CAMARADAS

Naquela manhã bem cedo, Seiji fora obrigado a seguir junto de seu pai e alguns parentes para alguns cuidados que a família tinha com a floresta que ficava sob a guarda dos Nara. Após essa grande ascensão que Seiji tivera nos últimos meses subindo até a graduação de Tokubetsu Jonin, o jovem rapaz mal tinha tempo para sequer conversar com seus pais, imagina cuidar dos Cervos do clã. Sendo assim, o aspirante a Jounin passou aquele início de dia cumprindo os seus deveres como um Nara, e ainda dando atenção para o seu pai que de alguma forma queria que seu filho tentasse ser um pouco mais responsável quanto às coisas do clã, e que se dispusesse de mais tempo com algo que era sagrado, e que futuramente herdaria, mas, Seiji apesar de respeitar os objetivos do pai, ainda tinha os seus próprios ideais. Ideais esses que o jovem Nara considerava acima de qualquer coisa, e que de forma alguma abriria mão deles.

Mais tarde, o rapaz aos poucos sentia o peso do tédio, apesar do gosto para o estudo, era notável que ficar parado em casa em um dia de folga apenas lendo um livro não seria nada interessante. Contudo, ele não queria abrir mão da sua rotina, então com leve suspiro, Seiji levantou de sua cama, pôs o seu quimono mais simples e confortável, apanhou sua carteira, e  o mais importante, seu maço de cigarro e isqueiro. Assim que botou os pés para fora de casa, Seiji acendeu um cigarro, pegou o livro e continuou a ler enquanto caminhava vagaroso pelas ruas de Konoha.

A vila como sempre não tinha um dos climas mais agradáveis, não para o Nara que certamente não era tão disposto a se agradar com o verão, muito menos esse calor intenso que sobrepujava a vila naquele dia. Talvez fosse pelo fato do garoto ter nascido no inverno, ainda que ele não alvejasse Konoha da forma como deveria ser. Após alguns minutos caminhando, Seiji sentiu o peso de ter escolhido a pior das roupas para aquele dia, e nem mesmo o seu cigarro o satisfazia, apenas o incomodava de certa forma.

Incomodado com o clima como nunca antes, absteve-se de seu cigarro e comprou em uma barraca próxima dali uma garrafa de saquê para que amenizasse o fervor do Sol, e observando próximo dali um quiosque menos movimentado, assentou-se enquanto degustava de seu álcool, abrindo um pouco o quimono nos ombros tentando amenizar o suor, e enfim, voltou a leitura com seu livro.

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Aquele dia seguia como um inferno, mais quente que o normal, me fazendo questionar o porquê da minha idiotice em sair por aí vestindo esse quimono. Apesar de querer me manter um pouco mais refrescado com a bebida, e ainda uma leve queda do quimono nos ombros, as coisas ainda não haviam melhorado. - Argh… que porre esse calor de hoje! - Falei comigo mesmo enquanto tentava me concentrar na leitura daquele livro que já me incomodava fazia um tempo.

Para piorar, aquele quiosque seguia mais lotado que o normal, pessoas não paravam de chegar, e pessoas da mais maluca espécie. - Não sabia que tinha tanta gente bizarra em Konoha. - Disse isso já que algumas delas me chamaram bastante a atenção. Em meio às mesas, uma garota pálida e meio… morta!? Essa era a melhor descrição para aquela mulher que não estava sozinha, mas que de alguma forma não me era estranha. - Eu conheço essa garota de algum lugar… - Dizia enquanto batia o livro levemente meu queixo tentando me recordar de onde conhecia aquele ser falecido que vagava por aí. O fato é que aquela mulher parecia chamar a atenção de algumas pessoas por ali, não demorou até que outra garotinha se juntou aquela mulher, e um outro rapaz parecendo ser tímido ou talvez suspeito se juntasse a eles, mesmo que de costas, era nítido que, ou ele estava falando sozinho, ou tentava se comunicar com aquela mulher de alguma forma. Só o fato dele andar por aí nesse calor com aquele manto de ferro esquisito já era de se anunciá-lo um doido.

No entanto, aquele que mais me chamou a atenção foi um alto e desengonçado rapaz de cabelos negros que me encarava de um jeito pejorativo, como se de alguma forma eu já o tivesse desapontado um dia. - Mas, o que?... - Com um bruto brucutu, aquele homem se retirou do quiosque aos trancos e barrancos e eu, indignado com aquilo, segui atrás do rapaz. Sua caminhada levava até as águas limpas do lago, o homem parecia ser a pessoa mais consciente daquele lugar, um banho naquela água era como um elixir da vida eterna, e mergulhar naquele lugar não parecia má ideia.

Me aproximei do rapaz ficando um pouco mais a frente dele no momento em que ele parasse para mergulhar de alguma forma. Coloquei meu livro na grama fofa e baixei a parte superior de meu quimono, deixando apenas da cintura para baixo vestida. Olhei meio que de canto de olho para ver se aquele rapaz me encarava de forma negativa de novo para então tirar satisfação com o ser.

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Eu estava bastante incomodado com o olhar de estranheza daquele sujeito, então fui até próximo dele o provocar de certa forma, pois eu tinha impressão de que sabia o motivo daquela reação. Não à toa na frente dele, mas sem dar a devida atenção, baixei a parte superior do kimono pronto para mergulhar no rio e diminuir o calor intenso que o Sol lançava sob Konoha naquele dia. Não demorou até o ser pronunciar tais palavras que faziam como certo os meus pensamentos, me deixando bem incomodado com aquilo.

- Anh!? - Minhas sobrancelhas se juntaram, meu rosto estava mais fechado e tenso, a minha expressão de raiva era clara. Não era a primeira vez em que eu era confundido com uma mulher, e isso apenas por conta do meu cabelo, pois eu jamais agi como tal, e ainda assim eu sofria esse tipo de confusão que em muitas das vezes me levava a certa confusão com quem fosse. - Eu vou te mostrar a mulher, seu filho da p… - Me aproximei do rapaz pronto para acertar um chute em seus bagos e fazê-lo dormir, porém, na mesma hora eu avistei a chegada da polícia de Konoha, e como havia muita gente naquele lugar eu hesitei, não querendo criar confusão ali, e ainda chamar a atenção de toda aquela gente. - Tsc… - Próximo daquele rapaz que agora tentava de alguma forma bem nojenta se desculpar, senti seu bafo alcoólico tomar conta do ambiente, então apenas dei passagem e ignorei as desculpas, deixando com que ele partisse.

Bom, por um momento sim, eu deixei que ele partisse até o meio da multidão, porém, apanhei uma pedra próxima dali e segui o rapaz sem que ele me percebesse no meio de toda aquela muvuca. Quando já tinha gente o suficiente para eu me misturar sem que ele percebesse o autor daquele ataque, arremessei a pedra em sua cabeça disfarçadamente, logo em seguida me retirei dali sem dar atenção para saber se havia acertado ele ou qualquer outro civil que pudesse ter entrado no caminho. Eu agora apenas fui para um outro canto para continuar a ler o meu livro.

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Gaiden em grupo com o (ainda) bônus do evento 2x EXP aprovado.

@Toji: 40 EXP.
@Tay & @Yusei: 60 EXP.

Os demais participantes não recebem quaisquer recompensas.