O dia não havia clareado quando Cassyana começou a caminhar para o local de recebimentos de missão. No caminho ela viu uma propaganda sobre moradias que lhe chamou atenção, porém, não tinha dinheiro suficiente para nenhum das opções apresentadas.
Continuando seu caminho, olhando os comércios que iniciavam o expediente e ignorando as mercadorias que não podiam ser compradas. Ao chegar no lugar, tinha outra pessoa entregando as missões, o cara falou, falou e falou. A menina ruiva estendeu a mão para pegar o pergaminho e o homem ainda lhe questionou.
— Você entendeu? Os genins sempre fazem algo errado quando tem que ir ajudar em locais como esses, mas é importante fazer o serviço e sem confusões.
Cassy só sacudiu a cabeça sinalizando que tinha entendido e que iria fazer o trabalho certo. Porém, o homem se mostrou irritado por ela não falar com ele. Geral os genins falam igual matraca sem freios.
— O gato te comeu a língua?
A menina ruiva arregalou os olhos, pegou o pergaminho e saiu correndo dali. Por sua visão periférica viu a professora que havia lhe acolhido se aproximando do homem tagarela.
Não demorou e a ruivinha chegou no destino, só mostrou o pergaminho de missão para o senhor que lhe atendeu na propriedade. Ele um pouco irritado se virou, começou a andar e falar com Cassy.
— Vem, você demorou, já comecei o serviço desde às quatro horas da manhã. — ele foi gesticulando enquanto explicava o que a garota tinha que fazer. — Falta limpar todo o chão da granja e jogar a serragem, trocar a água de todos os bebedouros e também colocar a ração misturada com suplemento. Eu já abri a porta para os pintos saírem da granja, eles ficam no terreiro até você terminar. E para finalizar você tem que colocar todos para dentro e fechar a porta da granja antes de ir embora. São cento e vinte frangotes que eu tenho, enquanto você faz isso eu irei estar colhendo os ovos na ala das poedeiras.
O homem deu uma pá e uma lixeira para Cassy e sumiu de vista para o outro lado da propriedade rural. A menina coçou a nuca e olho para o galpão enorme que estava ali, o cheiro de bosta era muito forte, mas não havia escolha mais. Cassyana se pôs a limpar o lugar, separou por áreas e começou o serviço. Levou uma hora para tirar toda a sujeira, mais meia hora para espalhar toda a serragem. Quando foi trocar as águas teve que lavar alguns dos bebedouros, o que fez demorar mais trinta minutos de serviço, colocou toda comida que ele havia indicado enquanto falava num balde, mexeu e colocou em todos os comedouros do galpão. O verão estava castigando por ali e o calor no galpão era intenso, os exaustores não estavam dando conta de renovar o ar do local. Quando terminou dentro da granja, saiu para tocar os frangos para dentro. Foi trinta minutos também para fazer isso, Cassy ainda teve que fazer perseguição a alguns que estavam longe ou deram rasantes para outros lados.
Quando colocou todos para dentro, a garota não fez contagem, o senhor não havia pedido. Colocou o trinco no portão da granja como foi mandado e foi procurar o homem para avisar que tinha finalizado e iria embora. Perambulou por bons vinte metros até ver que o homem não estava mais ali, mas na varanda de casa bebendo algo e com um prato de comida.
Isso fez o estomago da garota se manifestar, ela foi se aproximando, sentindo cheiro gostoso dos temperos daquele almoço que o homem já estava quase terminando. Fez um barulho com a garganta para chamar atenção e acenou uma despedida para ele.
— Ei! Espera, senta aí para comer, pedi para minha esposa fazer um prato de comida para você também e tem refresco de limão.
A ruivinha sorriu e sentou na mesa. Cassyana saiu de lá vinte minutos depois com a barriga cheia e feliz.

Considerações:

Jutsus:

Bolsas de Armas: