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Minha primeira missão como chunin tinha sido um grande sucesso, contudo mais importante do que um sucesso ela me trouxe um sentimento novo que nunca havia presenciado, tal sensação ainda estava vivida em meu peito como uma brasa e eu ansiava por mais! A sensação de estar em uma luta de verdade onde o menor erro poderia trazer o seu fim, não havia emoção maior do que essa e se existia eu a desconhecia. - Vejamos… - Peguei o papel referente a minha próxima missão.

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Dessa vez a missão não envolvia nenhum tipo de escolta, na verdade ela se assemelhava mais as missões que eu já estava acostumado a realizar como genin, isso claro se não fosse pela periculosidade envolvida. - Então algum idiota está explodindo coisas por ai? - Deixei um suspiro escapar, essa informação era muito vaga e poderia ou não envolver algum combate, isso dependerá do motivo por trás dessas explosões.

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Antes de iniciar a missão de fato existia um assunto que eu queria tratar, isso era minha inabilidade com disfarce já que na última missão percebi que meus adversários sabiam muito bem como usar o ambiente a seu favor e isso por conta do disfarce que escolheram adequadamente. - Talvez eu devesse praticar um pouco. - Cocei o queixo com uma das mãos enquanto tentava pensar em algo.

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Caminhando pela vila observei uma floricultura com alguns vasos um do lado do outro com flores iguais: vaso vermelho com uma flor branca. - Huuum. - Naquele momento me lembrei de uma técnica básica ensinada na academia que poderia servir como estudo. Juntei as mãos e concentrei o meu chakra enquanto mentalizava a imagem dos vasos. - Henge no Jutsu! - Quase como em um passe de mágica eu havia me tornado um vaso de flores também! Há, eu sabia que o disfarce era fácil não sei porque sempre me criticavam pelos meus.

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Porém esse pensamento se esvaziou quando a dona da loja parou na frente da fileira de vasos e olhou em minha direção. - Quem colocou esse vaso aqui? Os azuis devem ficar lá atrás. - Azuis? Ela disse azuis?! Foi então que percebi que eu tinha me transformado no vaso errado! Não apenas isso a flor também não era igual.

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Frustrado desfiz a transformação. - Aaaah! - A dona da loja deu um pulo para trás assustada. - Calma, eu só estava treinando camuflagem, mas acho que deixei alguns detalhes passar batido, hehe. - Cocei a cabeça meio sem graça. - Detalhes? Você percebeu que estava totalmente destoante dos outros, né? - Questionou a mulher me olhando dos pés a cabeça. - Hehe.

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- Bem, se vai se disfarçar primeiro preste atenção nos arredores, até as crianças mais novas que vocês conseguem fazer isso. - Deu de ombros me esnobando, mas o que eu podia fazer? Ela estava certa. - É… Eu sei… - Suspirei desapontado comigo mesmo. - Mas não desanime, com um pouco de prática você também vai conseguir se transformar em uma planta também. - Eu não sabia bem como  reagir a isso, mas acho que ela estava tentando me animar, talvez. - Você está certa, eu vou dar o meu melhor. - Meneei a cabeça positivamente. - Mas lembre-se, os detalhes são importantes! Algumas pessoas podem ignorar pequenos detalhes, mas as mais atentas vão perceber, porém você ainda não chegou nem nos detalhes, hahaha. - A mulher então se distanciou indo para trás do balcão.

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Depois do meu fracasso em disfarce vi que tinha um longo caminho pela frente ainda, principalmente na questão dos detalhes, aprendi que antes de tentar me transformar em algo precisava prestar atenção não apenas na forma, mas na cor por exemplo, já que isso seria mais do que o suficiente para entregar um disfarce quando esta tentando se misturar ao ambiente.

