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Mais um dia, mais uma nova missão, desde que eu havia me tornado um shinobi meus dias foram sempre agitados e repletos de tarefas, mas isso não queria dizer que eram sempre emocionantes, longe disso na verdade, algumas das missões eram verdadeiramente simples, raramente uma ou outra possuía risco de vida que me fizesse sentir alguma coisa. - A vida emocionante de um ninja… - Murmurei comigo mesmo em meio a um bocejo, vivendo sobre a promessa de que um dia encontraria o que realmente buscava, talvez o encontrasse quando a lua vermelha finalmente caísse ou seja lá o que fosse acontecer com ela? Quem sabe.

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Independente das minhas insatisfações pessoais, adivinha? Sim, mais trabalho para fazer. - Porque não temos folga, né, Hokage? - Reclamei mais comigo mesmo do que com alguém em específico, já que é difícil saber se era o mesmo Hokage da semana passada ou já tinham trocado de novo, viver na vila da folha era isso, não ter o conhecimento se a pessoa que paga seu salário é a mesma da última vez. De qualquer forma, fui caminhando pela vila observando o movimento, algumas pessoas que conhecia de vista me cumprimentavam durante o trajeto e eu acenava de volta, uma atitude que me fazia pensar em como as coisas tinham mudado desde meus primeiros dias como um mero genin desconhecido. - “É isso que chamam de reconhecimento?” - Deixei um leve sorriso se formar, no fim era bom não ser tratado como um qualquer a todo momento.

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A missão da vez envolvia um caso curioso, ao que tudo indicava alguém estava fazendo uso de técnicas de doton para destruir algumas casas da vila, porém não qualquer tipo de casa, mas especificamente as que estavam localizadas nas regiões mais pobres. - “É claro que estão.” - Uma atitude ousada que o encarregado devia ter achado inteligente, destruir umas casas naquela região para tomar a área para si? É claro que ninguém ia notar certo, né? - Errado. - Completei a linha de raciocínio enquanto pulava entre os telhados até a região mais afastada da vila.

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Demorou um pouco mas finalmente alcancei meu objetivo, a área mais pobre da cidade, por motivos óbvios aquela área quase sempre era alvo de ataques como aquele, lembro de missões passadas que realizei por ali onde um terrorista maluco estava explodindo coisas por diversão, ou quando manifestantes picharam um muro apoiando o movimento rebelde intitulado de filhos do Danzo ou coisa do tipo. - “A administração devia fazer algo a respeito desse lugar.” - Deixei um suspiro escapar sabendo onde isso iria dar.

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Para tomar nota da situação decidi subir no prédio mais alto que existia por ali, porém mesmo assim não notei nada de diferente, na maior parte só existiam casas pequenas espalhadas para todos os lados e até amontoadas em certos casos. Em determinado momento da minha busca algo estranho chamou minha atenção. - Aquela região… - Forcei a vista tentando observar mais ao fundo, era difícil identificar de longe mas uma região em especifica parecia diferente das demais e suas residencias se pareciam mais com escombros. - Acho que já sei por onde começar.

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Chegando mais próximo da região que avistei ao longe pude perceber que realmente tinha algo de errado por ali, algumas residências estavam completamente destruídas e outras apresentavam rachaduras. - Parece que o centro da destruição foi por aqui. - Fui caminhando entre os destroços e empurrando algumas pedras para abrir caminho, tudo estava silencioso se não fosse pelo barulho que eu mesmo estava causando empurrando os entulhos.

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Em determinado momento comecei a sentir algumas vibrações leves no solo e as rochas começaram a vibrar. - Hum? - Arqueei uma das sobrancelhas e olhei em volta, será que eu estava causando algum deslizamento empurrando os entulhos sem qualquer preocupação? A resposta veio logo em seguida. - Doton: Dochubaku! - Uma voz rouca ecoou pela sala, logo em seguida um deslizamento de terra e rochas teve início. - Merda. -  Bati minha mão direita no chão, concentrando meu chakra magnético naquele ponto. - Sabaku Fuyu. - A areia do meu recipiente formou uma pequena plataforma sob meus pés, me permitindo flutuar e escapar antes que fosse soterrado junto aos escombros.

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- Então é você quem está brincando de demolição por aqui? - Agora sobrevoando o local que havia ficado completamente soterrada eu podia ver um homem robusto com a pele bronzeada e careca de pé próximo a onde o deslizamento ocorreu. - Devia ter ficado lá, isso lhe pouparia do que está por vir. - Comentou de maneira arrogante. - Mal posso esperar. - Retribui com um leve sorriso no rosto, a diversão estava para começar.

