seu mestre, mas algo estava estranho. Seu tom estava sério e preocupado, fazia tempo que ela não escutava o homem que salvou sua vida desse jeito.

Se levantando enfim de sua cama, temendo pela reação do espadachim, Kyousha correu tão rápido em direção a porta que interrompeu as batidas antes que Shogi pudesse se preparar.  

O-O que foi...? Eu só não estou me sentindo bem e... — Não era inteiramente mentira, mas a tentativa de esconder algo era clara. Seus olhos dourados que brilhavam como o sol estavam vazios, seus lábios ressecados e sua face era quase melancólica e isso facilmente chamou a atenção do homem que a interrompeu.

—   Sinceramente... A única pessoa que você está enganando com essa atitude... Na verdade nem a si mesmo você consegue enganar, idiota! Vamos, se vista. Sua mãe pediu para comermos fora hoje, e se você não vier eu irei por na sua conta. — O tom de voz do espadachim mudou, estava mais descontraído como sempre. Ele apenas deu de ombros para a garota, se recusando a ouvir as desculpas esfarrapadas da sua pupila enquanto começava a descer as escadas.

A jovem engoliu seco aquele momento, sabia que não podia ficar naquele quarto para sempre e que provavelmente todos em sua casa já perceberam que algo estava errado com ela, a fazendo se sentir mais culpada ainda, o que a fez finalmente tomar coragem para sair de seu isolamento. Logo, como recomendado por Shogi, a garota tomou um rápido banho e se vestiu com roupas confortáveis de frio com um cachecol preto que cobria parte de seu rosto. Por conta da pressa, ela não se preocupou em prender seus longos cabelos ou sequer de se maquiar para esconder as olheiras, ficando com uma feição um tanto deprimente.

Ao descer as escadas, a garota engoliu seco mais uma vez ao se deparar com Shogi na frente da porta principal junto de sua mãe. O espadachim estava usando um sobretudo e calças pretas, acompanhado de um grande chapéu. Sua mãe entretanto não parecia vestida para sair, e seus olhos pareciam um pouco inchados com sua face avermelhada, e um triste sorriso em seu rosto.

Aí está ela! Vamos logo, você parece uma tartaruga. — O homem dizia enquanto já caminhava para fora da casa, sem esperar a garota.

C-Certo... Você não vem junto, mãe? — Kyousha dizia correndo, indo em direção até a porta, mas parando no meio do caminho para falar com sua mãe.

A mulher estava estranha, ela sempre foi uma pessoa muito animada e esforçada, uma grande kunoichi que já foi conhecida por suas incríveis habilidades e que nunca tirava seu sorriso do rosto, mas hoje seu sorriso não parecia tão genuíno... era triste.

Infelizmente não, minha filha. Eu preciso cuidar de seus avós, sabe que eles não podem sair muito. Mas espero que se divirta, eu te amo. — A voz de sua mãe estava um pouco trêmula, e depois de um abraço apertado, a mulher finalmente deixou a mais jovem livre para acompanhar o homem, que continuava seu caminho mais a frente, assoviando de forma despreocupada.

...

Kyousha e Shogi estavam a bons minutos caminhando, indo em direção ao centro da vila. A caminhada foi um pouco desconfortável para a mais jovem, pois o silêncio dominou o local e quase nenhuma palavra foi trocada. Por estarem mais perto dessa vez, a garota conseguiu observar o rosto de seu mestre, e pode notar uma marca rosa em formato de mão na bochecha direita do homem. Em sua cabeça, já sabia o que teria acontecido depois de encaixar todas as peças.

Ela te bateu, não foi... — Sua voz saía baixa, abafada pelo cachecol, mas os dois estavam próximos o suficiente para o homem conseguir ouvir

Heh... Olhar afiado que você tem aí, pequena. Sabe como é, sou popular com as mulheres. — Ele brincava, com sua voz saindo em alto tom e despreocupada.

Eu... — O arrependimento era claro em sua voz, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Shogi a interrompeu, colocando o chapéu que ele carregava na cabeça de sua aluna.

Nós já sabemos, Kyousha. No momento em que você chegou, sua mãe pôde dizer exatamente o que aconteceu com você. Você matou alguém, não foi? — A voz do homem dessa vez voltou a ficar extremamente séria, era como se o espadachim fosse outra pessoa, mas apenas se tratava de uma parte de sua personalidade que ele escondia.

A genin se surpreendeu com as palavras do seu mestre, ele havia acertado em cheio. Podia ser sua ingenuidade, mas em sua mente ela pensava que seria impossível descobrir o que havia ocorrido. Seu rosto ficou em rubor, seus olhos começaram a encher de água por um momento, mas apenas pequenas gotas de lágrima caíram. Ela estava envergonhada por ter sido tão óbvia, a fazendo se esconder em seu cachecol e o chapéu, mas também se sentia aliviada.