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Após meu treino - ou frustração dependendo do ponto de vista - na arte do disfarce voltei meus esforços para a missão, pois um maníaco estava a solta por aí explodindo coisas. - Certo, mas… Por onde eu começo? - Falar era fácil, mas como eu poderia encontrar essa pessoa? A única dica que tinha era que ele estava causando explosões em áreas vazias e muitos lugares entravam nessa descrição.

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Pensei por algum tempo em possíveis opções e nada muito útil me veio em mente. - Tá, acho que é melhor começar do inicio. - Cocei a cabeça um pouco aborrecido, a missão nem tinha começado direito e eu já estava vendo que seria mais uma daquelas. O inicio ao qual me referia era obviamente o primeiro lugar onde uma explosão foi realizada e com isso em mente parti em direção ao local que estava localizado na descrição da missão.

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Após alguns minutos caminhando finalmente cheguei ao meu destino, tratava-se de uma área mais isolada perto de uma grande montanha que agora possuía um buraco no seu centro. - Alguém andou ocupado aqui. - Me aproximei da cratera e comecei a analisar os arredores, mesmo tratando-se de uma explosão não existia sinal de pólvora ou papel bomba, contudo o solo estava bem bagunçado e existia algumas pegadas meio apagadas. - Huuum… - Me aproximei das pegadas e notei que elas não iam muito perto da origem da explosão, talvez cerca de 10 a 15 metros de distância? Seja como for parece uma informação com certa relevancia. - Certo, vamos ao próximo ponto.

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Após inspecionar o primeiro local onde a explosão aconteceu parti em direção ao segundo que apesar de longe do primeiro ponto não era tão diferente: local desolado, montanhas e árvores, porém existia algo diferente dessa vez: uma casa de madeira, ou pelo menos o que restou dela porque só havia algumas poucas madeiras de pé todas chamuscadas e destruídas. - Parece que ele está tentando coisas diferentes. - Fiz outra busca pelo local e algo curioso chamou minha atenção. - Isso é novo. - Peguei um pedaço do que parecia ser uma massinha branca que destoava do restante do cenário. - Isso é… Argila? - Era difícil dizer, mas aquela coisa não pertencia naturalmente a aquele lugar.

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As pistas a respeito das explosões ainda eram rasas demais e eu precisava de mais informações para tirar alguma conclusão, deste modo parti para o terceiro ponto de explosão. Como nos outros dois era um local mais afastado, porém com mais estruturas dessa vez, aparentemente seja lá quem estivesse por trás das explosões estava definitivamente se tornando mais ousado em suas explosões.

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No terceiro ponto também encontrei a mesma massinha branca, ou será que era cinza? Bem, seja lá qual fosse a cor definitivamente não era natural e isso levantava a hipótese de ter alguma ligação com quem estava por trás dessas explosões. - Parece que nosso amigo viciado em explosões gosta dessa coisa, seja lá o que for. - Guardei o objeto comigo e continuei minha visita para os demais pontos conhecidos que também apresentaram o mesmo padrão.

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No fim da exploração dos pontos de explosão conhecidos pude concluir que nosso projeto de terrorista estava realmente planejando alguma coisa, ele começou destruindo pedras, depois estruturas de madeiras e então foi se tornando mais ousado atacando paredes de concreto, galpões abandonados e até residências em boas condições que provavelmente ainda eram usadas por alguém. - Eu não sei o que planeja alcançar com isso, mas vou pôr um fim ao seu joguinho. - Enquanto pensava no possível próximo passo do nosso suspeito explosivo, ouvi um estrondo ao longe que balançou algumas das árvores e espantou os pássaros. - É ele? - Olhei na possível direção da explosão e vi fumaça subindo no horizonte.

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- Sabaku Fuyu. - Bati minhas mãos fazendo com que a areia de ferro do meu sobretudo formasse uma plataforma na qual subi e utilizei para flutuar até o local de onde a fumaça estava vindo. - Dessa vez eu te pego, seu terrorista de massinha. - Mantive os olhos fixos no local enquanto me aproximava, as buscas se tornavam realmente mais fáceis com o auxílio daquele jutsu que havia me ajudado em todas as missões do gênero até então.