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O grandão parecia saber exatamente o que estava fazendo, sua técnica de Doton teria me esmagado se eu não fosse capaz de escapar por cima, provavelmente precisaria ficar atento a isso já que o terreno estava a seu favor. - "E não é isso que torna tudo mais interessante?” - A possibilidade de uma batalha com uma dificuldade de verdade me animava, mas era bom eu controlar minhas expectativas para não me frustrar como em outras ocasiões.

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Antes que pudesse tomar alguma atitude, o brutamontes ainda sem nome voltou a agir. - Doton: Dosekidakei. - Quatro lanças pontiagudas emergiram do chão em minha direção, ergui minha defesa com a areia de ferro porém uma de suas lanças ainda foi capaz de passar pelo escudo e me atingiu no ombro esquerdo. - Aaarg. - Levei a mão direita até o ombro ferido, manipulando minha areia fui capaz de me soltar quebrando a estaca. - Essa… Foi boa… - Um largo sorriso se formou no meu rosto, ele era bom, realmente bom! - Sabaku Kyu! - Estendi a mão direita em sua direção, fazendo com que minha areia negra fosse em sua direção.

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A areia de ferro chegou a cobrir seu pé esquerdo, mas antes que pudesse ir mais além o sujeito ergueu um muro de pedra entre nós dois, impedindo que o jutsu lhe consumisse, uma atitude inteligente que lhe custou apenas um pé. - Você realmente não perde tempo não é? - Comentei em meio a um sorriso torto, seu racicinio e rapida tomada de decisão tinham lhe salvo de um ataque letal, um guerreiro formidável tinha de admitir.

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Meu adversário era um homem direto e sem medos, para se defender do meu último golpe foi capaz até mesmo de sacrificar o seu próprio pé, mas isso também foi uma atitude imprudente já que prejudicaria seus movimentos de forma consideravel. - Vamos acabar com isso, sr. demolidor. - Juntei as mãos reunindo meu chakra magnético e areia de ferro. O homem careca bufou e tentou se manter de pé da forma que podia prendendo seu pé entre algumas pedras que ele mesmo conjurou com um jutsu.

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- Satetsu Kesshu. -Formei um grande bloco de areia de ferro à minha frente, nesse momento o meliante também se preparou. - Doton: Doryuso! - Uma grande concentração de terra e lama foi condensada no formato de uma lança que avançou em minha direção com velocidade, emergindo do solo. - Kyodaiso! - Respondi a altura, o que antes era um bloco condensado de areia tomou um formato triangular de uma lança que avançou contra o seu ataque também.

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Nossos jutsus colidiram e um estrondo sacudiu as estruturas à nossa volta, quase provocando outro deslizamento, contudo o jutsu do meu adversário não era forte o suficiente para fazer frente a minha lança de ferro que despedaçou a sua com certa facilidade. - Acabou. - A estrutura de areia de ferro continuou avançando e o perfurou cravando-o contra o solo, logo em seguida a estrutura de areia se desfez simplesmente se desfez e o soterrou por completo.

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O combate chegou ao fim de maneira abrupta deixando um gostinho de quero mais, mas não podia negar que tinha sido relativamente satisfatório os momentos que passamos trocando golpes, eram poucos os adversários que conseguiam passar pelo meu escudo de areia. - Você foi bem. - Me aproximei de onde seu corpo tinha caído e comecei a recolher minha areia, reconstruindo o recipiente que me vestia como uma armadura extra novamente. Seu corpo estava estirado no chão coberto com seu próprio sangue e alguns entulhos, me aproximei para procurar algo em suas vestes que pudesse o conectar até o mandante por trás dos ataques.

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Após algum tempo vasculhando, finalmente encontrei um cartãozinho um pouco sujo de poeira e sangue. - Companhia Strauss? - Arqueei uma das sobrancelhas, pelo visto tínhamos nosso suspeito número um, porém esse não era meu trabalho, tudo que eu precisava fazer era neutralizar a pessoa que estava realizando os ataques de demolição, mas não custava nada ajudar um pouco o trabalho da polícia levando uma pista a respeito do mandante.

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De qualquer forma, tendo recolhido toda a areia novamente parti para reportar o resultado da missão, bem como levar o cartão que poderia levar a polícia até o mandante do ataque ou pelo menos lhes dar um norte na investigação, meu trabalho podia ter terminado, mas o das outras autoridades tinha apenas começado.