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Os últimos acontecimentos em minha carreira como chunin me abalaram de formas diferentes, eu finalmente tinha conseguido sentir alguma emoção de verdade no calor da batalha, porém também houveram situações onde a força não era a única resposta, apesar de ter sido a escolha que fiz para resolvê-lo, afinal de contas isso era tudo o que me importava, eu era um guerreiro em busca de emoções que me fizessem sentir vivo.  

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Coisas complicadas não faziam meu estilo, a burocracia e brigas ideológicas não eram pra mim, só queria que me apontassem a direção e então deixava a situação fluir. - Falando em situação fluir… - Eu tinha outra missão em mãos, porém antes disso ainda existia uma tarefa pendente: meu problema com disfarces! Minhas últimas duas tentativas terminaram com um resultado frustrado, mas assim aprendi com o fracasso e sentia que estava perto de chegar onde queria.

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Com esse pensamento em mente parti novamente em direção ao centro da cidade onde o fluxo de pessoas era maior, na praça algumas pessoas estavam dando de comer a uns pássaros e aquela parecia um ótimo teste, afinal de contas eu já tinha tentado me disfarçar de planta, de estátua e agora era a vez de um animal, animal esse que era parecido com as estátuas de pássaro que me serviram de base no último treinamento

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Fui para uma posição onde conseguia ver os pássaros com mais cuidado, como já tinha aprendido antes era preciso prestar atenção nos detalhes, cores, formatos e tamanhos, mas era importante lembrar de que os detalhes eram apenas detalhes, eu não podia exagerar neles. Depois de estudar os animais finalmente concentrei meu chakra. - Henge no jutsu. - E então puff! Me transformei em um pássaro igual aos que estavam na praça.

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Na forma de pássaro me aproximei dos demais tentando me misturar já que a intenção do disfarce era justamente essa. Inicialmente alguns pássaros se afastaram de mim, mas outros não se importaram, além disso algumas crianças até tentaram me dar algumas migalhas e dessa vez as coisas pareciam estar fluindo bem, isso claro se não fosse por alguns comentários. - Por que aquele pássaro tem penas coloridas? - Uma criança comentou apontando em minha direção.

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Bem, de qualquer forma  a maioria não pareceu se importar e depois de algum tempo me afastei e desfiz a transformação, pelo visto o erro da vez foi confundir algumas cores e misturá-las, não tinha percebido que os animais possuíam apenas uma ou duas cores e acabei misturando mais de duas/três. Enfim, independente do resultado ao menos consegui ver progresso nisso, meus disfarces desastrosos já estavam chegando a um nível aceitável.

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Após o meu breve treinamento chegar ao fim estava na hora de retornar as minhas tarefas, ou seja, era hora de outra missão. Dessa vez minha missão envolvia relatos de assaltantes que estavam visando os mercadores da vila, eu já tinha visto algo parecido em minha primeira missão como chunin quando tive de escoltar uma caravana, mas dessa vez estavam acontecendo ataques nas proximidades da vila, aterrorizados comerciantes que saiam ou tentavam entrar na vila, em outras palavras se isso não fosse resolvido logo a imagem da vila seria prejudicada e os comerciantes passariam a nos evitar.

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- Esses caras não aprendem nunca mesmo, talvez eu deva fazê-los de exemplo dessa vez. - Resmunguei comigo mesmo enquanto caminhava para o portão da vila, a missão envolvia acabar com alguns criminosos e isso certamente era o tipo que eu mais me identificava, mas ao mesmo tempo me perguntava se meros bandidos me trariam alguma emoção de verdade, como realizando missões mais perigosas ainda era difícil encontrar oponentes valorosos.  

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Chegando a entrada da vila tudo parecia normal, sem sinais de criminosos ou comerciantes, então peguei o bilhete que recebi junto ao pedido da missão, era um relato de um dos assaltos e onde ele tinha acontecido, com essa informação em mãos comecei a saltar pelas árvores na direção indicada, afinal de contas podia ser aquele o lugar onde os criminosos estavam acostumados a montar tocaia e utilizar para atacar comerciantes.

