Verão em Sunagakure, um calor daqueles. Mesmo estando em um paredão de pedra, a essência do deserto do pais do vento fazia que os despreparados passassem mal, até na sombra.

Com os trajes adequados, um homem pelas ruas da Areia. Ele carrega uns rolos de cartas ou pergaminhos em sua mochila lateral. A cada alguns metros ele conferia um papel, uma lista de nomes para ser mais especifico.

Ele chega ao lugar de destino e bate na porta. Para quem atender ele diz:

— Busco pelo Tokubetsu Jonin Gin. Tenho essa carta para ele, vinda direto do diretor chefe da academia de ensinos de Sunagakure. — Quando encontrar o destinatário, ele pede para que o mesmo assine um formulario de recebimento — Assine aqui e aqui por favor. — Dizia apontando para uma prancheta e entregando uma caneta.

Após entregar e colher a assinatura ele sai e busca um novo endereço na lista.

No conteúdo da carta diz:

Uma manhã de sol escaldante, típico do verão em Sunagakure. As muralhas de pedra, de formação natural, em volta da vila traziam sombras para dar uma sobrevida à população. Caso estivesse no horário, ao chegar à frente da academia veria um aglomerado de habitantes de suna aglomerados no portão. dentre eles haviam desde shinobis a civis e/ou mercadores. No total, teria umas 10 pessoas ali.

Um guarda impedia a entrada e apenas repetia a mesma frase:

— Candidatos escolhidos, aguardem o diretor chegar para maiores explicações. Ele não deve demorar, aguarde mais alguns minutos fora da academia. —

Se passa mais uns dez minutos e um homem bem arrumado e com uma prancheta com papéis chega, vindo de dentro da escola. Os guardas abrem o portão e ele anuncia.

— Podem entrar. Senhores, sou o diretor dessa academia e peço que me acompanhem para dar início a apresentação. —ele se vira e continua andando. Os guardas do portão vão logo atrás dele.

[...]

Chegando no pátio atrás da academia, o diretor começa sua fala em um palanque.

— Como sabem, nossa querida vila vem passando por altos e baixos. Desde a morte de nossa querida Nanadaime Rukia, estamos analisando uma nova forma de renovar as gerações Sunenses e fazer com que cada uma seja superior a anterior. Por isso estamos buscando talentos para uma tarefa que muitos se esquivam… a de ensinar e dar o ponta pé inicial a o que pode ser uma geração história de nossa vila. — Ele folheia uns papéis e continua — Lerei alguns nomes e ao se apresentar peço que me digam como foi a experiência de vocês aqui e como eram seus professores. Quero saber suas visões.

Um por um, o diretor chama e muitas das respostas eram genéricas ou elaboradas demais com a clara intenção de puxar o saco de alguém do alto escalão da vila. O processo era demorado e passava já meia hora. Por último, o nome do Tokubetsu Jounin é chamado.

Cada um dos candidatos era ouvido com o olhar inexpressivo do Diretor. Alguns pareciam que ele mesmo tirava do palanque para seguir ao próximo. Ali ele buscava algo entre aquele mix de habitantes sem sentido. Na vez do Tk. Jounin, o diretor apenas levantou as sobrancelhas e olhou a lua avermelhada que aparecia mesmo durante o dia.

Educadamente ele pediu ao ninja voltar ao seu lugar, e olhando para sua prancheta fazia anotações com sua caneta. Alguns minutos se passaram até que ele chamou o nome de 4 candidatos, dentre eles estava o nome de Gin. Os outros três eram uma jovem Chunin, um criador de armas e um burguês que sorria apenas.

— Aqueles que foram citados, por favor, prossigam para dentro da academia, o resto está dispensado. Agradecemos a participação, mas já colhemos os melhores dentre vocês para nosso propósito. — O diretor falava isso olhando de modo seco e com olhar de reprovação aqueles que eram dispensados.

Um ou outro começaram a questionar a decisão, mas o Diretor ignorava e apenas se virava para seguir atrás do último candidato aprovado na etapa. Caso gin fosse o último, ele escutaria um candidato com roupas mais nobres levantando a voz ao Diretor e chegando a xingá-lo com palavras de baixo nível. Ao forçar a passagem, um dos guardas golpeou o reprovado e, vendo que ele havia desacordado, pegou o corpo e o arrastou pela perna de forma humilhante. Possivelmente ele seria jogado na rua ou o guarda sentiria pena e o levaria até o hospital, porém esse cenário era o duvidoso.

[...]

Dentro da academia, os quatro aprovados eram levados a um salão, onde teriam quatro mesas e em cada uma haveria uma prancheta e uma caneta. O Diretor chegava logo depois com um professor o acompanhando. Gin poderia lembrar de memórias de aulas com o senhor mais velho, isso se o álcool não tivesse apagado as memórias. O professor tomava a fala e o Diretor ficava apenas observando.

— Se acham que irei parabenizar vocês, estão enganados. Apenas aquele que passar terá essa honra. — Ele falava de forma arrogante, e isso trazia lembranças da prepotência daquele ser. Ele sim era um dos que diziam que Gin deveria desistir, ou que tratavam de forma indiferente a existência do pequeno garoto. Ele continuava sua explicação, com um sorriso de deboche no rosto — Pelo visto a qualidade continua baixa como sempre, boa mesmo foi minha época de admissão. Agora vocês devem passar por mais 2 etapas. A primeira é escrever na prancheta de vocês as questões que irei ditar e devem responder esse exame. — Ele tirava um papel do bolso, que estava dobrado em quatro.

Caso Gin fosse observador, ele perceberia que, com a demora dele para começar, um dos candidatos bufava e outro virasse os olhos com nojo. O terceiro se manteria sorridente apenas.