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Demorei alguns instantes para chegar na origem da fumaça e sobrevoando a região pude notar algo peculiar, um rapaz sujo de fuligem, graxa e terra espremendo uma massinha esbranquiçada entre suas mãos e poucos metros à sua frente um garoto caído no chão, preso sob algumas vigas de metal. - Esse cara não está… - De onde eu estava não era possível ouvir ou entender direito o que estava acontecendo, mas certamente não parecia coisa boa.

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Vendo que uma cena no mínimo suspeita estava acontecendo desci rapidamente com minha plataforma e saltei alguns metros à frente do sujeito com a massinha em mãos, fazendo a plataforma retornar ao meu recipiente e ficando entre ele e o garoto. - Posso saber que festa é essa aqui para qual não fui convidado? - Olhei em volta como se não estivesse dando muita atenção a presença do rapaz todo coberto de poeira e fuligem.

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- Que? Quem é você? O que faz aqui? Não, não, você não devia estar aqui! - O rapaz parecia conturbado e continuava a amassar a massinha em suas mãos. - Socorro, esse cara, ele… Ele estava tentando me explodir! E ele explodiu meu esconderijo! - Olhei para trás onde o garoto estava caído e percebi que poucos metros para frente estavam alguns escombros de metal e madeira, aparentemente o que restou do tal esconderijo mencionado pelo garoto.

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O rapaz da argila continuava sua ação amassando a massa enquanto olhava em volta com uma intensidade que chegava a assustar. - Então você é a pessoa por trás das explosões. - Peguei um pedaço da massinha branca que guardei comigo e apertei entre os dedos, mostrando para o suspeito. - Minha, minha argila! - Exclamou, praticamente confessando o crime. - Acho que isso facilita as coisas. - Murmurei comigo mesmo. - Certo amigão você vem comigo, você tem algumas explicações para dar às autoridades. - Enquanto conversava com o rapaz, ou pelo menos tentava, fazia minha areia de ferro erguer as vigas que estavam sobre o menino, libertando-o.

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A pessoa por trás das explosões estava finalmente na minha frente e ela claramente parecia desequilibrada, a denúncia do garoto que agora estava livre e correu para se esconder atrás de alguns escombros reforçava que aquele homem era perigoso, talvez não fosse só alguém conduzindo um experimento, mas sim um lunático viciado em explosões. - Ir com você? Não, eu não posso ir com você. - Seus olhos vibrantes focaram em mim e suas mãos pararam de amassar a argila esbranquiçada.

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- Você quem sabe. - Dei de ombros. - Mas se não for por bem vai ser da forma mais divertida. - Depois da última missão eu não podia negar de que no fundo eu queria que ele resistisse para que pudéssemos nos digladiar. - Divertida? Eu gosto de coisas divertidas, olhe, olhe eu fiz pra você. - O rapaz abriu as mãos e jogou em minha direção algo similar a um pássaro de argila. - Han? Mas que merda é essa? Você é algum tipo de artesão? - Curioso arqueei uma das sobrancelhas, ergui uma das mãos preparando-me para pegar o pássaro, mas no momento em que fiz isso o garoto que estava escondido mais ao fundo grito. - NÃO! NÃO TOQUE NISSO! - Olhei para trás por reflexo e quando o fiz uma explosão aconteceu.