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Demorou algum tempo mas finalmente cheguei ao lugar indicado no bilhete, parei em uma das árvores e fiquei escondido em sua copa observando a estrada, parecia realmente um bom lugar para um assalto, sem testemunhas, nenhuma vila ou residência por perto e ainda existia um abismo que serviria para se livrar de qualquer prova. - “Vamos ver se alguém aparece por aqui.” - Decidi montar tocaria ali por um tempo, esperando uma carroça passar e ver se alguma movimentação acontecia.

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Após alguns minutos esperando um transporte finalmente surgiu no horizonte, redobrei a atenção para ver se alguém suspeito aparecia. Felizmente não foi preciso esperar muito, pois logo após a carroça surgir dois sujeitos saltaram das árvores parando na frente do comerciante enquanto outro parou atrás. - “Então eles também estavam escondidos por aqui?” - Arqueei uma das sobrancelhas, pelo visto eles eram bons em se esconder, mas não para localizar já que também não tinham me percebido.

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Diante dessa situação minha única escolha foi me revelar também saltando na parte de trás onde só havia um deles. - Boa tarde. - Bati no seu ombro com o indicador, assustado o rapaz olhou em minha direção mas já era tarde,a areia de ferro já tinha lhe coberto, aos poucos foi lhe sufocando e apertando até seus ossos estalarem e sua vida se esvair. - O que foi isso? Ei Kurt, o que aconteceu aí atrás? - Os assaltantes perceberam o som, mas tudo bem eu não tinha intenção de me esconder já que tinham sido escolhidos para servirem de exemplo junto ao seu amigo, quem sabe passando uma mensagem forte os assaltos por ali passassem.

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Caminhei lentamente até a lateral da carroça onde tinha uma vista melhor de ambos os meliantes, os dois estavam vestindo alguns maltrapilhos e faixas para esconder o rosto. - Quem é você?! - Exclamou um deles. - Cadê o Kurt? O que você fez com ele?! -  Continuou com perguntas enquanto apontava uma espada em minha direção. Permaneci em silêncio observando os culpados e agora eu pude entender o motivo de estarem atacando em um lugar tão afastado, eram apenas uns desesperados sem valor.

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Cocei a nuca um pouco sem jeito, tinha vindo procurando um desafio e tudo que encontrei foram alguns bandidos comuns. - Ta, ta, sem pânico. - Abanei o ar com uma das mãos. - Vocês vão se encontrar com o amigo de vocês daqui a pouco de qualquer forma. - Um sorriso sombrio se formou no meu rosto. - Vocês ultrapassaram uma linha que não deveriam e eu estou aqui para fazê-los de exemplo, sabe como é, deixar os comerciantes serem atacados no caminho da vila não faz bem para a imagem da folha. - Dei de ombros e o sorriso de outrora desapareceu.

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Antes que pudesse prosseguir a dupla atacou sem pensar duas vezes, um jutsu de suiton e outro com uma lança de doton, porém ambos os ataques foram interceptados pela minha areia de ferro. - No fim ladrões são apenas ladrões… - Suspirei decepcionado, acho que eu já devia esperar isso, bandidos comuns não eram mais o suficiente para me satisfazer, estava na hora de subir o nível se quisesse voltar a sentir aquela emoção de antes.

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- Boa sorte na próxima vida. - Juntei as mãos e comecei a concentrar meu chakra fazendo a areia de ferro ondular e em pouco tempo formou uma grande onda com o formato da cabeça de um dragão. - Kokoryu no ago! - Aquela era minha técnica mais poderosa até o momento e provavelmente seria o suficiente para passar o recado para qualquer outro criminoso que pudesse vê-la de longe.

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O dragão negro avançou sobre meus inimigos, rasgando-os com suas presas metalicas e os derrubando do penhasco. - Certo, agora você pode seguir viagem. - Me virei para o comerciante que ainda estava um pouco assustado. - A vila da folha manda seus cumprimentos e vou seguir viagem com você por via das dúvidas. - Subi na carroça e segui viagem com o comerciante até konoha, não tivemos mais problemas durante a viagem e assim pude reportar o sucesso da minha missão.