Todas as pessoas tem a mesma reação quando tiram a vida de alguém. Nós não fomos feitos para matar nossa própria espécie, mas esse é um caminho que todo ninja tem de enfrentar, porque não existe paz sem sangue... Sua mãe não queria que você se tornasse uma kunoichi como ela, pois temia que isso acontecesse com você, mas acho que por minha culpa você acabou seguindo meus passos. — Nesse momento, ele colocou a mão em sua bochecha, exatamente onde havia levado o tapa.

A outra permaneceu em silêncio, apenas ouvindo o que o homem dizia, atenta como sempre faz quando se encontra com alguém que admira. Em sua cabeça, o caos mais uma vez reinava, com pensamentos distorcidos que a afogavam em desespero, pensando em mil possibilidades. Ela duvidava de suas escolhas naquela hora, não queria preocupar sua família, mas ao mesmo tempo lutava contra sua própria vontade. Seu coração mais uma vez apertava, e as pequenas lágrimas aos poucos ficavam mais intensas.

Escute, Kyousha. Eu também não queria que você seguisse os passos de uma pessoa como eu, eu nunca me perdoaria por te dar um fardo como esse para a pessoa que salvou minha vida. Por mais que eu tenha te influenciado, uma coisa eu sei... Esse caminho foi você que escolheu com sua própria vontade, com seus próprios ideais. — O mais velho parou a caminhada, ficando de frente para sua pupila, a encarando diretamente nos olhos.

Como resposta, Kyousha também parou, olhando para cima para encontrar os olhos de seu mestre. Sua face estava séria, com seus olhos afiados e determinados, forçando a vergonha na jovem mais uma vez, por parecer tão patética diante da pessoa que mais admirava.

Foi exatamente por ter sido a sua decisão que eu aceitei te treinar, foi por você ter escolhido seu caminho que sua mãe a apoiou em se tornar uma kunoichi. Foi por isso que ela me pediu conversar com você hoje. — Do bolso de seu casaco, o mais velho retirou uma pequena peça de tabuleiro de shogi, sendo a lança, entregando-a para a menina.

Isso é... — Ela dizia enquanto tentava enxugar suas lágrimas.

"Kyousha" ou a lança. Essa é a peça que eu escolhi te apelidar. Você sabe o por quê?

Por que...?

A lança no shogi é uma peça que só pode andar em uma direção: para frente. Ela não pode ir para os lados, nem mesmo voltar atrás, e é exatamente isso que eu vejo em você. A sua teimosia é quase sem limites, e uma vez que você tem algo em mente você continua correndo atrás. O caminho que você escolheu é um caminho difícil, você vai sofrer, mas foi algo que você decidiu. Você é uma garota com um bom coração, você se importa com sua vila e quer que as pessoas que vivem nela estejam seguras. Então, como a lança, não duvide de seu caminho, mesmo que você crie pilhas de corpos, continue andando para frente, sem desviar de seu rumo, sem olhar para trás.

Os olhos dourados da kunoichi começaram a brilhar naquele instante, enquanto em sua mão ela apertava a peça de madeira com força. As lágrimas começaram a transbordar e seu nariz escorrer, porém tudo isso foi interrompido por uma súbita risada vinda da jovem. Era fraca e sem muita animação, mas os olhos dela não mentiam, as palavras de seu mestre ajudaram a sua mente se acalmar e o aperto em seu coração sumir.

Essa foi a coisa mais brega que você já disse, "Shogi" idiota... — Ela limpava as lágrimas em seu rosto, com um fraco sorriso formando em seu rosto.

Ugh?! Como é?! Tsk... Eu tento agir legal e profundo para ser chamado de brega?! Mereço! — O homem bateu os pés no chão, colocando a mão de volta nos bolsos enquanto voltava a caminhar pela vila. Kyousha o acompanhava logo em seguida.

Mas, bem... Onde estamos indo hoje?

Nós iremos jantar como verdadeiros ninjas hoje! Um bom ramen é perfeito para guiar qualquer ninja em apuros!

Por conta da grande conversa que os dois tiveram, a dupla chegou no restaurante no anoitecer, e o movimento ficou muito maior que o esperado. Demorou para que eles finalmente pudessem pedir uma tigela de ramen para encherem seus estômagos vazios. Enquanto ambos se deliciavam com o prato, um sorriso triste se formava no rosto de Kyousha, mas seus olhos se enchiam de determinação. Ela percebeu que algo mudou nela, provavelmente ela nunca mais seria a mesma se continuasse nesse caminho, mas isso não a assustava tanto. O mundo ninja é um mundo cruel, mas ela faria o possível para defender a névoa, mesmo que pilhas de corpos se formassem ao seu redor.






Considerações:
Kyousha
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t3507-ficha-de-personagem-kyousha
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com
Dantes
Raikage
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Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Aprovado, curti o desenvolvimento
Dantes
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t2834-f-fuyuki-hatake#23859
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t993-cj-dantehero13?highlight=DanteHero13
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