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A escultura de argila foi a origem da explosão e acontecendo a menos de um metro de distância de onde eu estava, porém mesmo que eu estivesse distraído a areia me protegeu como de costume, mas o impacto da explosão ainda me fez dar alguns passos para trás e quase perder o equilíbrio já que tinha sido pego desprevenido. - Mas que merda foi essa?! Uma Kekkei Genkai? - Olhei na direção do sra. explosivo e seu olhar sombrio dizia que ele ainda não tinha terminado

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A poeira da última explosão ainda estava baixando quando outro pássaro foi atirado em minha direção. - Você devia ter explodido! Exploda como todos os outros, exploda, exploda! - O criminoso estava visivelmente alterado e isso só piorou quando seu primeiro ataque não me explodiu, pelo visto ele realmente tinha algum disturbio esquisito com explosões, mas isso não importava agora. - Certo, assim é bem melhor. - Um leve sorriso se abriu em meu rosto, se ele não resistisse não teria graça.

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Suas pássaros não eram tão velozes e por conta disso fui capaz de utilizar minha areia de ferro para intercepta-los e cortá-los no meio antes que me atingissem, porém o simples fato de tocá-los causava uma explosão e isso dispersava minha areia, um inimigo complicado tinha de admitir. - Tsc, você é um pé no saco com esses passarinhos suicidas. - Murmurei comigo mesmo, mas continuei avançando com a areia, cortando todos os pássaros que vinham em minha direção e assim pelo menos as explosões aconteciam a uma distância que não me afetavam.

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Em determinado ponto algo diferente aconteceu e próximo aos meus pés ocorreu uma explosão, se não fosse pelo reflexo de areia ela certamente teria me atingido. - Por baixo também? - Olhei para o chão e além dos pássaros agora tinham algumas aranhas pelo chão. - Essa merda não vai ter fim. - Eu estava claramente na desvantagem, se continuasse naquele ritmo era apenas questão de tempo até as explosões superaram minha defesa na simples insistência. - Você se meteu onde não devia garoto, agora vou te transformar em poeira também! - Esbocei um sorriso discreto e senti uma gota de suor escorrer pela têmpora, era aquela sensação de novo, matar ou morrer e eu estava pronto para apostar tudo no próximo movimento antes que ficasse sem areia para me defender.

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Ficar na defensiva não funcionaria por muito tempo, por isso decidi partir para a ofensiva. - Se quer me explodir essa é a sua chance! - Estiquei o braço direito para frente fazendo o lado direito do meu recipiente avançar em sua direção quase como uma pequena nuvem de areia, nesse mesmo momento o sujeito fez com que seus pássaros e aranhas viessem pelo lado direito também. - Bem obvio, não? - Provoquei em meio a um sorriso torto.

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- Sabaku kyu! - A areia o envolveu e começou a aperta-lo tentando esmagá-lo, mas não para matá-lo, apenas o suficiente para o deixar inconsciente. A essa altura suas criaturas de argila também tinham me alcançado e causaram algumas explosões, minha areia ainda conseguiu conter a maior parte das explosões, mas tive de correr diagonalmente para me afastar enquanto a areia retornava para me defender das outras explosões, era uma aposta, eu iria conseguir esmaga-lo primeiro que suas criaturas superassem minha areia de ferro? A duvida contida nesse questionamento me empolgava!

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A resposta veio no momento seguinte quando as criaturas explodiram de uma vez e pararam de surgir novas, o criminoso finalmente tinha perdido a consciência dentro do amontoado de areia de ferro. - Uuuh, isso foi intenso. - Me inclinei um pouco para frente apoiando as mãos em meus joelhos levemente dobrados. O suor escorria pelo meu corpo, resultado do calor das explosões e por ter me feito correr carregando toda aquela areia pesada, mas eu tinha de admitir que foi bem divertido.

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- Certo garoto, vou te levar para casa e esse cara aqui para prestar contas com uma galerinha que está esperando por ele. - Estendi a mão esquerda esperando o menino que resgatei por acaso se aproximar enquanto a areia arrastava o criminoso inconsciente para perto, logo em seguida formei uma plataforma sob nós três que utilizei para flutuar de volta ao centro da vila onde deixei o garoto com seus pais - seguindo suas instruções - e logo em seguida encaminhou o criminoso para a policial de konoha, encerrando assim mais uma missão com sucesso.